Na curiosa segunda divisão holandesa, objetivo para os clubes "normais" é repetir VVV-Venlo: campeão e promovido diretamente (knvb.nl) |
Aliás, a iniciativa de não parar a segunda divisão enquanto as seleções europeias foi pedido... dos próprios clubes, por meio da CED (Cooperatie Eerste Divisie), entidade que une a maioria das agremiações. De acordo com Maarten van den Broek, porta-voz da CED, a mudança se deu "para tornar possível um começo mais tardio da liga, e para a tabela prever menos jogos às segundas. Foi um desejo forte, tanto de torcedores quanto de clubes. (...) As partidas de sexta são bem mais vistas do que as partidas das segundas. Uma vantagem que vem junto disso é o fato de que quatro jogos da segunda divisão serão transmitidos pela tevê no próximo fim de semana. Fazia tempo que não acontecia".
Se jogar mesmo nas datas FIFA facilita, fica ainda mais fácil chamar alguma atenção quando se joga contra as equipes B dos clubes da Eredivisie, mesmo que essas sejam obviamente impedidas de subirem. E tal fenômeno vai aumentando pouco a pouco na segunda divisão. Se no começo apenas Jong Ajax e Jong PSV eram aceitos, até por pressão da FOX Sports, emissora a cabo que mostra o campeonato - equipes B de clubes grandes já são chamarizes de mais audiência -, agora os méritos são até esportivos. Caso do Jong AZ, equipe B do clube de Alkmaar, campeã da Tweede Divisie (equivalente à terceira divisão) na temporada passada.
Enfim, sem mais delongas, hora de pequenos textos sobre dois tipos de clube: os "times B" dos grandes e aqueles que realmente sonham com um lugar na Eredivisie.
Os "Jong elftallen" (times B)
"Jong elftallen". Em holandês, "times de jovens". Exatamente para isso servem as equipes B dos clubes que jogam a Eredivisie: educarem atletas promissores a figurarem no ambiente de competição, antes de serem promovidos ao time principal. É o que acontece no Jong Ajax, em que o ex-lateral Michael Reiziger (técnico que sucede Marcel Keizer, inesperadamente "promovido" a treinador dos principais) terá as funções de seguir com boas campanhas, como no vice-campeonato de 2016/17, e encaminhar jovens ao time principal, como o zagueiro Damil Dankerlui - já promovido - e os atacantes Kaj Sierhuis e Robert Muric.
Caminho semelhante segue o PSV, no qual o técnico Dennis Haar terá até mais promessas que podem estrear/já estrearam na Eredivisie: o goleiro Yanick van Osch, o zagueiro Armando Obispo, o lateral Kenneth Paal, os meio-campistas Albert Gudmundsson e Mauro Júnior (brasileiro vindo do Desportivo Brasil), e o atacante Matthias Verreth. Capacidade para Haar não falta: afinal, ele vem justamente do Jong AZ, campeão da terceira divisão - e que jogará com destaques como o goleiro Nick Olij e o atacante Jeremy Helmer. No Jong Utrecht, a esperança é o atacante Nick Venema. De quebra, se algum jogador da equipe principal estiver lesionado... ele recupera ritmo de jogo no próprio time B.
Os de sempre
Em geral, time que cai da Eredivisie quase sempre disputa o acesso na temporada seguinte. A não ser algumas exceções - como o RKC Waalwijk, rebaixado em 2014/15 e vivendo grave crise atualmente. De resto, o NEC tem tudo para fazer o bate-e-volta rumo à Eredivisie - até por contar com bons jogadores, como o meio-campista Gregor Breinburg e o atacante Jordan Larsson (sim, filho do ex-atacante sueco Henrik). O Go Ahead Eagles manteve boa parte do time lanterna na temporada passada, com os atacantes Leon de Kogel e Sam Hendriks como destaques, mas terá mais dificuldades. Até porque times que disputaram a repescagem de acesso/descenso, como Volendam e MVV Maastricht, já buscam a volta à elite do futebol holandês há muito tempo. Quem sabe consigam... e ainda há o De Graafschap, também tradicional
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