A reação de Bazoer simboliza a reação do Vitesse: firme na temporada, é o "médio" mais capacitado para desafiar o Trio de Ferro e sonhar com um título surpreendente (Pro Shots/VI Images) |
Posição: 4º colocação, com 29 pontos (atrás pelo menor saldo de gols)
Técnico: Thomas Letsch
Time-base: Pasveer; Doekhi, Bazoer e Rasmussen; Dasa, Tannane, Bero, Tronstad e Wittek; Openda e Broja (Darfalou)
Maior vitória: Vitesse 3x0 Heracles Almelo (4ª rodada)
Maior derrota: AZ 3x1 Vitesse (14ª rodada)
Copa da Holanda: classificado para as oitavas de final, nas quais enfrentará o ADO Den Haag
Competição europeia: nenhuma
Artilheiro: Loïs Openda (atacante) e Oussama Darfalou (atacante), ambos com 6 gols
Objetivo do início: vaga nos play-offs pela Liga das Conferências/vaga direta na Liga das Conferências
Avaliação: Com um time muito firme e com os destaques se sobressaindo, o Vitesse teve desempenho notável. Não só cumpre o objetivo, como ganhou o direito de sonhar com uma surpresa, ainda que muito de leve
Regular frequentador do "sub-topo" da tabela do Campeonato Holandês (ou seja, aquela faixa de clubes médios que raramente sonham com o título, mas quase sempre fazem boas campanhas e até participam de uma Liga Europa da vida), o Vitesse andava mais enfraquecido nos últimos anos. E colocou relativa expectativa no que faria em 2020/21. Pois bem: está fazendo bonito, muito bonito. Fazia algum tempo que o Vites não mostrava a firmeza que está exibindo em campo. Méritos, em parte, para o técnico alemão Thomas Letsch, que supera percalços - como um surto de COVID-19 - para ajudar na formação de um time forte na defesa e rápido nos contra-ataques. Em outra parte, até maior, os méritos vão para os jogadores. Até porque, sem eles, não há como melhorar um time. E boa parte dos nomes trazidos pelo clube de Arnhem justificam plenamente as apostas.
Quem mais as justifica é um nome que andava em baixa: Riechedly Bazoer. O meio-campista sempre foi talentoso, mas seus problemas disciplinares periódicos já o colocavam na categoria do "já era" para muitos. Sob Letsch, Bazoer virou "líbero" no esquema com três zagueiros - e tem feito tal função com categoria, bem nos lançamentos e nos avanços. No meio, Oussama Tannane é a chegada surpresa ao ataque, para ajudar Loïs Openda e Armando Broja, dupla confiável na frente (com um reserva tão confiável quanto ambos, Oussama Darfalou). De quebra, Remko Pasveer segue um dos melhores goleiros da Eredivisie, aos 37-para-38 anos. Provas desse desempenho elogiável do Vitesse? Só ver os jogos contra o Trio de Ferro: vitórias contra PSV e Feyenoord, e derrota vendida a preço caríssimo para o Ajax. Há pontos a melhorar, claro: o time tem tendências a expulsões desnecessárias, e a derrota para o AZ, adversário direto, prejudicou um pouco. Mas, se continuar assim na segunda metade, o Vitesse seguirá sendo osso muito duro de roer, como o médio a desafiar o Trio de Ferro e sonhar alto.
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