domingo, 31 de janeiro de 2016

810 minuten: como foi a 21ª rodada da Eredivisie

Luuk de Jong e Pröpper comemoram a tarefa cumprida: o PSV é o novo líder no Holandês (ANP/Pro Shots)

Willem II 0x0 Heracles Almelo (sexta-feira, 29.01)

Para tentar se livrar da proximidade perigosíssima da zona de repescagem/rebaixamento, o Willem II foi às compras de última hora na janela de transferências. E conseguiu um bom reforço para o ataque: o nigeriano Bartholomew Ogbeche, adquirido junto ao Cambuur, que já vem com nove gols marcados na atual temporada. Mal chegou, Ogbeche já estreou como titular contra o Heracles. No entanto, nem apareceu muito: apenas uma chance real, no primeiro tempo, escorando cruzamento de Guus Hupperts, bola facilmente defendida pelo goleiro Bram Castro. Ainda na etapa inicial, um voleio de Lucas Andersen foi a outra jogada de perigo dos Tricolores em Tilburg.

No segundo tempo, então, os visitantes fizeram valer o time mais entrosado e a melhor campanha no Campeonato Holandês. E conseguiram a melhor chance do jogo: aos 35 minutos, Iliass Bel Hassani fez ótima jogada individual, passou por vários defensores do Willem II e arriscou chute de fora da área. A bola foi no travessão defendido por Kostas Lamprou. E o jogo ficou mesmo no segundo empate seguido sem gols para os Heraclieden - que, pelo menos, retomaram momentaneamente a quarta posição. Já o Willem II segue na metade de baixo da tabela, esperando que o talento já visto no meio-campo e no ataque (entre outros, com Andersen e Erik Falkenburg) ganhe a referência que falta com Ogbeche.

Vitesse 0x0 Excelsior (sábado, 30.01)

Se vencer o Cambuur na primeira rodada do returno fazia crer que o Vitesse subiria de vez para a disputa contra o Heracles Almelo pelo posto de "melhor do resto" na Eredivisie, as partidas posteriores diminuíram este ímpeto. Primeiro, a derrota para o Ajax; no meio da semana, o empate com o Zwolle; e nesta 21ª rodada, os Arnhemmers tiveram desempenho ofensivo fraco novamente, contra um rival muito menos capacitado. Basta dizer que, no primeiro tempo, quem mais arriscou chutar a gol entre os jogadores do Vites foi... um zagueiro (Maikel van der Werff). E ainda assim, a única oportunidade realmente perigosa do time da casa foi um chute de Renato Ibarra; aos 30 minutos, após tabelar com Marvelous Nakamba, o atacante equatoriano mandou a bola perto do gol defendido por Filip Kurto.

No segundo tempo, Ibarra voltou a aparecer: logo aos cinco minutos, arrematou no travessão. Porém, a ineficiência e morosidade ofensivas do Vitesse voltaram a se fazer notar, a ponto da torcida iniciar uma vaia e gritos de "voetballen, voetballen" (o "vamos jogar bola" dos holandeses). E o Excelsior - que, neste returno, não ficou na frente do placar em seus jogos por nem um segundo que fosse - se animou mais a atacar, principalmente com Brandley Kuwas, que já se destacara contra o PSV. Ainda assim, o único momento de real chance dos Kralingers veio aos 35 minutos, quando Henrico Drost aproveitou escanteio e bateu para defesa de Eloy Room, em cima da linha. E o 0 a 0 final foi ruim para ambos os times: o Vitesse perdeu a chance de superar Heracles e NEC, enquanto o Excelsior continua sem vencer no returno, e já está na zona de repescagem/rebaixamento.

Zwolle 1x3 Groningen (sábado, 30.01)

Ainda que o returno esteja apenas começando, o clima melancólico já estava em alta no Groningen. Tanto pelos três jogos sem vitória - dois empates, uma derrota -, quanto pelo anúncio de que o técnico Erwin van de Looi deixará o time após esta temporada. Contudo, o jogo contra o Zwolle começou promissor para os Groningers: aos 24 minutos, em bola cruzada da área, o goleiro Mickey van der Hart falhou ao tentar agarrar, e a bola sobrou para Alexander Sorloth fazer 1 a 0 para os visitantes. Mas a alegria (do time) do norte durou pouco, porque Sorloth lesionou-se no lance do gol - fraturou um osso da mão -, e teve de dar lugar a Danny Hoesen.

Ficaria pior ainda: no segundo tempo, aos 11 minutos, o volante Wout Brama cruzou, e Thomas Lam cabeceou para as redes, empatando para o Zwolle. Aí foi a vez de Hoesen evitar novo destino cruel para os visitantes nortistas: aos 17 minutos, ele ajeitou bola cruzada do lateral direito Hans Hateboer com o calcanhar, deixando limpa para Michael de Leeuw chutar e recolocar o Groningen na frente. Finalmente, aos 32 minutos, Hoesen aproveitou cruzamento de Oussama Idrissi e desviou para fazer 3 a 1, confirmando a primeira vitória do Groningen no returno. Pelo menos, um pouco de ânimo em Euroborg.

PSV 4x2 De Graafschap (sábado, 30.01)

Ao vencer o ADO Den Haag e ficar apenas a três pontos do Cambuur, penúltimo colocado, o De Graafschap viajou a Eindhoven cheio de ânimo. Só que seu adversário era o atual campeão holandês. No papel, um time francamente superior. E nos primeiros 45 minutos, o PSV demonstrou essa superioridade de modo tão inquestionável que só mesmo as boas defesas do goleiro Hidde Jurjus (destaque dos Superboeren, sem dúvida) impediram o encaminhamento de uma goleada. Isso, sem contar que Jürgen Locadia perdeu um pênalti, aos 37 minutos - sétimo penal perdido pelo time de Eindhoven na temporada!

Ainda assim, os Boeren fizeram 3 a 0 sem muito esforço. Aos 17 minutos, em rápido contra-ataque dos anfitriões, Davy Pröpper lançou Luciano Narsingh; da direita, este cruzou a Luuk de Jong, que apareceu livre, tocou e conseguiu aproveitar o rebote de Jurjus para marcar seu 16º gol na temporada. Aos 31, Pröpper recebeu de Locadia nas proximidades da área e bateu colocado, no canto esquerdo do goleiro, para fazer 2 a 0. O supracitado pênalti perdido aconteceu, mas aos 44, Narsingh fez 3 a 0. Como na rodada passada, em bonito lance individual: pela esquerda, uma ginga de corpo do atacante enganou dois defensores, e ele pôde chutar cruzado, no ângulo canhoto de Jurjus, para ampliar. Se continuasse aproveitando bem as chances em contragolpes e impusesse seu poderio ofensivo contra o último colocado do Holandês, a goleada certamente viria para o PSV na etapa final. Só que os Eindhovenaren claramente relaxaram - por sinal, como haviam feito no jogo contra o De Graafschap, no primeiro turno, quando também fizeram 3 a 0 no primeiro tempo.

E o espírito de luta dos visitantes lhes rendeu recompensas promissoras no final do jogo. Aos 23 minutos, o zagueiro Ted van de Pavert avançou ao ataque, recebeu passe de Andrew Driver pela esquerda e bateu forte para diminuir. Aos 35, o lateral direito Bart Straalman chutou de fora da área, e um desvio em Jorrit Hendrix mandou a bola no ângulo, ainda que Jeroen Zoet tentasse a defesa: o time de Doetinchem deixara o placar em 3 a 2. Para o PSV, a coisa ainda piorou: ao tentar dominar uma bola, Andrés Guardado lesionou o músculo da coxa, e teve de ser substituído (fala-se em dúvida até para as oitavas de final da Liga dos Campeões). Mas quando crescia o temor de repetir o filme do jogo do turno - o De Graafschap transformara o 3 a 0 em 3 a 3, antes de levar o 6 a 3 final -, Gastón Pereiro tranquilizou o PSV: em rápido contra-ataque aos 39 minutos, a bola foi cruzada ao uruguaio, que driblou Jurjus e fez 4 a 2. Porém, mesmo passando a noite de sábado como líder da Eredivisie, o PSV sabe: venceu passando um certo sufoco. Desnecessário, a essas alturas do campeonato. E ainda pode perder Guardado...

NEC 0x3 AZ (sábado, 30.01)

De um lado, o campeão da segunda divisão, invicto no returno - três vitórias, um empate - somando-se ao turno, cinco jogos de invencibilidade -, podendo chegar à terceira posição em caso de vitória. De outro, um AZ renascido: três vitórias nas três mais recentes partidas, começando a vislumbrar os play-offs por vaga na Liga Europa como uma meta ainda alcançável nesta temporada. Com os dois times ascendentes, poderia haver um jogo bem animado no estádio De Goffert, em Nijmegen. Poderia... mas Markus Henriksen não deixou: logo aos 33 segundos de jogo, um lançamento de Dabney dos Santos deixou o armador sueco livre para colocar o AZ na frente. E aos 15 minutos da etapa inicial, Alireza Jahanbaksh (justo ele, um dos destaques da campanha do título na segunda divisão!) ampliou a vantagem dos Alkmaarders.

Desde então, a vitória dos visitantes ficou encaminhada. Mérito de um time que conseguiu se acertar com as contratações (o veterano Ron Vlaar trouxe mais confiança ao miolo de zaga, mesmo com a saída de Jeffrey Gouweleeuw para o Augsburg-ALE), e que viu gente já promissora decolar de vez (Vincent Janssen é o principal caso, já buscando Luuk de Jong na artilharia do campeonato). Com um NEC também elogiável do meio para frente, mas ainda buscando entrosamento na defesa - o zagueiro Rens van Eijden, capitão do time, foi-se para o Dinamo Moscou -, os Alkmaarders não só conseguiram manter a vantagem, mas ampliaram-na: aos 30 minutos, o trinitário Levi Garcia, 18 anos (mais jovem nativo de Trinidad & Tobago a estrear na Europa, mais até do que Dwight Yorke), marcou seu primeiro gol no time adulto, em sua segunda partida nele. E o AZ manteve-se como um dos únicos times do Campeonato Holandês a só vencer no returno. Ao NEC, ficou para a próxima rodada a tentativa de superar o Heracles e o Feyenoord.

Ngombo novamente alegrou a torcida do Roda JC. Ao Ajax, restou a decepção (fotos: Proshots/Montagem: ad.nl)
Roda JC 2x2 Ajax (domingo, 31.01)


Enfim, a pressão chegou para o Ajax. Após o tropeço contra o Heracles Almelo - mais as duas vitórias do PSV -, o time da estação Strandsvliet teria de começar a vencer, se quisesse manter a liderança da Eredivisie. Afinal, a vantagem é de apenas um ponto. Contra o Roda JC, a coisa começou difícil para os visitantes. Não que os mandantes oferecessem perigo: nos primeiros minutos da etapa inicial, Jasper Cillessen mal apareceu no jogo. Mas o 4-4-1-1 com que os Koempels foram a campo fechava os espaços para o toque de bola do Ajax. Só aos 13 minutos veio uma chance considerável, num chute de Riechedly Bazoer bem defendido pelo arqueiro Benjamin van Leer. Se não dava na troca de passes, deu nas jogadas de bola parada: aos 24 minutos, Mitchell Dijks cobrou escanteio da esquerda, e Arkadiusz Milik apareceu na primeira trave para se antecipar, cabecear e fazer 1 a 0 para os Godenzonen.

E o Ajax conseguiu aproveitar o abatimento do Roda JC após o gol para ampliar a vantagem rapidamente: já aos 27 minutos, Bazoer aproveitou passe errado do lateral Martin Milec, dominou e lançou Anwar El Ghazi. E o atacante bateu cruzado, no canto direito de Van Leer, para marcar o segundo gol Ajacied. Jogo definido? Não, porque o Roda se animou. Aos 35 minutos, jogada rápida pela direita, Kristoffer Peterson superou a marcação e cruzou forte para Rydell Poepon (chegou bem ao time) entrar veloz e escorar, marcando o primeiro dos anfitriões. O gol acelerou o final dos primeiros 45 minutos: Daley Sinkgraven chegou a evitar um gol em cima da linha, em chute de Ugur Inceman.

No segundo tempo, o Roda JC voltou menos ativo no ataque. Prato cheio para o Ajax tentar colocar em prática o que tenta fazer sempre nesta temporada: controlar a vitória, com o miolo de zaga dando os botes certos e contendo os avanços. As entradas de Viktor Fischer e do recuperado Davy Klaassen tentaram dar mais qualidade na troca de passes no meio-campo. Mas atacar, nada: o Ajax não deu um chute a gol sequer na etapa complementar. Aí, a equipe aurinegra se animou: aos 26 minutos, Maecky Ngombo, autor do gol da vitória contra o Utrecht, foi novamente colocado em campo. Os ataques do Roda JC cresceram de intensidade e perigo: aos 39 minutos, Poepon quase marcou pela segunda vez no jogo, mas chutou na rede pelo lado de fora. Só que a inclinação ofensiva dos donos da casa foi premiada da maneira mais gostosa de se imaginar: aos 47 minutos, nos acréscimos, em escanteio, Ngombo subiu sozinho e cabeceou para empatar o jogo, salvando o Roda pela segunda vez na semana. Azar do Ajax, que confiou demais na sua defesa - boa, mas irregular - e entregou a ponta do campeonato ao PSV.

Com o gol de Jansen, o ADO Den Haag começou a calar novamente o Feyenoord (Laurens Lindhout Photography/VI Images)
Feyenoord 0x2 ADO Den Haag (domingo, 31.01)

Já que o sonho do título está praticamente acabado, restava ao Feyenoord tentar acabar com a sequência de partidas sem vitória. E as circunstâncias forçaram algumas mudanças no time titular: lesionado, Michiel Kramer ficou de fora, e Dirk Kuyt foi para o meio da área no trio de ataque, enquanto Bilal Basaçikoglu ganhou sua chance na direita. Na defesa dos Rotterdammers, o brasileiro Eric Botteghin, recuperado de lesão, tomou o lugar de Sven van Beek. Até aí, tudo bem. Só faltou combinar com o ADO Den Haag: jogando no 4-1-4-1, a equipe de Haia ficou muito compactada na defesa, impedindo duas das principais opções ofensivas do Stadionclub (os avanços de Eljero Elia pela esquerda, e os passes em profundidade de Simon Gustafson). E também aproveitou os espaços nas pontas para fazer suas jogadas de ataque.

Com isso, o Den Haag quase abriu o placar com rapidez, nos primeiros cinco minutos de jogo. Começou até contando com a sorte: numa bola lançada para a área, aos três minutos, Kuyt tentou recuar de cabeça a Kenneth Vermeer, e quase pegou o goleiro Feyenoorder no contrapé. Aos cinco, Ruben Schaken veio veloz pela direita, cruzou alto, e Aaron Meijers apareceu pela esquerda da área, batendo de voleio e mandando a bola na rede pelo lado de fora, rente ao gol. O Feyenoord só aparecia momentaneamente no ataque, mas de modo infrutífero. Se bem que a única chance real de gol até entrou nas redes, aos 28 minutos, mas foi anulada incorretamente (Gustafson teve o tento anulado por impedimento após passe de Kuyt, mas estava em posição legal). Sorte dos visitantes auriverdes, que aproveitaram outra chance da ponta para conseguir a vantagem merecida, aos 41 minutos: o lateral Gianni Zuiverloon trocou passes com Schaken, cruzou da direita, e Mike Havenaar escorou de cabeça na segunda trave para Kevin Jansen, que só teve o trabalho de completar para o gol vazio e fazer 1 a 0. Kuyt quase empatou no minuto seguinte, de cabeça, mas a bola saiu por pouco.

No segundo tempo, mais relaxado, o ADO Den Haag pôde até se dar ao luxo de mudar o esquema para o 4-3-3, dando mais opções em caso de acelerar os contragolpes. O Feyenoord tentou o que já vinha tentando: cruzamentos para a área, além de tentativas de jogada iniciadas com Tonny Trindade de Vilhena (o único ponto positivo do Stadionclub nas últimas rodadas). Mas o ânimo já baleado dos mandantes sofreu golpe pior aos 13 minutos, em um lance de azar: Danny Bakker veio da direita e tocou para o meio. Elia, ajudando na marcação, tentou desarmar, mas tocou acidentalmente para Zuiverloon, e o lateral ficou livre para entrar na área e tocar na saída de Vermeer, ampliando a vantagem dos Hagenaren. De resto, mesmo com a entrada de Anass Achahbar, autor do golaço contra o Heerenveen, o Feyenoord só teve capacidade para chutar sem sucesso de fora da área, várias vezes - o único perigo veio numa sequência de cabeceios, muito bem defendidos por Martin Hansen. Quinta rodada seguida de derrotas, marca inédita na história do clube. Único time da Eredivisie a só perder no returno. Gols contrários sucessivos de gente que já passou pela base do clube (cinco, dos últimos sete). O que mais pode acontecer para o Feyenoord, novamente em queda livre após o returno?

Cambuur 0x1 Heerenveen (domingo, 31.01)

O clássico da província da Frísia trazia duas obrigações. Para o Cambuur, óbvio, vencer, e tentar abrir novamente seis pontos de vantagem para o lanterna De Graafschap, minorando um pouco o peso da penúltima colocação; para o Heerenveen, cabia obter a segunda vitória seguida após o bom triunfo contra o Feyenoord, mantendo assim os play-offs pela Liga Europa na zona de mira. Essas tensões tornaram o primeiro tempo em Leeuwarden bem truncado, sem grandes chances. A única delas foi para o Cambuur, aos 22 minutos: após chegar nesta semana ao clube, cedido pelo PSV até o final da temporada, o volante Rai Vloet quase lustrou sua estreia nos Leeuwarders, ao entrar na área chutando, mas a bola foi por cima do gol.


Mais cauteloso nos primeiros 45 minutos, o Heerenveen teve mais sorte. Logo na primeira tentativa no segundo tempo, veio o gol do time da Frísia: aos dois minutos, Arber Zeneli fez bonito gol, vindo pela direita, cortando o zagueiro e batendo colocado no canto esquerdo do arqueiro Leonard Nienhuis. Pouco depois, aos 13, Erwin Mulder ainda apareceu bem para o Fean: fez defesa extraordinária em cabeçada à queima-roupa de Marvin Peersman, a ponto da bola ainda ter batido na trave. E os visitantes saíram do clássico provinciano com o triunfo desejado (primeiro em Leeuwarden, em 15 anos), mantendo a zona dos play-offs como objetivo alcançável. 

Utrecht 1x3 Twente (domingo, 31.01)


Duas equipes em situações diferentes na tabela. O Utrecht precisava da vitória para se recuperar do revés contra o Roda JC, voltando a disputar a posição de "melhor do resto" contra Heracles, NEC e Vitesse; ao Twente, a vitória significava sair da zona de repescagem/rebaixamento, deixando o Excelsior nela. Pois pelo menos nesta rodada, os Tukkers pareceram estar nos bons tempos dentro de campo, quando não havia perigo de queda, nem problemas financeiros na diretoria. Foram superiores desde o começo contra os Utregs, vitimados pela ausência de Ramon Leeuwin na defesa. A vitória foi praticamente definida no primeiro tempo. Logo aos três minutos, Hakim Ziyech cobrou escanteio, e Bruno Uvini subiu de cabeça para fazer 1 a 0 (primeiro gol do brasileiro na temporada). Aos nove, Ziyech apareceu de novo: o camisa 10 lançou Zakaria El Azzouzi, que dominou e bateu para ampliar, marcando pela primeira vez no clube em que ficará até o fim da temporada, emprestado pelo Ajax.

Depois de dois gols surgidos das frequentes colaborações de Ziyech (na temporada, onze gols e sete assistências), o Twente relaxou um pouco. Mas justamente quando o Utrecht parecia se recuperar e tentar uma reação, os Enschedese garantiram o terceiro gol, ainda na etapa inicial: aos 35, lançado em profundidade, o chileno Felipe Gutiérrez bateu forte e fez 3 a 0. Na etapa final, o Utrecht ainda teve a entrada de dois atacantes: o estreante Giovanni Troupée e Ruud Boymans. E foi justamente este, frequentemente útil à equipe, que tentou ajudar, diminuindo a vantagem aos 35 minutos. Mas já era tarde para o Utrecht evitar a segunda derrota seguida. Pela primeira vez desde a 13ª rodada, o Twente está fora da zona de repescagem/rebaixamento. Enfim, algo a comemorar. Se Hakim Ziyech terminar o dia final da janela de transferências ainda em Enschede, tanto melhor.

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