terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Parada obrigatória: Utrecht

A lamentação de Kerk representa bem o tamanho da decepção que o Utrecht tem sido no Campeonato Holandês, com atuações medianas. Mas o fim de 2020 trouxe luz no fim do túnel (Pro Shots/VI Images)

Posição: 10ª colocação, com 17 pontos
Técnico: John van den Brom (até a 7ª rodada) e René Hake (interino até a 14ª rodada, depois efetivado)
Time-base: Paes; Van der Maarel, St. Jago, Hoogma e Warmerdam; Van Overeem, Gustafson e Ramselaar (Mahi); Kerk, Van de Streek e Elia
Maior vitória: Utrecht 3x1 RKC Waalwijk (3ª rodada)
Maior derrota: Heracles Almelo 4x1 Utrecht (7ª rodada)
Copa da Holanda: eliminado pelo Ajax, na segunda rodada
Competição europeia: nenhuma
Artilheiro: Mimoun Mahi (atacante), com 4 gols
Objetivo do início: vaga nos play-offs pela Liga das Conferências/vaga direta na Liga das Conferências
Avaliação: Pelas grandes ambições que os Utregs tinham antes do campeonato começar e pelo que se viu até agora em campo, é indisfarçável: trata-se de uma das decepções da Eredivisie, até agora

Contratações ambiciosas, como Eljero Elia. A manutenção de vários destaques da temporada passada (até pela imposição de contenção econômica que a pandemia de COVID-19 forçou), como Simon Gustafson e Gyrano Kerk. Um time ofensivo, dos mais agradáveis de se ver no Campeonato Holandês. Um time que era finalista da Copa da Holanda, quando a pandemia e seus efeitos se abateram sobre o futebol dos Países Baixos. Enfim: era razoável supor que os Utregs seriam mais um clube a desafiar os três grandes do futebol holandês. Começou a Eredivisie. E o Utrecht se mostrou... murcho em campo. Ora empatava, ora vencia sem muita graça. Parecia uma equipe... manjada, sem tanta intensidade, sem tanta variedade. Havia destaques, sim, como a rapidez de sempre que Kerk mostrava no ataque. Mas, de certa forma, o símbolo da decepção que o Utrecht causava a quem o via era Elia: o veterano ia e vinha entre o banco e o campo, entre um jogo e outro, desapontando a quem esperasse dele.

Elia logo revelou suas razões: questões particulares (como um grave problema de saúde que acometeu sua filha) impediam-no de manter seu foco no campo, e até o faziam dizer que "se arrependia" da volta à Holanda. Outro forte sintoma do abatimento que o Utrecht passava foi a saída do técnico John van den Brom: ao invés de ser demitido, quem preferiu sair do clube foi o próprio Van den Brom, aceitando oferta do Racing Genk belga. O pior é que, sob o interino René Hake, o time até piorou: nas rodadas seguintes, quatro empates e duas derrotas, e a queda para o meio da tabela. Os destaques - Kerk, Bart Ramselaar, Mimoun Mahi (novamente titular) - não conseguiam conter a crise. Porém, nas duas últimas rodadas da Eredivisie em 2020, uma esperança reapareceu: uma vitória contra o lanterna Emmen, e um empate contra o AZ, no último lance da partida. Já valeu para que René Hake fosse efetivado como técnico. Mais resultados positivos valerão para que o Utrecht deixe de ser uma decepção na temporada.

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