Kramer ajudou, e Gustafson brilhou na goleada do vice-líder Feyenoord (feyenoord.nl) |
AZ 3x1 Heerenveen
Na 12ª rodada, o AZ tivera a reestreia de Mounir El Hamdaoui. E o atacante marroquino, principal destaque do título holandês de 2008/09, teve destaque já no segundo jogo da volta aos Alkmaarders. E era necessário, já que o Heerenveen abrira o placar cedo, com gol de Mitchell te Vrede. Pois bem: no empate, El Hamdaoui chutou na trave, e Vincent Janssen (despontando como grande destaque no AZ) fez 1 a 1. E para virar o jogo, o próprio El Hamdaoui tabelou, novamente com Janssen, recebeu de volta e bateu na saída do goleiro Erwin Mulder. No segundo tempo, ainda houve tempo para Janssen marcar pela segunda vez, fechando o placar em 3 a 1. Mas o destaque já era de El Hamdaoui, provando que ainda pode ser útil ao AZ, cinco anos depois. E o Heerenveen, enfim, sofreu sua primeira derrota sob o comando interino de Foppe de Haan.
Roda JC 0x5 Zwolle
Com cinco minutos da etapa inicial, Wouter Marinus já fazia 1 a 0 para os Zwollenaren. Podia ser o sinal de uma vitória tranquila, ou uma oportunidade para os Koempels virarem o jogo em casa. Felizmente, para os Dedos Azuis, a primeira hipótese se confirmou facilmente. Já aos 15 minutos, após o lateral Henk Dijkhuizen empurrá-lo dentro da área, o neozelandês Ryan Thomas (prestes a renovar contrato) cobrou o pênalti subsequente para fazer 2 a 0. E no primeiro minuto da etapa complementar, a vitória se sacramentou: um erro de marcação de Arjan Swinkels deu a Kingsley Ehizibue a chance de fazer um passe e deixar Thomas livre para marcar pela segunda vez no jogo. Outra falha de marcação do Roda JC - no caso, do zagueiro Gibril Sankoh - resultou no quarto gol, de Lars Veldwijk. E já no fim da partida, Stef Nijland deu números finais a uma goleada que serviu não só para encerrar a sequência de três jogos sem vitória, mas também para manter o time de Ron Jans firme na quinta posição, logo abaixo dos ponteiros.
Ajax 5x1 Cambuur
"As bolas paradas foram nossa arma", comentou Frank de Boer, logo após o fim do jogo, à FOX Sports holandesa. Tinha toda a razão. Afinal de contas, foi com elas que o ambiente na Amsterdam Arena esquentou, após um início enfraquecido em função do boicote de parte da torcida do Ajax (justificado pela crise na diretoria). E as bolas cruzadas foram úteis a um lado e ao outro, no espaço de apenas três minutos, no primeiro tempo. Aos 25, Joël Veltman, livre na segunda trave, desviou perfeitamente escanteio de Nemanja Gudelj para abrir o placar; aos 27, foi a vez de Jaïro Riedewald falhar, deixando Sander van de Streek se deslocar na área para completar o cruzamento e empatar para o penúltimo colocado do Campeonato Holandês.
Seria o ânimo necessário para o Cambuur partir rumo à tentativa de uma surpresa... se no instante seguinte, em novo escanteio ensaiado, "Arek" Milik não se desmarcasse e cabeceasse para recolocar os Godenzonen na frente. Aí as coisas ficaram em seus devidos lugares: não demorou muito para dois gols de Davy Klaassen, aos 38 (outra cabeçada!) e 45, praticamente definirem a vitória dos anfitriões. No segundo tempo, o Ajax até foi mais ofensivo, mas só fez mais um gol, com o alemão Amin Younes. A bem da verdade, nem precisava. Mas a goleada manteve o "controle" sobre as turbulências internas no clube da estação Bijlmer Arena, além de garantir mais uma rodada na liderança da Eredivisie.
Willem II 2x2 PSV
Que a defesa do PSV andava frágil e desatenta quando não podia, já se vira nas duas últimas partidas. Contra o Excelsior, o empate por 1 a 1, sofrido num dos últimos lances dos 90 minutos; contra o lanterna De Graafschap, uma vantagem de 3 a 0 jogada fora no início do segundo tempo (pelo menos, veio a vitória final por 6 a 3). Contra os Tricolores, em Tilburg, um gol precoce de Gastón Pereiro - e um gol até bonito, tocando sutil na saída do goleiro Kostas Lamprou - fazia crer numa vitória tranquila. Mas novamente, o miolo de zaga fraquejou num momento crucial: na metade do segundo tempo, com dois gols em sete minutos, o meio-campista Erik Falkenburg virou para o Willem II, reforçando sua importância como goleador da equipe na temporada. Aí surgiu outro protagonista, não só do PSV, mas do Campeonato Holandês em geral: Luuk de Jong fez seu 11º gol no torneio. E salvou um ponto para os Eindhovenaren. Ainda assim, foi um tropeço nada auspicioso para um clube que tem jogo fundamental no meio de semana, pela Liga dos Campeões, contra o Manchester United, em Old Trafford. E Phillip Cocu expressou seu descontentamento: "Falaremos sobre isso".
De Graafschap 1x2 Groningen
De Graafschap, pobre De Graafschap. Time esforçado, considerado dono de um dos estádios onde a torcida mais faz barulho e apoia (o De Vijverberg, em Doetinchem), teve reação comovente contra o PSV... mas vitória que é boa, nada, ainda. A equipe chegou à 13ª rodada com apenas dois pontos, para enfrentar o atual campeão da Copa da Holanda. E no fim de um primeiro tempo equilibrado, a maior qualidade técnica dos Groningers se sobressaiu: Albert Rusnák completou para as redes, após desvio de Jesper Drost, e fez 1 a 0. No segundo tempo, após um drible seco, Michael de Leeuw - que passou pelo De Graafschap - fez aquele que é o gol mais bonito da rodada: encobriu sutilmente o goleiro Hidde Jurjus, da entrada da área. Já aos 33 minutos, Nathan Kabasele ainda converteu pênalti para diminuir a vantagem da equipe do norte holandês, e houve certa pressão. Mas o Groningen saiu com a vitória, e a pontuação igualada à do Zwolle. Enquanto isso, o De Graafschap segue com dois pontos. Em 14 rodadas. Jamais na história do Campeonato Holandês um lanterna tivera pontuação tão fraca.
Heracles Almelo 0x0 Excelsior
Com o tropeço do PSV no sábado, o Heracles tinha ótima chance de colocar mais brilho na sua já boa campanha nesta temporada da Eredivisie. Era ganhar do Excelsior e igualar a pontuação à do time de Eindhoven, terceiro colocado. Só que os Kralingers impediram isso. E mais: impediram sendo melhores ao longo da partida. Já no primeiro tempo, a melhor chance de gol veio do time visitante, com Daryl van Mieghem chutando para boa defesa do goleiro Heraclied, Bram Castro, e perdendo o rebote. Na segunda etapa, Oussama Tannane voltou a campo, após uma lesão que o tirou de algumas rodadas. Ainda assim, nem o principal destaque do Heracles conseguiu movimentar o ataque. Com o armador Iliass Bel Hassani em mau dia, mais a diminuição do ritmo do Excelsior, o único empate sem gols da rodada foi inevitável - para gáudio de Zwolle, Vitesse, NEC e Groningen, agora mais perto dos Almelöers. Pelo menos, manteve-se a distância de dois pontos para o PSV.
Com o tropeço do PSV no sábado, o Heracles tinha ótima chance de colocar mais brilho na sua já boa campanha nesta temporada da Eredivisie. Era ganhar do Excelsior e igualar a pontuação à do time de Eindhoven, terceiro colocado. Só que os Kralingers impediram isso. E mais: impediram sendo melhores ao longo da partida. Já no primeiro tempo, a melhor chance de gol veio do time visitante, com Daryl van Mieghem chutando para boa defesa do goleiro Heraclied, Bram Castro, e perdendo o rebote. Na segunda etapa, Oussama Tannane voltou a campo, após uma lesão que o tirou de algumas rodadas. Ainda assim, nem o principal destaque do Heracles conseguiu movimentar o ataque. Com o armador Iliass Bel Hassani em mau dia, mais a diminuição do ritmo do Excelsior, o único empate sem gols da rodada foi inevitável - para gáudio de Zwolle, Vitesse, NEC e Groningen, agora mais perto dos Almelöers. Pelo menos, manteve-se a distância de dois pontos para o PSV.
Feyenoord 5x0 Twente
A atuação do Feyenoord no Klassieker contra o Ajax rendeu o que pensar ao técnico Giovanni van Bronckhorst. Por um lado, Eric Botteghin ganhou a vaga de Sven van Beek no miolo de zaga; por outro, Simon Gustafson voltou ao meio-campo após ser barrado no clássico. E o meio-campista sueco retribuiu da melhor maneira possível a escolha de Van Bronckhorst: aos seis minutos, abriu o placar com bonito chute colocado, da entrada da área. A fragilidade da defesa do Twente possibilitava ao Stadionclub trocar passes como e quando quisesse, e só Hakim Ziyech e Thomas Agyepong, pelas pontas, tentavam algo para os Tukkers. Com muito mais rapidez e habilidade nas jogadas coletivas, não demorou para o Feyenoord ampliar: aos 26 minutos, Gustafson aproveitou o rebote de chute de Michiel Kramer.
No segundo tempo, foi até mais massacrante. Já no primeiro minuto, a tradicional fragilidade da defesa dos Enschedese em bolas aéreas atacou novamente: Dirk Kuyt cruzou e Kramer se antecipou e cabeceou para fazer 3 a 0. Mais quatro minutos, e a falha foi mais gritante ainda: Elia puxou a marcação no meio da área, e Karim El Ahmadi entrou livre para escorar cruzamento de Rick Karsdorp e fazer o quarto. O jogo já poderia ter acabado aí. Mas o Twente ainda viu um ato simbolizar sua atuação desastrosa: um minuto após entrar em campo, substituindo Jelle van der Heyden, o atacante Tim Hölscher cometeu falta e foi expulso diretamente. Nos acréscimos, ainda houve tempo de Bilal Basaçikoglu fazer o quinto. Quase igualando a maior vitória que já conseguira sobre o Twente (6 a 0, na temporada 1967/68), o Feyenoord venceu tão facilmente que Kuyt nem brilhou. E os Rotterdammers seguem firmes atrás do Ajax. Ao Twente, resta continuar amargando o desespero em que a crise financeira lhe jogou nesta temporada.
NEC 1x0 Utrecht
Luuk de Jong. Dirk Kuyt, Arek Milik. Esta temporada da Eredivisie mostra como nunca a responsabilidade que os goleadores dos times ponteiros têm nas boas campanhas deles. E outro exemplo vem de um clube que está na briga logo abaixo. É Christian Santos, do NEC. Após um primeiro tempo equilibrado, em que o Utrecht até teve mais chances para abrir o placar, o venezuelano apareceu na mais própria das horas para definir o placar: após pênalti de Yassin Ayoub em Navarone Foor, Santos bateu no ângulo. Foi seu nono gol na temporada (apenas Kuyt e Luuk de Jong marcaram mais). E foi a vitória que manteve o NEC na disputa para ver quem é o melhor do resto no Campeonato Holandês.
Luuk de Jong. Dirk Kuyt, Arek Milik. Esta temporada da Eredivisie mostra como nunca a responsabilidade que os goleadores dos times ponteiros têm nas boas campanhas deles. E outro exemplo vem de um clube que está na briga logo abaixo. É Christian Santos, do NEC. Após um primeiro tempo equilibrado, em que o Utrecht até teve mais chances para abrir o placar, o venezuelano apareceu na mais própria das horas para definir o placar: após pênalti de Yassin Ayoub em Navarone Foor, Santos bateu no ângulo. Foi seu nono gol na temporada (apenas Kuyt e Luuk de Jong marcaram mais). E foi a vitória que manteve o NEC na disputa para ver quem é o melhor do resto no Campeonato Holandês.
ADO Den Haag 2x2 Vitesse
Mal começou o jogo em Haia, e o ADO Den Haag partiu para o ataque. O que aconteceu? Isso mesmo: o Vitesse fez 1 a 0 logo aos seis minutos. Um passe em profundidade de Maikel van der Werff pegou a defesa dos Hagenaren toda desprevenida, e o israelense Sheran Yeini só teve o trabalho de tocar na saída do goleiro Martin Hansen. Só que a desvantagem precoce não inibiu os mandantes, que logo conseguiram o empate: aos 33 minutos, Ruben Schaken aproveitou erro de Guram Kashia na saída de bola, dominou e tocou no canto baixo do arqueiro Eloy Room. Ainda assim, o Vites novamente foi preciso. Logo aos 38 minutos, Kelvin Leerdam subiu sozinho, para cabecear e recolocar os visitantes na frente. Só restava ao Den Haag atacar no segundo tempo. E o empate surgiu já aos cinco minutos, num lance controverso: Leerdam disputou bola aérea com Mike Havenaar na área, e o jogo de corpo levou o japonês ao chão. Havenaar valorizou, e na interpretação do árbitro, o pênalti foi marcado. O zagueiro Timothy Derijck converteu, e ainda teve grande chance de virar o jogo, em cabeceio aos 25 minutos, para grande defesa de Room. Mas o último jogo da rodada ficou mesmo no 2 a 2.
Mal começou o jogo em Haia, e o ADO Den Haag partiu para o ataque. O que aconteceu? Isso mesmo: o Vitesse fez 1 a 0 logo aos seis minutos. Um passe em profundidade de Maikel van der Werff pegou a defesa dos Hagenaren toda desprevenida, e o israelense Sheran Yeini só teve o trabalho de tocar na saída do goleiro Martin Hansen. Só que a desvantagem precoce não inibiu os mandantes, que logo conseguiram o empate: aos 33 minutos, Ruben Schaken aproveitou erro de Guram Kashia na saída de bola, dominou e tocou no canto baixo do arqueiro Eloy Room. Ainda assim, o Vites novamente foi preciso. Logo aos 38 minutos, Kelvin Leerdam subiu sozinho, para cabecear e recolocar os visitantes na frente. Só restava ao Den Haag atacar no segundo tempo. E o empate surgiu já aos cinco minutos, num lance controverso: Leerdam disputou bola aérea com Mike Havenaar na área, e o jogo de corpo levou o japonês ao chão. Havenaar valorizou, e na interpretação do árbitro, o pênalti foi marcado. O zagueiro Timothy Derijck converteu, e ainda teve grande chance de virar o jogo, em cabeceio aos 25 minutos, para grande defesa de Room. Mas o último jogo da rodada ficou mesmo no 2 a 2.
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