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| O PSV começou a temporada atual como terminou a passada: vencendo. E mudou para tentar seguir campeão no Campeonato Holandês que está começando (Dennis Bresser/BSR Agency/Getty Images) |
A Copa do Mundo de Clubes da FIFA atraiu muito interesse para clubes, europeus e brasileiros, nesta "pausa" (botem-se aspas nisso) entre temporadas. Com relação aos europeus, houve para todos os gostos. O campeão Chelsea consolidou a imagem da Premier League. O Paris Saint-Germain já vinha do título da Liga dos Campeões, com atuação irretocável na final, e atrai alguma atenção para o Campeonato Francês. O semifinalista Real Madrid, e sua força e visibilidade planetárias, são um chamariz de audiência eterno para o Campeonato Espanhol. O Bayern de Munique fez papel digno - e a Bundesliga tem seu público cativo; a Internazionale decepcionou bastante na eliminação para o Fluminense, mas foi um time italiano no mata-mata da Copa de Clubes, e a tradição da Serie A é inquestionável; mesmo o Campeonato Português teve seus representantes em Porto e Benfica (ambos com más campanhas, mas teve). A Holanda - ou, se preferirem, os Países Baixos? Ficou de fora, vendo. Nada de presenças, mesmo com a tradição inquestionável que os três grandes clubes do país têm.
Até compreensível, por não terem chegado aos títulos continentais (embora o Feyenoord tenha estado perto, na Conference League 2021/22) e ficarem de fora dos nove primeiros colocados do ranking quadrienal usado pela UEFA para definir os participantes no torneio sediado nos Estados Unidos. Além do mais, independentemente de ausência ou presença na Copa do Mundo de Clubes, é possível dizer que a preparação para o Campeonato Holandês desta temporada não teve lá muitas alterações substanciais de status entre os clubes. Por isso, são poucas as expectativas iniciais para a Eredivisie 2025/26, que começa nesta sexta-feira, com Fortuna Sittard x Go Ahead Eagles, literalmente, abrindo o jogo.
Senão, vejamos. O campeão PSV perdeu jogadores importantes - Noa Lang, Malik Tillman, Johan Bakayoko, Luuk de Jong -, mas teve reforços capazes de manter seu nível técnico e seu relativo favoritismo para o que seria um tricampeonato (além do mais, abriu a temporada vencendo a Supercopa dos Países Baixos, no domingo passado). Um pouco mais atrás, vem o Feyenoord, que também viu destaques irem embora - Igor Paixão e Dávid Hancko à frente -, mas tem um trabalho já iniciado com o técnico Robin van Persie, teve boa contratação em Sem Steijn, goleador da Eredivisie passada, e pode sonhar com o título se começar bem a temporada. O Ajax, vice-campeão, poderia estar mais avançado, mas a saída do técnico Francesco Farioli faz com que o time de Amsterdã tenha de recomeçar as coisas.
Se houve mudanças notáveis, foi no chamado "subtopo". AZ e Twente seguem lá, querendo ostentar a posição de "quarto grande", mas agora Utrecht e Go Ahead Eagles figuram como surpresas saudáveis. No meio da tabela, há quem queira ficar nela para consolidar boas fases, como o NEC e o Sparta Rotterdam, ou para se estabilizar após más fases, casos de Heerenveen, Heracles Almelo e Groningen. E na parte de baixo da tabela, convém ver se Volendam e Excelsior, ambos de volta à primeira divisão, conseguirão superar clubes que sofreram, como o NAC Breda.
Contudo, há poucas expectativas. Nem mesmo a emissora que transmite a Eredivisie para o Brasil muda - até pelo pleno domínio que a ESPN neerlandesa possui nos direitos nativos de transmissão, cujo contrato foi renovado por lá até 2030, nada mais esperado que a ESPN brasileira (e mais particularmente, o Disney Plus, serviço de streaming ao qual ela é vinculada) siga com os direitos também por aqui. Resta aguardar que a Eredivisie atraia atenção por seus placares por vezes extravagantes, pela postura ofensiva, por momentos engraçados... pode ser pouco atraente diante da pompa da Copa do Mundo de Clubes, mas tem uma graça única. Além do mais, vale lembrar que a Holanda (Países Baixos) está à frente de Portugal no ranking da UEFA, e começou a temporada à frente da França. Quem sabe...
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