segunda-feira, 26 de maio de 2025

Análise da temporada: RKC Waalwijk

Mohamed Ihattaren deu esperanças na retomada de sua carreira, o RKC Waalwijk tentou mais no returno... mas o rebaixamento foi inescapável (Jeroen Putmans/ANP/Getty Images)

Colocação final: 17º lugar, com 25 pontos (6 vitórias, 21 derrotas e 7 empates - rebaixado diretamente)
No turno havia sido: 18º lugar, com 7 pontos
Time-base: Houwen (Spenkelink/Van Osch); Al Mazyani, Lelieveld, Van Gelderen e Familia-Castillo (Meijers); Van de Loo (Roemeratoe) e Oukili; Cleonise (Lokesa), Ihattaren e Margaret; Zawada (Kramer)
Técnico: Henk Fräser
Maior vitória: RKC Waalwijk 5x0 NAC Breda (22ª rodada)
Maior derrota: Groningen 6x1 RKC Waalwijk (31ª rodada)
Principal jogador: Mohamed Ihattaren (meio-campista)
Artilheiro: Oskar Zawada (atacante), com 9 gols  
Quem deu mais passes para gol: Richonell Margaret (atacante), com 6 passes
Quem mais partidas jogou: Richonell Margaret (atacante), com 32 partidas
Copa nacional: eliminado pelo Utrecht, nas oitavas de final
Competições continentais: nenhuma

Este texto sobre os Waalwijkers poderia bem ser intitulado "crônica de um rebaixamento anunciado - parte 1". Desde a primeira metade da temporada, o RKC já parecia condenado a ser um dos dois clubes rebaixados diretamente à Eerste Divisie, a segunda divisão neerlandesa. No primeiro turno, até mais: foram oito derrotas nas oito primeiras rodadas, o time já tinha a pior defesa do campeonato... e desde então, já parecia claro que o trabalho de dois anos do técnico Henk Fräser não tinha mais de onde tirar, não tinha mais caminhos a seguir. O que não quer dizer que Fräser tenha brigado com ninguém, ou mesmo que a torcida tenha sido irritadiça: o destino cruel parecia ser aceito desde o começo da Eredivisie. Até porque o clube jamais saiu das duas últimas posições da tabela. Se serve de consolo, o RKC Waalwijk tentou mais do que o outro rebaixado. Tinha mais opções no ataque: tanto o polonês Oskar Zawada quando o experiente Michiel Kramer faziam seus gols, Richonell Margaret tinha alguma velocidade na ponta... 

E houve a agradável surpresa de Mohamed Ihattaren, enfim voltando ao futebol profissional após muito tempo com problemas psicológicos (e até suspeitas policiais). Acompanhado por um psicólogo, Ihattaren mostrou foco em campo, teve habilidade no meio e no ataque, e mostrou lampejos da promessa que um dia foi no PSV, já há algum tempo. Tudo isso levou o RKC a ser um pouquinho melhor, e até a ter três vitórias seguidas, entre a 20ª e a 22ª rodadas. Mas só um pouquinho: a fragilidade defensiva impedia qualquer ascensão de longo prazo na tabela. Duas sequências de derrotas (quatro, entre a 23ª e a 27º; e três, entre a 29ª e a 31ª) começaram a confirmar o destino. E quando houve a goleada sofrida para o Groningen - 6 a 1, na 31ª rodada -, digna da pior defesa do campeonato (74 gols sofridos), ficou claro que o rebaixamento era questão de tempo. Mesmo vencendo na antepenúltima rodada (3 a 1 no Heerenveen), mesmo chegando à última rodada com chances de alcançar a "segunda chance" via repescagem de acesso/permanência, tais chances eram remotíssimas: o time auriazul teria de vencer o Go Ahead Eagles e descontar dez gols de desvantagem no saldo, para o Willem II. Vencer, o RKC venceu (5 a 3). Mas a desvantagem no saldo decretou o rebaixamento, após seis anos de Eredivisie. Caberá a Sander Duits, substituto de Henk Fräser como técnico, tentar fazer um time mais seguro na defesa para o bate-e-volta.

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