segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

810 minuten: como foi a 17ª rodada da Eredivisie

O Zwolle estava com 2 a 0 de desvantagem. Mas Saymak (agachado) chamou a responsabilidade, o time foi atrás... e alcançou grande vitória (ANP/Pro Shots)
Willem II 2x3 Zwolle (sábado, 16 de dezembro)

Em dez minutos, aconteceram lances suficientes para mostrar como a última rodada do primeiro turno seria aberta com um jogo emocionante. Aos quatro minutos, Ben Rienstra quase colocou o Willem II na frente, cabeceando a bola para fora; aos oito, foi Mustafa Saymak que esteve perto de marcar para o Zwolle, mas chutou em cima do goleiro Mattijs Branderhorst; finalmente, aos 10', Fran Sol fez seu oitavo gol no campeonato, colocando os mandantes na frente em Tilburg. O equilíbrio seguiu com grandes chances aqui e ali, até que Rienstra aproveitou a chance para o 2 a 0, aos 36', colocando a bola na rede após chute forte de Ismaïl Azzaoui. Vitória encaminhada para os Tricolores? Não, porque aos 40', Konstantinos Tsimikas empurrou Younes Namli na área, Reinold Wiedemeijer marcou o pênalti, e Erik Bakker acertou a cobrança para devolver a esperança ao Zwolle: 2 a 1.

O equilíbrio seguiu no segundo tempo. Aos 54', Terell Ondaan quase empatou para os Zwollenaren, mas Branderhorst evitou que o atacante marcasse; quatro minutos depois, em cabeceio, quase Bartholomew Ogbeche fez seu nono gol nas últimas cinco partidas, mas mandou a bola para fora. Azar do Willem II: no minuto seguinte, Bakker lançou em profundidade, e Saymak chegou livre para tocar na saída do goleiro e fazer 2 a 2. O equilíbrio continuou, mas já se previa o empate. Até que, aos 85', os "Dedos Azuis" alcançaram o gol para confirmar uma notável vitória: em jogada individual, Namli chutou forte, e Branderhorst rebateu. Saymak só esperava para aproveitar e fazer 3 a 2. A primeira virada do Zwolle fora de casa após desvantagem por 2 a 0, em toda a história do clube na Eredivisie. Mais um feito, numa campanha brilhante para o tamanho da agremiação.

Van Amersfoort aproveitou a oportunidade: fez o gol que deu, enfim, uma vitória ao Heerenveen (Pro Shots)
Heerenveen 1x0 NAC Breda (sábado, 16 de dezembro)

Havia quatro rodadas sem vencer, o Heerenveen começou francamente ofensivo. Já aos nove minutos do primeiro tempo, em cobrança de escanteio, Morten Thorsby desviou a bola na trave. Aos 19', foi a vez do capitão Stijn Schaars mandar a esférica perto do gol de Mark Birighitti (de volta, no lugar do suspenso Nigel Bertrams), de falta. Só a partir dos 20 minutos o NAC Breda equilibrou as tentativas ofensivas, graças a Rai Vloet. Primeiro, o meio-campista chegou a fazer o gol aos 28', mas estava impedido. Depois, o zagueiro Daniel Hoegh salvou os mandantes no estádio Abe Lenstra.

No segundo tempo, porém, Mounir El Allouchi virou o centro das ações. Primeiro, no ataque - aos 52', o meio-campista arrematou perto do gol. Depois, um erro de El Allouchi foi decisivo: aos 55', ele perdeu a bola no meio, e Pelle van Amersfoort dominou para andar mais alguns metros antes de bater forte e balançar as redes no 1 a 0 do Heerenveen. O que não quer dizer que o equilíbrio acabou a partir do gol. Se Yuki Kobayashi quase fez belo gol de bicicleta para ampliar a vantagem do Fean, Pablo Marí quase empatou para o NAC, no final, impedido pela grande defesa de Warner Hahn, decisiva para que o time da Frísia voltasse a sair vencedor de uma partida.


Desta vez, não houve sustos para o PSV: 3 a 0 já no primeiro tempo contra o ADO Den Haag, e assim terminou (EPA)
PSV 3x0 ADO Den Haag (sábado, 16 de dezembro)


Depois da derrota para o Ajax e do inesperado empate contra o Groningen, tudo que o PSV queria era ter um jogo tranquilo contra o ADO Den Haag. Começou a buscar o gol cedo: aos quatro minutos, Santiago Arias cruzou da direita, mas Thomas Meissner foi previdente e tirou a bola da área antes que ela chegasse a Luuk de Jong. Um minuto depois, a jogada foi praticamente repetida. Mas com final feliz para o time da casa: Van Ginkel mandou a bola para Arias, o colombiano a alcançou quase na linha de fundo, cruzou, e Luuk de Jong se antecipou à marcação, mandando de voleio no canto direito do goleiro Robert Zwinkels para fazer 1 a 0. Mais um pouco, e aos oito minutos, Luuk de Jong protagonizou um daqueles lances de inacreditável sorte para ampliar a vantagem. O camisa 9 dominou a bola, livrou-se da marcação de Meissner, mas a esférica escapou dele, ficando à feição para o zagueiro Nick Kuipers dar um chutão daqueles. Estreante na Eredivisie (às pressas: substituindo Tom Beugelsdijk, lesionado no aquecimento), Kuipers deu o chutão. Só não contava que a bola ricocheteasse em De Jong, e fosse involuntária e diretamente para o canto direito de Zwinkels. Sem querer, o atacante conseguia seu segundo gol no jogo.

O domínio dos Boeren contra o Den Haag era indiscutível. Aos 10', o terceiro gol só não veio porque Zwinkels desviou com os pés o arremate de Hirving Lozano, por cima. Sem contar o chute de Jorrit Hendrix, para fora, na sequência. Aos 24': após cruzamento rebatido parcialmente pela defesa, Lozano tentou uma puxeta, e mandou a bola perigosamente para o gol. Coube a Zwinkels espalmar sobre o gol. O único sinal de vida dos visitantes de Haia em todo o primeiro tempo foi aos 28'. Primeiro, Sheraldo Becker cruzou da direita, e Bjorn Johnsen tentou tocar na saída de Zoet. Porém, Daniel Schwaab tirou a bola em cima da linha. Na sequência, após escanteio, Elson Hooi chutou cruzado de fora da área, mas Zoet espalmou.

De certa forma, a lesão que tirou o goleiro Zwinkels do jogo simbolizou o péssimo primeiro tempo do Den Haag (Jeoren Putmans/VI Images)
Porém, assim como na quarta passada, o PSV conseguiu seu terceiro gol num pênalti. Em lançamento de Hendrix, Steven Bergwijn dominou na área, à frente dos zagueiros, e foi empurrado por Kuipers, aos 35'. Pênalti marcado, e Van Ginkel repetiu o que fez contra o Groningen: cobrança perfeita, bola na esquerda, Zwinkels na direita, 3 a 0. Que ainda poderiam ter virado quatro aos 39': em posição legal após sair da linha de marcação, Lozano tentou finalizar, mas chegou lento e chutou fraco na área, em cima de Zwinkels - que se machucou no lance e precisou deixar o jogo (na sobra, Van Ginkel ainda tocou para fora).

No segundo tempo, os visitantes auriverdes ainda quiseram algo aos 47', num chute de Hooi, que Zoet defendeu. Só que as maiores oportunidades de gol seguiram sendo dos mandantes de Eindhoven. Aos 52', Lozano correu da direita para o meio com a bola, mas sua finalização mandou a bola acima da meta defendida por Tim Coremans, substituto de Zwinkels no gol do Den Haag. Aos 60', uma grande chance para o quarto gol: Van Ginkel deixou a bola para Lozano, mas o mexicano chutou e Coremans defendeu com os pés. O goleiro do Den Haag reapareceu bem no minuto seguinte, agarrando com firmeza a bola, após chute de Steven Bergwijn. Sheraldo Becker ainda teve a chance de diminuir para os visitantes de Haia aos 68', completando cruzamento, mas Zoet defendeu. Para piorar a situação do ADO Den Haag, Meissner foi expulso aos 80', pelo segundo cartão amarelo E o PSV evitou os sustos da quarta-feira passada: manteve-se atento para garantir a vantagem já construída no primeiro tempo, confirmando ser o melhor do 1º turno. Um respiro, após os tropeços.

Jensen finalizou com estilo a brilhante jogada do gol do Twente. Mas depois o Vitesse empatou, e as emoções rarearam (Pro Shots)
Twente 1x1 Vitesse (sábado, 16 de dezembro)

Depois da primeira vitória sob o técnico Gertjan Verbeek, o Twente chegou com esperanças renovadas para receber o Vitesse. E tais esperanças aumentaram com a bela jogada do primeiro gol dos Tukkers, aos 13 minutos. Começou com o passe preciso de Oussama Assaidi (titular, superando a febre que o deixou acamado na sexta), e foi completada com os movimentos de Fredrik Jensen: o meio-campista finlandês se livrou da marcação com um movimento, e tocou com precisão na saída do goleiro Remko Pasveer para fazer 1 a 0.

Porém, o que Assaidi e Jensen tiveram de rapidez na jogada do gol a favor, a defesa teve de ingenuidade no 1 a 1 do Vitesse, aos 28': em escanteio cobrado, o desvio de Navarone Foor enganou todos os zagueiros dos Tukkers, e o inglês Mason Mount ficou livre para completar a jogada de bola parada, nas redes do arqueiro Joël Drommel. E a rigor, a partida no Grolsch Veste de Enschede poderia ter acabado aí, porque nenhuma chance de gol digna de nota foi vista depois. Nem nos 17 minutos que restavam do primeiro tempo, muito menos nos 45 minutos (e acréscimos) do segundo.

Demorou, mas o VVV-Venlo afinal conseguiu a vitória, graças a Clint Leemans (Gerrit van Keulen/VI Images)
Roda JC 0x1 VVV-Venlo (sábado, 16 de dezembro)

Se o jogo em Kerkrade tivesse começado após os 30 minutos do primeiro tempo, poucos reclamariam. Antes disso, os dois goleiros tiveram pouco trabalho. Depois, Hidde Jurjus voltou a ser colocado à prova, arqueiro que é do lanterna da Eredivisie: viu Jerold Promes mandar a bola perto do gol, num cabeceio aos 31', e teve de pular no ângulo esquerdo para espalmar a esférica, quando Clint Leemans cobrou falta aos 38'.

Na etapa complementar, os mandantes tiveram uma das "bolas do jogo", aos 61': Simon Gustafson, avançado no meio-campo, deixou Mikhail Rosheuvel livre, mas o atacante finalizou no lado externo da rede. Aos 74', foi a vez do VVV ter generosa oportunidade de abrir o placar, quando a bola sobrou com Roel Janssen, mas o zagueiro chutou fracamente. Pelo menos, outra "bola do jogo" apareceu para os Venlonaren, e esta eles não perderam: aos 76', Leemans estava a postos para completar um cruzamento e decretar a vitória do time aurinegro de Venlo.

Na goleada categórica do Feyenoord, o jovem Dylan Vente justificou a aposta, com boa atuação. Até fez gol (/VI Images)
Sparta Rotterdam 0x7 Feyenoord (domingo, 17 de dezembro)

No primeiro minuto do clássico citadino, o Sparta arriscou: Robert Mühren cruzou da direita, mas Tyrell Malacia (novamente iniciando um jogo) interceptou mandando para escanteio. Leu bem? Pois você leu uma das únicas vezes em que o time da casa se arriscou no ataque, em Het Kasteel. De resto, a humilhação imposta pelo Feyenoord foi inquestionável. Já aos quatro minutos, o Stadionclub fez 1 a 0. Tudo graças à prontidão de Tonny Vilhena. O meio-campista roubou a bola, fez a triangulação com dois colegas de time e, de fora da área, arriscou chute forte que foi parar no filó defendido por Roy Kortsmit, no ângulo direito. Na frente, o Stadionclub passou a tomar conta do jogo e da posse de bola, sendo mais perigoso. E o segundo gol veio rapidamente. Graças ao estreante no time titular: Dylan Vente, substituto de Nicolai Jorgensen (teve de se ausentar por razões particulares). Da esquerda, Jean-Paul Boëtius cruzou, e o atacante de 18 anos apareceu livre na área, cabeceando para marcar seu primeiro gol pelo Campeonato Holandês. De certa forma, Dylan prolongou o histórico familiar no Feyenoord: seu tio-avô, Leen Vente (1911-1989), foi o autor do primeiro gol da história de De Kuip, em 1937.

Aos 14', Karim El Ahmadi até pôde se dar ao luxo de mandar a bola muito longe do gol, em arremate de fora. Sem problemas, porque a oportunidade seguinte já virou gol para a torcida Feyenoorder comemorar. Aos 15', do meio-campo, Boëtius lançou em profundidade, e Steven Berghuis superou a defesa do Sparta na corrida. Ao tocar na saída de Kortsmit, o goleiro da equipe anfitriã ainda evitou com os pés. Mas Jeremiah St. Juste estava a postos para completar o rebote para o gol vazio, fazendo 3 a 0. A superioridade do atual campeão holandês era massiva. Aos 20', Berghuis cobrou escanteio, que Kortsmit agarrou ao sair bem do gol. O ponta-direita quase marcou de novo em cobrança de falta, aos 27': mandou a bola no ângulo esquerdo, e o guarda-metas do Sparta foi lá para espalmar. Só que Vilhena é que teria razões para comemorar: aos 28', fez 4 a 0, chutando no canto esquerdo após passe de Boëtius, aproveitando reposição errada de Kortsmit. O Sparta? Só fez Brad Jones trabalhar aos 38', quando Craig Goodwin bateu cruzado e o goleiro australiano precisou rebater.

Cabeças baixas, expressões desalentadas: o Sparta teve um dia para se esquecer (Carla Vos/itwm.nl)
Começou o segundo tempo, e o Feyenoord deu sequência a seu dia mais do que tranquilo: já aos 48', Vilhena cobrou escanteio, e Renato Tapia subiu na área, cabeceando no canto direito de Kortsmit para fazer 5 a 0. O Sparta até teve oportunidades de gol aos 53', mas Jones frustrou ambas - tanto o primeiro arremate de Goodwin, quanto a outra finalização do australiano no rebote. De resto, o passeio seguia imperturbável. E ganhou a sexta volta aos 71': em contra-ataque, uma triangulação rendeu o sexto gol ao Feyenoord. Na direita, Boëtius passou a Vente, e o novato cruzou rasteiro. No meio da pequena área, Berghuis entrou e escorou para o 6 a 0.

Mais chances? Tinha, claro. Jens Toornstra teve a bola nos pés dentro da área para tentar o sétimo gol, aos 75', mas bateu fraco, e Kortsmit pegou. Aos 77', Berghuis entrou na área e tentou cruzado, com o pé esquerdo, mas o guarda-valas do Sparta ainda espalmou. De todo modo, não importava mais. Quando o sétimo gol enfim veio - Bilal Basaçikoglu, aos 88', aproveitando bola alta para encobrir Kortsmit antes de completar para o gol com a cabeça -, foi apenas uma nota de rodapé. A goleada do Feyenoord já estava encaminhada havia muito tempo. Histórico resultado, de certa forma: a pior derrota que o Sparta sofreu em casa pela Eredivisie, em sua longa história. Como em tantos lugares, sobrou para o técnico: Alex Pastoor foi demitido. Talvez injusto: era apenas dia do Feyenoord.

O Ajax soube aguentar a pressão do AZ e ser eficiente nas chances que teve para obter uma vitória de grande importância (ANP/Pro Shots)
AZ 1x2 Ajax (domingo, 17 de dezembro)

Dois times ofensivos (o da casa, até mais organizado), um em segundo lugar na tabela, o outro logo na posição abaixo: o jogo em Alkmaar era bem promissor. E o AZ começou atacando em jogadas pela direita. Como aos quatro minutos, quando o lateral Jonas Svensson deu a bola a Alireza Jahanbakhsh, e o iraniano cruzou rasteiro - coube a Matthijs de Ligt tirar para escanteio. Tal pressão quase deu certo por duas vezes, mas em ambas os finalizadores do AZ estavam impedidos. Depois, uma rápida troca de passes perto da área quase colocou o Ajax na frente. Aos 14', Hakim Ziyech deixou David Neres em frente ao gol com um toque. O brasileiro driblou o goleiro Marco Bizot, ficou sem ângulo para chutar na direita e recuou a bola para o meio da pequena área. Lá, Donny van de Beek completou em cima do zagueiro Pantelis Hatzidiakos. Rebatida parcialmente, a bola voltou a um Ajacied - Klaas-Jan Huntelaar, que chutou. Mas Hatzidiakos salvou o AZ, novamente tirando em cima da linha. O zagueiro grego evitou de novo o pior para os mandantes aos 18': David Neres cruzou da direita, Van de Beek cabeceou, e Hatzidiakos bloqueou a bola com seu corpo.

A postura mais ofensiva dos Alkmaarders teve seu prêmio, enfim, aos 26'. Após cobrança de escanteio, Alireza cabeceou, e o lateral direito Deyovaisio Zeefuik desviou com a mão. Danny Makkelie foi imperioso: pênalti. E Alireza foi impiedoso: cobrança perfeita, indefensável, no ângulo esquerdo de Onana, para o 1 a 0. Quase Zeefuik compensou na frente o erro cometido atrás, ao mandar a bola a centímetros do gol, no minuto seguinte, escorando a falta cobrada por Lasse Schöne. Poucos segundos depois, Van de Beek passou a bola a Huntelaar, e o atacante ficou livre na área - mas bateu em cima de Bizot. O AZ devolveu com grande chance para o segundo gol, aos 37'. De novo, com Alireza: o iraniano deixou a bola, Teun Koopmeiners cruzou e Weghorst entrou sem marcação na área. Porém, completou justamente onde não podia: nas pernas de Onana. Com o rebote, o atacante chutou de novo para o goleiro camaronês defender. Porém, em um único momento do primeiro tempo, o Ajax teve mais espaço no campo de ataque. Bastou para o empate, aos 43'. Porque, de média distância, David Neres pôde lançar em profundidade. E Huntelaar superou os zagueiros na corrida, tocando sobre Bizot para fazer o que muitas vezes já fez na carreira: gol.

Quando Alireza fez 1 a 0, o AZ era superior, criando mais chances. Mas cutucou o Ajax com vara curta... (Pro Shots)
Com a marcação falha na direita, Zeefuik foi tirado para o segundo tempo, proporcionando a estreia do colombiano Luis Orejuela no Ajax. E a etapa complementar tinha um começo lento, até os 51'. Aí, em troca de passes, Kluivert ficou com a bola na área. Cruzou, e Huntelaar tentou cabecear, mas foi seguro por Hatzidiakos. Outro pênalti marcado por Danny Makkelie, outra cobrança perfeita: Schöne bateu no meio do gol para o 2 a 1 da virada. Duro golpe para os Alkmaarders: só reagiram aos 60', num chute de Alireza que Onana encaixou para defender. Então, lentamente, as chances dos mandantes foram voltando. Como aos 72': Jeremy Helmer caminhou com a bola do meio para a direita, mas demorou para chutar. Teve de recuar a bola a Alireza, mas o iraniano a mandou em cima de De Ligt. O Ajax devolveu aos 73', quando Van de Beek bateu e Bizot encaixou a defesa.

Para os Ajacieden, Huntelaar foi quem perdeu a grande chance, aos 76'. Recebeu a bola de Schöne, desvencilhou-se da marcação e ficou livre na área, mas Bizot interceptou seu arremate e fechou bem o ângulo, desviando por cima. Kluivert também teve oportunidade para definir o jogo aos 83', quando chegou livre e concluiu cruzado, mas o arqueiro do AZ rebateu. Mas talvez nenhuma dessas possibilidades de gol tenha sido tão certa (e a perda, tão lamentada) quanto a que Fred Friday perdeu para o empate, aos 85': após cruzamento despretensioso de Alireza, a bola foi passando pela área de defesa do Ajax, ninguém pegou nela... e o nigeriano se viu sozinho na pequena área. Mas a esférica passou por ele também, e saiu. Toda a torcida da casa lamentou. Lamentaria ainda mais a expulsão de Jonas Svensson no minuto seguinte (segundo cartão amarelo, por impedir Kluivert de seguir rumo ao gol). No desespero, o goleiro Bizot completou escanteio para fora, nos acréscimos. Mas, enfim e acima de tudo, o AZ lamentou a derrota de virada para o Ajax - que, ao contrário, tem muito o que comemorar, ao vencer um concorrente direto. Após o jogo, Lasse Schöne alertou: "Agora, o PSV está sentindo nosso calor no cangote". Não é tão forte, mas está mesmo.

O triunfo do Utrecht estava encaminhado. Mas nos estertores do jogo, Gladon abiscoitou um ponto para o Heracles (Harry Broeze/heracles.nl)
Utrecht 1x1 Heracles Almelo (domingo, 17 de dezembro)

Pelo que se viu nos primeiros 45 minutos no estádio Galgenwaard, o Utrecht só teria motivos para alegria. Até mesmo uma ausência repentina se deu por razão honrosa: o goleiro reserva Nick Marsman só jogou porque o titular David Jensen se tornou pai da menina Felina, no sábado. De resto, o gol poderia ter vindo aos 8', quando Zakaria Labyad cobrou falta, Willem Janssen desviou de cabeça e o goleiro Bram Castro defendeu. Poderia ter vindo aos 23', quando Gyrano Kerk cruzou, e Labyad chegou atrasado demais para a bola. Enfim, veio aos 34': Labyad mandou a pelota para a área numa cobrança de falta, e Yassin Ayoub cabeceou à queima-roupa para colocar os Utregs na frente.

No começo da etapa final, o Heracles até criou algumas chances, em chutes de Kristoffer Peterson e Jamiro Monteiro. No entanto, o time da casa restabeleceu o domínio a partir dos 67', quando Castro defendeu chute perigoso de Sander van de Streek. Os Heraclieden até responderam aos 72', quase na mesma moeda (Brandley Kuwas arriscou de longe, Marsman pegou), mas já temiam que a derrota parcial seria definitiva. Para tentar evitá-la, o técnico John Stegeman arriscou aos 84', colocando Paul Gladon no lugar de Peterson. Tirou a sorte grande: nos acréscimos (90' + 2), Kuwas fez a jogada e deixou a bola para Gladon empatar e arrancar um ponto salvador para os visitantes de Almelo.


Abraços após o gol de Milan Massop: Excelsior voltou às vitórias (Den Breejen/VI Images)
Excelsior 2x0 Groningen (domingo, 17 de dezembro)

Se quase surpreendeu o Ajax na quinta passada - mas teve de amargar a quinta derrota seguida -, o Excelsior logo viu que o domingo prometia: já aos oito minutos da etapa inicial, Hicham Faik cobrou falta, e Milan Massop desviou de cabeça para fazer 1 a 0 no estádio Van Dongen & De Roo (que contava com a presença honrosa de Louis van Gaal). Sorte dos Kralingers mandantes, que puderam aguentar em vantagem a pressão dos visitantes do norte. A maior oportunidade deles para o empate veio aos 21': após passe de calcanhar de Amir Absalem, seguido de um bate-rebate, a bola sobrou para Lars Veldwijk chutar, mandando a bola na trave pela primeira vez (Veldwijk mandaria a segunda, ainda no primeiro tempo). Por outro lado, Kevin Vermeulen quase ampliou.

No segundo tempo, o ritmo da partida diminuiu. Ainda assim, Veldwijk novamente teve possibilidade para tentar o empate: Mimoun Mahi cruzou, e o atacante cabeceou a esférica para as mãos do goleiro Theo Zwarthoed. Mas enquanto os Groningers pressionavam mais, o Excelsior é que chegava mais perto do gol. Primeiro, Faik chutou para boa defesa do goleiro Sergio Padt. Depois, aos 83', Massop novamente participou da jogada de um gol. Agora, com o passe: foi do lateral que a bola chegou para Stanley Elbers completar e aliviar, enfim, o time de Roterdã, após cinco rodadas.

Um comentário:

  1. Felipe, boa tarde. Gostaria de entrar em contato contigo pois pretendo criar, inicialmente no Twitter, um perfil voltado para o Ajax. Com notícias mais relevantes e comentários precisos. Poderia conversar melhor contigo para tirar umas dúvidas e receber alguns conselhos? Meu Twitter: @matheusoaresr
    Email: mathheusoares@gmail.com

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