segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Fichário: os jogos e os vídeos da 3ª rodada da Eredivisie 2023/24

NEC 3x0 RKC Waalwijk (sábado, 26 de agosto de 2023)

Local: De Goffert (Nijmegen)
Árbitro: Jochem Kamphuis
Gols: Magnus Mattsson, aos 23' e aos 90', e Róber González, aos 90' + 5
Jogo resumido: O NEC entregou um "presente de grego" ao aniversariante RKC Waalwijk (83 anos de fundação no sábado), conseguindo sua primeira vitória para minorar a crise que já se avizinhava

NEC
Jasper Cillessen; Brayann Pereira (Pedro Marques, aos 85'), Mathias Ross, Bram Nuytinck e Calvin Verdonk; Dirk Proper, Mees Hoedemakers e Lars Olden Larsen (Youri Baas, aos 68'); Sontje Hansen (Róber González, aos 75'), Koki Ogawa (Bas Dost, aos 76') e Magnus Mattsson. Técnico: Rogier Meijer 

RKC WAALWIJK
Etienne Vaessen; Juriën Gaari, Julian Lelieveld (Raz Meir, aos 84'), Jeffrey Bruma e Thierry Lutonda (Shawn Adewoye, aos 46'); Zakaria Bakkali, Yassin Oukili e Kévin Felida (Aaron Meijers, aos 46'); Denilho Cleonise (Richonell Margaret, aos 76'), Michiel Kramer e David Min (Reuven Niemeijer, aos 63'). Técnico: Henk Fräser


Excelsior 2x2 Fortuna Sittard (sábado, 26 de agosto de 2023)

Local: Van Donge & De Roo Stadion/Woudestein (Roterdã)
Árbitro: Robin Hensgens
Gols: Nikolas Agrafiotis, aos 30', Deroy Duarte, aos 68', Oscar Uddenäs, aos 73', e Mouhamed Belkheir, aos 78'
Jogo resumido: O vencedor da partida assumiria momentaneamente a liderança do campeonato. Isso não aconteceu, mas pelo menos os 90 minutos tiveram bastante animação - principalmente no segundo tempo

EXCELSIOR
Stijn van Gassel; Siebe Horemans, Casper Widell, Serano Seymor (Sven Nieuwpoort, aos 54') e Arthur Zagré; Noah Naujoks (Cissé Sandra, aos 69'), Rédouan El Yaakoubi e Julian Baas; Derensili Sanches Fernandes (Troy Parrott, aos 86'), Lazaros Lamprou (Oscar Uddenäs, aos 69') e Nikolas Agrafiotis (Richie Omorowa, aos 69'). Técnico: Marinus Dijkhuizen

FORTUNA SITTARD
Ivor Pandur; Ivo Pinto, Rodrigo Guth, Dimitrios Siovas e Mitchell Dijks (Rémy Vita, aos 69'); Deroy Duarte, Alen Halilovic (Kaj Sierhuis, aos 88') e Loreintz Rosier; Tijjani Noslin, Oguzhan Özyakup (Mouhamed Belkheir, aos 55') e Iñigo Córdoba (Arijanet Ferati, aos 88'). Técnico: Danny Buijs


Zwolle 1x0 Utrecht (domingo, 27 de agosto de 2023)

Local: Mac³Park Stadion (Zwolle)
Árbitro: Laurens Gerrets
Gol: Ferdy Druijf, aos 69'
Jogo resumido: O Zwolle se valeu de um pênalti para conseguir sua primeira vitória na temporada, e deixar o Utrecht numa crise desde já pesada: em três rodadas, três derrotas e nenhum gol dos Utregs

ZWOLLE
Jasper Schendelaar; Bram van Polen, Sam Kersten, Thomas Lam e Lennart Czyborra (Anselmo McNulty, aos 79'); Zico Buurmeester, Younes Namli (Bart van Hintum, aos 90' + 2), Davy van den Berg e Eliano Reijnders (Nico Serrano, aos 61'); Ferdy Druijf e Lennart Thy (Odysseus Velanas, aos 61'). Técnico: Johnny Jansen

UTRECHT
Vassilis Barkas; Sean Klaiber, Mike van der Hoorn, Nick Viergever e Souffian El Karouani; Can Bozdogan (Oscar Fraulo, aos 65'), Jens Toornstra (Ryan Flamingo, aos 46') e Mats Seuntjens; Zakaria Labyad (Anthony Descotte, aos 78'), Isac Lidberg (Ole Romeny, aos 65') e Marouan Azarkan (Bart Ramselaar, aos 78'). Técnico: Michael Silberbauer


Feyenoord 6x1 Almere City (domingo, 28 de agosto de 2023)

Local: De Kuip (Roterdã)
Árbitro: Bas Nijhuis
Gols: Santiago Giménez, aos 4' e aos 65', Igor Paixão, aos 10', Lutsharel Geertruida, aos 10', Mats Wieffer, aos 50', e Quinten Timber, aos 90' + 4
Jogo resumido: A chuva pesada, que forçou a interrupção da partida logo no começo (e duraria cerca de uma hora), foi até mais difícil para o Feyenoord do que a goleada sobre um Almere City que foi fragílimo

FEYENOORD
Timon Wellenreuther; Lutsharel Geertruida, Gernot Trauner (Thomas Beelen, aos 61'), Dávid Hancko e Quilindschy Hartman; Mats Wieffer (Ramiz Zerrouki, aos 71'), Quinten Timber (Gjivai Zechiel, aos 77') e Calvin Stengs; Yankuba Minteh (Leo Sauer, aos 61'), Santiago Giménez e Igor Paixão (Ayase Ueda, aos 71'). Técnico: Arne Slot

ALMERE CITY
Nordin Bakker; Hamdi Akujobi, Théo Barbet (Cornelius Hansen, aos 79'), Damian van Bruggen e Sherel Floranus; Álvaro Peña (Jochem Ritmeester van de Kamp, aos 62'), Lance Duijvestijn e Peer Koopmeiners; Rajiv van la Parra (Yoann Cathline, aos 79'), Thomas Robinet (Christopher Mamengi, aos 79') e Anthony Limbombe (Stijn Resink, aos 35'). Técnico: Alex Pastoor


Heerenveen 1x3 Sparta Rotterdam (domingo, 28 de agosto de 2023)

Local: Abe Lenstra Stadion (Heerenveen)
Árbitro: Allard Lindhout
Gols: Tobias Lauritsen, aos 34', Koki Saito, aos 53' e aos 62', e Pawel Bochniewicz, aos 72'
Jogo resumido: O Sparta foi eficiente, aproveitou dois rebotes do goleiro Andries Noppert e encaminhou a vitória que o torna, momentaneamente, líder da liga

HEERENVEEN
Andries Noppert; Hussein Ali (Denzel Hall, aos 76'), Syb van Ottele, Pawel Bochniewicz e Mats Köhlert; Thom Haye, Anas Tahiri e Simon Olsson (Luuk Brouwers, aos 62'); Ché Nunnely (Daniel Karlsbakk, aos 76'), Ion Nicolaescu (Melle Witteveen, aos 88') e Osame Sahraoui. Técnico: Kees van Wonderen

SPARTA ROTTERDAM
Nick Olij; Saïd Bakari, Bart Vriends, Tijs Velthuis e  Django Warmerdam; Jonathan de Guzmán (Jeremy van Mullem, aos 77'), Arno Verschueren (Pelle Clement, aos 89') e Joshua Kitolano; Vito van Crooij, Tobias Lauritsen (Charles-Andreas Brym, aos 87') e Koki Saito (Camiel Neghli, aos 87'). Técnico: Jeroen Rijsdijk


PSV 3x0 Go Ahead Eagles (quarta-feira, 27 de setembro de 2023)

Local: Philips Stadion (Eindhoven)
Árbitro: Marc Nagtegaal
Gols: Luuk de Jong, aos 21' e aos 53', e Guus Til, aos 49'
Jogo resumido: Uma grande atuação de Luuk de Jong deu outra vitória ao PSV, que completou o jogo atrasado para configurar um começo perfeito - seis jogos, seis vitórias, só um gol sofrido

PSV 
Walter Benítez; Jordan Teze, André Ramalho (Shurandy Sambo, aos 78'), Olivier Boscagli e Patrick van Aanholt; Joey Veerman e Guus Til (Malik Tillman, aos 68'); Hirving Lozano (Johan Bakayoko, aos 68'), Ismael Saibari e Noa Lang (Ricardo Pepi, aos 78'); Luuk de Jong (Yorbe Vertessen, aos 78'). Técnico: Peter Bosz

GO AHEAD EAGLES
Jeffrey de Lange; Mats Deijl, Jamal Amofa, Gerrit Nauber e Bas Kuipers; Philippe Rommens (Enric Llansana, aos 71') e Evert Linthorst; Bobby Adekanye (Victor Edvardsen, aos 71'), Willum Willumsson e Oliver Edvardsen (Jakob Breum, aos 71'); Sylla Sow (Thibo Baeten, aos 71'). Técnico: René Hake


Twente 1x0 Vitesse (quarta-feira, 27 de setembro de 2023)

Local: De Grolsch Veste (Enschede)
Árbitro: Jannick van der Laan
Gol: Sem Steijn, aos 39'
Jogo resumido: O Twente escapou do empate (Hamulic teve gol anulado), mas jogou melhor e conseguiu manter a vantagem, retomando o bom ritmo após a queda na rodada passada

TWENTE
Lars Unnerstall; Alfons Sampsted, Robin Pröpper, Mees Hilgers e Youri Regeer; Mathias Kjolo, Michel Vlap (Manfred Ugalde, aos 81') e Michal Sadílek; Daan Rots (Mitchell van Bergen, aos 72'), Ricky van Wolfswinkel e Sem Steijn (Carel Eiting, aos 76'). Técnico: Joseph Oosting

VITESSE
Eloy Room; Carlens Arcus, Ramon Hendriks, Nicolas Isimat-Mirin e Mica Pinto (Miliano Jonathans, aos 85'); Melle Meulensteen e Gyan de Regt; Million Manhoef, Marco van Ginkel e Kacper Kozlowski (Enzo Cornelisse, aos 85'); Fodé Fofana (Saïd Hamulic, aos 13'). Técnico: Phillip Cocu


AZ 1x1 Heracles Almelo (quinta-feira, 28 de setembro de 2023)

Local: AFAS Stadion (Alkmaar)
Árbitro: Danny Makkelie
Gols: Vangelis Pavlidis, aos 13', e Anas Ouahim, aos 53'
Jogo resumido: O AZ ensaiou a sexta vitória em seis jogos, até com facilidade. Mas o Heracles empatou, no que talvez tenha sido o seu único ataque em todo o jogo. E os visitantes de Almelo seguraram a pressão do time da casa, saindo com ponto valioso e até surpreendente

AZ
Mathew Ryan; Yukinari Sugawara, Riechedly Bazoer (Bruno Martins Indi, aos 47'), Alexandre Penetra e David Möller Wolfe; Jordy Clasie e Sven Mijnans (Kenzo Goudmijn, aos 69'); Mayckel Lahdo (Ibrahim Sadiq, aos 46'), Dani de Wit (Jens Odgaard, aos 80') e Myron van Brederode (Ruben van Bommel, aos 69'); Vangelis Pavlidis. Técnico: Pascal Jansen

HERACLES ALMELO:
Michael Brouwer; Navajo Bakboord, Justin Hoogma, Stijn Bultman (Cava Cestic, aos 85') e Jetro Willems (Ruben Roosken, aos 76'); Brian de Keersmaecker, Marko Vejinovic, Anas Ouahim (Sem Scheperman, aos 76') e Mario Engels (Bryan Limbombe, aos 64'); Mohamed Sankoh (Lasse Wehmeyer, aos 85') e Emil Hansson. Técnico: John Lammers


Ajax 2x0 Volendam (quinta-feira, 2 de novembro de 2023)

Local: Johan Cruyff Arena (Amsterdã)
Árbitro: Martin van den Kerkhof
Gols: Steven Bergwijn, aos 57', e Chuba Akpom, aos 89'
Jogo resumido: Desde o princípio, o Ajax dominou em casa, com algumas chances de gol. Na etapa final, enfim, o desafogo dos gols, trazendo o alívio a Amsterdã: vitória na Eredivisie, após dez jogos

AJAX
Diant Ramaj; Anton Gaaei, Josip Sutalo, Jorrel Hato e Ar'Jany Martha (Anass Salah-Eddine, aos 65'); Branco van den Boomen, Kristian Hlynsson (Mika Godts, aos 85') e Kenneth Taylor (Silvano Vos, aos 79'); Steven Berghuis, Brian Brobbey (Chuba Akpom, aos 80') e Steven Bergwijn. Técnico: John van't Schip

VOLENDAM
Mio Backhaus; Déron Payne (Achraf Douiri, aos 63'), Benaissa Benamar, Josh Flint e George Cox; Calvin Twigt (Bram van Driel, aos 90' + 1), Milan de Haan (Lequincio Zeefuik, aos 63') e Damon Mirani; Bilal Ould-Chikh (Garang Kuol, aos 79'), Robert Mühren (Zack Booth, aos 79') e Darius Johnson. Técnico: Matthias Kohler

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Fichário: os jogos e os vídeos da 2ª rodada da Eredivisie 2023/24

Heracles Almelo 2x1 NEC (sexta-feira, 18 de agosto de 2023)

Local: Polman/Erve Asito (Almelo)
Árbitro: Erwin Blank
Gols: Koki Ogawa, aos 24', Emil Hansson, aos 61', e Anas Ouahim, aos 74'
Jogo resumido: O NEC conseguiu abrir o placar na etapa inicial, em seu único contra-ataque. Mas o Heracles Almelo, enfim, transformou o maior número de chances em gols, virando o placar e obtendo a primeira vitória após o retorno à divisão de elite

HERACLES ALMELO
Michael Brouwer; Navajo Bakboord, Justin Hoogma, Sven Sonnenberg (Stijn Bultman, aos 46') e Jetro Willems; Anas Ouahim (Sem Scheperman, aos 85'), Brian de Keersmaecker e Thomas Bruns (Bryan Limbombe, aos 57'); Emil Hansson (Ruben Roosken, aos 85'), Mario Engels e Abed Nankishi (Antonio Satriano, aos 57'). Técnico: John Lammers

NEC
Jasper Cillessen; Bart van Rooij (Brayann Pereira, aos 65'), Bram Nuytinck, Calvin Verdonk e Youri Baas; Lasse Schöne, Dirk Proper e Magnus Mattsson; Sontje Hansen (Mees Hoedemakers, aos 65'), Koki Ogawa e Olden Larsen (Pedro Marques, aos 74'). Técnico: Rogier Meijer


Excelsior 2x2 Ajax (sábado, 19 de agosto de 2023)

Local: Woudestein (Roterdã)
Árbitro: Dennis Higler
Gols: Brian Brobbey, aos 25', Siebe Horemans, aos 45' + 1, Nikolas Agrafiotis, aos 48', e Davy Klaassen, aos 72'
Jogo resumido: O Ajax até saiu na frente, mas as fragilidades defensivas do time de Amsterdã se fizeram mostrar. Somente Davy Klaassen, vindo do banco, evitou a derrota - mas não o tropeço

EXCELSIOR
Stijn van Gassel; Siebe Horemans (Sven Nieuwpoort, aos 74'), Casper Widell, Serano Seymor (Mimeirhel Benita, aos 60') e Arthur Zagré; Noah Naujoks (Oscar Uddenäs, aos 86'), Rédouan El Yaakoubi e Julian Baas; Lazaros Lamprou, Nikolas Agrafiotis (Richie Omorowa, aos 60') e Couhaib Driouech (Derensili Sanches Fernandes, aos 74'). Técnico: Marinus Dijkhuizen

AJAX
Jay Gorter; Devyne Rensch, Jakov Medic (Kristian Hlynsson, aos 90'), Jorrel Hato e Anass Salah-Eddine (Owen Wijndal, aos 46'); Benjamin Tahirovic e Branco van den Boomen (Kenneth Taylor, aos 60'); Carlos Forbs Borges (Davy Klaassen, aos 60'), Mohammed Kudus e Steven Bergwijn; Brian Brobbey. Técnico: Maurice Steijn


Vitesse 1x3 PSV (sábado, 19 de agosto de 2023)

Local: GelreDome (Arnhem)
Árbitro: Bas Nijhuis
Gols: Marco van Ginkel, aos 19', Ismael Saibari, aos 48', Yorbe Vertessen, aos 64', e Luuk de Jong, aos 70'
Jogo resumido: O Vitesse ainda foi destemido no primeiro tempo, avançando nos contra-ataques e abrindo o placar. Só que o PSV, tendo mais a bola desde o começo, melhorou após mudanças no intervalo e foi eficiente para a virada na etapa complementar

VITESSE
Eloy Room; Carlens Arcus (Mats Egbring, aos 83'), Dominik Oroz, Nicolas Isimat-Mirin e Enzo Cornelisse; Melle Meulensteen e Mattijs Tielemans; Amine Boutrah (Giovanni van Zwam, aos 83'), Marco van Ginkel e Kacper Kozlowski (Gyan de Regt, aos 58'); Said Hamulic (Million Manhoef, aos 58'). Técnico: Phillip Cocu

PSV
Walter Benítez; Jordan Teze, André Ramalho (Jerdy Schouten, aos 46'), Olivier Boscagli e Patrick van Aanholt (Shurandy Sambo, aos 57'); Ibrahim Sangaré e Joey Veerman; Johan Bakayoko (Ismael Saibari, aos 46'), Isaac Babadi (Guus Til, aos 46') e Yorbe Vertessen (Anwar El Ghazi, aos 87'); Luuk de Jong. Técnico: Peter Bosz


Fortuna Sittard 2x1 Almere City (sábado, 19 de agosto de 2023)

Local: Fortuna Sittard Stadion (Sittard)
Árbitro: Jannick van der Laan
Gols: Hamdi Akujobi (contra), aos 4', Loreintz Rosier, aos 24', e Thomas Robinet, aos 33'
Jogo resumido: O Fortuna Sittard conseguiu abrir o placar com relativa rapidez. A vantagem foi valiosa para se segurar diante das tentativas do Almere City, e o time de Sittard teve chances até de ampliar sua vitória

FORTUNA SITTARD
Ivor Pandur; Ivo Pinto, Rodrigo Guth, Dimitrios Siovas e Rémy Vita (Mitchell Dijks, aos 83'); Deroy Duarte, Alen Halilovic (Oguzhan Özyakup, aos 71') e Loreintz Rosier (Arijanet Ferati, aos 90' + 1); Tijjani Noslin, Paul Gladon (Kaj Sierhuis, aos 83') e Iñigo Córdoba (Milan Robberechts, aos 90' + 1). Técnico: Danny Buijs

ALMERE CITY
Nordin Bakker; Hamdi Akujobi, Joey Jacobs (Christopher Mamengi, aos 89'), Théo Barbet e Sherel Floranus; Álvaro Peña, Lance Duijvestijn e Peer Koopmeiners (Stije Resink, aos 81'); Rajiv van la Parra, Thomas Robinet e Anthony Limbombe (Manel Royo, aos 81'). Técnico: Alex Pastoor


Go Ahead Eagles 4x1 Volendam (sábado, 19 de agosto de 2023)

Local: De Adelaarshorst (Deventer)
Árbitro: Edwin van de Graaf
Gols: Bas Kuipers, aos 13', Oliver Edvardsen, aos 36', Willum Willumsson, aos 40', Daryl van Mieghem, aos 61', e Enric Llansana, aos 86'
Jogo resumido: Nem mesmo a expulsão de Bobby Adekanye, ainda antes do intervalo, perturbou a goleada do Go Ahead Eagles, encaminhada já no primeiro tempo

GO AHEAD EAGLES
Jeffrey de Lange; Mats Deijl, Jamal Amofa, Joris Kramer e Bas Kuipers; Philippe Rommens e Evert Linthorst (Sylla Sow, aos 65'); Bobby Adekanye, Willum Willumsson (Jakob Breum, aos 90' + 2) e Oliver Edvardsen (Enric Llansana, aos 65'); Victor Edvardsen (Gerrit Nauber, aos 65'). Técnico: René Hake

VOLENDAM
Mio Backhaus; Déron Payne, Xavier Mbuyamba (Benaissa Benamar, aos 90' + 5), Brian Plat e Derry John Murkin; Calvin Twigt, Daryl van Mieghem e Damon Mirani; Bilal Ould-Chikh, Lequincio Zeefuik (Quincy Hoeve, aos 79') e Darius Johnson (Ibrahim El Kadiri, aos 59'). Técnico: Matthias Kohler


Utrecht 0x2 Heerenveen (domingo, 20 de agosto de 2023)

Local: De Galgenwaard (Utrecht)
Árbitro: Ingmar Oostrom
Gols: Osame Sahraoui, aos 69', e Daniel Karlsbakk, aos 90' + 2
Jogo resumido: Depois de um primeiro tempo de poucas emoções, os dois times aumentaram o ritmo na etapa complementar - e o Heerenveen foi mais eficiente, para vencer o Utrecht fora de casa pela primeira vez desde 2015

UTRECHT
Vassilis Barkas; Hidde ter Avest (Sean Klaiber, aos 79'), Mike van der Hoorn, Modibo Sagnan (Nick Viergever, aos 25') e Souffian El Karouani; Jens Toornstra, Victor Jensen (Ole Romeny, aos 79') e Can Bozdogan; Marouan Azarkan (Bart Ramselaar, aos 66'), Anastasios Douvikas e Mats Seuntjens (Isac Lidberg, aos 79'). Técnico: Michael Silberbauer

HEERENVEEN
Andries Noppert; Hussein Ali (Oliver Braude, aos 78'), Syb van Ottele (Denzel Hall, aos 74'), Pawel Bochniewicz e Mats Köhlert; Thom Haye, Anas Tahiri e Simon Olsson; Ché Nunnely (Melle Witteween, aos 78'), Ion Nicolaescu (Daniel Karlsbakk, aos 78') e Osame Sahraoui (Charlie Webster, aos 78'). Técnico: Kees van Wonderen


Sparta Rotterdam 2x2 Feyenoord (domingo, 20 de agosto de 2023)

Local: Het Kasteel (Roterdã)
Árbitro: Danny Makkelie
Gols: Charles-Andreas Brym, aos 40' e aos 54', Santiago Giménez, aos 77', e Leo Sauer, aos 90' + 1
Jogo resumido: No clássico de Roterdã, o Feyenoord teve mais a bola, só que o Sparta Rotterdam teve mais eficiência: em dois cruzamentos no primeiro tempo, dois gols. Na etapa final, com as alterações, o Stadionclub passou a pressionar mais, com cruzamentos bons, e conseguiu o empate com um estreante

SPARTA ROTTERDAM
Nick Olij; Saïd Bakari, Bart Vriends, Tijs Velthuis e Django Warmerdam; Jonathan de Guzmán (Jeremy van Mullem, aos 65'), Arno Verschueren e Joshua Kitolano (Pelle Clement, aos 83'); Vito van Crooij (Tobias Lauritsen, aos 83'), Charles-Andreas Brym (Rick Meissen, aos 74') e Koki Saito (Agustin Anello, aos 65'). Técnico: Jeroen Rijsdijk

FEYENOORD
Timon Wellenreuther; Lutsharel Geertruida, Thomas Beelen (Gernot Trauner, aos 46'), Dávid Hancko e Quilindschy Hartman (Yankuba Minteh, aos 65'); Mats Wieffer, Quinten Timber (Javairô Dilrosun, aos 89') e Calvin Stengs (Ayase Ueda, aos 65'); Alireza Jahanbakhsh (Leo Sauer, aos 46'), Santiago Giménez e Igor Paixão. Técnico: Arne Slot 


Twente 3x1 Zwolle (domingo, 20 de agosto de 2023)

Local: De Grolsch Veste (Enschede)
Árbitro: Serdar Gözübüyük
Gols: Michal Sadílek, aos 18', Ferdy Druijf, aos 33', Sem Steijn, aos 79', e Michel Vlap, aos 90' + 3
Jogo resumido: Até que o Twente passou por um solavanco, ao sofrer o empate do Zwolle. Passou o segundo tempo inteiro em busca da vitória - que afinal veio, nos últimos minutos

TWENTE
Lars Unnerstall; Joshua Brenet (Alfons Sampsted, aos 35'), Robin Pröpper, Mees Hilgers e Mats Rots (Michel Vlap, aos 69'); Youri Regeer (Mathias Kjolo, aos 29'), Sem Steijn e Michal Sadílek; Daan Rots, Ricky van Wolfswinkel e Manfred Ugalde (Naci Ünüvar, aos 69'). Técnico: Joseph Oosting

ZWOLLE
Jasper Schendelaar; Eliano Reijnders (Divairo Bobson, aos 87'), Bram van Polen, Thomas Lam (Nick Fichtinger, aos 67'), Sam Kersten e Bart van Hintum; Zico Buurmeester, Davy van den Berg (Lennart Czyborra, aos 67') e Younes Namli (Apostolis Vellios, aos 80'); Ferdy Druijf e Lennart Thy. Técnico: Johnny Jansen


RKC Waalwijk 1x3 AZ (domingo, 20 de agosto de 2023)

Local: Mandemakers Stadion (Waalwijk)
Árbitro: Alex Bos
Gols: Michiel Kramer, aos 41', Vangelis Pavlidis, aos 54' e aos 79', e Dani de Wit, aos 59'
Jogo resumido: O AZ foi mais um clube a tomar um susto, saindo atrás no placar - e mais um clube a resolver isso no 2º tempo, impondo sua superioridade, virando o jogo e tendo duas vitórias em dois jogos

RKC WAALWIJK
Etienne Vaessen; Juriën Gaari (Chris Lokesa, aos 83'), Julian Lelieveld, Dario van den Buijs e Thierry Lutonda; Zakaria Bakkali (Richonell Margaret, aos 61'), Yassin Oukili (Patrick Vroegh, aos 83'), Denilho Cleonise e Kevin Felida (Jeffrey Bruma, aos 83'); David Min (Reuven Niemeijer, aos 61') e Michiel Kramer. Técnico: Henk Fräser

AZ
Mathew Ryan; Yukinari Sugawara, Pantelis Hatzidiakos, Riechedly Bazoer e David Moller Wolfe (Denso Kasius, aos 84'); Sven Mijnans e Kenzo Goudmijn (Djordje Mihailovic, aos 74'); Jens Odgaard (Ernest Poku, aos 46'), Dani de Wit (Dave Kwakman, aos 85') e Ruben van Bommel (Mayckel Lahdo, aos 46'); Vangelis Pavlidis. Técnico: Pascal Jansen

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

A Holanda na Copa feminina: a análise sobre quem jogou

A Holanda foi eliminada nas quartas de final da Copa do Mundo feminina, como havia sido na Euro. Mas ao inverso do torneio continental, deixou impressão mais promissora (Rico Brouwer/Soccrates/Getty Images)

Como na Euro feminina do ano passado, a seleção da Holanda (Países Baixos) foi eliminada nas quartas de final. Como na Euro feminina do ano passado, ela foi eliminada para uma seleção superior tecnicamente, que foi bem melhor ao longo da partida que foi à prorrogação (no caso, a Espanha, como já tinha sido a França). Por quê, então, as Leoas Laranjas saíram da Copa do Mundo de uma maneira bem mais satisfeita e otimista do que haviam saído da Euro? A diferença está em três alternativas: no clima da equipe, na postura apresentada em campo e nas perspectivas para os próximos passos, que incluem a Liga das Nações e as eliminatórias da Euro 2025 que vêm aí.

Em primeiro lugar, o trabalho até a Copa deixou claro o que já era visível desde o início do trabalho: Andries Jonker agradou bem mais as jogadoras do que Mark Parsons fizera. Embora fosse respeitoso com as atletas, o técnico anglo-americano desagradou ao ter uma postura de conversas genéricas demais fora de campo - e defensiva demais, até medrosa, dentro. Jonker desde o começo foi direto com elas, principalmente em relação ao esquema tático. A pedido principalmente das líderes do grupo (nomes como Daniëlle van de Donk, Jill Roord e Sherida Spitse), pensou num time mais ofensivo. Fez experiências que tornaram a equipe holandesa menos manjada, como colocar Esmee Brugts e Victoria Pelova nas alas. Em suma: mesmo num trabalho diferente dos vitoriosos tempos sob Sarina Wiegman, a Holanda retomou força para impor respeito.

E impôs respeito com o que mostrou em campo. Nos jogos mais difíceis - como contra os Estados Unidos, na fase de grupos -, a Holanda foi destemida: atacou quando pôde e teve espaço, e teve disposição física para se esforçar até o fim (Spitse, inclusive, apontou esta como uma das evoluções da equipe). Quando pegou adversárias mais fracas, teve firmeza para garantir a vitória - como no tenso 1 a 0 da estreia contra Portugal - ou volúpia para buscar a goleada - como nos 7 a 0 sobre o Vietnã, que rendeu o prêmio da primeira colocação no grupo E da Copa, inesperada, de acordo com os prognósticos anteriores. E nas oitavas de final, contra a África do Sul, soube resistir à melhor atuação da adversária no 1º tempo, para corrigir os erros no intervalo e fazer uma segunda etapa muito mais seguro.

Com tudo isso, a Holanda saiu da Copa animada, a despeito da eliminação. Jogadoras mais experientes, como Spitse e Lieke Martens, deixam claro que nem cogitam deixar as convocações. Ao mesmo tempo, cada vez mais as novatas pedem passagem. A começar pelo gol, onde Daphne van Domselaar deixou claro que é titular para muitos e muitos anos. Seguindo por nomes ainda se alternando entre campo e banco, como Kerstin Casparij e Damaris Egurrola. E continuando pelas jogadoras jovens que nem estiveram na Copa: Alieke Tuin, Fenna Kalma, Romée Leuchter... e até nomes da seleção sub-19, que disputava a Euro da categoria e chegou às semifinais, com nomes como a meio-campista Rosa van Gool e a atacante Hanna Huizenga.

Não, a Holanda não é superior a Alemanha, Espanha ou França, seleções melhores tecnicamente e tão boas na base quanto a laranja (tanto que a equipe sub-19 caiu na Euro para a... Espanha, que venceu a Alemanha na final). De todo modo, é uma seleção boa. Bem melhor do que os prognósticos faziam crer - havia quem desconfiasse da Holanda sendo eliminada na fase de grupos... se título era demais, o desejo expresso por Andries Jonker era de uma campanha decente, que mantivesse o país entre os primeiros dez colocados do ranking da FIFA. Pois bem: a campanha decente foi feita. E a Holanda, inclusive, deverá passar o Brasil na próxima edição do ranking.

Enfim, a Holanda tem time. E voltará. Aliás, Vivianne Miedema também retornará em pouco tempo...

Van Domselaar já atraía confiança no gol da Holanda feminina. Justificou plenamente tal confiança na Copa, com ótimas defesas (Keith McInnes/Eurasia Sport Images/Getty Images)

Goleiras

1-Daphne van Domselaar (5 jogos, 3 gols sofridos): A rigor, mesmo sendo uma goleira das mais confiáveis, Van Domselaar foi pouco exigida na fase de grupos da Copa do Mundo de mulheres. O que não quer dizer que não trabalhou. Quando a bola foi ao gol que defendia, a camisa 1 holandesa mostrou sua capacidade. Fez isso na estreia, contra Portugal, ao defender chute de Telma Encarnação aos 79' - um empate, àquela altura, tornaria o rumo do jogo imprevisível. "Daph" fez isso também contra os Estados Unidos, espalmando chute de Trinity Rodman, logo após a Holanda fazer 1 a 0. Ou seja, a guarda-metas neerlandesa sempre estava preparada. Se houvesse qualquer dúvida disso, ela se acabou nas oitavas de final, contra a África do Sul: precisando trabalhar muito diante do rápido ataque da seleção sul-africana, Van Domselaar fez pelo menos quatro defesas excelentes. Frustrou Thembi Kgatlana em pelo menos três chances que a atacante teve para marcar o gol. E comprovou como é, de fato, uma ótima goleira ao receber o prêmio de melhor do jogo naquelas oitavas. De quebra, contra a Espanha, ainda fez algumas intervenções que impediram a Holanda de ficar atrás no placar mais rapidamente. É certo que Van Domselaar não será a melhor goleira da Copa - há a sueca Zecira Musovic, há Mary Earps também transmitindo confiança à Inglaterra, há a australiana Mackenzie Arnold. Contudo, a goleira da Holanda justificou plenamente a confiança cada vez maior que se tem nela. Se cumprir o que promete em sua chegada ao Aston Villa, ser uma das melhores camisas 1 no futebol feminino mundial é questão de tempo. Se é que ela já não é.

16-Lize Kop: não jogou

23-Jacintha Weimar: não jogou

Wilms falhou no lance do gol da eliminação da Holanda. Mas até entrou bem nas poucas chances que teve (Rico Brouwer/Soccrates/Getty Images)



Laterais

2-Lynn Wilms (2 jogos): Lateral direita de origem, Wilms acabou perdendo com a mudança de esquema tático por que a Holanda passou, indo para a reserva. Nas duas partidas em que entrou em campo, teve participações diferentes. Contra a África do Sul, nas oitavas de final, sua aparição foi apenas na reta final: Wilms entrou aos 88', para ajudar a defesa a manter definitivamente a vantagem de 2 a 0 que seria o placar definitivo. Já contra a Espanha, nas quartas, a lateral teve atuação bem mais importante. E teve alternâncias. Tão logo substituiu Jill Roord aos 61', Wilms até deixou a marcação pela direita um pouco mais estável na seleção neerlandesa, liberando Victoria Pelova para o meio-campo. E assim foi por um bom tempo. Entretanto, no gol de Salma Paralluelo que praticamente definiu as quartas de final a favor da Espanha, a falha maior foi da camisa 2: afinal, ela se deslocou na criação do contra-ataque espanhol, deixando espaço livre para Salma jogar no seu melhor (ter velocidade com a bola nos pés e finalizar). De todo modo, quando necessário, Wilms seguiu sendo opção válida em campo. Deve seguir nos próximos tempos da seleção feminina da Holanda.

5-Merel van Dongen (1 jogo): Por mais antipático que possa parecer, fica claro: Van Dongen está na seleção feminina da Holanda mais por sua importância para o grupo habitual de jogadoras (é uma das líderes, sempre a postos para animar as novatas e ajudar as veteranas) do que pelo que mostra em campo. Apareceu mais pela pequena polêmica que sua imitação do "haka" causou antes da Copa do que pelas capacidades técnicas. Não que ela o quisesse, mas só veio a campo nos dez minutos finais - mais sete minutos, à guisa de acréscimos - contra o Vietnã, quando a goleada por 7 a 0 já estava encaminhada. E a lateral esquerda já se mostrou muito contente com eles, falando à emissora NOS: "É minha terceira Copa. Estou muito feliz com esses minutos, realmente muito feliz. Eu poderia não estar na convocação. Sempre prefiro olhar o 'copo meio cheio'". De todo modo, Van Dongen ficaria impossibilitada de ajudar a Holanda em campo após as oitavas de final: num choque com a goleira reserva Lize Kop num treino, machucou o tornozelo, e sequer pôde ser relacionada contra a Espanha. Ainda assim, seu nível de exigência foi pouco, como citou na entrevista: "Eu posso participar, posso ajudar o time como posso. Se for para entrar, entro. Se for para começar jogando, começo". Merece todo o respeito pela experiência, é verdade. Mas fica a forte impressão de que seu espaço na seleção da Holanda será mais e mais diminuído, aos poucos, na transição que a equipe vive.

15-Caitlin Dijkstra (2 jogos): A preferência de Andries Jonker foi clara (e justificada) por um trio de defesa bem experiente no decorrer da Copa, mesmo quando era necessário alterar as titulares. Com isso, Dijkstra apareceu pouco: em seu primeiro torneio grande pela Holanda, a zagueira só veio a campo nos 17 minutos finais contra o Vietnã, quando a goleada já estava assegurada, e já entrou contra a Espanha na prorrogação - aos 96', substituindo Damaris. Ainda assim, cumpriu seu papel sem grandes problemas nem grandes falhas. E ao entrar como uma volante nas quartas de final, indicou versatilidade tática, que poderá ser aprimorada com a sua passagem pelo Wolfsburg que está por começar. É outra defensora que tem plenas condições de seguir nas convocações para os jogos que vêm por aí, nas eliminatórias da Euro feminina e na Liga das Nações.

18-Kerstin Casparij (5 jogos): Casparij foi outra jogadora a sair perdendo com a Holanda tendo três zagueiras. Num esquema com quatro na defesa, a lateral certamente seria titular, até por poder jogar dos dois lados. Com a preferência em apostar em Esmee Brugts e Victoria Pelova como alas, a camisa 18 foi para o banco. Mas ao longo da Copa, foi daquelas "reservas-titulares": sempre saía do banco para jogar - não por acaso, entrou em todas as partidas da campanha. E ajudou bastante. Com Pelova tendo algumas dificuldades na marcação pela direita, em regra Casparij a substituía nos minutos finais, exatamente para resolver tal problema e ajudar a Holanda a manter o resultado. Contra o Vietnã, quando a exigência era um pouco menor, ela já pôde entrar no intervalo. De quebra, na dramática prorrogação contra a Espanha, nas quartas, veio tentar ajudar se deslocando para a lateral esquerda, ao substituir uma Stefanie van der Gragt que fizera muito, mas estava cansadíssima e não aguentava mais o ritmo altíssimo daquela partida. A Holanda caiu, mas Casparij segue em alta conta. Sem dúvida, continuará nas convocações. E dependendo do esquema, pode virar titular a qualquer momento.

Entre momentos bons e ruins, Van der Gragt esbanjou seriedade e esforço pela Holanda, nos últimos momentos de sua carreira. E a terminou merecendo mais aplausos (Matthew Lewis/FIFA)

Zagueiras

3-Stefanie van der Gragt (5 jogos, 1 gol): Van der Gragt chegou para as últimas partidas de sua carreira com dois substantivos cercando sua convocação: homenagem e desconfiança. Homenagem por toda a importância que teve para a seleção feminina da Holanda (e para o futebol feminino do país, como um todo). Desconfiança, resumida por uma pergunta: será que a zagueira, reconhecidamente lenta, sem muita técnica, resistiria a jogadoras mais rápidas? Pois "Steef", jogando na sobra, começou a eliminar essa desconfiança já na estreia, contra Portugal, do melhor jeito possível. Não só por marcar o único gol da vitória holandesa por 1 a 0, como por controlar com sucesso os avanços de Jéssica Silva, grande medo que o ataque português trazia, só na base das antecipações e do tempo de bola perfeito. Contudo, o grande símbolo de como Van der Gragt foi bem na Copa se viu contra os Estados Unidos. No primeiro tempo, com ela no trio de defesa, a Holanda fez 1 a 0 e teve a vantagem; no segundo, com a camisa 3 substituída por Aniek Nouwen após tomar uma pancada na cabeça - e já estar adoentada -, os Estados Unidos foram melhores, empataram e estiveram à beira da virada. Mas Van der Gragt voltou, e seguiu justificando o apelido de "de rots in de branding" ("a rocha no incêndio", em holandês), tamanha era sua resistência. Se falhou contra a Espanha, nas quartas de final, ao cometer o pênalti ingênuo na reta final do tempo normal, corrigiu com brilhantismo: já nos acréscimos, arriscou e petiscou ao ir ao ataque e chutar para empatar o placar. E só saiu na prorrogação, substituída por Casparij, em razão do grande cansaço. A Holanda perdeu, foi eliminada, e a carreira de Van der Gragt nos campos acabou. Mas a agora diretora de futebol feminino do AZ fez o suficiente para merecer toda a celebração e todo o respeito de quem acompanha a modalidade na Holanda. O pênalti infantil? Os panos estão sendo passados por lá. Com todo o merecimento, a uma jogadora que teve dedicação inquestionável. Das melhores da Holanda na Copa.

4-Aniek Nouwen (2 jogos): Nouwen teve azar, de certa forma, em suas duas aparições na Copa de mulheres. Elas ocorreram nos dois momentos de mais pressão por que a Holanda passou em sua participação no Mundial: o segundo tempo contra os Estados Unidos, quando Nouwen substituiu a contundida Stefanie van der Gragt, e na prorrogação contra a Espanha - ela substituiu Esmee Brugts no penúltimo minuto do tempo normal, antes mesmo que Van der Gragt empatasse o jogo. E por mais antipática que a opinião possa parecer, a zagueira teve maus momentos nas duas atuações. Contra as norte-americanas, penou ao tentar marcar Sophia Smith e Trinity Rodman, mais velozes, acabando por sobrecarregar Dominique Janssen na resistência à pressão quase irrespirável que as adversárias colocaram no ataque. Na eliminação nas quartas, Nouwen até entrou bem na primeira parte da prorrogação, estabilizando o miolo de zaga ao lado de Janssen. Contudo, sua imagem final acabou sendo o drible fácil que tomou de Salma Paralluelo, abrindo caminho para a atacante espanhola fazer o 2 a 1 da vitória de sua seleção. Se a saída de Van der Gragt abrirá espaço para concorrência em relação à nova titular, Nouwen já sai em desvantagem, pela falta de segurança que já mostrava - e que voltou a mostrar.

20-Dominique Janssen (5 jogos): A zagueira era mais um nome da defesa da Holanda a estar cercada de desconfiança antes do Mundial feminino começar. Desconfiança justificada, pelas falhas que comete vez por outra no Wolfsburg-ALE. Mas pelo menos em Austrália/Nova Zelândia, Janssen calou quem a critica. Ajudou Stefanie van der Gragt a manter a defesa estável. Com ótimo posicionamento, a camisa 20 foi a única jogadora holandesa de linha a jogar todos os 450 minutos (mais acréscimos) que a seleção laranja teve na Copa do Mundo de mulheres. Em momentos difíceis, manteve a calma no setor - como contra os Estados Unidos, quando quase sempre foi precisa nos desarmes e impediu a virada norte-americana nos minutos finais. Teve espaço até para dar vazão à qualidade nos lançamentos que também possui - foi assim, por exemplo, que colocou a bola na cabeça de Lieke Martens, para que ela abrisse o placar contra o Vietnã. A certa altura da competição, era a zagueira com mais desarmes entre as 32 seleções da Copa (foram 34 desarmes). Com o fim da carreira de Stefanie van der Gragt, Janssen se torna automaticamente o nome em torno de quem a defesa da seleção feminina se reorganizará e se renovará. Pela Copa que fez, é inquestionável na Holanda. Pelo menos até a próxima falha no Wolfsburg-ALE.

Van de Donk reagiu justamente na Copa, mostrando agilidade no avanço e disposição na marcação. Sorte da Holanda (Brad Smith/USSF/Getty Images)

Meio-campistas

8-Sherida Spitse (5 jogos): A capitã da seleção feminina da Holanda parece desafiar o tempo: aos 33 anos, continua começando as partidas como titular, recuada para a zaga. Também, pudera: sua ascendência sobre o grupo de jogadoras ainda é clara - Spitse chega a sair de campo rouca, de tantas ordens que dá às colegas durante os 90 minutos. De quebra, voltou a exibir sua habilidade nas bolas paradas: foram de seus pés, em escanteios, que saíram os gols de abertura do placar contra Portugal (a estreia na Copa) e África do Sul (nas oitavas de final). Além de tudo, a camisa 8 já sinalizou, aqui e ali, que ainda segue disposta a defender a equipe de mulheres dos Países Baixos no futebol. Tem todo o merecimento. Contudo, aqui e ali, o tempo já indica que vencerá Spitse no desafio. Bastava a Holanda enfrentar um adversário de mais velocidade no ataque, principalmente nas pontas, que ela sofria. Foi o que se viu contra os Estados Unidos, ainda na fase de grupos. Foi o que se viu, principalmente, contra a África do Sul, quando Spitse foi superada com frequência por Thembi Kgatlana pela direita. E foi o que se viu, novamente, no jogo contra a Espanha, quando o duo Jennifer Hermoso-Esther González foi bem superior a Spitse e a Victoria Pelova, criando muitos ataques espanhóis pela esquerda. A dificuldade e o cansaço foram tantos que Spitse foi substituída por Katja Snoeijs, antes mesmo da prorrogação. Mais um sinal: por mais que a camisa 8 seja uma líder na acepção da palavra, por mais que tenha ajudado na zaga, por mais que ela tenha lugar garantido nas convocações enquanto puder... o tempo está passando.

10-Daniëlle van de Donk (4 jogos, 1 gol): Talvez "Daan" seja o melhor exemplo de um caso agradável que várias jogadoras da Holanda tiveram nesta Copa feminina: temporada apagada por seus clubes, reação notável na seleção. Se no Lyon, a meio-campista vai e vem entre o campo e o banco de reservas (ainda que sua experiência seja das maiores e mais valiosas no time francês), Van de Donk voltou a mostrar qualidade defendendo a Holanda. Como havia muito tempo não demonstrava. Mostrou mobilidade no ataque: sempre chegava para ajudar Jill Roord, Lieke Martens e Lineth Beerensteyn, tinha chances - perdeu pelo menos duas oportunidades de gol contra Portugal -, e afinal marcou o seu contra o Vietnã. Na marcação pelo meio, então, Van de Donk voltou a dar motivos para quem acompanha futebol feminino chamá-la novamente de "pinscher": por mais que seu porte físico seja pequeno, perseguia incansavelmente as adversárias em campo, tentava roubar rapidamente a bola, e até mesmo arrumava brigas se fosse o caso (como bem mostrou o estranhamento constante com a estadunidense Lindsay Horan, colega de Lyon - com quem Van de Donk ficou, amistosamente, logo que o 1 a 1 acabou). A vontade foi tanta que lhe rendeu os dois cartões amarelos que a deixaram de fora das quartas de final contra a Espanha. E sua falta foi sentida. Porque, jogando como jogou na Copa, certamente Van de Donk voltará a ser titular com mais frequência no Lyon. Na Holanda, nem se fala.

12-Jill Baijings (1 jogo): É possível dizer que a Copa do Mundo indicou mais o futuro do que o presente de Baijings. Ainda na fase de preparação para o torneio, em Sydney (Austrália), a meio-campista teve um reconhecimento pela qualidade ofensiva que mostrou no Bayer Leverkusen: foi anunciada como o novo reforço do Bayern de Munique, a partir da temporada 2023/24. Contudo, num meio-campo que já tinha escolhas muito fixas na criação de jogadas e no auxílio das finalizações (leiam-se Daniëlle van de Donk e Jill Roord), Baijings pouco foi vista na Copa. Foi outra jogadora a só aparecer nos acréscimos de um jogo já definido - no caso, as oitavas de final, contra a África do Sul, ao substituir Roord aos 90' + 2. Ainda assim, é possível imaginar que ela aparecerá bem mais jogando no Bayern de Munique. E até fortalecerá mais sua imagem como uma possível concorrente à vaga de titular. Se Baijings saiu da Copa praticamente como entrou, convém prestar atenção no que jogará nos próximos tempos.

Groenen, mais uma a reavivar a carreira pela Holanda na Copa: sua qualidade na marcação foi novamente visível (Stephanie Meek/CameraSport/Getty Images)

14-Jackie Groenen (5 jogos): Como ocorreu com algumas colegas de seleção, Groenen vinha de uma temporada apagada (no caso, no Paris Saint-Germain)... e se restabeleceu para fazer uma boa Copa do Mundo. Desde a estreia contra Portugal, foi das jogadoras holandesas mais elogiadas pela imprensa do país: sobrava fôlego a ela para fazer os desarmes e começar as jogadas da seleção laranja, na saída de bola. Tudo isso, graças à precisão de Groenen nos carrinhos no meio-campo - raramente errava um bote, coisa que ocorreu vez por outra em 2019. Não à toa, entre todas as jogadoras de linha da Holanda no Mundial de mulheres, a camisa 14 foi quem mais fez o que se chama de "pressão defensiva" (no popular, quem mais tentou divididas e marcou adversárias): foram 154 lances de marcação - e 32 carrinhos, a maior quantidade entre as 736 jogadoras da Copa feminina. Tanto esforço para evitar que a Holanda tomasse gols tirou um pouco da possibilidade de Jackie ser o "elemento-surpresa" no ataque, com chutes de fora da área, como ela pode ser. Sem problemas: ela conseguiu mostrar vitalidade, justificando plenamente sua titularidade em detrimento de Damaris Egurrola, mais pedida pré-Copa. E um momento pode indicar que Groenen crescerá de importância dentro da seleção dos Países Baixos: quando Sherida Spitse foi substituída por Katja Snoeijs, nos últimos minutos do tempo normal contra a Espanha, para quem Spitse entregou a braçadeira de capitã? Para Groenen. À beira dos 30 anos (fará 29 em dezembro), tendo completado 100 jogos pela Holanda no empate contra os Estados Unidos, cada vez mais a carismática volante será referência dentro da seleção para as jogadoras que estão por vir. E se mostrou capaz de justificar isso, pelo que jogou em campo na Copa.

17-Victoria Pelova (5 jogos): A transformação de Esmee Brugts e Victoria Pelova em alas foi a mudança tática que mais chamou a atenção na Holanda rumo à Copa do Mundo feminina. Porém, se Brugts se deu melhor na esquerda, Pelova já teve mais dificuldades como ala direita no decorrer da Copa. Na hora de avançar para ajudar os ataques, às vezes foi mais lenta do que deveria, dificultando contra-ataques rápidos - isso foi muito visto na estreia contra Portugal, principalmente no primeiro tempo. Quando a questão era a marcação, a camisa 17 também teve problemas: como se temia, às vezes Pelova avançou demais e voltou de menos. Isso ficou claro contra a África do Sul, nas oitavas de final, quando a ala direita teve grandes problemas para controlar Thembi Kgatlana, a principal jogadora das Banyana Banyana. Ficou mais claro ainda nas quartas de final: foi pelo lado esquerdo, marcado por Pelova, que a Espanha mais pressionou ao longo de todos os 120 minutos. Contudo, uma hora os problemas acabaram. Foi quando Lynn Wilms - marcadora bem mais acostumada à função - substituiu Jill Roord, foi para a lateral direita, e Pelova pôde ser adiantada para a sua posição original: o meio-campo. Ali ajudou a Holanda a ser um pouco mais perigosa, quando pôde - coroando isso com o lançamento que Stefanie van der Gragt aproveitou para empatar o jogo, nos acréscimos. Enfim, se valeu a pena ter a experiência como ala direita, ganhando versatilidade, Pelova mostrou que ainda tem o que amadurecer por ali. No meio-campo, onde está mais acostumada no Arsenal, ela tem tudo para crescer.

19-Wieke Kaptein (1 jogo): Algumas vezes, o técnico Andries Jonker já escancarou o quanto aposta em Kaptein, o quanto acredita nela como um nome para o futuro do meio-campo da seleção feminina da Holanda. Até por isso, pode-se imaginar que todo cuidado foi pouco para colocá-la em campo durante a Copa. A jovem de 17 anos só esteve em campo nesta Copa no segundo tempo contra o Vietnã, quando a vitória laranja estava praticamente garantida e a pressão era mínima. No mais, ela viu o Mundial no banco de reservas, ganhando experiência para voltar a jogar pelo Twente. Com uma vivência valiosa, em termos de futebol de mulheres nos Países Baixos. Aos poucos, e se continuar bem, certamente Kaptein terá mais tempo por sua seleção.

21-Damaris Egurrola Wienke (5 jogos): A meio-campista tinha tudo para ser titular, se fosse o caso. Era até o pedido de muita gente que acompanha a seleção feminina da Holanda (Países Baixos), tendo em vista a má fase de Jackie Groenen pré-Copa. Só que Andries Jonker já fizera sua opção pelo nome mais experiente. E de mais a mais, o que se viu no Mundial acabou justificando a preferência por Groenen. De todo modo, Damaris deixou claro que será nome muito usado nos próximos anos da seleção feminina holandesa. Foi outra daquelas "reservas-titulares", vinda do banco para participar de todas as partidas da Holanda. Na maioria das vezes, vinha fortalecer a marcação no meio-campo e manter o bom toque de bola: ora substituindo Van de Donk, como contra Portugal e África do Sul, ora no lugar de Groenen, como foi contra o Vietnã. Assim, quando Van de Donk foi suspensa pelo segundo cartão amarelo tomado contra as sul-africanas, foi quase óbvia a escolha por Damaris como titular contra a Espanha (justamente a seleção que poderia estar defendendo, não fossem problemas com o técnico Jorge Vilda). Eis que ela surpreendeu. Pela rapidez do toque de bola da Espanha, parecia que "Dama" tinha jogado mal. Ao se ver as estatísticas, porém, nota-se que Damaris foi a holandesa que mais desarmou, no meio-campo, ao longo dos 96 minutos em que ficou em campo - as cãibras forçaram sua substituição por Caitlin Dijkstra. Por essas e outras, está claro: a titularidade da camisa 21 com a camisa laranja é questão de tempo. Para alguns, esse tempo já até poderia ter acabado.

Na falta de Miedema, Roord assumiu inesperadamente o papel de referência de ataque da Holanda na Copa (Sajad Imanian/DeFodi Images/Getty Images)

Atacantes

6-Jill Roord (5 jogos, 4 gols): O caso mais visível de uma jogadora que veio por baixo de seu clube - e saiu da Copa por cima. Se Roord perdia espaço no Wolfsburg (tanto que garantiu a chegada ao Manchester City, antes mesmo do Mundial, com jeito de "vida nova"), chegou à Holanda como titular. Mais do que isso: sem Vivianne Miedema, com a Holanda apostando num ataque mais coletivo, caberia a Roord ser um nome experiente a chamar a responsabilidade. E como a camisa 6 fez isso! Na Copa, Roord foi a "ponta-de-lança" por excelência: partia do meio-campo, pouco atrás da área, para sempre chegar ao ataque, sempre tabelar com Lieke Martens e Lineth Beerensteyn, sempre ajudar nas finalizações. Foi assim desde a estreia, contra Portugal. Foi assim, principalmente, contra os Estados Unidos, quando Roord confirmou o domínio holandês na etapa inicial ao fazer o gol que abriu o placar. E foi assim contra o Vietnã, quando marcou mais gols nos 7 a 0 que deixaram a Laranja como líder do grupo E. Nas oitavas de final, Roord também estava a postos para abrir rapidamente o placar contra a África do Sul, tornando-se a primeira jogadora holandesa a marcar quatro gols numa Copa do Mundo. Se a Holanda perdeu, a ponta-de-lança de 26 anos ganhou: recuperou sua importância para a seleção, se afirmando como a principal referência ofensiva que a equipe teve. Roord confirmou: é titular absoluta, atualmente. E confirmou do melhor jeito possível: como a melhor jogadora da Holanda na Copa.

Beerensteyn se esforçou, foi aceitável em campo, mas sua Copa foi atrapalhada pela lesão na estreia - e pelas chances perdidas contra a Espanha... (Rico Brouwer/Soccrates/Getty Images)

7-Lineth Beerensteyn (3 jogos, 1 gol): "O torneio não saiu como o esperado para mim", lamentou Beerensteyn à emissora holandesa de tevê NOS, na zona mista do Estádio Regional de Wellington, após a eliminação para a Espanha. De certa fora, a experiente atacante estava certa. E não só pela criticada atuação que tivera naquela partida, mas pelo que lhe ocorreu antes. Ela recebeu a responsabilidade de ser a titular no meio da área, em lacuna que seria ocupada por Vivianne Miedema, em condições normais. E mesmo com lentidão demais para puxar contra-ataques, a atacante ajudava bastante Lieke Martens e Jill Roord na estreia contra Portugal... até sofrer falta de Diana Gomes, que lhe atingiu o tornozelo, já nos minutos finais daquela partida. A lesão foi séria a ponto de forçar a substituição por Katja Snoeijs, já nos minutos finais - e a ponto até de ameaçar a sequência de Beerensteyn na Copa (ela chegou a sair do estádio de muletas, e ficou de fora no resto da fase de grupos). Pelo menos, o cuidado na recuperação teve resultado, e ela pôde voltar para o mata-mata da Copa. Mais do que isso: fez contra a África do Sul seu melhor jogo, no qual até a sorte lhe "ajudou", com um chute fraco virando um frango da goleira Kaylin Swart e o 2 a 0 holandês. Contra a Espanha, então, Beerensteyn tinha a chance de sua consagração. Chance perdida. Aliás, chances perdidas. Porque os gols desperdiçados na prorrogação - um deles, na pequena área, imediatamente antes do gol da vitória da Espanha - trouxeram o que mais se temia: as lembranças da ausência de Vivianne Miedema, das opções de Andries Jonker deixar de fora da Copa Romée Leuchter e Fenna Kalma... e Beerensteyn acabou "confirmando" a opinião geral. É uma atacante útil, muito voluntariosa, certamente manterá seu espaço na seleção da Holanda. Mas atrai desconfianças sobre seu poder de decisão. Afinal, nos momentos em que o colocou à prova, foi reprovada. Uma pena, até.

9-Katja Snoeijs (5 jogos, 1 gol): Snoeijs viveu altos e baixos nesta Copa do Mundo. Começou com sua entrada nos últimos minutos da estreia contra Portugal, substituindo Beerensteyn, machucada com alguma gravidade no tornozelo. Quando ficou claro que a titular da camisa 7 teria de entrar em recuperação, Snoeijs foi transformada em titular - e justamente numa partida da importância daquela contra os Estados Unidos, na fase de grupos. Nela, decepcionou: em meio a uma atuação de muito esforço da Holanda - primeiro para atacar e abrir o placar, depois para se segurar e evitar que as norte-americanas virassem o placar após o empate -, Snoeijs passou em branco, quase sem aparecer como opção para chutes a gol e tabelas. Sua atuação foi tão anônima que ela deu lugar a Damaris Egurrola já aos 71', para ampliar as opções no meio-campo. Mas a atacante continuou titular contra o Vietnã, e aí tudo deu certo: a camisa 9 não só apareceu mais para o jogo, como teve o seu prêmio por isso, ao chutar da entrada da área para marcar o segundo gol holandês nos 7 a 0. De todo modo, Beerensteyn pôde voltar para o mata-mata da Copa. E Snoeijs voltou a ter papel periférico. Primeiro, entrando só nos acréscimos contra a África do Sul, substituindo Lieke Martens; depois, contra a Espanha, mesmo vindo para o lugar de Sherida Spitse e possibilitando que a Holanda jogasse com três no ataque, ela novamente passou em branco nos 35 minutos em que jogou. Tendo em vista a perspectiva para os próximos meses, é possível dizer que sua situação não mudou: Snoeijs é opção válida para o ataque da Holanda. Mas com o previsível retorno de Vivianne Miedema, terá de disputar posição com Fenna Kalma, Romée Leuchter, Esmee Brugts, a própria Beerensteyn...

Para a surpresa de muitos, Lieke Martens voltou a jogar bem: mesmo sem ser referência, ajudou muito o ataque da Holanda na Copa (Zhizhao Wu/Getty Images)

11-Lieke Martens (5 jogos, 1 gol): E não é que, quando menos se esperava, Lieke Martens reagiu?! Vinda de muitas lesões e de idas e vindas no banco de reservas pelo Paris Saint-Germain, as desconfianças em relação a Martens eram cada vez maiores. Só que ela melhorou aos poucos. Na estreia contra Portugal, ainda ficou um pouco discreta. Já contra os Estados Unidos, Martens apareceu bem mais. E não só no ataque, chamando a responsabilidade, recebendo lançamentos, tabelando com as outras opções - também na defesa, ao afastar de cabeça, em cima da linha, um chute de Sophia Smith, aos 82'. Contra o Vietnã, enfim, brilho: ela abriu o placar para a goleada por 7 a 0, tornando-se a primeira jogadora da Holanda a deixar a bola na rede em três Copas do Mundo de mulheres. Contra a África do Sul, viu-se a mesma coisa elogiável: embora não tenha feito gols - até fez um, mas corretamente anulado (Pelova estava impedida na jogada) -, Martens foi uma opção constante para jogadas de ataque. E até o fim dos 120 minutos da eliminação contra a Espanha, ela ficou em campo, tentando ajudar no ataque, embora Lineth Beerensteyn tenha chamado mais a atenção. Certo, a camisa 11 não foi um nome decisivo, daqueles que resolve jogos, como foi no 2017 em que ganhou o prêmio da FIFA como melhor jogadora do mundo. Ainda assim, as estatísticas deixam claro que Martens assumiu a responsabilidade: além dos três gols, foi quem mais chutou pela Holanda na Copa (21), quem mais passes para gol deu (3), quem mais correu (57,6 quilômetros)... enfim, ela tentou. Já era alguma coisa. Se ela aliar isso à habilidade que sempre teve, sorte da seleção feminina da Holanda.

13-Renate Jansen (1 jogo): No texto correspondente a Renate Jansen para o guia deste blog sobre a Holanda na Copa de mulheres, comentava-se que a atacante era opção sempre confiável caso necessário, por sua experiência e por sua disposição para cumprir a tarefa à qual fora destinada. Dito antes, provado na Copa. Porque Renate entrou apenas para jogar os acréscimos do empate contra os Estados Unidos, na fase de grupos - justamente quando as holandesas mais sofriam com a pressão das norte-americanas em busca da virada no placar. Com sua capacidade para segurar a bola, Jansen conseguiu ajudar a seleção europeia a ganhar mais rebotes e a reter mais a bola no meio-campo, o que foi fundamental para manter o 1 a 1 final daquela partida. A camisa 13 não veio mais a campo na Copa. Tudo bem: provou que é sempre muito útil para a equipe de mulheres da Holanda. Como já faz há muito tempo. Enquanto precisarem, Renate Jansen sempre estará à disposição.

22-Esmee Brugts (5 jogos, 2 gols): Se Brugts foi escalada como ala pela esquerda e trazia dúvidas (como se sairia uma jogadora tão nova, numa posição em que mal atuou na carreira?), ela respondeu parcial mas positivamente a essas dúvidas. Para começo de conversa, Brugts apresentou um pouco mais de equilíbrio entre avançar para o ataque e marcar na defesa - para isso, seu porte físico alto talvez tenha ajudado a impor mais respeito. Em segundo lugar, a ala esquerda mostrou de vez o que já insinuava: tem talento. Muito talento. Principalmente no ataque. Que o digam os dois golaços marcados contra o Vietnã - dois chutes de fora da área, ambos diretamente no ângulo da goleira vietnamita Kim Thanh. Não à toa, foi eleita a melhor daquela partida pela FIFA. E mesmo sem se destacar muito até a eliminação da Holanda, a camisa 22 já passou a impressão confiável de que está pronta para assumir a titularidade, mesmo jovem. Ao contrário da Euro passada, em que pareceu hesitante ao tomar a posição de uma Lieke Martens machucada, agora Brugts parece mais preparada. Fora do PSV, já decidiu que deseja jogar num campeonato mais competitivo do futebol europeu de mulheres. Pelo que mostrou na Copa, como uma das jovens mais promissoras da competição, vêm aí alguns interessados.

O trabalho de Andries Jonker não foi perfeito. Mas acertou o suficiente para causar boa impressão (Rico Brouwer/Soccrates/Getty Images)

Andries Jonker (treinador)

Só o fato de já ter confiança maior do grupo possibilitava que Jonker fizesse um trabalho mais confiável na seleção do que o antecessor Mark Parsons. Com exatamente um ano de trabalho (o treinador chegou à seleção feminina da Holanda), já é possível dizer que ele melhorou o status da equipe. Claro, o trabalho não foi perfeito. Primeiro, pela convocação polêmica - ainda hoje há quem diga que Fenna Kalma e Romée Leuchter mereciam estar entre as 23 convocadas para a Copa. Segundo, porque Jonker por vezes ainda demora demais para fazer alterações necessárias: foi o caso, por exemplo, da estreia contra Portugal, em que o treinador mudou pela primeira vez só aos 80' (Damaris substituiu Van de Donk), mesmo numa partida altamente tensa. Ainda assim, Jonker soube ser inteligente. Por exemplo, ao atender o desejo do grupo e fazer uma equipe mais ofensiva - mesmo com os previsíveis efeitos colaterais que a defesa lenta causaria, só contra a Espanha (e no fim, contra os Estados Unidos) é que a Holanda adotou postura francamente recuada. Ou então, ao mudar a posição de Sherida Spitse para mantê-la entre os titulares, como recomendado para alguém tão experiente, sem deixá-la cansada demais no meio-campo. Além disso, Jonker aprofundou a abertura para a nova geração já iniciada sob Mark Parsons, não só ao fazer de Esmee Brugts e Victoria Pelova titulares, mas também ao abrir caminho para surpresas como Wieke Kaptein. E a Holanda, mesmo tendo seus limites técnicos, foi eliminada de um jeito honroso. Parte disso, pelos méritos do treinador, que conseguiu organizar bem melhor praticamente a mesma seleção que causara impressão preocupante na Euro feminina. Ao contrário do que aconteceu com Mark Parsons, certamente Andries Jonker terá confiança para seguir com o trabalho até a Euro 2025, ponto final de seu contrato.

Fichário: os jogos e os vídeos da 1ª rodada da Eredivisie 2023/24

Volendam 1x2 Vitesse (sexta-feira, 11 de agosto de 2023)

Local: KRAS Stadion (Volendam)
Árbitro: Dennis Higler
Gols: Robert Mühren, aos 10', Mattijs Tielemans, aos 60', e Marco van Ginkel, aos 86'
Jogo resumido: Na partida que abriu o Campeonato Holandês, o Volendam tirava partido do gol precoce feito, mas a expulsão de Robert Mühren abriu espaço para o Vitesse reagir, buscando a vitória no fim

VOLENDAM
Mio Backhaus; Déron Payne (Benaissa Benamar, aos 75'), Brian Plat, Xavier Mbuyamba, Damon Mirani e Derry John Murkin; Calvin Twigt (Flip Klomp, aos 85'), Daryl van Mieghem (Garang Kuol, aos 65') e Darius Johnson (Ezechiel Fiemawhle, aos 75'); Bilal Ould-Chikh e Robert Mühren. Técnico: Matthias Kohler

VITESSE
Eloy Room: Carlens Arcus, Dominik Oroz, Nicolas Isimat-Mirin e Maximilian Wittek; Melle Meulensteen e Mattijs Tielemans; Million Manhoef (Miliano Jonathans, aos 63'), Kacper Kozlowski (Marco van Ginkel, aos 73') e Amine Boutrah; Said Hamulic (Gyan de Regt, aos 73'). Técnico: Phillip Cocu


PSV 2x0 Utrecht (sábado, 12 de agosto de 2023)

Local: Philips Stadion (Eindhoven)
Árbitro: Serdar Gözübüyük
Gols: Noa Lang, aos 45' + 3, Yorbe Vertessen, aos 77'
Jogo resumido: No primeiro tempo, o PSV pressionou mais e criou muitas chances, até o bonito gol de Noa Lang. Já no segundo, o time de Eindhoven até temeu o empate do Utrecht, e só um contra-ataque abriu caminho para o gol do desafogo

PSV
Walter Benítez; Jordan Teze, André Ramalho, Olivier Boscagli e Patrick van Aanholt; Ibrahim Sangaré, Isaac Babadi (Ismael Saibari, aos 46') e Joey Veerman (Tygo Land, aos 90'); Johan Bakayoko (Guus Til, aos 83'), Luuk de Jong (Ricardo Pepi, aos 83') e Noa Lang (Yorbe Vertessen, aos 68'). Técnico: Peter Bosz

UTRECHT
Vassilis Barkas; Hidde ter Avest (Mark van der Maarel, aos 67'), Mike van der Hoorn, Modibo Sagnan e Souffian El Karouani; Jens Toornstra (Anthony Descotte, aos 82'), Mats Seuntjens e Can Bozdogan; Taylor Booth (Marouan Azarkan, aos 41'), Anastasios Douvikas e Victor Jensen (Zakaria Labyad, aos 67'). Técnico: Michael Silberbauer


Heerenveen 3x1 RKC Waalwijk (sábado, 12 de agosto de 2023)

Local: Abe Lenstra (Heerenveen)
Árbitro: Marc Nagtegaal
Gols: Ion Nicolaescu, aos 24', Pawel Bochniewicz, aos 30', Osame Sahraoui, aos 43', e Michiel Kramer, aos 60'
Jogo resumido: Com boa estreia do reforço Ion Nicolaescu, atacante moldávio, o Heerenveen encaminhou a vitória graças à boa atuação no primeiro tempo

HEERENVEEN
Andries Noppert; Hussein Ali (Denzel Hall, aos 71'), Syb van Ottele, Pawel Bochniewicz e Mats Köhlert; Thom Haye, Anas Tahiri e Simon Olsson; Ché Nunnely, Ion Nicolaescu (Daniel Karlsbakk, aos 61') e Osame Sahraoui. Técnico: Kees van Wonderen

RKC WAALWIJK
Etiënne Vaessen; Juriën Gaari, Julian Lelieveld (Patrick Vroegh, aos 84'), Dario van den Buijs (Jeffrey Bruma, aos 64') e Thierry Lutonda (Raz Meir, aos 84'); Denilho Cleonise (Richonell Margaret, aos 70'), Godfried Roemeratoe (Chris Lokesa, aos 64'), Kevin Felida e Zakaria Bakkali; David Min e Michiel Kramer. Técnico: Henk Fräser


Ajax 4x1 Heracles Almelo (sábado, 12 de agosto de 2023)

Local: Johan Cruyff Arena (Amsterdã)
Árbitro: Jeroen Manschot
Gols: Mario Engels, aos 45' + 5, Jakov Medic, aos 45' + 8, Mohammed Kudus, aos 75', Steven Bergwijn, aos 85' e aos 90' + 6
Jogo resumido: O Ajax perdeu muitas chances de gol ao longo de sua estreia. Foi até surpreendido num contra-ataque, com o qual o Heracles abriu o placar. No entanto, enfim as oportunidades foram convertidas em gol na reta final da partida

AJAX
Gerónimo Rulli (Jay Gorter, aos 32'); Devyne Rensch, Jakov Medic, Jorrel Hato e Anass Salah-Eddine (Owen Wijndal, aos 89'); Branco van den Boomen, Kenneth Taylor (Davy Klaassen, aos 61') e Benjamin Tahirovic; Mohammed Kudus, Brian Brobbey (Carlos Forbs Borges, aos 89') e Steven Bergwijn. Técnico: Maurice Steijn

HERACLES ALMELO
Michael Brouwer; Navajo Bakboord, Sven Sonnenberg, Justin Hoogma e Jetro Willems (Ruben Roosken, aos 69'); Charles de Keersmaecker e Anas Ouahim; (Marko Vejinovic, aos 69') Emil Hansson (Diego van Oorschot, aos 89'), Mario Engels e Abed Nankishi (Bryan Limbombe, aos 69'); Jizz Hornkamp (Thomas Bruns, aos 45' + 1). Técnico: John Lammers


Zwolle 1x2 Sparta Rotterdam (sábado, 12 de agosto de 2023)

Local: MAC³Park Stadion (Zwolle)
Árbitro: Joey Kooij
Gols: Sam Kersten (contra), aos 13', Tobias Lauritsen, aos 70', e Lennart Thy, aos 82'
Jogo resumido: O Sparta abriu o placar rapidamente, e perdeu muitas chances de garantir a vitória mais rapidamente. Sofreu um pouco com o gol tardio do Zwolle, mas conseguiu estrear vencendo no Campeonato Holandês pela primeira vez desde 1987

ZWOLLE
Jasper Schendelaar; Eliano Reijnders, Bram van Polen, Sam Kersten, Bart van Hintum e Lennart Czyborra (Divaio Bobson, aos 46'); Zico Buurmeester (Lennart Thy, aos 74'), Thomas Lam (Nico Serrano, aos 63'), Davy van den Berg e Younes Namli (Apostolos Vellios, aos 74'); Ferdy Druijf. Técnico: Johnny Jansen 

SPARTA ROTTERDAM
Nick Olij; Saïd Bakari, Bart Vriends, Tijs Velthuis e Django Warmerdam; Jonathan de Guzmán (Jeremy van Mullem, aos 58'), Arno Verschueren e Joshua Kitolano (Camiel Neghli, aos 71'); Vito van Crooij, Tobias Lauritsen (Charles Andreas Brym, aos 85') e Pelle Clement (Rick Meissen, aos 85'). Técnico: Jeroen Rijsdijk


NEC 3x4 Excelsior (domingo, 13 de agosto de 2023)

Local: De Goffert (Nijmegen)
Árbitro: Allard Lindhout
Gols: Nikolas Agrafiotis, aos 12', Julian Baas, aos 36', Sontje Hansen, aos 44', Casper Widell, aos 53', e Koki Ogawa, aos 60', Richie Omorowa, aos 73', e Oscar Uddenäs, aos 90' + 10
Jogo resumido: Os times de Nijmegen e Roterdã já estrearam num jogo típico do Campeonato Holandês: muitos gols - até pela fragilidade defensiva -, duas viradas, e emoção até o fim, com o sueco Oscar Uddenäs fazendo o gol da vitória nos acréscimos

NEC
Jasper Cillessen; Bart van Rooij, Calvin Verdonk, Bram Nuytinck e Youri Baas; Lasse Schöne, Mees Hoedemakers (Róber González, aos 65') e Magnus Mattsson; Sontje Hansen (Elayis Tavsan, aos 54') (Brayann Pereira, aos 85'), Koki Ogawa (Pedro Marques, aos 65') e Olden Larsen. Técnico: Rogier Meijer

EXCELSIOR
Stijn van Gassel; Siebe Horemans, Serano Seymor (Sven Nieuwpoort, aos 90'), Casper Widell e Arthur Zagre; Rédouan El Yaakoubi, Julian Baas e Lennart Hartjes; Lazaros Lamprou (Derensili Sanches Fernandes, aos 61'), Nikolas Agrafiotis (Richie Omorowa, aos 61') e Couhaib Driouech (Oscar Uddenäs, aos 90' + 4). Técnico: Marinus Dijkhuizen


Feyenoord 0x0 Fortuna Sittard (domingo, 13 de agosto de 2023)

Local: De Kuip (Roterdã)
Árbitro: Rob Dieperink
Jogo resumido: A expulsão precoce de Nieuwkoop dificultou as coisas para o Feyenoord. Que tentou durante todo o jogo, mas não conseguiu superar a fechada defesa do Fortuna Sittard

FEYENOORD
Justin Bijlow; Bart Nieuwkoop, Lutsharel Geertruida, David Hancko e Quilindschy Hartman (Ayase Ueda, aos 76'); Ramiz Zerrouki (Thomas Beelen, aos 35'), Mats Wieffer e Quinten Timber (Alireza Jahanbakhsh, aos 76'); Calvin Stengs (Thomas van den Belt, aos 83'), Santiago Giménez e Igor Paixão (Yankuba Minteh, aos 83'). Técnico: Arne Slot

FORTUNA SITTARD
Ivor Pandur; Ivo Pinto, Rodrigo Guth, Dimitrios Siovas e Rémy Vita (Mitchell Dijks, aos 60'); Deroy Duarte, Alen Halilovic (Arijanet Ferati, aos 85') e Loreintz Rosier (Oguzhan Özyakup, aos 74'); Tijjani Noslin, Paul Gladon e Iñigo Córdoba. Técnico: Danny Buijs


AZ 5x1 Go Ahead Eagles (domingo, 13 de agosto de 2023)

Local: AFAS Stadion (Alkmaar) 
Árbitro: Danny Makkelie
Gols: Jordy Clasie, aos 4', Vangelis Pavlidis, aos 15', Ruben van Bommel, aos 51', Philippe Rommens, aos 65', Dani de Wit, aos 87', e Mayckel Lahdo, aos 90' + 3
Jogo resumido: Com destaque de Ruben van Bommel, estreando entre os titulares com um gol e passe para outro, o AZ deu um respeitável cartão de visitas para a temporada

AZ
Mathew Ryan; Yukinari Sugawara, Pantelis Hatzidiakos, Riechedly Bazoer (Alexandre Penetra, aos 62') e David Möller Wolfe; Sven Mijnans, Dani de Wit e Jordy Clasie; Jens Odgaard (Mayckel Lahdo, aos 62'), Vangelis Pavlidis e Ruben van Bommel (Ernest Poku, aos 62'). Técnico: Pascal Jansen

GO AHEAD EAGLES
Jeffrey de Lange; Mats Deijl, Gerrit Nauber, Jamal Amofa (Joris Kramer, aos 46') e Bas Kuipers; Xander Blomme (Enric Llansana, aos 46') e Philippe Rommens (Evert Linthorst, aos 89'); Bobby Adekanye (Oliver Edvardsen, aos 46'), Willum Willumsson e Jakob Breum (Sylla Sow, aos 68'); Victor Edvardsen. Técnico: René Hake


Almere City 1x4 Twente (domingo, 13 de agosto de 2023)

Local: Yanmar Stadion (Almere)
Árbitro: Sander van der Eijk
Gols: Robin Pröpper, aos 59', Michel Vlap, aos 66', Danny Post, aos 72', e Ricky van Wolfswinkel, aos 90' + 2 e aos 90' + 4
Jogo resumido: Depois de um primeiro tempo de poucas emoções, o Twente impôs sua superioridade técnica na etapa final, mesmo com o Almere City marcando o primeiro gol de sua história na divisão de elite do futebol holandês

ALMERE CITY
Nordin Bakker; Hamdi Akujobi, Damian van Bruggen, Theo Barbet e Sherel Floranus; Jochem Ritmeester van de Kamp (Jeffry Puriël, aos 61'), Álvaro Peña (Danny Post, aos 61') e Peer Koopmeiners; Pascu (Marcelencio Esajas, aos 57'), Thomas Robinet (Lance Duivestijn, aos 68') e Anthony Limbombe (Rajiv van La Parra, aos 68'). Técnico: Alex Pastoor

TWENTE
Lars Unnerstall; Alfons Sampsted, Robin Pröpper (Max Bruns, aos 68'), Mees Hilgers e Joshua Brenet; Michal Sadílek, Sem Steijn (Ricky van Wolfswinkel, aos 46') e Mathias Kjolo (Youri Regeer, aos 57'); Daan Rots, Manfred Ugalde (Naci Ünüvar, aos 77') e Michel Vlap. Técnico: Joseph Oosting

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Sobrou esforço, faltou decisão

Lieke Martens, se curvando para chorar a eliminação da Holanda na Copa de mulheres: a dedicação foi inquestionável e comovente, mas a Espanha sempre foi melhor (ANP)

Uma coisa deve ficar clara, sem rodeios: a seleção feminina da Holanda (Países Baixos) foi, como costuma ser, de um esforço comovente. Nas quartas de final da Copa do Mundo de mulheres, a equipe correu riscos de ver a Espanha decidir o jogo muito antes do que acabou acontecendo. Foi técnica e claramente inferior às espanholas. Pela dedicação, as holandesas conseguiram se segurar, empatar, levar o jogo até os estertores da prorrogação. E até tiveram chances de inverter os papéis, de conseguirem o que seria uma vitória extremamente animadora. Só que a Holanda não teve poder de decisão. A Espanha teve. E por isso, as Leoas Laranjas estão eliminadas da Copa.

Como já se escreveu aqui, poderiam estar eliminadas muito antes do que aconteceu. Porque já a partir dos primeiros minutos, ficou claro que a conhecida estratégia espanhola de manter a posse de bola teria bem mais sucesso do que qualquer vontade que a equipe laranja (jogando de azul na quinta/madrugada de sexta) pudesse ter. Pela esquerda, o duo Esther González-Alba Redondo começou a dominar rapidamente Victoria Pelova e Sherida Spitse. E por ali vieram as primeiras chances da Espanha: um chute de Jennifer Hermoso para fora aos 4', um complemento de Alba Redondo por cima do gol aos 6', as incríveis duas bolas na trave da mesma Alba aos 17' (primeiro completando lançamento de Teresa Abelleira, depois tentando no rebote), Esther González aos 22', Mariona Caldentey aos 25', o gol anulado de Esther González aos 36'... o sofrimento holandês já começava no meio-campo, em que a Espanha envolvia fácil e plenamente Jackie Groenen e Damaris Egurrola, a substituta de Van de Donk. Numa frase: era incrível o 0 a 0 ainda estar no placar ao fim dos primeiros 45 minutos.

A pressão da Espanha continuou já nos primeiros segundos da etapa final, num chute colocado de Esther que passou rente à trave. Só restava à Holanda apostar nas bolas longas. Para melhorar isso, Andries Jonker decidiu voltar ao esquema com quatro defensoras, tirando Jill Roord (de fato, discreta), colocando Lynn Wilms na direita e adiantando Victoria Pelova para o meio-campo. Quase teve o prêmio imediato no minuto seguinte à entrada de Wilms, quando Beerensteyn caiu ao ser acossada por Irene Paredes, e a juíza Stéphanie Frappart marcou o pênalti - desmarcado depois, a conselho do VAR e revisão de Frappart. De todo modo, a Holanda melhorou um pouco, com Lieke Martens tendo mais a bola e Lineth Beerensteyn se esforçando muito para segurar a bola e puxar contra-ataques, mesmo sem ter a mesma qualidade nas finalizações.

Porém (ai, porém), a estratégia da Holanda de aguentar a pressão espanhola era arriscada demais. Um erro e tudo se perderia. E o erro veio - da jogadora que talvez mais simbolizasse o esforço: Stefanie van der Gragt, que, como na final da Copa de 2019, cometeu pênalti ingênuo ao esticar a mão na bola em um cruzamento de Salma Paralluelo. Claro, o VAR alertou, Stéphanie Frappart marcou, e Mariona converteu o que parecia o gol da classificação da Espanha. Que só não o foi porque o esforço holandês teve o prêmio, na mais tardia das horas. Com Van der Gragt, no que seria o último jogo de sua carreira, compensando o erro do pênalti feito, da melhor maneira possível: avançando ao ataque com a bola dominada (e aproveitando erro de Ivana Andrés, que voltava de lesão e substituiu a machucada Laia Codina) e finalizando com precisão para o 1 a 1 relativamente milagroso, nos acréscimos - não sem antes quase cometer gol contra, no último lance do tempo normal.

Van der Gragt, talvez a mais dedicada jogadora da Holanda, não merecia encerrar a carreira com a pecha do pênalti que cometeu. E não encerrou: que gol para o empate nos acréscimos! (Rico Brouwer/Soccrates/Getty Images)

Ao mesmo tempo em que a Holanda resistia, porém, permanecia a sensação de que a Espanha seguia melhor, tecnicamente. Assim como era inegável a dedicação holandesa, com as substituições que mudavam posicionamento (Katja Snoeijs entrou e liberou Beerensteyn para as pontas; Damaris deu lugar a Caitlin Dijkstra, volante muito recuada). E uma chance ou outra aparecia para o que seria uma virada de lavar a alma. Só que Beerensteyn perdeu as duas mais visíveis. Aos 110', mesmo puxando contra-ataque, chutou em diagonal para fora; no minuto seguinte, após lateral cobrado, na pequena área, ela completou por cima do gol. Dois erros daqueles pesados, em um jogo tão equilibrado e dramático.

Porque a Espanha tinha, como sempre teve, jogadoras mais capacitadas para acertarem o gol em momentos decisivos. Poderia ser Aitana Bonmatí, destaque espanhol, que saiu antes (e nem se destacou muito). Poderia ser Alexia Putellas, o destaque supremo, que entrou antes. Mas foi Salma Paralluelo, a jovem mais promissora da Espanha - que já fizera gol contra a Holanda, na semifinal do Mundial sub-20 do ano passado. Num contra-ataque, Lynn Wilms veio para o meio, e deixou a direita livre para Paralluelo fazer o que melhor sabe: dominar a bola com campo livre, deixar Nouwen sozinha com um drible excepcional, e arrematar para o 2 a 1 da Espanha. Que, afinal, se classificou merecidamente.

Porque, se a Holanda esbanjou esforço, faltou a ela o que sobrou na Espanha: jogadoras que aproveitaram a chance no momento decisivo.

Copa do Mundo Feminina da FIFA 2023 - quartas de final

Espanha 2x1 Holanda
Data: 10 de agosto de 2023
Local: Estádio Regional (Wellington)
Juíza: Stéphanie Frappart (França)
Gols: Mariona Caldentey, aos 81', Stefanie van der Gragt, aos 90' + 2, e Salma Paralluelo, aos 111'

Holanda
Daphne van Domselaar; Sherida Spitse (Katja Snoeijs, aos 85'), Stefanie van der Gragt (Kerstin Casparij, aos 106') e Dominique Janssen; Jackie Groenen; Victoria Pelova, Jill Roord (Lynn Wilms, aos 61'), Damaris Egurrola  (Caitlin Dijkstra, aos 96') e Esmee Brugts (Aniek Nouwen, aos 89'); Lieke Martens e Lineth Beerensteyn. Técnico: Andries Jonker

Espanha
Cata Coll; Oihane Hernández (Olga Carmona, aos 90'), Irene Paredes, Laia Codina (Ivana Andrés, aos 77') e Ona Battle; Teresa Abelleira, Aitana Bonmatí (Irene Guerrero, aos 87') e Jennifer Hermoso; Alba Redondo (Salma Paralluelo, aos 71'), Mariona Caldentey (Alexia Putellas, aos 100') e Esther González (Eva Navarro, aos 100'). Técnico: Jorge Vilda