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| A Holanda (Países Baixos) está cada vez mais perto da vaga na Copa de 2026. Conseguiu sair com um ponto, no empate contra a Polônia. Mas ainda deve em campo (ANP) |
A seleção masculina da Holanda (Países Baixos) está perto da vaga na Copa de 2026. Há muito tempo - talvez desde que o (fácil) grupo G das eliminatórias tenha começado. Entretanto, exatamente por ser um grupo fácil, era de se supor que o domínio da Laranja fosse maior do que está sendo. E o empate em 1 a 1 com a Polônia, até previsível num jogo tenso - era o "tudo ou nada" da Polônia em busca da vaga direta e de alcançar a liderança -, foi recebido com chateação justificada, porque a confirmação matemática está demorando demais para chegar.
Como se esperava pelo cenário citado acima, a Polônia começou o jogo empurrada por sua torcida. E também apostando numa jogada de ataque que deu certo no 1 a 1 de setembro, em Roterdã: lançamentos para Matty Cash fazer algo com a bola. O lateral direito tentou fazer logo aos 2', quando cruzou, e Nicola Zalewski, livre na área, completou para fora, finalizando até mal. Depois, ainda na pressão inicial, Michal Skoras tentou o chute aos 6', mas o goleiro Bart Verbruggen pegou.
E é bom que se faça justiça: após os primeiros dez minutos, até que a Holanda controlou o jogo. Com Frenkie de Jong mantendo a posse de bola; com calma ao trocar passes; até com mais intensidade nas divididas; enfim, com tudo isso, a Laranja foi esfriando o ânimo polonês. Teve até algumas tentativas (o goleiro Kamil Grabara rebateu cobrança de Memphis Depay, aos 18'; Donyell Malen, muito ativo, bateu da entrada da área, por cima do gol, aos 24'). No entanto, mesmo dominando a posse de bola, mesmo até pressionando mais uma Polônia recolhida, faltavam os ataques. Faltava fazer Grabara trabalhar de fato.
De tão recolhida, a Polônia parecia mesmo era esperar uma chance para contra-atacar. Ela surgiu, aos 43', após uma bola perdida por Memphis. E aí, Robert Lewandowski, o grande jogador da seleção da casa, fez o que dele se espera: foi referência, ajudou. Ajeitou perfeitamente a bola, para Jakub Kaminski aproveitar o caminho livre que tinha à frente, tocar a bola na saída de Verbruggen e fazer o 1 a 0 que alegrou e motivou os poloneses. A Holanda nem jogara tão mal, mas tinha sua falha (fragilidade nos contra-ataques) punida do pior jeito possível.
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| Lewandowski nem brilhou tanto assim. Mas ajudou a Polônia a trazer até mais perigo no ataque ao longo dos 90 minutos (Marcel ter Bals/DeFodi Images/Getty Images) |
A punição só não foi pior porque, já aos 47', logo após o intervalo, veio o empate, na única jogada de ataque minimamente certa: Cody Gakpo (que muito tentou no jogo, às vezes certo, outras errado) cruzou, Malen cabeceou para o gol vazio, Grabara tentou rebater após sair mal do gol, e a bola sobrou para Memphis Depay, de novo, marcar pela seleção. O que não quer dizer que a Polônia se amuou: com Matty Cash novamente dando trabalho a Micky van de Ven, o time da casa teve três chances em sequência. Logo após o empate, aos 48', Verbruggen fez grande defesa em desvio de Lewandowski; aos 55', Nicola Zalewski arriscou, e o camisa 1 holandês pegou firme; e aos 57', Kaminski dominou lançamento longo, quase fez seu segundo, mas Verbruggen espalmou para fora após desvio.
Estranho foi ver um sinalizador jogado no gramado, forçando a interrupção do jogo por quase cinco minutos, num momento em que a Polônia até estava mais perto do gol. Então, a Laranja cresceu. E enfim, teve algumas chances de gol mais próximas: Ryan Gravenberch quase fez aos 68' (Grabara rebateu na pequena área), Memphis cabeceou para fora aos 69'... só na reta final a Polônia ainda tentou algo, com Michal Skoras, aos 82' (nos acréscimos, Lewandowski tentou de cabeça - Verbruggen pegou). Depois, Gravenberch ainda arriscou chute aos 86', defendido por Grabara.
Só que as duas equipes acabaram se contentando com o empate. Que deixa a Holanda ainda mais perto da Copa do que já estava: na segunda-feira, em Amsterdã, bastará um empate (ou, óbvio, a vitória) contra a Lituânia para que a Laranja viaje à América Central/do Norte no meio de 2026. Mas o aborrecimento unânime de jogadores e do próprio técnico Ronald Koeman na saída de campo deixa claro: a vaga poderia estar garantida há muito tempo. E a culpa talvez seja da própria Holanda.
Eliminatórias para a Copa de 2026 - Europa - Grupo G
Polônia 1x1 Holanda
Data: 14 de novembro de 2025
Local: PGE Narodowy (Varsóvia)
Juiz: Maurizio Mariani (Itália)
Gols: Jakub Kaminski, aos 43', e Memphis Depay, aos 47'
POLÔNIA
Kamil Grabara; Matty Cash (Pawel Wszolek, aos 81'), Tomasz Kedziora, Jan Ziolkowski e Jakub Kiwior; Michal Skoras, Piotr Zielinski, Sebastian Szymanski (Bartosz Kapustka, aos 13') e Nicola Zalewski (Kamil Grosicki, aos 81'); Jakub Kaminski (Filip Rozga, aos 90' + 2); Robert Lewandowski (Adam Buksa, aos 90' + 2). Técnico: Jan Urban
HOLANDA
Bart Verbruggen; Lutsharel Geertruida (Jan Paul van Hecke, aos 74'), Jurriën Timber, Virgil van Dijk e Micky van de Ven; Frenkie de Jong, Justin Kluivert (Tijjani Reijnders, aos 74') e Ryan Gravenberch (Jerdy Schouten, aos 88'); Donyell Malen, Memphis Depay (Emmanuel Emegha, aos 88') e Cody Gakpo. Técnico: Ronald Koeman


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