A eliminação inquestionável para o Getafe deixou claro: a magia do Ajax acabou. Hora de voltar à rotina (BSR Agency)
Após as derrotas nos jogos de ida, a esperança dos clubes holandeses na Liga Europa era mais protocolar do que qualquer outra coisa. Diante do LASK Linz, na Áustria, as chances do AZ eram maiores - mas para isso, os próprios jogadores dos Alkmaarders sabiam: teriam de jogar melhor do que fizeram no 1 a 1 da semana passada. Já o desafio do Ajax era tremendo: diante de um Getafe motivado, capaz de fazer jogo duro até mesmo em Amsterdã, os Godenzonen voltariam a entrar em campo com um time desfalcado - e justamente de um nome decisivo, Hakim Ziyech, com dores renitentes na panturrilha.
Houve esforço? Sim. Houve até bom futebol? Numa hora ou noutra. Mas vieram as eliminações, de modo até previsível. Que deram a incômoda impressão de que a magia acabou. Após a temporada inesquecível que o Ajax fez em 2018/19, reabilitando até o futebol neerlandês como um todo, é hora de voltar à rotina habitual.
O AZ ficou desfocado, diante do destaque de Marko Raguz, o nome da classificação do LASK Linz (EPA)
LASK Linz-AUT 2x0 AZ (LASK 3x1 no placar agregado)
Mesmo com a defesa ainda vitimada por lesões (novamente, Teun Koopmeiners jogou recuado para a zaga), até que os visitantes de Alkmaar foram ofensivos, no frio do Linzer Stadion, em Linz. Já aos quatro minutos, Dani de Wit quase marcou, em desvio de cabeça. Aos 12', Calvin Stengs trouxe certo perigo, num chute de longe; e aos 20', Oussama Idrissi fez toda a jogada, mas seu cruzamento foi rápido demais para Stengs. Todavia, o organizado LASK voltava a mostrar perigo com Marko Raguz, o autor do gol em Alkmaar, na semana passada: aos 33', ele chutou à queima-roupa, forçando boa defesa do goleiro Marco Bizot. Mas o AZ melhorava, e até estava mais perto do gol.
Só que, aos 42', veio o golpe inicial para eliminar os Alkmaarders da Liga Europa. Numa perda de bola de Koopmeiners, o LASK acelerou o contragolpe, e Reinhold Ranftl só parou ao ser derrubado na área por Idrissi. Pênalti, que Raguz converteu para o 1 a 0, ampliando a vantagem do time austríaco no placar agregado. A desvantagem súbita, pouco antes do intervalo, abateu bastante os visitantes holandeses. E ficou pior ainda, logo no início do segundo tempo: aos 50', James Holland lançou, a defesa do AZ rebateu, mas Raguz se consolidou como o nome do jogo, fazendo 2 a 0 num belo voleio. O time holandês estava batido. E nem a expulsão do zagueiro Philipp Wiesinger, aos 88', deu crença de que a desvantagem podia ser revertida. O cansaço de um time titular repetido jogo após jogo cobrou seu preço. Além do mais, o técnico Arne Slot reconheceu: "Criamos poucas chances".
Ajax 2x1 Getafe-ESP (Getafe 3x2 no placar agregado)
O Ajax podia ir para a decisão sem Hakim Ziyech, mas tinha uma volta válida (Quincy Promes, enfim recuperado de lesão na panturrilha) e uma novidade (pela primeira vez, o brasileiro Danilo, do time B, seria titular pela primeira vez), enquanto caberia a Carel Eiting tentar criar as jogadas. Tentativas de animar uma equipe baqueada por lesões - e, diga-se de passagem, por cair na Liga dos Campeões antes do que desejava. Tentativas frustradas já aos cinco minutos de bola rolando, na Johan Cruyff Arena: numa bola parada - lateral -, ela voou até a área, Jaime Mata a dominou, girou se livrando da marcação de Lisandro Martínez e tocou na saída de André Onana para fazer Getafe 1 a 0. Só não foi demais para o Ajax porque, num ataque rápido aos 10', Donny van de Beek cruzou para Danilo empatar.
Ainda assim, por mais que o Getafe irritasse a torcida e os jogadores em Amsterdã, truncando o jogo até com simulações, também era verdade que as maiores chances de gol vinham do time da região metropolitana de Madri - como aos 36', quando Deyverson e Jaime Mata mandaram a bola na trave, em sequência. Pelo menos, era visível o esforço do Ajax em busca dos três gols faltantes. Jogadores como Eiting, Danilo e Van de Beek tentavam o gol, para evitar que a fragilidade defensiva fosse punida. Conseguiram uma vez, aos 63': Eiting cobrou falta, Matías Olivera desviou por acidente, e era a virada do Ajax. Só que ficou nisso. O Getafe, de novo, rondou mais o gol - em outra bola na trave, aos 76', de Nemanja Maksimovic, e em vários contra-ataques. E, mesmo perdendo, levou a vaga nas oitavas de final. Porque, se foi irritante em alguns momentos, também foi mais eficiente e mais intenso do que um Ajax cansado e repetitivo. Nos dois jogos.
RKC Waalwijk 0x1 Sparta Rotterdam (sexta-feira, 21 de fevereiro)
Nenhuma ocasião era melhor para o Sparta voltar a vencer fora de casa - seis derrotas nos seis últimos jogos fora de Roterdã - do que enfrentar o lanterna RKC. E nem mesmo o uniforme "carnavalesco" usado pelos Católicos os ajudou a escapar. Os Spartanen já começaram dominando aos 5', quando Deroy Duarte quase fez o gol. Seguiram melhores na etapa inicial, com chances de Patrick Joosten (7') e Mohamed Rayhi (24'). Finalmente, aos 32', o merecido gol dos visitantes: Joosten recebeu a bola na esquerda, trouxe-a para o meio, arriscou, e o desvio no meio do caminho tirou as chances de defesa do goleiro Etienne Vaessen. Mesmo com mais posse de bola no segundo tempo, o RKC só teve uma chance real de gol: aos 71', Mario Bilate ficou cara a cara com o goleiro Ariel Harush, mas chutou em cima dele. E o time mandante segue cada vez mais afundado na última posição, sem marcar gol há 400 minutos, enquanto o Sparta ganhou três pontos merecidos e valiosos.
Emmen 4x2 Willem II (sábado, 22 de fevereiro)
O time da casa seguiu querendo comprovar a força que tem jogando em casa. Teve chances como uma cobrança de falta perigosa de Glenn Bijl, aos 8'. E enfim, uma jogada de peruanos deu o 1 a 0 aos Emmenaren: aos 20', Sergio Peña cobrou escanteio, e Miguel Araujo desviou para abrir o placar. Só em desvantagem é que o Willem II cresceu no jogo, com boa chance de Vangelis Pavlidis (aos 27', o goleiro Dennis Telgenkamp pegou chute do grego). No segundo tempo, a pressão dos Tricolores visitantes seguiu, e veio o empate, aos 58': Pol Llonch tabelou, chegou à área e concluiu para o gol. Ferido, o Emmen rugiu para mostrar mais uma vez como o De Oude Meerdijk é uma fortaleza para si nesta temporada. Já aos 60', Peña passou, e Michael de Leeuw já recolocou os alvirrubros na frente. Mais um minuto, mais um passe de Peña para gol, e Luka Adzic fez 3 a 1. O Willem II assustou aos 72' (Ché Nunnely foi derrubado por Michael Heylen, pênalti marcado, e Mike Trésor Ndayishimiye diminuiu para 3 a 2). Mas Peña confirmou que era o nome do jogo: além dos três passes para gol, ele fez o quarto, aos 79', definindo a vitória do Emmen, 29 pontos na Eredivisie. 26 ganhos em casa...
Feyenoord 2x1 Fortuna Sittard (sábado, 22 de fevereiro)
O Fortuna Sittard começou indo para cima, com chutes de Tesfaldet Tekie, aos 8', e Mark Diemers, aos 11', ambos pegos pelo goleiro Justin Bijlow. Esses sustos deram a senha: o Feyenoord precisava atacar. Fez isso a partir dos 30': Orkun Kökcü recebeu a bola ajeitada por Sam Larsson, e seu chute saiu, após desvio. No escanteio da sequência, Marcos Senesi cabeceou, e a bola foi acima do gol. Depois, aos 32', Steven Berghuis fez jogada individual pela esquerda e bateu, mas Alexei Koselev rebateu. Começou o segundo tempo, e logo aos 48', Kökcü chutou cruzado e Koselev pegou. O jogo seguiria, mas o VAR alertou ao juiz Bas Nijhuis: Lazaros Rota agarrara Róbert Bozeník na área. Nijhuis viu e marcou o pênalti para o Feyenoord, que Berghuis bateu para o 1 a 0, aos 52'. Mas o VAR também perturbou os Feyenoorders: bola alta lançada, Passlack dividiu a bola com Bijlow e caiu na área. Nijhuis ouviu o alerta, reviu a jogada, marcou o pênalti e Diemers empatou, aos 63'. Porém, os Rotterdammers seguiram pressionando. E o gol do alívio veio aos 71', com o segundo gol de Bozeník em duas rodadas: Koselev rebatera um primeiro chute de Berghuis, Rick Karsdorp chutou o rebote, e o eslovaco desviou no meio do caminho para o 2 a 1. O Fortuna Sittard ainda assustou com Vitalie Damascan, aos 84', e com Diemers (no último lance do jogo, chute por cima), mas o Feyenoord comemorou a 7ª vitória seguida. Já são 12 jogos invicto na Eredivisie. O embalo segue...
Heerenveen 2x2 ADO Den Haag (sábado, 22 de fevereiro)
Cada vez mais desesperado contra o rebaixamento, com ambiente cada vez mais tenso, o ADO Den Haag era vítima constante dos ataques do Heerenveen no começo do jogo - Chidera Ejuke e Jens Odgaard tiveram suas chances, e o zagueiro Jordan Spence substituiu o lesionado Dion Malone já aos 12'. Mas quando menos se esperava, duas jogadas de bola parada colocaram o Den Haag na frente. Aos 28', John Goossens cobrou falta, e Omar Bogle desviou para o 1 a 0. E aos 38', o mesmo começo (falta batida por Goossens) teve um meio diferente (desvio acidental de Rodney Kongolo), mas viu o mesmo fim: bola na rede, 2 a 0 para o time de Haia. Era uma vantagem a ser muito comemorada. Mas que foi diminuída antes do intervalo: nos acréscimos do 1º tempo, Joey Veerman bateu forte para marcar o primeiro do Heerenveen em casa. Bastou: na etapa final, o Fean foi com tudo para tentar o empate, fazendo o goleiro Luuk Koopmans outra vez se destacar no time visitante. Até os 78', quando o 2 a 2 veio com o gol mais bonito da rodada: belíssimo chute de Alen Halilovic.
Groningen 0x1 VVV-Venlo (sábado, 22 de fevereiro)
O Groningen vinha de quatro vitórias no ano. E veio forte no primeiro tempo para subjugar os Venlonaren. Sobraram chances aos Groningers no primeiro tempo: foi Joël Asoro cabeceando perto do gol aos 9', foi Ramon-Pascal Lundqvist chutando perto aos 22', foi Daishawn Redan fazendo o goleiro Thorsten Kirschbaum trabalhar aos 31', com boa defesa. Só que, pouco a pouco, o VVV-Venlo lembrava: também está invicto em 2020. Teve a chance aos 29', quando só o zagueiro Ko Itakura impediu a finalização de Thomas Bruns. No segundo tempo, mesmo com o Groningen firme em busca do gol (quase houve pênalti aos 65', mas Bjorn Kuipers viu o vídeo e deixou para lá), os visitantes de Venlo despertavam pouco a pouco. Enquanto Romano Postema e Mohamed El Hankouri vinham a campo para o Groningen, Oussama Darfalou trazia perigo vez por outra. E aos 87', já que o Groningen não fizera, tomou gol do VVV-Venlo: uma bola alta, o goleiro Sergio Padt saiu do gol antes do tempo e foi encoberto por ela. Darfalou ficou livre para cabecear e fazer o gol da vitória valiosa para os Venlonaren se afastarem mais das últimas posições.
Utrecht 2x1 Twente (domingo, 23 de fevereiro)
Não que o Utrecht tenha ido mal em casa - Sander van de Streek mandou a bola rente à trave, aos 40'. Mas o Twente é que rondou mais o gol, começando na etapa inicial: aos 12', Haris Vuckic esteve perto do gol, e aos 43', Giorgi Aburjania quase mandou a bola no ângulo. No segundo tempo, a troca de estocadas seguiu - o exemplo foi aos 54', quando Gyrano Kerk só não marcou para o Utrecht por grande defesa de Joël Drommel, a jogada seguiu, e Noa Lang teve chance ainda maior. Mas os visitantes seguiam mais perto do gol, e afinal conseguiram, aos 70': Queensy Menig recebeu de Calvin Verdonk, cruzou, e Vuckic completou para o 1 a 0. Dali a dois minutos, Menig só teve o segundo gol evitado porque Jeroen Zoet evitou muito bem. O Twente lamentaria muito a perda. Porque, na reta final, o Utrecht surpreendeu e virou. Aos 83', Julio Pleguezuelo e Drommel se atrapalharam, e Kerk empatou. E aos 86', Adam Maher cobrou escanteio para o estreante Jonas Arweiler, vindo do banco, fazer logo o gol da virada. E Vuckic ainda teve gol anulado aos 90' + 2...
Vitesse 1x2 PSV (domingo, 23 de fevereiro)
Numa partida que começou truncada, com as defesas bloqueando bem as áreas, só chutes de fora da área para tentar o gol. Foi assim que o Vitesse tentou: com Sondre Tronstad, aos 13', e Tim Matavz, aos 30'. Pouco depois, os dois times tiveram de mudar. No Vites, uma torção de tornozelo tirou o goleador Bryan Linssen; no PSV, uma lesão lombar causou a saída de Jorrit Hendrix. Mas o time da casa se recuperou rápido, e voltou a atacar no minuto final: Oussama Tannane veio à meia-lua e chutou, rente à trave de Lars Unnerstall, com desvio para escanteio. Nele, Danilho Doekhi cabeceou perto do poste. Ainda assim, só houve mais chances no segundo tempo. Logo aos 50', Daniel Schwaab cochilou, e seu cachimbo caiu: Matavz roubou-lhe a bola e tocou na saída de Unnerstall para o 1 a 0 do Vitesse (Schwaab pediu falta, sem razão). Só aí o PSV reagiu. E teve o empate aos 59': Armando Obispo derrubou Denzel Dumfries na área, sem discussão, e Sam Lammers bateu para o 1 a 1. Aí, sim, o jogo esquentou, e uma sequência provou isso aos 60': Cody Gakpo mandou a bola no travessão, e na continuação da jogada, Nouha Dicko chutou para Unnerstall espalmar. Mas Gakpo acertaria o pé aos 63': em chute colocado, que ainda bateu na trave, o atacante virou o jogo para o PSV. O Vitesse ainda tentou (faltas de Tannane, aos 70' e aos 76', e um voleio de Matavz, aos 90'), mas os Boeren de Eindhoven tiveram a terceira vitória seguida. Lentamente, o PSV renasce...
AZ 2x0 Zwolle (domingo, 23 de fevereiro)
Após alguns jogos, enfim o AZ voltou a se impor ofensivamente. Diante dos "Dedos Azuis", a primeira chance veio logo aos 15': Calvin Stengs passou por dois e ficou livre, mas na hora de chutar, errou a mira. Depois, Myron Boadu foi bloqueado por um marcador do Zwolle aos 32', enquanto Stengs tentou o gol de bicicleta, aos 40'. Mas o nome do jogo só apareceu depois: Teun Koopmeiners. E primeiro, o capitão do time de Alkmaar apareceu negativamente: aos 42', com pênalti marcado - Bram van Polen derrubou Boadu -, Koopmeiners cobrou e perdeu o primeiro penal de sua carreira, com Michael Zetterer defendendo. Pelo menos, logo que o segundo tempo começou, o meio-campo (improvisado na zaga) teve outra chance, com mais um pênalti: Thomas Lam empurrou Owen Wijndal aos 54'. E aí Koopmeiners teve a precisão de sempre na cobrança: 1 a 0. Melhor ainda: aos 60', o terceiro pênalti do AZ - Stengs foi calçado por Kenneth Paal -, e o segundo gol de Koopmeiners no jogo. Retornam as esperanças de liderança para o vice-líder.
Heracles Almelo 1x0 Ajax (domingo, 23 de fevereiro)
A partida em Almelo começou truncada, mas logo vieram chances de lado a lado. Começou numa sequência do Ajax, aos 18': Ryan Babel cruzou para o voleio de Donny van de Beek, que Mats Knoester evitou. Daí, Ryan Gravenberch bateu, e Orestis Kiomortzoglou tirou na pequena área. O Heracles respondeu aos 23': Jeff Hardeveld cruzou, Perr Schuurs falhou, e Cyriel Dessers tentou, mas André Onana pegou firme. O Ajax voltou aos 34': num escanteio, Nicolás Tagliafico cabeceou para grande defesa de Janis Blaswich. Veio também aos 35', num chute de Van de Beek, no travessão. Os Heraclieden tentaram num chute de Dessers, aos 43', mas quase levaram o gol num "fogo amigo": aos 45', Maximilian Rossmann tentou recuar a bola e quase encobriu Blaswich. A etapa final seguiu lá e cá. Lá, Dessers bateu e Onana espalmou aos 58'; cá, Carel Eiting chutou, perto da trave, aos 63'. O Ajax atacava, mas falhava na defesa - como aos 66', quando um recuo de Eiting foi rápido demais para Onana, que teve de correr para evitar o gol. Uma nova falha, aos 77', deu o gol da terceira vitória seguida do Heracles sobre o Ajax em casa: um tiro de meta longo, e Dessers superou facilmente Daley Blind, ficando livre para fazer um golaço de voleio - seu 15º na Eredivisie (artilheiro isolado). Desesperado, o Ajax buscou o empate, que quase veio no lance final, com o brasileiro Danilo. Mas Blaswich pegou firme. E o time de Almelo celebrou a vitória que reabre a Eredivisie.
O Getafe de Deyverson mandou no jogo, na bola e no clima. E superou um Ajax enfraquecido, perto da eliminação (ANP)
A segunda fase da Liga Europa já estava obviamente marcada, havia muito tempo. Assim, o azar era dos clubes holandeses que a disputam. Afinal de contas, AZ e Ajax já vinham em queda havia um tempo. O time de Amsterdã, sofrendo com lesões, atuações discretas no Campeonato Holandês - e uma certa ressaca pela eliminação na Liga dos Campeões, justo dizer. Já os de Alkmaar sofriam com o cansaço, outra onda de contusões (focada apenas na zaga) e a dificuldade em sair das marcações, vista na sequência ruim com que reiniciaram a Eredivisie em 2020.
Com isso, dava até para esperar um mau dia na quinta-feira passada. Foi o que aconteceu, como se lerá nos parágrafos abaixo. E nos jogos de volta que definirão as classificações, o AZ ainda tem mais chance de avançar às oitavas de final.
Getafe-ESP 2x0 Ajax
Vários jogadores contundidos: Noussair Mazraoui, Joël Veltman, Quincy Promes, David Neres. Outros voltando de lesão, sem a melhor forma - casos de Hakim Ziyech e Daley Blind. Um suspenso, o goleiro André Onana (terceiro cartão amarelo sofrido contra o Valencia, na queda pela Liga dos Campeões). Um time baseado no rápido toque de bola, cansado, enfrentando um Getafe que baseia a ótima temporada que faz na força física, na imposição nas divididas e nos rápidos contra-ataques. Sem contar as atuações discretas, jogando apenas o suficiente para as vitórias no Campeonato Holandês. Parecia a receita certa para um desastre no Ajax. E foi um desastre.
Após a derrota, muito se reclamou da atuação do juiz francês Ruddy Buquet ("Ele nunca teve o controle do jogo", queixou-se Blind à FOX Sports holandesa). Mas o técnico Erik ten Hag deu mais ênfase, corretamente, à péssima atuação Ajacied. No ataque, pouquíssima criatividade, com ou sem espaços: Ziyech cansado, Lassina Traoré sem força no meio da área, Ryan Babel quase nulo, e um time que só chutou a gol uma vez, aos 83' (Donny van de Beek tentou, mas o goleiro David Soria pegou). Na defesa, Sergiño Dest e Nicolás Tagliafico - este, suspenso para a volta - deixando amplos espaços para os contra-ataques do Getafe, e um miolo de zaga desatento, além de inseguranças esporádicas do goleiro Bruno Varela. Logo o Geta se aproximou disso e começou a chegar perto do ataque - como aos 21', num chute de Deyverson pego por Varela.
Nomes como Jaime Mata e Marc Cucurella começaram a aparecer, pelas pontas. E numa jogada de bola parada, aos 36', veio o merecido gol: cobrança de falta escorada, e Deyverson livre na área para o 1 a 0 getafista (e sua simulação tão esperada quanto exagerada, na comemoração, após ser atingido por um isqueiro). A atuação do Ajax seguiu ruim no segundo tempo, com Cucurella tendo amplo espaço na esquerda para a criação de jogadas perigosas. Era o caso de dizer que o placar era até pequeno. Ficou maior - e pior para os visitantes de Amsterdã - nos acréscimos, aos 90' + 2: Perr Schuurs perdeu a bola no meio-campo, Kennedy avançou, chutou, a bola desviou em Dest, e era o 2 a 0. Que deixa o Getafe à beira da classificação. Porque seu estilo de jogo - duro, mas eficiente - se revela perfeito para enfrentar o fragilizado Ajax, sob pressão para a volta da quinta-feira, na Johan Cruyff Arena. A magia da temporada passada está acabando.
O AZ começou mal contra o LASK Linz, mas reagiu na reta final, teve o empate com Koopmeiners (com a braçadeira), e ainda pode buscar a vaga (BSR Agency)
AZ 1x1 LASK Linz-AUT
O AZ começou o jogo vitimado por problemas de lesão na zaga: Ron Vlaar e Stijn Wuytens, os titulares do setor, estavam lesionados (além de Pantelis Hatzidiakos, fora da temporada). Mas quando Myron Boadu foi derrubado perto da área, logo aos três minutos, em lance inicialmente marcado como pênalti - mas corrigido pelo VAR, tornando-se falta que Teun Koopmeiners cobrou para fora -, parecia que o time de Alkmaar iria sobrepujar a traiçoeira equipe austríaca. Só parecia: puxado pelas boas atuações de René Renner e Marko Raguz, o LASK foi se aproximando da área, no toque de bola. E aos 26', os visitantes da cidade de Linz fizeram 1 a 0, contando com alguma sorte: após lateral cobrado para a área, Raguz chutou, a bola desviou em Ramon Leeuwin - lateral improvisado na zaga - e tirou as chances de defesa de Marco Bizot.
Pelo menos para o goleiro Bizot, tudo certo: ele salvou o AZ em outras ocasiões daquele jogo, como aos 42', quando evitou o gol em chute de Dominik Frieser, e já no segundo tempo, aos 61', interceptando o perigoso cruzamento de Klauss. Porém, os Alkmaarders mostraram logo que estavam vivos: aos 49', Boadu quase empatara, após cruzamento de Svensson. Depois, aos 74', em seu chute colocado, Oussama Idrissi forçou Alexander Schläger a fazer boa defesa. Medidas como a entrada de Yukinari Sugawara, indo para o ataque no lugar do volante Hakon Evjen, evidenciavam que o time da casa seria mais rápido em busca do empate no AFAS Stadion.
Deu certo. Aos 83', Dani de Wit perdeu o gol após falta, mas antes disso, James Holland já desviara com a mão na bola, e o VAR fez o juiz rever o lance e marcar o pênalti. Aí, o capitão Koopmeiners mostrou sua capacidade com a bola na marca da cal: mais uma cobrança convertida, 1 a 1. E o próprio Koopmeiners, improvisado na zaga com as ausências de Vlaar e Wuytens, reconheceu: por um lado, o AZ jogara mal, por outro, o empate abria perspectivas para a volta em Linz, na próxima quinta. Os Alkmaarders precisam melhorar... mas podem fazer isso. Tudo aberto.
VVV-Venlo 1x0 Heracles Almelo (sexta-feira, 14 de fevereiro)
As dificuldades do VVV-Venlo na temporada têm sido bem maiores, mas o time aurinegro de Venlo compensou com muito esforço nesta sexta. O ataque já rondava bem mais a área do Heracles Almelo antes do gol, aos 21': após bate-rebate na área, Danny Post arriscou o chute forte, estufando as redes. Mesmo em vantagem, os Venlonaren neutralizaram os visitantes de Almelo com um tremendo esforço, tendo Oussama Darfalou como destaque. Logo depois do gol, ainda no primeiro tempo, ele chutou por cima do gol. Já na etapa complementar, aos 66', Darfalou completou para fora, em grande chance, após cruzamento de Tony Yeboah. Por falar neste, Yeboah chegou até a sofrer pênalti marcado, aos 81', mas o juiz Ingmar Oostrom reviu o lance no vídeo e voltou atrás. Tudo bem: o VVV manteve os três pontos, numa vitória que o reanima para tentar a fuga da zona de queda.
Twente 2x0 AZ (sábado, 15 de fevereiro)
O Twente recebia o vice-líder após uma semana turbulenta: na derrota para o Emmen, pela 22ª rodada, fora de casa, torcedores haviam esperado o ônibus em Enschede para dizerem à diretoria: queriam ver o volante Wout Brama, ídolo do clube, voltar a ser relacionado, nem que para isso o técnico Gonzalo García tivesse de ser demitido. Pois bem, García seguiu treinando os Tukkers, Brama voltou ao banco no sábado, e nem parecia que o Twente era o time sob problemas. Já aos quatro minutos, Noa Lang mandou a bola no travessão. Mais tarde, e em quatro minutos, o time encaminhou a vitória contra um AZ irreconhecível. Aos 25', Giorgi Aburjania cobrou falta com precisão, sem chances para o goleiro Marco Bizot, fazendo 1 a 0; e aos 29', Teun Koopmeiners perdeu a bola no meio-campo, Queensy Menig roubou, chegou à área e tocou para o 2 a 0. Na etapa final, Lang quase marcou duas vezes (aos 49' e aos 71'). E a vitória do Twente foi inquestionável. Já o AZ terminou uma semana já amarga pela eliminação na Copa da Holanda, sem ter chutado uma vez ao gol. Assim fica difícil querer o título.
ADO Den Haag 0x3 PSV (sábado, 15 de fevereiro)
O Den Haag até quis crescer nos minutos iniciais em Haia. Mas foi o PSV que realmente começou a chegar perto do gol, fazendo o goleiro Luuk Koopmans trabalhar. A primeira de muitas defesas de Koopmans veio aos 14': Denzel Dumfries ajeitou, e Mohamed Ihattaren chutou colocado para o goleiro espalmar. O resultado foi rápido: aos 17', Laurens de Bock tocou a bola com o braço, dentro da área. O juiz Pol van Boekel ouviu o VAR, reviu o lance, e marcou o pênalti que Sam Lammers bateu mal, mas acertou: Koopmans foi à bola, mas não evitou o 1 a 0 do PSV. Pelo menos, o arqueiro do Den Haag evitou mais gols. Aos 24' (Ihattaren), aos 30' (Lammers), aos 34' (Ryan Thomas). O time da casa só acordou em Haia nos acréscimos: De Bock bateu na entrada da área, e Lars Unnerstall espalmou para fora, e logo depois Crysencio Summerville arriscou cruzado, com perigo. No segundo tempo, parecia que a pressão dos auriverdes seguiria: aos 53', Omar Bogle chutou, e Unnerstall rebateu. Mas logo o domínio do PSV voltou - como as defesas de Koopmans, o nome do jogo. Mas aos 70', não houve jeito: Dumfries cruzou, e Ryan Thomas cabeceou para os 2 a 0 dos Boeren. Finalmente, aos 83', uma jogada que simbolizou a partida. Primeiro, Ritsu Doan concluiu, para ótima defesa de Koopmans, que desviou a bola antes dela bater no travessão. Ato contínuo, escanteio. E na sobra, Cody Gakpo recebeu na área e bateu cruzado: 3 a 0. Calma em Eindhoven, quarto lugar recuperado.
Fortuna Sittard 0x0 Emmen (sábado, 15 de fevereiro)
Num gramado em péssimo estado na cidade de Sittard (a ponto do Fortuna ter divulgado nota justificando o problema), o Emmen até começou trazendo mais perigo, nos chutes colocados: Glenn Bijl quase mandou a bola na gaveta, numa falta logo aos dois minutos, e Lorenzo Burnet acertou a trave aos 11'. Só então o Fortuna Sittard acordou, e coube a seu destaque decretar isso: Mark Diemers mandou a esférica novamente na trave, aos 24', com belo chute colocado. Se a partida continuasse assim, até seria animada. No entanto, logo as duas equipes sucumbiram à má situação do campo, e ao próprio nível técnico baixo. E o segundo tempo ficou quase sem chances de gol. As únicas emoções já vieram no fim do jogo. Aos 88', o Fortuna Sittard quase abriu o placar: Clint Essers cabeceou, e o goleiro Dennis Telgenkamp fez grande defesa. Depois, já aos 90' + 5, a expulsão de Branislav Ninaj, que deixou o Fortuna com dez em campo aos 90' + 3, por reclamar do juiz Jeroen Manschot. E o placar ficou mesmo no primeiro 0 a 0 do Emmen após 639 dias no Campeonato Holandês.
Vitesse 4x2 Heerenveen (domingo, 16 de fevereiro)
No princípio, eram as falhas do Heerenveen. Que, contra um bom ataque como é o do Vitesse, resultaram numa vantagem precoce e confortável dos mandantes de Arnhem. Aos 10', Eli Dasa cruzou, a bola quicou e encobriu Ibrahim Dresevic, e Bryan Linssen ficou livre para chutar colocado e fazer 1 a 0. Pouco depois, aos 16', Dresevic falhou de novo: perdeu na corrida para Tim Matavz, que aproveitou o lançamento de Linssen para chutar e estufar as redes com o 2 a 0. Porém, no meio, as falhas foram da defesa do Vitesse. Sorte dos visitantes da Frísia, que também empataram rapidamente na etapa inicial. Aos 29', Joey Veerman cruzou, e Rodney Kongolo cabeceou forte para o primeiro gol. Cinco minutos depois, o 2 a 2: Chidera Ejuke fez jogada individual e chutou colocado. Só que, no fim, Bryan Linssen desequilibrou para o Vitesse. No segundo tempo, aos 52', ele aproveitou toque de Oussama Tannane e fez 3 a 2 - seu 14º gol na Eredivisie, igualando Dessers (Heracles) na artilharia. E aos 56', Tannane tranquilizou o Vites de vez, fazendo 4 a 2, de pênalti.
Ajax 3x0 RKC Waalwijk (domingo, 16 de fevereiro)
O Ajax até demorou para achar espaços, diante de um lanterna fechadíssimo. Coube a Donny van de Beek achá-los: ele veio pela esquerda, chegou à área e foi derrubado por Hans Mulder. Pênalti claro, que Dusan Tadic bateu forte, no ângulo, aos 13': 1 a 0. Começava aí o ritmo de sempre dos Ajacieden contra adversários pequenos: nem precisava jogar bem para ser superior e criar chances - como num chute de Ryan Babel, aos 18', na rede pelo lado de fora. Ou mesmo aos 24', quando Hakim Ziyech (começou a "turnê de despedida") cruzou, e Lassina Traoré completou para fora. Mas gol, que era bom, nada. E veio um susto do RKC, aos 37': após um passe em profundidade, Sylla Sow dominou, passou por Lisandro Martínez e chutou, mas André Onana pegou. Pelo menos, na etapa final, os Amsterdammers encaminharam a vitória rapidamente: logo aos 52', Tadic lançou Van de Beek na área, e este cruzou para Traoré, que tocou para o gol vazio. Os mandantes seguiram rondando o gol do RKC Waalwijk: Van de Beek quase fez aos 55', em jogada individual, enquanto Carel Eiting mandou a bola por cima do gol, aos 64'. Substituto de Traoré, Klaas-Jan Huntelaar errou aos 68' (mandou a bola na trave - lance anulado por impedimento) e aos 70' (chutou cruzado, para fora). Pelo menos, no último minuto, Huntelaar deixou o dele, completando cruzamento de Nicolás Tagliafico. Vitória tranquila de um líder com vantagem maior: agora, seis pontos de vantagem para o AZ.
Sparta Rotterdam 0x2 Groningen (domingo, 16 de fevereiro)
Nos lances fundamentais do primeiro tempo, o Groningen se saiu superior em todos. Na defesa, aos 18', Mike te Wierik derrubou Jeffry Fortes na área, e o pênalti foi marcado, mas Sergio Padt salvou os Groningers: assim como fizera contra o Sparta no primeiro turno, Padt pegou um pênalti, indo buscar a cobrança de Mohamed Rayhi. E no ataque, logo após se salvar, o time visitante do norte fez 2 a 0 em dez minutos. Aos 22', Joël Asoro completou para as redes, após lançamento de Ramon-Pascal Lundqvist; e aos 32', o próprio Lundqvist fez 2 a 0, completando cruzamento de Deyovaisio Zeefuik. Piorando as coisas para os Spartanen, dois colegas do time tentaram buscar a bola no ar, nos acréscimos, e chocaram as cabeças - pior para Dante Rigo, que sangrou e saiu do jogo. Pelo menos, aos 49', houve novo pênalti para os mandantes de Het Kasteel (Te Wierik derrubou Abdou Harroui), e desta vez Rayhi acertou: 2 a 1. Aí, o Groningen sofreu: perdeu Ajdin Hrustic, destaque no meio-campo. Mas o time visitante se aguentou na defesa, e levou três pontos valiosos de Roterdã.
Zwolle 3x4 Feyenoord (domingo, 16 de fevereiro)
O Zwolle começou o jogo com tudo, aproveitando falhas da defesa do desfalcado Feyenoord (três ausências). Já aos 5', livre na esquerda, Mike van Duinen cruzou, e Marcos Senesi interceptou a bola com a mão: pênalti, e Lennart Thy fez 1 a 0. Aos 11', Tyrell Malacia errou e deixou Gustavo Hamer livre na direita - ele tocou para trás, Van Duinen chutou, a bola desviou em Edgar Ié e tirou a chance de defesa de Justin Bijlow: Zwollenaren 2 a 0. Podia ter sido pior ainda: num contragolpe aos 24', Thy completou para fora. Mas o Feyenoord iniciou a reação aos 39': Leroy Fer cruzou, e Steven Berghuis cabeceou para diminuir a vantagem. O empate poderia ter saído logo depois: aos 42', Berghuis chutou colocado, e o goleiro Michael Zetterer rebateu. Mas o 2 a 2 de Berghuis sairia, em um golaço (mesmo com a ajuda do vento, numa forte chuva): aos 52', ele chutou de fora da área, a bola encobriu Zetterer e foi ao ângulo. O Zwolle reagiu com o destaque de Thy: ele fez 3 a 2 aos 60', girando e chutando na área. Depois, teve um gol anulado aos 65'. Fez falta, pois o Feyenoord partiu para uma tremenda virada. Que começou aos 66': Jens Toornstra cruzou, Fer ajeitou, Berghuis bateu cruzado de fora da área para o 3 a 3. E aos 88', o consagrador primeiro gol de Robert Bozenik pelo clube: um chute com desvio, de fora da área, para o 4 a 3. Nove rodadas de invencibilidade (com sete vitórias), quatro pontos atrás do AZ: o Feyenoord vem embalado para tentar a vice-liderança.
Willem II 1x1 Utrecht (domingo, 16 de fevereiro)
Melhor começo, impossível para o Utrecht: com somente quatro minutos de bola rolando, Urby Emanuelson (jogando no miolo de zaga!) roubou a bola e iniciou um contra-ataque. Gyrano Kerk continuou, com sua velocidade conhecida, e cruzou para Jean-Christophe Bahebeck fazer 1 a 0 em Tilburg. Golpe certo: mesmo visitantes, os Utregs mandaram no jogo durante o primeiro tempo. O Willem II só criou uma chance digna de nota aos 32': Mats Köhlert cobrou falta, e Bart Nieuwkoop desviou de cabeça, para boa defesa de Jeroen Zoet. Ainda assim, Kerk já contrabalançou aos 45', quase marcando o segundo após falha de Damill Dankerlui. Mesmo no segundo tempo, mesmo em casa, mesmo precisando da vitória para manter a 3ª posição, o Willem II não criava muitas chances - só o fez aos 67', quando Ché Nunnely forçou Zoet a fazer boa defesa. Mesmo assim, a pressão seguia. E os Tricolores afinal empataram, nos acréscimos: aos 90' + 1, Marios Vrousai bateu, Zoet rebateu, e na sobra Paul Gladon fez 1 a 1. O terceiro lugar foi perdido, mas pelo menos ficou um ponto.
Heracles Almelo 2x0 Fortuna Sittard (sexta-feira, 7 de fevereiro)
Sem vitórias em 2020, o Heracles Almelo continuou sofrendo na fase inicial do jogo em Almelo. Tanto que, aos 20', o Fortuna Sittard é que teve a primeira chance real de gol - com Mark Diemers, como sói acontecer: o atacante cobrou falta e mandou a bola na trave. Porém, aos 33', um lance começou a mudar o rumo das coisas. George Cox derrubou Silvester van der Water na área, e o juiz Bjorn Kuipers deixou passar, inicialmente. Todavia, o VAR aconselhou Kuipers, e ele reviu a jogada. Pênalti marcado, Cox expulso, e Cyriel Dessers cobrou para fazer 1 a 0. Com um a mais, claro, o Heracles cresceu: Mats Knoester e Mauro Júnior tiveram chances. Só que o Fortuna Sittard seguiu em busca do gol. Teve a chance de consegui-lo aos 62', quando Jeff Hardeveld pôs a mão na bola e outro pênalti foi marcado. Só que Janis Blaswich mostrou sua importância para o Heracles: aos 62', o goleiro alemão pegou bem a cobrança de Diemers. O Fortuna não fizera gol, e tomaria aos 70': Mauro Júnior cobrou falta rapidamente, e Dessers concluiu para seu 14º gol, se tornando goleador isolado deste campeonato.
Groningen 1x0 Vitesse (sábado, 8 de fevereiro)
Até que o Vitesse já começara a ameaçar fora de casa - principalmente num chute de Tim Matavz, aos 10'. Só que o Groningen foi bastante eficiente para minorar o entusiasmo do Vites: aos 13', Oussama Tannane agarrou Ajdin Hrustic, e o juiz Martin van den Kerkhof marcou o pênalti que Ramon-Pascal Lundqvist bateu para fazer 1 a 0. A vantagem animou os Groningers, que foram ao ataque e quase fizeram o segundo com Romano Postema - titular pela primeira vez, o jovem atacante chutou pouco acima do gol, aos 16'. Ainda pelo time da casa, Lundqvist mandou falta perto das redes, aos 42'. O Vitesse só reagiu no segundo tempo: já aos 49', Jay-Roy Grot (recém-entrado na partida) cabeceou, e a bola passou muito próxima à trave. Aos 60', Armando Obispo perdeu oportunidade ainda mais concreta para os Arnhemmers: Tannane cruzou, mas o zagueiro chutou por cima, sozinho. E mesmo com a pressão do Vites, o Groningen segurou a vitória que lhe mantém rondando a zona dos play-offs na Liga Europa. Após sofrer duas viradas do adversário deste sábado, enfim a equipe segurou o 1 a 0.
PSV 3x0 Willem II (sábado, 8 de fevereiro)
Num jogo direto (o Willem II, em quarto lugar, visitava o PSV, em quinto), as oportunidades de gol eram pouquíssimas. Até que o PSV foi se assanhando mais. Mohamed Ihattaren foi o responsável: aos 10', ele chutou perto do gol, e aos 12', seu cruzamento perigoso foi pego pelo goleiro Timon Wellenreuther. Denzel Dumfries também foi ajudando, com seus avanços pela direita. Aos 17', Dumfries cruzou, Ryan Thomas (de novo titular) entrou batendo, a bola desviou em Sebastián Holmén, e na sobra Thomas arriscou para fora. Finalmente, aos 32', o gol do PSV, em jogada individual de Dumfries: driblou o zagueiro e chutou no contrapé de Wellenreuther. O Willem II só deu sinal de vida no segundo tempo: aos 49', após tabela com Ché Nunnely, Vangelis Pavlidis bateu, mas o arqueiro Lars Unnerstall pegou. Vieram chances de Mike Trésor Ndayishimiye (aos 62', da entrada da área) e Nunnely (aos 69'), mas o PSV foi novamente eficiente: aos 69', Cody Gakpo ajeitou a bola e Thomas ficou livre para fazer 2 a 0. A vantagem reanimou os Boeren - e reanimou o jogo: Wellenreuther espalmou o chute de Ihattaren aos 73', Pavlidis tentou o gol dos visitantes aos 84'. Mas o placar já praticamente definido teve mais um gol dos Eindhovenaren nos acréscimos, numa infelicidade de Ndayishimiye: aos 90' + 4, o meia belga recuou a bola para Wellenreuther... e a bola foi direto para as redes. A primeira vitória em 2020: alívio em Eindhoven.
Heerenveen 1x1 VVV-Venlo (sábado, 8 de fevereiro)
Como normalmente faz (e faz com bons resultados neste 2020 - uma vitória e dois empates pela Eredivisie), o VVV-Venlo se defendeu para evitar os gols do Heerenveen. Só restou ao Fean chutar de fora da área - foi o que Mitchell van Bergen fez aos 36', mandando a bola para fora, e o que Joey Veerman fez aos 43', forçando o goleiro Thorsten Kirschbaum a fazer a primeira de suas boas defesas no jogo. Já no segundo tempo, a defesa dos mandantes da Frísia errou, e o VVV aproveitou: Ibrahim Dresevic deixou a bola passar na área, e teve de derrubar John Yeboah aos 57'. Pênalti, e Oussama Darfalou bateu para colocar os Venlonaren na frente. Para conseguir três pontos na fuga das últimas posições, os aurinegros teriam de resistir. Conseguiram isso até os 69': foi quando Van Bergen cruzou, Runar Espejord desviou de cabeça e Sherel Floranus enfim empatou. Aí, a empolgação foi do Heerenveen, que quase virou já aos 72' (Chidera Ejuke mandou a bola na trave). E Kirschbaum salvou o ponto do VVV-Venlo, com duas grandes defesas em dois chutes de Floranus.
RKC Waalwijk 0x0 Zwolle (sábado, 8 de fevereiro)
Quando Emil Hansson mandou a bola na trave logo aos 2', após Mario Bilate cruzar e Bram van Polen errar no corte, a torcida do RKC deve ter pensado que "ia dar" no sábado. O resto do primeiro tempo até justificou isso, com os mandantes criando bem mais chances de gol, principalmente com Richard van der Venne - que tentou em chutes, como aos 13'. Mas aos poucos, o ritmo dos Católicos em campo diminuiu, sem que o Zwolle tentasse muita coisa. Os Dedos Azuis só trouxeram perigo ao gol adversário num toque de Lennart Thy, aos 57'. E o que começara animado terminou num empate sem gols e sem graça em Waalwijk. Sorte do Zwolle, que segue invicto no ano.
Emmen 2x0 Twente (terça-feira, 11 de fevereiro)
Demorou pouquíssimo para o Emmen lembrar o Twente e relembrar quem acompanha a Eredivisie que, na casa dele, ele manda: com apenas nove minutos de bola rolando, Michael de Leeuw quase abriu o placar. Aos 16', foi a vez de Marko Kolar tentar, num chute de fora. O Twente apenas se defendia, enquanto as chances cresciam: aos 29', Glenn Bijl acertou o travessão numa falta, e Kerim Frei chegou até a marcar, aos 31', mas o gol foi anulado pelo VAR. Pelo menos, aos 40', Frei comemorou sem interrupções: após bate-rebate na área, o meia-esquerda bateu forte para fazer 1 a 0 aos Emmenaren. Na etapa complementar, o domínio seguia - Sergio Peña quase fez, aos 56' -, mas nada de balançar as redes. E o Twente foi se animando: quase empatou aos 83', quando Noa Lang cruzou para a área sem nenhum nome dos Tukkers alcançar. O alívio só veio aos 90' + 4: em seu primeiro jogo após longa recuperação de lesão, Anco Jansen fez 2 a 0. Dos 25 pontos que tem no campeonato, o Emmen ganhou 23 em seu estádio. É fortaleza que se chama, não é?
Sparta Rotterdam 4x2 ADO Den Haag (terça-feira, 11 de fevereiro)
Dois times que precisavam de gols (o Sparta não marcava na liga havia 107 minutos; o Den Haag, havia 190). Com isso, o jogo em Het Kasteel só poderia ser o que foi, animado. Já aos quatro minutos, Patrick Joosten escorou a bola na trave. Precisando até mais da vitória - afinal, luta contra o perigo do rebaixamento -, o ADO Den Haag conseguiu o 1 a 0 aos 17': após cobrança de falta, Tomas Necid desviou de cabeça, e o zagueiro Shaquille Pinas tirou a secura dos visitantes de Haia. Não demorou muito, e os anfitriões conseguiram o empate: aos 21', Dante Rigo cobrou escanteio, e Adil Auassar fez 1 a 1. Era dada a senha para a pressão do Sparta. Que conseguiu a virada (belo chute de Joosten, aos 28'), teve mais chances de gol (Rigo chegou a mandar no travessão, aos 27') e afinal fez o terceiro gol, nos acréscimos da etapa inicial, com Bart Vriends, em novo escanteio. Os Spartanen estavam tranquilos, até que o Den Haag acordou numa falha da defesa, aos 67': Crysencio Summerville recebeu passe em profundidade, driblou o goleiro Ariel Harush - saída precipitada do gol - e diminuiu para 3 a 2. Mas o time da casa voltou a pressionar, criou chances com Ragnar Ache e Joël Piroe, e afinal veio o quarto gol, nos acréscimos, com Abdou Harroui. O Sparta se estabiliza no meio da tabela, e o Den Haag segue muito ameaçado pelo rebaixamento.
Quando o goleiro Etiënne Vaessen, do RKC, errou na saída de bola, aos 3', fazendo com que Oussama Idrissi dominasse e chutasse para fora, parecia que o AZ rapidamente se imporia. Até o fez, mas só depois de alguns sustos dos visitantes de Waalwijk. Aos 13', logo após chance do AZ, Richard van der Venne recebeu lançamento, livre, e puxou contragolpe, mas tocou para fora. Aos 17', Tijjani Reijnders arriscou de fora, e o goleiro Marco Bizot rebateu. Aos 24', Emil Hansson bateu duas vezes - a primeira rebateu em Vlaar, a segunda passou perto do gol, à esquerda. Só aí os mandantes de Alkmaar despertaram. E foi para valer. Aos 29', Idrissi fez 1 a 0 no seu estilo - corte para a direita e chute, com Vaessen "pregado" no gramado. Mais um pouco, e aos 36', Myron Boadu escorou cruzamento de Jonas Svensson para fazer 2 a 0 com seu 13º gol no campeonato (goleador isolado). Os Alkmaarders dominavam o jogo como queriam. E já no começo do segundo tempo, Idrissi marcou o terceiro, aos 51', num golaço: chute da entrada da área, no ângulo de Vaessen. Do trio de ataque, só faltava o gol de Calvin Stengs (que tivera chance aos 39'). Não faltou mais aos 65': Svensson cruzou, Stengs ajeitou e arrematou, e o desvio no meio tirou as chances de defesa de Vaessen. Já combalido, o RKC até voltou a assustar. Mas o AZ mostrava quem mandava - aos 88', por exemplo, Fredrik Midtsjo cobrou falta no travessão. E a vitória manteve os Alkmaarders no encalço do Ajax.
ADO Den Haag 0x0 Vitesse (sábado, 1º de fevereiro)
Ver tinta secar talvez fosse hipótese mais atraente do que acompanhar o primeiro tempo em Haia. Emoção real, só nas homenagens da torcida aos 115 anos que o clube auriverde completava no sábado. De resto, o Vitesse chegou uma vez (bola na trave de Riechedly Bazoer, aos 22'), o ADO Den Haag quase marcou (o goleiro Remko Pasveer se atrapalhou na saída, mandando a bola nos pés de Tomas Necid, mas conseguiu pegar o chute do tcheco, aos 39'), e mais nada. Mas se Pasveer falhou no primeiro tempo, foi decisivo para o Vitesse levar um ponto de Haia no segundo: aos 59', o zagueiro Danilho Doekhi empurrou Aaron Meijers, o juiz apitou o pênalti - sob conselho do VAR -, mas Necid cobrou, e o goleiro do Vites foi buscar. Mais três minutos, e Necid perdeu chance com o gol vazio. E o Den Haag amargou um resultado pouco auspicioso, em casa.
Twente 2x0 Sparta Rotterdam (sábado, 1º de fevereiro)
Assim como em ADO Den Haag x Vitesse, o jogo teve mais falatório antes da bola rolar - por Wout Brama novamente ficar de fora até do banco do Twente - do que com ela rolando. Poucas chances para cada lado nos primeiros 45 minutos (para o Twente, Haris Vuckic aos 5', Noa Lang aos 12'; para o Sparta Rotterdam, Adil Auassar, num chute de longe). A torcida vaiou os Tukkers em Enschede, e seguiria vaiando tão logo o segundo tempo começou. Pelo menos, aos poucos os anfitriões foram pressionando. Aos 70', por exemplo quase Giovanni Troupée fez 1 a 0. Finalmente, aos 80', o zagueiro Peet Bijen completou escanteio de cabeça, e Auassar ainda tentou tirar em cima da linha, mas foi o 1 a 0 do Twente. Pouco depois, aos 87', Mohamed Rayhi deixou os Spartanen com 10 homens, sendo expulso após falta em Noa Lang que lhe rendeu o segundo cartão amarelo. Por fim, nos acréscimos, Lang fez seu primeiro gol pelo Twente, decretando a vitória com um chute colocado.
Feyenoord 3x0 Emmen (sábado, 1º de fevereiro)
Melhor começo foi impossível para o Feyenoord - e para Oguzhan Özyakup: logo aos 2' (mais precisamente, a 1'33''), Nicolai Jorgensen lançou para a área, Jens Toornstra ajeitou e o atacante turco completou triangulação tocando para as redes, marcando gol logo em sua estreia no Stadionclub. A volúpia ofensiva do Feyenoord foi grande, e houve até gol anulado de Luis Sinisterra, aos 17'. Porém, aos poucos os Feyenoorders se cansaram, e o Emmen começou a ficar mais com a bola. Os Emmenaren só criaram uma chance no 1º tempo: aos 39', em cobrança de falta, Marcos Senesi afastou, mas Tom Hiariej arriscou de fora, e o goleiro Justin Bijlow pegou firme. Mas voltaram com tudo no 2º tempo em busca do empate. Logo aos 47', em contra-ataque, Karim Frei chegou à área e chutou cruzado, mas Bijlow afastou com os pés. Mais um minuto, e Glenn Bijl cobrou falta, com Bijlow espalmando para escanteio. O goleiro do Stadionclub ainda pegou outra bola de Frei, aos 60'. Justo quando a pressão do Emmen era maior, aos 64', Berghuis cobrou falta e Jorgensen se antecipou para fazer 2 a 0. Os visitantes ainda tentaram aos 76': após triangulação, Marko Kolar chutou, a bola desviou em Tyrell Malacia e saiu. Mas o Feyenoord confirmou o 3 a 0, aos 80: Senesi cabeceou após Leroy Fer cruzar, Telgenkamp rebateu, Sinisterra fez de cabeça. Há dez rodadas sem perder na liga - oito vitórias e dois empates -, o Feyenoord pega o AZ na próxima rodada. Sonhar não custa nada.
Zwolle 1x0 Groningen (sábado, 1º de fevereiro)
Escolhido como titular para substituir Kaj Sierhuis, que se foi para o Reims-FRA, o jovem Romano Postema foi o único destaque ofensivo do Groningen no primeiro tempo. Postema teve a maior chance aos 21', mas a perdeu: cara a cara com o goleiro Michael Zetterer, finalizou a jogada mandando a bola justamente em cima do arqueiro do Zwolle. De quebra, aos 37', Joël Asoro cabeceou para Zetterer fazer boa defesa. Enquanto isso, os Zwollenaren apostaram nas jogadas de bola parada. Foi assim que Gustavo Hamer acertara a rede pelo lado de fora, aos 21'. E foi assim que veio o gol dos anfitriões, aos 43': o zagueiro Yuta Nakayama desviou a bola para as redes, após escanteio. Com a vantagem, o Zwolle passou o segundo tempo se defendendo. Quase levou o empate aos 52', quando Asoro cabeceou por cima do gol. Teve nervosismo ainda maior nos acréscimos: aos 90' + 3, Kian Slor (entrou no segundo tempo, em sua estreia na equipe adulta do Groningen) acertou a trave. E o Zwolle comemorou sua primeira vitória em 2020, valiosa na fuga das últimas posições.
Willem II 1x0 Heracles Almelo (domingo, 2 de fevereiro)
Mesmo que Cyriel Dessers já tivesse chutado a gol, aos 10' (Michael Woud, substituto de Timon Wellenreuther no gol do Willem II, pegou), a primeira emoção do jogo veio dos árbitros. Porque, aos 15', o juiz Kevin Blom sentiu fortes dores na panturrilha, e precisou ser substituído. O quarto árbitro Robin Hensgens passou a apitar - e foi até elogiado. Só então os jogadores tomaram o protagonismo. E fizeram um jogo equilibrado. Mas o Willem II acertou a chance: aos 26', Mats Köhlert cobrou falta, Dries Saddiki tentou o gol de bicicleta, a bola foi ao travessão, mas Sebastian Holmén estava a postos para o rebote: 1 a 0. Em desvantagem, o Heracles já mostrou que estava vivo aos 28': Mauro Júnior chutou e acertou a trave. Dali por diante, os dois times trocaram chances. Na etapa inicial, Mauro Júnior mandou rente ao gol aos 38', enquanto Ché Nunnely acertou a trave para o Willem II aos 41'. Já no segundo tempo, os Tricolores quase ampliaram com Vangelis Pavlidis (49') e Nunnely (53'), e Dessers perdeu grande chance de gol aos 85', depois de escanteio. Sorte do Willem II: manteve a vitória e chegou aos 40 pontos, igualando a pontuação do Feyenoord na terceira colocação da tabela.
Fortuna Sittard 2x1 Heerenveen (domingo, 2 de fevereiro)
Dos 20 pontos que o Fortuna Sittard tinha quando a rodada começou, 17 foram ganhos em casa. E parecia que, desta vez, o time auriverde não ganharia nenhum. Porque, já aos 6', Mitchell van Bergen recebeu lançamento em profundidade, ficou livre na área e finalizou para fazer 1 a 0 ao Heerenveen. Mais: aos 9', Jens Odgaard quase marcou o segundo, desviando escanteio perto da trave. Aí, Felix Passlack contentou a torcida em Sittard: num bate-rebate aos 15', foi do meia-direita alemão o pé que mandou a bola para as redes e empatou o jogo. E a etapa inicial seguiu animada: foi Joey Veerman quase recolocando os visitantes na frente aos 24', e Vitalie Damascan errando o alvo para o Fortuna aos 34'. Porém, o segundo tempo transcorreu quase todo no marasmo. Quase, porque na reta final, aos 74', Branislav Ninaj arriscou para o time de Sittard, o goleiro Filip Bednarek (substituto do adoentado Warner Hahn) rebateu, a bola bateu no zagueiro Sven Botman... e entrou. Era o 2 a 1 da virada. De novo, o Fortuna Sittard se valeu do "fator casa" para os três pontos valiosos.
VVV-Venlo 1x1 Utrecht (domingo, 2 de fevereiro)
Até que o jogo em De Koel começou animado. De um lado, logo aos 2', Leon Guwara ajeitou para Simon Gustafson bater forte, forçando o goleiro dos Venlonaren, Thorsten Kirschbaum, a fazer boa defesa. O time da casa respondeu prontamente: no minuto seguinte, Oussama Darfalou desviou de cabeça, e Jeroen Zoet pegou firme. Mas a partida ficou nisso. Por um longo tempo, aliás. Até o começo do segundo tempo: aos 49', Haji Wright cruzou, Sean Klaiber desviou com a mão, e o pênalti foi marcado para o VVV-Venlo - Darfalou bateu tão forte e tão alto que a bola até resvalou na trave, mas afinal era o 1 a 0. Restava aos Utregs tentarem o empate - e para isso, o técnico John van den Brom até ousou, usando suas três alterações de uma só vez aos 60'. Mas a chance esperada só veio aos 79'. E foi sofrida. Certo, o pênalti para o Utrecht foi claro - o zagueiro Christian Kum desviou com a mão a bola de Sander van de Streek. Mas Gustafson cobrou, e Kirschbaum pegou de primeira. Só que o VAR frustrou a torcida em Venlo: mandou repetir a cobrança, por invasão. Aí sim, Gustafson bateu para o 1 a 1. Frustrante para os dois, mas menos danoso para os visitantes.
Ajax 1x0 PSV (domingo, 2 de fevereiro)
No clássico que encerrou a rodada, com o PSV combalido pela crise que vive, o Ajax atacou e atacou - pelo menos no primeiro tempo. Já aos 7', Carel Eiting (enfim titular) cruzou, e Quincy Promes completou para grande defesa de Lars Unnerstall. Aos 10', Sergiño Dest - boa atuação - chutou na rede pelo lado de fora. E Unnerstall voltou a aparecer bem algumas vezes: aos 10' (agarrando chute de Dusan Tadic, na entrada da área), aos 19' (primeiro desviando chute cruzado de Donny van de Beek, depois pegando cabeceio de Tadic), aos 33' (voou à esquerda para agarrar cabeceio de Ryan Babel) - em que pese falha aos 30', quando se atrapalhou com a bola na pequena área. Mas aos 35', afinal o Ajax transformou sua gigante superioridade em gol: Van de Beek levou a bola sozinho até a área, foi desarmado, mas o desvio sobrou para Promes chutar cruzado e fazer 1 a 0. O PSV? Só tentaria o gol aos 41', em virada de Sam Lammers, que André Onana agarrou firme. Mas a celebração do Ajax começou a se apagar com a lesão muscular de Promes, no fim do 1º tempo - antes, Joël Veltman também já se lesionara. Na etapa final, fora tentativas de Van de Beek (bola na rede pelo lado de fora, aos 48'), Dest (bola fora, 61') e Tadic (bola fora, 64'), o Ajax apenas controlou a vantagem. Perdeu o lesionado Babel. E se queixou de pênalti não marcado, aos 69'. Mas o PSV, embora esforçado, não ameaçou a vitória que mantém a liderança dos Amsterdammers.
