Feyenoord tinha o jogo sob controle contra Heerenveen. Faltou combinar com Zeneli, que fez belo gol (ANP/Pro Shots) |
Twente 0x0 Roda JC (sexta-feira, 28 de outubro)
Fazendo uma ótima campanha diante das expectativas, o Twente tinha ótima chance de vencer: afinal de contas, abriria o ultimo colocado do Campeonato Holandês. Assim, os Tukkers começaram no ataque: já aos sete minutos, o zagueiro Peet Bijen cabeceou rente ao gol, na primeira trave. E tiveram posse de bola bem maior - sem contar chances posteriores, de Yaw Yeboah (cobrança de falta, aos 32') e Mateusz Klich (43', em chute que desviou na zaga). Ainda assim, não só o Roda JC segurou-se na defesa, com meio-campo e zagueiros muito compactados, mas também criou perigo em contragolpes. O maior deles, com Mitchel Paulissen, que se viu livre num contra-ataque, mas tocou para David Boysen, que perdeu a bola.
No segundo tempo, o técnico René Hake até precisou mudar inesperadamente o ataque (Fredrik Jensen, que já substituíra Chinedu Ede após problema no aquecimento, também lesionou-se, dando lugar a Jari Oosterwijk). Todavia, a postura ofensiva continuou trazendo chances e mais chances aos donos da casa no Grolsch Veste. Aos 66', Oosterwijk cabeceou a bola exigindo boa defesa de Benjamin van Leer; aos 88', em chute forte de Yeboah, Van Leer novamente apareceu bem; finalmente, aos 85', Enes Ünal, goleador da Eredivisie, cabeceou forte, mas a bola parou de novo no goleiro do Roda JC. Que foi premiado pela dedicação na defesa com um empate sem gols.
Willem II 2x1 Groningen (sábado, 29 de outubro)
Se havia um jogo dos desesperados na 11ª rodada, era este. O Groningen, na antepenúltima colocação, inesperada para quem tem um elenco médio, que até disputou os play-offs por vaga na Liga Europa; o Willem II, em condição até pior, como último colocado parcial (com o empate do Roda JC), com apenas dois pontos nos cinco jogos em casa até então - somando-se à temporada 2015/16, já eram 13 jogos sem vencer em Tilburg, recorde negativo histórico do clube na Eredivisie.
Sendo assim, restava aos Tilburgers atacar incessantemente, desde o começo. Foi o que ocorreu. Em menos de um minuto, os anfitriões já tinham uma chance: Freek Heerkens cruzou, e Erik Falkenburg desviou na primeira trave, forçando a defesa do goleiro Sergio Padt. Que também foi exigido aos 18': em bola vinda de chute de longe, por Funso Ojo, Padt ainda desviou antes da bola bater na trave. Aos 35', outra boa oportunidade dos Tricolores: Asumah Abubakar deixou a bola com Bartholomew Ogbeche, que bateu para fora
Com tanta busca pelo gol, ele até demorou: só veio aos 66'. Jordy Croux veio pela direita, cruzou, e Thom Haye (substituto de Falkenburg no segundo tempo) escorou; Padt rebateu, mas Haye ainda pegou a sobra e mandou para o filó adversário. Alívio? Ele ainda demorou: aos 75', Tom van Weert ajeitou de cabeça para Mimoun Mahi finalizar, empatando o jogo para o Groningen. Com maior posse de bola e mais chutes a gol, os Groningers até poderiam virar. Mas aos 85', Bartholomew Ogbeche salvou o Willem II. Jogando no lugar do suspenso Fran Sol Ortiz, Ogbeche fez o 2 a 1, de cabeça, após rebote de Sergio Padt em cruzamento. Aí, sim, o alívio: novamente, uma vitória do Willem II em casa, deixando a última posição.
Se havia um jogo dos desesperados na 11ª rodada, era este. O Groningen, na antepenúltima colocação, inesperada para quem tem um elenco médio, que até disputou os play-offs por vaga na Liga Europa; o Willem II, em condição até pior, como último colocado parcial (com o empate do Roda JC), com apenas dois pontos nos cinco jogos em casa até então - somando-se à temporada 2015/16, já eram 13 jogos sem vencer em Tilburg, recorde negativo histórico do clube na Eredivisie.
Sendo assim, restava aos Tilburgers atacar incessantemente, desde o começo. Foi o que ocorreu. Em menos de um minuto, os anfitriões já tinham uma chance: Freek Heerkens cruzou, e Erik Falkenburg desviou na primeira trave, forçando a defesa do goleiro Sergio Padt. Que também foi exigido aos 18': em bola vinda de chute de longe, por Funso Ojo, Padt ainda desviou antes da bola bater na trave. Aos 35', outra boa oportunidade dos Tricolores: Asumah Abubakar deixou a bola com Bartholomew Ogbeche, que bateu para fora
Com tanta busca pelo gol, ele até demorou: só veio aos 66'. Jordy Croux veio pela direita, cruzou, e Thom Haye (substituto de Falkenburg no segundo tempo) escorou; Padt rebateu, mas Haye ainda pegou a sobra e mandou para o filó adversário. Alívio? Ele ainda demorou: aos 75', Tom van Weert ajeitou de cabeça para Mimoun Mahi finalizar, empatando o jogo para o Groningen. Com maior posse de bola e mais chutes a gol, os Groningers até poderiam virar. Mas aos 85', Bartholomew Ogbeche salvou o Willem II. Jogando no lugar do suspenso Fran Sol Ortiz, Ogbeche fez o 2 a 1, de cabeça, após rebote de Sergio Padt em cruzamento. Aí, sim, o alívio: novamente, uma vitória do Willem II em casa, deixando a última posição.
O Heracles poderia ter sido superado pelo Sparta em casa. Poderia, se Bram Castro não pegasse pênalti no fim (ANP/Pro Shots) |
Heracles Almelo 2x2 Sparta Rotterdam (sábado, 29 de outubro)
No encontro duplo com o PSV, o Sparta Rotterdam ganhara razões para otimismo: vendera caro a derrota pela Eredivisie, e no meio da semana conseguira eliminar os Eindhovenaren na Copa da Holanda. De volta ao Holandês, os Kasteelheren nem se intimidaram ao jogar em Almelo: num jogo equilibrado (com direito a gol anulado - de Thomas Bruns, do Heracles, aos 42'), conseguiram o primeiro gol, aos 44': Thomas Verhaar ajeitou para Zakaria El Azzouzi finalizar deixando a bola nas redes.
Ainda assim, o Heracles não se acanhou. Continuou atacando no segundo tempo, tendo como grande chance uma bola mandada na trave por Robin Gosens, em cruzamento, aos 54'. Enfim, aos 68', veio o empate: na sobra de uma bola alçada na área, Brahim Darri arrematou para o 1 a 1. Finalmente, aos 81', Brandley Kuwas saiu na cara do gol, e tocou na saída do goleiro Roy Kortsmit: 2 a 1 para os Heraclieden. Placar definido? Nada disso, porque Loris Brogno igualou o placar no minuto seguinte, em chute forte. E o Sparta teve até chance de virar, nos acréscimos, com pênalti marcado após falta de Justin Hoogma. Verhaar bateu... e Bram Castro salvou o Heracles, espalmando o primeiro dos três pênaltis perdidos na rodada.
No encontro duplo com o PSV, o Sparta Rotterdam ganhara razões para otimismo: vendera caro a derrota pela Eredivisie, e no meio da semana conseguira eliminar os Eindhovenaren na Copa da Holanda. De volta ao Holandês, os Kasteelheren nem se intimidaram ao jogar em Almelo: num jogo equilibrado (com direito a gol anulado - de Thomas Bruns, do Heracles, aos 42'), conseguiram o primeiro gol, aos 44': Thomas Verhaar ajeitou para Zakaria El Azzouzi finalizar deixando a bola nas redes.
Ainda assim, o Heracles não se acanhou. Continuou atacando no segundo tempo, tendo como grande chance uma bola mandada na trave por Robin Gosens, em cruzamento, aos 54'. Enfim, aos 68', veio o empate: na sobra de uma bola alçada na área, Brahim Darri arrematou para o 1 a 1. Finalmente, aos 81', Brandley Kuwas saiu na cara do gol, e tocou na saída do goleiro Roy Kortsmit: 2 a 1 para os Heraclieden. Placar definido? Nada disso, porque Loris Brogno igualou o placar no minuto seguinte, em chute forte. E o Sparta teve até chance de virar, nos acréscimos, com pênalti marcado após falta de Justin Hoogma. Verhaar bateu... e Bram Castro salvou o Heracles, espalmando o primeiro dos três pênaltis perdidos na rodada.
PSV superou Vitesse como já fez muitas vezes: nos contragolpes, como neste gol de Pereiro (ANP/Pro Shots) |
Vitesse 0x2 PSV (sábado, 29 de outubro)
No dia em que Phillip Cocu completava 42 anos, o PSV procurou uma vitória para "presentear" o técnico. Mais importante, uma vitória para minorar a ameaça de crise que se insinuava com o desempenho apagado na Eredivisie, a campanha ruim na Liga dos Campeões e a eliminação inesperada na Copa da Holanda. Pelo menos no começo, o Vitesse mostrou que seria difícil vencer em Arnhem. Pelas pontas, o time da casa chegava várias vezes à área de defesa do time de Eindhoven. Aos 3', Ricky van Wolfswinkel cruzou, e Héctor Moreno tirou antes que a bola chegasse a Navarone Foor; no minuto seguinte, Milot Rashica cruzou, e Nicolas Isimat-Mirin tirou; aos 7', Arnold Kruiswijk mandou da direita, e antes que a bola chegasse a Van Wolfswinkel, Remko Pasveer (substituto do lesionado Jeroen Zoet) saiu bem do gol e defendeu.
Aí, o PSV lembrou seus melhores momentos. Porque no primeiro contragolpe que os visitantes fizeram no estádio Gelredome, abriram o placar, aos 12 minutos. Bart Ramselaar deixou pela esquerda a Gastón Pereiro, que livrou-se de Guram Kashia com um corte seco e tocou para as redes à queima-roupa, no contrapé de Eloy Room. Mesmo com a desvantagem, contudo, o Vites não se acanhou, e seguiu atacando. Aos 18', Sheran Yeini lançou em profundidade Van Wolfswinkel, que bateu na saída de Pasveer; a bola foi por cima do gol. Depois, aos 21', Lewis Baker cobrou falta, e Van Wolfswinkel completou de cabeça: a bola saiu fraca, fácil para Pasveer.
Aos visitantes, com a vantagem, ficava a comodidade do contra-ataque. Que quase rendeu o segundo gol, aos 26': Santiago Arias avançou pela esquerda, e deixou com Luuk de Jong. O atacante chegou à linha de fundo, acossado por Room, e cruzou rasteiro para o meio da área, mas não havia ninguém para completar. Depois, aos 39', Luuk de Jong deixou com Ramselaar, que invadiu a grande área pela direita e finalizou perto da trave oposta de Room. Todavia, o ataque vinha mais do Vitesse. Fosse na bola parada - como aos 42', quando Adnane Tighadouini cobrou falta e Pasveer defendeu. Fosse com cruzamentos - como já no segundo tempo, aos 54', quando Baker passou a bola a Tighadouini, que vinha pela esquerda e tentou cruzamento perigoso, rasteiro. Pasveer estava atento e saiu rápido do gol, encaixando a bola para evitar problemas.
O ritmo da partida já estava mais baixo, e o PSV até conseguiu uma boa oportunidade aos 61': Pereiro deixou Florian Jozefzoon em boas condições para tentar o gol, mas Kruiswijk o desarmou antes, na área. Mas foi justamente nesse momento de marasmo que o Vitesse teve a maior chance para o empate: aos 67', Marvelous Nakamba lançou a Van Wolfswinkel, e este escorou para Rashica, que mandou a bola no travessão. Aí o Vitesse se animou mais de novo, e partiu para a frente. Aos 85', Baker mandou a bola para a área numa cobrança de falta, mas Pasveer saiu bem do gol, defendendo sem problemas.
Com espaços cada vez maiores, o PSV aproveitou, nos acréscimos: aos 90' + 3, em rápido contra-ataque, Joshua Brenet veio pela esquerda, chegou à linha de fundo e cruzou para o ataque. Lá estava Andrés Guardado, que esperou a chegada de Pereiro e rolou para a direita. O uruguaio bateu à queima-roupa, e a bola ainda desviou nos pés de Room antes de balançar as redes. 2 a 0, que manteve o PSV à espreita do Ajax - e mais próximo do líder Feyenoord, com o tropeço deste no domingo. Ameaça de crise minorada, Phillip Cocu até pôde brincar com a data natalícia: "Eu agradeci ao time pelo presente que me deram".
No dia em que Phillip Cocu completava 42 anos, o PSV procurou uma vitória para "presentear" o técnico. Mais importante, uma vitória para minorar a ameaça de crise que se insinuava com o desempenho apagado na Eredivisie, a campanha ruim na Liga dos Campeões e a eliminação inesperada na Copa da Holanda. Pelo menos no começo, o Vitesse mostrou que seria difícil vencer em Arnhem. Pelas pontas, o time da casa chegava várias vezes à área de defesa do time de Eindhoven. Aos 3', Ricky van Wolfswinkel cruzou, e Héctor Moreno tirou antes que a bola chegasse a Navarone Foor; no minuto seguinte, Milot Rashica cruzou, e Nicolas Isimat-Mirin tirou; aos 7', Arnold Kruiswijk mandou da direita, e antes que a bola chegasse a Van Wolfswinkel, Remko Pasveer (substituto do lesionado Jeroen Zoet) saiu bem do gol e defendeu.
Aí, o PSV lembrou seus melhores momentos. Porque no primeiro contragolpe que os visitantes fizeram no estádio Gelredome, abriram o placar, aos 12 minutos. Bart Ramselaar deixou pela esquerda a Gastón Pereiro, que livrou-se de Guram Kashia com um corte seco e tocou para as redes à queima-roupa, no contrapé de Eloy Room. Mesmo com a desvantagem, contudo, o Vites não se acanhou, e seguiu atacando. Aos 18', Sheran Yeini lançou em profundidade Van Wolfswinkel, que bateu na saída de Pasveer; a bola foi por cima do gol. Depois, aos 21', Lewis Baker cobrou falta, e Van Wolfswinkel completou de cabeça: a bola saiu fraca, fácil para Pasveer.
Aos visitantes, com a vantagem, ficava a comodidade do contra-ataque. Que quase rendeu o segundo gol, aos 26': Santiago Arias avançou pela esquerda, e deixou com Luuk de Jong. O atacante chegou à linha de fundo, acossado por Room, e cruzou rasteiro para o meio da área, mas não havia ninguém para completar. Depois, aos 39', Luuk de Jong deixou com Ramselaar, que invadiu a grande área pela direita e finalizou perto da trave oposta de Room. Todavia, o ataque vinha mais do Vitesse. Fosse na bola parada - como aos 42', quando Adnane Tighadouini cobrou falta e Pasveer defendeu. Fosse com cruzamentos - como já no segundo tempo, aos 54', quando Baker passou a bola a Tighadouini, que vinha pela esquerda e tentou cruzamento perigoso, rasteiro. Pasveer estava atento e saiu rápido do gol, encaixando a bola para evitar problemas.
O ritmo da partida já estava mais baixo, e o PSV até conseguiu uma boa oportunidade aos 61': Pereiro deixou Florian Jozefzoon em boas condições para tentar o gol, mas Kruiswijk o desarmou antes, na área. Mas foi justamente nesse momento de marasmo que o Vitesse teve a maior chance para o empate: aos 67', Marvelous Nakamba lançou a Van Wolfswinkel, e este escorou para Rashica, que mandou a bola no travessão. Aí o Vitesse se animou mais de novo, e partiu para a frente. Aos 85', Baker mandou a bola para a área numa cobrança de falta, mas Pasveer saiu bem do gol, defendendo sem problemas.
Com espaços cada vez maiores, o PSV aproveitou, nos acréscimos: aos 90' + 3, em rápido contra-ataque, Joshua Brenet veio pela esquerda, chegou à linha de fundo e cruzou para o ataque. Lá estava Andrés Guardado, que esperou a chegada de Pereiro e rolou para a direita. O uruguaio bateu à queima-roupa, e a bola ainda desviou nos pés de Room antes de balançar as redes. 2 a 0, que manteve o PSV à espreita do Ajax - e mais próximo do líder Feyenoord, com o tropeço deste no domingo. Ameaça de crise minorada, Phillip Cocu até pôde brincar com a data natalícia: "Eu agradeci ao time pelo presente que me deram".
Ajax decepcionou contra Excelsior. Pelo menos, Ziyech garantiu a vitória (Den Breejee/VI Images) |
Ajax 1x0 Excelsior (sábado, 29 de outubro)
Com a vitória do PSV, no jogo imediatamente anterior, o Ajax sabia: tinha de aproveitar a oportunidade contra um Excelsior em queda livre, para vencer e continuar a perseguição ao Feyenoord. Começou a tentar isso rapidamente: já aos 3', Mitchell Dijks (substituindo o lesionado Daley Sinkgraven na lateral esquerda) cruzou, e Kasper Dolberg cabeceou, mas Tom Muyters agarrou. Aos 7', Hakim Ziyech invadiu a área, recebeu a bola e a deixou com Dolberg, mas o dinamarquês bateu por cima do gol, perdendo boa chance. Se o Ajax tivesse continuado com a volúpia ofensiva ao longo do primeiro tempo, abrir o placar seria quase natural.
Não foi o que aconteceu: dos 10' em diante, o ritmo da partida na Amsterdam Arena diminuiu barbaramente, e aos poucos a torcida foi se exasperando com a falta de pressão. Só vieram chances aos Ajacieden numa bola parada (aos 31', Lasse Schöne cobrou falta, mandando a bola perto do gol) e num chute de longe (aos 35', Ziyech arriscou de fora da área, mas não trouxe problemas a Muyters). O Excelsior até conseguiu uma boa chance de surpreender, nos acréscimos: aos 45' + 1, Mike van Duinen entrou na área e bateu, mas Davinson Sánchez o prensou na hora certa, e André Onana defendeu.
Pelo menos, o Ajax não demorou para fazer o que precisava no segundo tempo. E abriu o placar já aos 47': Dolberg recebeu lançamento e apenas ajeitou para Ziyech. O camisa 22 dominou no peito e bateu de primeira, de fora da área, no canto esquerdo de Muyters, fazendo belo gol - seu quarto, em sete jogos pelos Amsterdammers. O gol tranquilizou os mandantes, que partiram para o ataque. Aos 53', Schöne quase fez 2 a 0 em outro arremate de fora, mas mandou na trave. Seis minutos depois, a grande chance: Dolberg foi puxado pelo zagueiro Jürgen Mattheij - leve, mas o suficiente para o juiz Danny Makkelie apontar o pênalti. Schöne bateu... e Muyters espalmou para a esquerda, defendendo a cobrança. E o Ajax teve de se contentar mesmo com o 1 a 0. Pelo menos, cumpriu a tarefa: venceu um adversário em queda (cinco derrotas seguidas para o Excelsior), e ficou até mais perto do Feyenoord. Deu até para fazer a estreia de um talento, o meio-campista Abdelhak Nouri, pelo Campeonato Holandês.
Com a vitória do PSV, no jogo imediatamente anterior, o Ajax sabia: tinha de aproveitar a oportunidade contra um Excelsior em queda livre, para vencer e continuar a perseguição ao Feyenoord. Começou a tentar isso rapidamente: já aos 3', Mitchell Dijks (substituindo o lesionado Daley Sinkgraven na lateral esquerda) cruzou, e Kasper Dolberg cabeceou, mas Tom Muyters agarrou. Aos 7', Hakim Ziyech invadiu a área, recebeu a bola e a deixou com Dolberg, mas o dinamarquês bateu por cima do gol, perdendo boa chance. Se o Ajax tivesse continuado com a volúpia ofensiva ao longo do primeiro tempo, abrir o placar seria quase natural.
Não foi o que aconteceu: dos 10' em diante, o ritmo da partida na Amsterdam Arena diminuiu barbaramente, e aos poucos a torcida foi se exasperando com a falta de pressão. Só vieram chances aos Ajacieden numa bola parada (aos 31', Lasse Schöne cobrou falta, mandando a bola perto do gol) e num chute de longe (aos 35', Ziyech arriscou de fora da área, mas não trouxe problemas a Muyters). O Excelsior até conseguiu uma boa chance de surpreender, nos acréscimos: aos 45' + 1, Mike van Duinen entrou na área e bateu, mas Davinson Sánchez o prensou na hora certa, e André Onana defendeu.
Pelo menos, o Ajax não demorou para fazer o que precisava no segundo tempo. E abriu o placar já aos 47': Dolberg recebeu lançamento e apenas ajeitou para Ziyech. O camisa 22 dominou no peito e bateu de primeira, de fora da área, no canto esquerdo de Muyters, fazendo belo gol - seu quarto, em sete jogos pelos Amsterdammers. O gol tranquilizou os mandantes, que partiram para o ataque. Aos 53', Schöne quase fez 2 a 0 em outro arremate de fora, mas mandou na trave. Seis minutos depois, a grande chance: Dolberg foi puxado pelo zagueiro Jürgen Mattheij - leve, mas o suficiente para o juiz Danny Makkelie apontar o pênalti. Schöne bateu... e Muyters espalmou para a esquerda, defendendo a cobrança. E o Ajax teve de se contentar mesmo com o 1 a 0. Pelo menos, cumpriu a tarefa: venceu um adversário em queda (cinco derrotas seguidas para o Excelsior), e ficou até mais perto do Feyenoord. Deu até para fazer a estreia de um talento, o meio-campista Abdelhak Nouri, pelo Campeonato Holandês.
Zwolle 3x1 Go Ahead Eagles (domingo, 30 de outubro)
Vários jogos na rodada foram bem agradáveis. E o "Dérbi do Ijssel" (referência ao rio Ijssel, que corta as cidades dos dois clubes, Zwolle e Deventer) não foi exceção. Aliás, talvez tenha sido até o mais animado de todos. Antes mesmo do primeiro minuto de jogo, Marcel Ritzmaier quase abriu o placar para os visitantes. Mais alguns segundos, e já com 1', o Zwolle fez 1 a 0: Queensy Menig recebeu a bola de Bram van Polen, cortou dois marcadores e tocou por cima do goleiro Theo Zwarthoed, em gol tão rápido quanto bonito. Depois, antes de sair lesionado, Younes Mokhtar ainda conseguiu mandar a bola na trave. Sem ampliar a vantagem, porém, o Zwolle sofreu o empate aos 42': Darren Maatsen cruzou, e Sander Fischer bateu de primeira para as redes.
A emoção continuou no segundo tempo. Aos 56', Ritzmaier quase virou o jogo para o Go Ahead Eagles: cobrou falta, e a bola foi direto ao poste defendido por Mickey van der Hart. Os visitantes de Deventer não fizeram, e tomaram: no lance seguinte, Mustafa Saymak fez jogada individual para chutar forte e marcar seu primeiro gol pelo Campeonato Holandês desde 28 de fevereiro de 2015. Ainda assim, as chances dos visitantes continuaram. Van der Hart fez ótimas defesas aos 88' - primeiro em chute de Kevin Brands, depois no rebote de Kenny Teijsse. Os Zwollenaren só se tranquilizaram aos 90': Fischer cometeu falta em Anass Achahbar, foi expulso, e Danny Holla cobrou perfeitamente, consolidando o 3 a 1 dos anfitriões. Há quatro jogos sem perder (três vitórias, um empate), o Zwolle já está em 10º lugar. Espera ficar por ali.
Utrecht 1x1 NEC (domingo, 30 de outubro)
Uma partida com dois tempos que tiveram domínios bastante claros. Na primeira metade, quem mandou no gramado do Galgenwaard foi o Utrecht. Dominou os visitantes de Nijmegen, e o primeiro gol até foi tardo para tanto domínio: aos 35', Richairo Zivkovic cruzou, e Nacer Barazite conferiu para as redes, com um leve desvio do goleiro Joris Delle na bola. Aos 41', Sébastien Haller quase deixou o dele, cabeceando na trave; e no minuto final do 1º tempo, após Michael Heimloth falhar, Zivkovic chegou livre, mas tocou para fora.
E os Utregs tiveram motivos para lamentar as chances desperdiçadas de encaminharem a vitória. Porque o NEC voltou bem melhor na etapa complementar, criando mais chances e aproveitando a velocidade de atacantes como Kévin Mayi... e Ferdi Kadioglu. Este, que substituiu Reagy Ofosu no segundo tempo, foi o autor do gol de empate, aos 62', em chute forte de fora da área. Chute que pôs Kadioglu na história do NEC: tornou-se o mais jovem autor de gol do clube pelo Campeonato Holandês, com 17 anos e 23 dias.
Feyenoord 2x2 Heerenveen (domingo, 30 de outubro)
O Heerenveen vem fazendo ótimo começo de Campeonato Holandês - com direito a empate contra o PSV e tudo o mais. Mas ficava a dúvida: como o time da Frísia iria encarar o líder do campeonato, em Roterdã, com De Kuip lotado como sempre? Não demorou muito para a resposta vir, e explodir a torcida visitante: logo aos 5', Sam Larsson deixou a bola com Arber Zeneli, pela direita. Este cruzou, e na primeira trave, Reza "Gucci" Ghoochannejhad escorou para as redes, fazendo 1 a 0 para o Fean. Como no clássico contra o Ajax, na rodada passada, o Feyenoord saía atrás.
Restava atacar o mais rápido possível - principalmente pela ponta direita, com Rick Karsdorp. O que começou aos 8': após cruzamento de Karsdorp para a área, Nicolai Jorgensen cabeceou à queima-roupa, e Erwin Mulder fez grande defesa, no reflexo. Dirk Kuyt pegou o rebote e tentou aproveitar, mas chutou por cima. Martelando, contra um Heerenveen pressionado, o time da casa conseguiu o empate aos 26', graças a outro jogador que ajuda bastante com suas assistências: Jens Toornstra recebeu de Karsdorp, e passou em profundidade. Jorgensen saiu da linha de impedimento em condição válida, dominou na área e bateu no contrapé de Mulder para o 1 a 1, fazendo seu oitavo gol na Eredivisie e firmando-se no topo da lista de goleadores.
Porém, mesmo com a postura ofensiva massiva do Stadionclub, o Heerenveen não mostrava medo, e tentava aproveitar as chances. O que deixou o jogo tenso e ofensivo, com chances de parte a parte. Aos 29', em cobrança de falta, a defesa tirou parcialmente, e "Gucci" aproveitou a sobra de primeira, fazendo Brad Jones rebater no susto. Cinco minutos depois, em bola sobrada pela direita, Karsdorp bateu forte, mandando por cima do gol, rente ao travessão. O jogo seguia assim, com alternâncias, até a virada do Feyenoord, aos 42'. Bilal Basaçikoglu entrou na área pela esquerda, foi seguido, derrubado por Jeremiah St. Juste, e Pol van Boekel apitou o pênalti. Dirk Kuyt, claro, partiu para a cobrança. Bateu mal: rasteiro, no canto, e Mulder mergulhou para espalmar. Mas no rebote, Karsdorp entrou rápido e tocou para fazer 2 a 1 - gol merecido para tremenda atuação do jovem lateral direito.
No segundo tempo, o Feyenoord voltou melhor: tranquilo com a virada, controlava o jogo. Mas ninguém contava com o que se viu aos 60': partindo do campo de defesa, Zeneli tabelou com Larsson, recebeu de volta, passou do círculo central e arrematou, a 30 metros do gol. A bola foi no canto baixo direito de Brad Jones, decretando o empate com um dos gols mais bonitos da rodada. E o Feyenoord teve de pressionar de novo. Ao invés de chegar ao ataque pelas pontas, tentou com os chutes de fora da área: aos 65', Jorgensen arriscou rasteiro, de longe, mas Mulder (boa atuação do goleiro, ex-Feyenoord) mergulhou no canto esquerdo para defender. Jorgensen apareceu de novo aos 68', em jogada individual: driblou Lucas Bijker e ficou cara a cara com Mulder na área, mas chutou na rede pelo lado de fora.
Novamente, se os Feyenoorders atacavam, o Heerenveen não deixava por menos, também trazendo perigo em contragolpes fortuitos: como aos 78', quando Henk Veerman quase fez, mas Karsdorp desarmou na hora certa (houve reclamação de falta em Veerman). Aos poucos, o abafa dos mandantes ficou mais esparso: a última chance veio em novo arremate de fora, aos 86', com Jan-Arie van der Heijden, que mandou a bola longe do gol. E o 2 a 2 final de uma partida eletrizante comprovou o bom ano do Heerenveen. Para o Feyenoord, fica o alerta: segue a invencibilidade após 11 rodadas, mas já são dois empates seguidos, e a vantagem para o Ajax caiu para três pontos. A Eredivisie está aberta, e convém ao líder não vacilar.
ADO Den Haag 0x1 AZ (domingo, 30 de outubro)
O jogo que fechou a rodada, em Haia, colocava frente a frente duas equipes que tinham o que melhorar. O AZ vinha de três empates e uma derrota em sequência pelo Campeonato Holandês - fora a péssima campanha na Liga Europa. Para o Den Haag, as coisas eram ainda piores: sem vencer pela liga desde 19 de agosto. Pelo que se viu em grande parte do jogo, as más fases dos times foram justificadas: sem quase nenhum ataque, as torcidas tiveram pouquíssima emoção no Kyocera Stadion. O único momento que causou algum burburinho foi aos 24', quando o volante Derrick Luckassen cobrou falta no ângulo para o AZ, forçando o goleiro Ernestas Setkus a fazer boa defesa para livrar a cara dos Hagenaren.
Na etapa complementar, as coisas continuaram extremamente desanimadas. Nem mesmo as trocas de ambos os técnicos no ataque causaram mais movimentação, ou mesmo mais oportunidades de gol. E a partida parecia caminhar para um 0 a 0 que não deixaria saudades, quando apareceu Robert Mühren. Vindo do banco aos 66' (substituiu Iliass Bel Hassani), o atacante fez o gol da vitória dos visitantes de Alkmaar, aos 87', aparecendo na segunda trave para completar cruzamento de Alireza Jahanbakhsh. Se nenhuma das duas equipes encantou - bem longe disso -, pelo menos o AZ interrompeu a má fase na Eredivisie.
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