segunda-feira, 27 de novembro de 2017

810 minuten: como foi a 13ª rodada da Eredivisie

Alireza ofereceu todo seu amor à torcida do AZ, que retribuiu com a alegria da comemoração: mais uma vitória (Tom Bode/VI Images)
AZ 2x0 Twente (sexta-feira, 24 de novembro)

Em terceiro lugar, o AZ não demorou muito para se impor dainte de um Twente que entrou em campo tomando todos os cuidados defensivos possíveis e imagináveis (até pela linha de cinco defensores). Já aos 11', Wout Weghorst poderia ter aberto o placar - finalizou em cima do goleiro Jorn Brondeel. Aos 34', Weghorst estava novamente em boas condições para o chute, mas a bola cruzada por Alireza Jahanbakhsh passou rápida demais. Até ali, o plano dos visitantes de Enschede para segurarem o empate dava certo - o único momento em que um zagueiro passou sufoco até então foi no segundo tempo, aos 57', quando um gandula pegou uma das chuteiras de Peet Bijen (perdida numa dividida) e jogou para a torcida, que demorou alguns minutos para devolver.

Se houvesse ficado só naquilo, os Tukkers estariam mais tranquilos. Só que logo depois, o AZ chegou à vantagem no placar. Aos 65', Fredrik Midtsjo entrou na área e foi derrubado por Michael Liendl - pênalti, que Alireza Jahanbakhsh bateu sem problemas para o 1 a 0. Mais cinco minutos, e Alireza participou da jogada do segundo gol: foi do iraniano o passe em profundidade, que deixou Joris van Overeem livre para garantir a vitória dos Alkmaarders, mantendo a crise pesada no Twente (sob o técnico Gertjan Verbeek, são três derrotas em três jogos - e queda para a penúltima posição).

Ninguém esperava. Mas a pressão final e os três gols de Ogbeche (de frente) renderam valioso empate ao Willem II (Jeroen Putmans/VI Images)
VVV-Venlo 3x3 Willem II (sábado, 25 de novembro)

Do jeito que a partida começou em Venlo, tudo fazia crer numa fácil vitória dos mandantes aurinegros. Já aos três minutos, um recuo errado para o goleiro dos visitantes, Matthijs Branderhorst, quase foi aproveitado por Torino Hunte. E aos 7', veio o 1 a 0 do VVV: uma falta cobrada rapidamente deu a bola para Vito van Crooij chutar forte e estufar as redes. Willem II? Só apareceria aos 37', quando Fran Sol cabeceou para Lars Unnerstall defender com atenção. Terminou o primeiro tempo, começou o segundo, e veio o 2 a 0 dos Venlonaren: aos 49', em nova jogada ensaiada, cobrou-se escanteio, a bola foi escorada, e Damian van Bruggen marcou seu segundo gol em duas rodadas. Parecia ser encaminhada a vitória, para acalmar um time que vira dois afastamentos (Mink Peeters e Tarik Tissoudali) por razões disciplinares.

Aí, o Willem II respondeu na mesma moeda - isto é, na bola parada - para marcar seu primeiro gol, aos 62': cobrança de escanteio, Ismaïl Azzaoui desviou, a bola foi tirada em cima da linha, e Bartholomew Ogbeche empurrou para as redes. O susto pareceu controlado aos 72', quando Clint Leemans converteu pênalti para o 3 a 1 do VVV-Venlo. Mas o final de partida foi inesperadamente palpitante. Primeiro, porque Ogbeche já diminuiu no minuto seguinte, de cabeça, deixado livre pelo marcador Jerold Promes. Tal gol impulsionou os visitantes de Tilburg rumo ao ataque. E finalmente, nos acréscimos (90' + 2), o veterano atacante nigeriano completou de cabeça para seu terceiro gol, no 3 a 3 que rendeu valioso ponto aos Tricolores. E possibilitou a Ogbeche, recém-recuperado de lesão, uma piadinha: "Eu nem me lembro se marquei três gols alguma vez numa partida...".

Enfim, alívio: Jorgensen (pulando) marcou um dos gols, e o Feyenoord voltou a vencer (VI Images)
Groningen 0x2 Feyenoord (sábado, 25 de novembro)

Num estádio Noordlease com várias cadeiras vazias (retrato da má fase do Groningen), as duas equipes mostraram que as jogadas pelas pontas seriam as grandes opções de ataque. Aliás, a primeira grande chance de jogo veio assim. Após um cruzamento de Sofyan Amrabat que parou na interceptação de Samir Memisevic, quase o Groningen abriu o placar no contra-ataque da sequência, aos 6'. A bola foi invertida para Tom van Weert, que dominou e finalizou colocado. Brad Jones rebateu, e Ritsu Doan perdeu grande chance na sobra: cabeceou torto, para fora, com o gol vazio. Aos 13', uma desatenção da arbitragem custou pênalti ao Feyenoord. Nicolai Jorgensen (de volta, plenamente recuperado de lesão muscular) teve a camisa puxada na área em escanteio - mas o juiz Danny Makkelie nem ligou.

E o azar continuou aos 18': Ridgeciano Haps torceu o braço ao cair de mau jeito, após perseguir Doan, tendo de dar lugar a Miquel Nelom na lateral esquerda. Só que aos poucos, o time visitante foi se sobressaindo. Um escanteio rendeu uma gigante chance do Stadionclub, aos 29': Nelom cobrou, Renato Tapia desviou de cabeça, e Doan tirou em cima da linha. Mais uma oportunidade valiosa para os visitantes veio aos 32': Tonny Vilhena tabelou com Jorgensen, que dominou, entrou na área e cruzou da esquerda para o camisa 10 Feyenoorder concluir por cima, quase na pequena área. E no último dos 45 minutos iniciais, duas chances em contragolpes rápidos. Primeiro, Jorgensen cruzou da esquerda, mas o voleio de Sam Larsson saiu mal feito; depois, Vilhena correu com a bola até a área, mas seu chute foi defendido por Padt.

Quando o segundo tempo começou, parecia que os Groningers iriam trazer mais riscos: aos 48', um cruzamento de Tom van Weert foi espalmado perigosamente por Jones, para fora. Mas um minuto depois, na rápida saída para o jogo, o Feyenoord conseguiu o seu gol. Após receber a bola de Amrabat, Jorgensen serviu a Berghuis. Na área, o ponta-direita passou por três jogadores, chutou em diagonal, Padt ainda fez a defesa parcial, mas Vilhena estava a postos para conferir o 1 a 0 dos Rotterdammers. Restou aos mandantes do norte holandês correrem atrás. E aos 54', quase obtiveram a chance num passe errado: após correr com a bola até a área, Juninho Bacuna foi desarmado na hora exata por Nelom. Depois, aos 58', um cruzamento despretensioso de Oussaman Idrissi quase foi parar no gol, passando perto da trave. 

Na sequência, o Feyenoord respondeu num chute de El Ahmadi, rebatido por Padt. A jogada seguiu, e veio o gol do desafogo definitivo, aos 59': Jorgensen pegou a sobra, trouxe para o meio da área, deu a Berghuis, e este passou com classe, de calcanhar, para que o dinamarquês tocasse na saída, à direita de Padt, para o 2 a 0. Depois, as duas equipes trocaram chances. O Feyenoord tentou com chutes de Jorgensen, aos 62' (rente à trave esquerda de Padt), e Berghuis, aos 72' (o goleiro tirou com os pés). Com mais atacantes em campo, o Groningen pressionou, e até mandou bola no travessão, nos acréscimos, com Ruben Yttegaard Jenssen. Mas o 2 a 0 ficou inalterado, na primeira vitória do Feyenoord na liga holandesa desde 1º de outubro, após cinco jogos. Alívio, afinal.

O NAC Breda abrira o placar e se animara. Ilusão: um minuto depois, Niemeijer já empatava. E o Heracles venceria (Pro Shots).
Heracles Almelo 2x1 NAC Breda (sábado, 25 de novembro)

O jogo na grama sintética do estádio Polman mostrou muitas alternâncias, desde o seu início. Já aos 8', o time da casa poderia ter aberto o placar: Kristoffer Peterson completou cruzamento, e o zagueiro Karel Mets tirou a bola em cima da linha. Aos 14', o NAC Breda que fora salvo por Mets abriu o placar contando com a sorte: um chute do lateral esquerdo Angeliño (dos únicos pontos positivos numa temporada difícil) desviou em Dries Wuytens e tomou o caminho das redes - o goleiro Bram Castro ainda tentou defender, sem sucesso. Só que a vantagem que daria esperanças aos visitantes de Breda virou pó no minuto seguinte: Reuven Niemeijer bateu forte, e mesmo com a bola resvalando nos dedos do arqueiro Mark Birighitti, ela balançou o filó adversário para o 1 a 1.

E já aos 23', o Heracles virou o jogo: completando escanteio, Paul Gladon mandou a esférica de voleio para o barbante defendido por Birighitti. Jogo resolvido? Nem de longe, como mostrou o segundo tempo. Aos 58', quase Peterson conseguiu seu gol: desviou a bola, brilhantemente defendida por Birighitti com a ponta dos dedos; e aos 61', o NAC Breda só não empatou porque Thierry Ambrose e Rai Vloet não definiram quem chutaria, na hora decisiva. Aos 71', Wuytens cabeceou para Birighitti agarrar; aos 77', Castro evitou o empate, em finalização de Ambrose. No fim, os Heraclieden mantiveram a vantagem, na 100ª vtória conseguida sobre grama sintética em Almelo. E o NAC Breda se frustrou ao tentar superar a goleada sofrida na rodada passada: segue em último.


Se o Heerenveen jogou melhor no primeiro tempo, sem fazer os gols, o Zwolle foi mais eficiente para virar (ANP/Pro Shots)
Heerenveen 1x2 Zwolle (sábado, 25 de novembro)

Vindo da goleada sobre o Twente, fora de casa, o Heerenveen já começou impondo maior qualidade ofensiva sobre o Zwolle. Com apenas sete minutos, Reza Ghoochannejhad só não chutou livre para o gol porque não dominou bem. E aos 13', Michel Vlap colocou os mandantes da Frísia na frente, em grande estilo: completou de voleio um lançamento alto de Stijn Schaars para as redes. As chances se seguiam. Aos 36', Martin Odegaard forçou o goleiro Diederik Boer a salvar os Zwollenaren, com bela defesa; aos 40', Odegaard serviu a Vlap, que só não fez seu segundo gol por outra primorosa intervenção do veterano goleiro. Ofensivo, o Heerenveen merecia até vantagem maior. Não a fez. Azar o dele.

Porque, aos 43', a eficiência dos visitantes se fez sentir. Substituto do lesionado Philippe Sandler, o zagueiro argentino Nicolás Freire fez 1 a 1, completando de peixinho falta cobrada por Youness Mokhtar. Pior ainda: aos 49', mal havia recomeçado o jogo, e os "Dedos Azuis" já viravam o placar. Kingsley Ehizibue arriscou chute da direita, o goleiro Warner Hahn rebateu, e Mustafa Saymak estava a postos para pespegar o 2 a 1 nos mandantes frísios. E o Fean foi com tudo para o empate. Quase o conseguiu aos 77', quando Henk Veerman (atacante saído do banco) chegou um triz atrasado. Assim, o Fean acabou amargando sua quarta derrota seguida em casa - igualando recorde negativo de 1989/90. E o Zwolle segue fazendo campanha espetacular, mantendo-se perto do topo.

Kluivert (à frente) chamou a responsabilidade: três gols e destaque na vitória que aliviou o Ajax (Gerrit van Keulen/VI Images)
Ajax 5x1 Roda JC (domingo, 26 de novembro)

A lesão de Daley Sinkgraven (e a indecisão crônica de Marcel Keizer à procura do time titular) forçaram o Ajax a mudar sua defesa. Na lateral direita, foi titular pela primeira vez Deyovaisio Zeefuik - Joël Veltman dividiu a zaga com Matthijs de Ligt, e Nick Viergever ocupou a esquerda. Fosse como fosse, o estilo do time da casa não mudou na (ainda) Amsterdam Arena: manutenção da posse de bola para vencer a defesa do Roda JC, lanterna, e jogo lento. Só aos 14' apareceu uma chance digna do nome - e foi dos visitantes de Kerkrade: após cruzamento rebatido pela zaga, Mohamed El Makrini arriscou chutar, e a bola passou à direita do goleiro André Onana. Aos poucos, os buracos apareceram. Novamente jogando no lugar de Amin Younes, Justin Kluivert inverteu o jogo com David Neres, que mandou a bola de voleio, aos 20'. Ela passou por cima do gol. Pouco depois, aos 21', o brasileiro "retribuiu", com um passe em profundidade. Mas antes de Kluivert chegar, Adil Auassar alcançou a bola, impedindo o chute.

Só que, justamente quando os Ajacieden mais pareciam melhorar, veio o gol dos visitantes, aos 32'. Mikhail Rosheuvel mandou a bola para a área, de falta. A defesa tentou tirar, mas Dani Schahin subiu para manter a redonda no ataque. E o zagueiro Chris Kum, de cabeça, na pequena área, completou para as redes de Onana. Pensou-se em impedimento - não havia. Sim, o Roda estava na frente. E os Koempels até tiveram a chance do segundo gol aos 34': Gyliano van Velzen tabelou com Schahin, entrou na área pela direita e chutou cruzado. Onana agarrou. As vaias já ameaçavam tomar conta de uma Amsterdam Arena apenas parcialmente lotada, quando coube a Justin Kluivert evitar que os problemas se aprofundassem, fazendo 1 a 1 no lance final do primeiro tempo. O camisa 45 recebeu a bola, tabelou com Hakim Ziyech, veio pela esquerda, superou na corrida e arrematou na diagonal, colocado, no canto esquerdo do goleiro Hidde Jurjus.

Quando Christian Kum fez 1 a 0, foi indisfarçável o temor da terceira derrota em casa para o Ajax. Mas acabou no segundo tempo (Pro Shots)
Mesmo salvo pelo gongo, o Ajax precisava mudar para evitar um novo tropeço em casa. E Marcel Keizer mudou o esquema tático: o meia Frenkie de Jong entrou no lugar de Zeefuik, e a defesa ficou com três zagueiros, num 3-4-3. Deu certo, o time melhorou visivelmente, e De Jong justificou sua entrada ao participar de uma boa jogada do Ajax, aos 53': lançou Kluivert, que cruzou a bola da direita para David Neres. Todavia, a finalização do brasileiro foi prensada na última hora. Substituto do lesionado Huntelaar, Kasper Dolberg apareceu aos 56', num voleio bem defendido por Jurjus. E se o dinamarquês não aparecera muito até então, foi fundamental para aliviar o Ajax. Aos 59', coube a ele completar o cruzamento da esquerda feito por David Neres. A bola desviou em Kum, tirando as chances de defesa de Jurjus, e se consumou o 2 a 1 dos mandantes.

Apenas mais um minuto se passou, e foi a vez do destaque da partida se consolidar. Kluivert partiu da esquerda, mas ao invés da jogada individual, arriscou chutar de fora. Arriscou e petiscou: a bola foi indefensável ao canto esquerdo de Jurjus, num belo terceiro gol, dando mais tranquilidade aos Godenzonen. Mais seguro, o time da casa se impôs na Amsterdam Arena. Aos 67', por exemplo, David Neres quase marcou, completando passe de Ziyech para boa defesa de Jurjus. O camisa 1 do Roda JC ainda foi decisivo aos 72', defendendo o arremate de Ziyech. Mas não houve o que fazer aos 76', quando Donny van de Beek chutou da meia-lua a bola vinda dos pés de De Jong para o 4 a 1. E tinha mais: aos 85', Kluivert fez o que dele se espera: veio da esquerda, cortou para o meio, chutou, gol. Seu terceiro no jogo (feito que o pai Patrick nunca conseguiu pelo Ajax). O quinto de uma goleada inesperada, pelo que se viu no primeiro tempo - mas justa, pela melhora no segundo.

Entre o domínio tranquilo do primeiro tempo e o sufoco do segundo, o PSV se salvou: vitória e vantagem (Tom Bode/VI Images)
Excelsior 1x2 PSV (domingo, 26 de novembro)

Bastou começar o jogo para que o PSV dominasse as ações, mesmo contra um Excelsior que vem razoável na temporada. Trocando passes perto da área, prensando os Kralingers na área de defesa, o dono da liderança da Eredivisie teve a primeira chance aos 11': Gastón Pereiro dominou pela esquerda, saiu da marcação de Jurgen Mattheij, e arrematou colocado, à direita do gol de Ögmundur Kristinsson. Depois, no minuto seguinte, Jürgen Locadia bateu de fora da área, mas Kristinsson agarrou, mesmo com desvio no meio do caminho. O gol que já estava se avizinhando não demorou muito mais. Veio aos 13', até com dose de sorte. Após troca de passes, Locadia cruzou da esquerda. E antes que Luuk de Jong finalizasse, Mattheij se antecipou, desviando acidentalmente para a meta do próprio time, no 1 a 0. O segundo gol quase veio aos 15': Pereiro serviu a bola a De Jong, e o camisa 9 ouviu o pedido de Locadia. Deu a bola a ele, que ajeitou e chutou para excelente defesa de Kristinsson, espalmando para escanteio. Na cobrança do córner, mais perigo: Daniel Schwaab cabeceou na trave. E aos 18', quase Luuk consegue um gol sem querer: em lançamento pelo alto, o zagueiro Wout Faes tentou tirar da área. Chutou-a em cima do atacante, ela encobriu Kristinsson e saiu perto da trave direita.

O Excelsior, por sua vez, só tentou qualquer coisa parecida com gol aos 24', num cabeceio de Mattheij que passou perto da meta de Jeroen Zoet. Nada que o PSV não recolocasse no lugar aos 30'. Primeiro, Kristinsson espalmou para córner um chute de Hirving Lozano; e na cobrança do pontapé de canto, Schwaab subiu e cabeceou, mandando a bola no travessão - ela ainda quicou na pequena área, mas Nicolas Isimat-Mirin perdeu a chance. Até que, aos 41', a disputa particular pela artilharia da Eredivisie foi "retomada" com mais um gol dos visitantes. Um lançamento em profundidade pegou Santiago Arias livre na direita. O colombiano cruzou com precisão, e Hirving Lozano completou de chapa, com um leve desvio em Mattheij, mandando a bola no canto direito de Kristinsson. 2 a 0 para os Boeren - e 10º gol de "Chucky" no campeonato, um acima do colega de time Locadia.

O Excelsior fora presa fácil no primeiro tempo. Mas fez o gol, animou-se e quase empatou (ANP/Pro Shots)
E parecia que a mesma toada seguiria por todo o jogo. Já no primeiro minuto da etapa complementar, Luuk de Jong chegou a marcar - mas o gol foi anulado, pelo juiz Jochem Kamphuis julgar que o atacante tocara com o braço. Só que os mandantes, enfim, conseguiram o gol, aos 53', começando a mudar o rumo das coisas. Coube a Zakaria El Azzouzi (que quase diminuíra no final do primeiro tempo) fazer a jogada: o atacante dominou junto à lateral, e achou espaço para passar. A bola alcançou Ryan Koolwijk, na esquerda, e o capitão do Excelsior pôde dominá-la e concluir no canto esquerdo de Zoet, diminuindo a vantagem dos Eindhovenaren.

E aos 56', quase veio um surpreendente empate. Após troca de passes perto da área, Schwaab perdeu a bola para El Azzouzi, que entrou livre. Só não empatou porque Zoet saiu bem e fechou o gol, desviando para escanteio. Os visitantes só reapareceram aos 64', em perigosa falta de Locadia, mandando a esférica rente à trave esquerda de Kristinsson. O camisa 19 seguiu tentando o seu gol aos 68', num chute na rede pelo lado de fora. De Jong voltou à carga, de cabeça, aos 71'. Já ao final do jogo, Marco van Ginkel acertou a trave aos 87', de falta. Ainda assim, o time de Roterdã mostrou valor técnico, com uma grande possibilidade de Messaoud para o empate, aos 73' (o Excelsior reclamou pênalti não marcado), e o desvio acidental de Isimat-Mirin que quase rendeu empate e gol contra nos acréscimos. Mas o PSV se segurou, conseguindo a vitória que confirma o segundo melhor desempenho do clube num turno, em sua história na Eredivisie: 12 vitórias e uma derrota, só pior que as 17 vitórias em todo turno de 1987/88. Não é um time perfeito (longe disso), mas tem a regularidade que Feyenoord e Ajax não têm.

Labyad (à direita) foi destaque supremo na vitória do Utrecht: um gol rápido, o outro em bela falta (Pro Shots)
Sparta Rotterdam 1x3 Utrecht (domingo, 26 de novembro)

Vir de quatro jogos sem derrota era muito importante para o Sparta Rotterdam, que tenta escapar dos perigos da zona de repescagem/rebaixamento. Mas bastaram 37 segundos para que o time da casa soubesse que seria difícil continuar a boa sequência: após roubar a bola no meio-campo, o Utrecht acelerou a jogada, e Gyrano Kerk recuou a bola para que Zakaria Labyad entrasse chutando com força, fazendo 1 a 0, no gol mais rápido da temporada até agora. Depois, aos 17', Kerk quase fez o segundo (de cabeça, completou para fora o cruzamento de Yassin Ayoub). Só depois os Spartanen buscaram algo, em dois chutes do atacante Nick Proschwitz, substituto do lesionado Stijn Spierings.

Só no segundo tempo Proschwitz teve êxito: aos 55', empatou, completando passe de Robert Mühren. O equilíbrio aumentou: Ryan Sanusi quase virou o jogo para o Sparta, chutando rente ao gol, enquanto o goleiro Roy Kortsmit evitou o gol do Utrecht, em forte chute de Sander van de Streek. Mas aos 70', Kortsmit nada pôde fazer - por causa da excepcional cobrança de falta de Labyad, marcando seu segundo gol no jogo. E cinco minutos depois, Kerk frustrou de vez o Sparta: após desvio de Van de Streek para um tiro de meta, foi mais rápido do que a zaga, dominou a bola e fez o 3 a 1 que deixou o Utrecht na quinta posição.

Estava difícil para o Vitesse superar o ADO Den Haag. Mas a persistência foi premiada com o gol de Miazga (Pro Shots/vitesse.nl)
Vitesse 2x0 ADO Den Haag (domingo, 26 de novembro)

O Vitesse já estava havia sete jogos sem vencer em casa - fosse por Campeonato Holandês, fosse por Liga Europa. E parecia que a má sequência continuaria. No primeiro tempo, o Vites sequer trouxe perigo contra um Den Haag bem postado defensivamente. E no começo do segundo, a grande chance que teve foi frustrada. Aos 50', Navarone Foor foi derrubado na área por Erik Bakker, o juiz Ed Janssen marcou o pênalti... mas Tim Matavz o cobrou nas mãos do goleiro Robert Zwinkels.

Os aurinegros continuaram buscando o gol em Arnhem. Tiveram outra possibilidade, quando Mason Mount cobrou falta na trave. Os visitantes de Haia tiveram os problemas ampliados aos 71': em apenas dois minutos, Tyronne Ebuehi levou dois cartões amarelos, sendo expulso. A pressão aumentou, e aos 87', o zagueiro Matt Miazga deu o que o Vitesse merecia: o gol, num cabeceio após escanteio de Mount. E nos acréscimos (90' + 4), Bryan Linssen completou o alívio dos Arnhemmers.

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