segunda-feira, 26 de maio de 2025

Análise da temporada: Willem II

O atacante Kyan Vaesen teve todos os motivos para lamentar: o Willem II, tão seguro no primeiro turno, despencou incrivelmente no returno. Decepcionou justamente na decisão da repescagem. E está rebaixado (Marcel van Dorst / EYE4images/Getty Images)

Colocação final: 16º lugar, com 26 pontos (6 vitórias, 8 empates e 20 derrotas) - rebaixado via repescagem
No turno havia sido: 9º lugar, com 22 pontos (na frente pelo maior número de gols)
Time-base: Didillon-Hödl; Doodeman (Schouten), St. Jago, Behounek, Tirpan e Sigurgeirsson (Nizet); Meerveld, Bosch e Lambert (Sandra); Vaesen (Kehrer) e Bokila
Técnico: Peter Maes (até a 30ª rodada) e Kristof Aelbrecht (a partir da 31ª rodada)
Maior vitória: Willem II 4x1 NEC (17ª rodada)
Maior derrota: Twente 6x2 Willem II (18ª rodada)
Principais jogadores: Jesse Bosch (meio-campista) e Jeremy Bokila (atacante)
Artilheiro: Jesse Bosch (meio-campista), com 4 gols 
Quem deu mais passes para gol: Nick Doodeman (ala direito) e Emilio Kehrer (meio-campo), ambos com 3 passes
Quem mais partidas jogou: Thomas Didillon-Hödl (goleiro), com 36 partidas - as 34 da temporada regular, mais duas da repescagem de acesso/permanência
Copa nacional: eliminado pelo Noordwijk (terceira divisão), na segunda fase
Competições continentais: nenhuma

Este é um texto que, a bem da verdade, ainda nem acabou. E nem deveria ter o jeito que terá. Porque, quando o primeiro turno terminou, o Willem II parecia não só seguro, mas capaz de até sonhar em disputar lugar na repescagem holandesa pela Conference League. Já começou com uma boa surpresa, arrancando empate com o Feyenoord na primeira rodada (1 a 1). Tinha uma defesa firme, com um bom goleiro deste campeonato (o francês Thomas Didillon-Hödl). Tinha um ataque capaz de ser acelerado e aproveitar os contra-ataques. E mostrava segurança suficiente. Mesmo ao cair - perdeu duas partidas seguidas na 14ª e 15ª rodadas da Eredivisie, além da eliminação na Copa da Holanda -, conseguia vencer e logo se manter seguro no meio de tabela. Seria bom se continuasse assim no returno... mas não continuou. No começo, foi uma goleada sofrida para o Twente, logo na 18ª rodada que abriu 2025: 6 a 2, a pior derrota dos Tricolores de Tilburg nesta temporada de Eredivisie. Depois, um empate (outro 1 a 1 com o Feyenoord). Mais duas derrotas - uma delas, para o rebaixado RKC Waalwijk -, um empate com o campeão PSV (1 a 1, 22ª rodada)... 

E aí, a pior sequência que um time teve neste Campeonato Holandês: oito derrotas seguidas, entre a 23ª e a 30ª rodadas. Por mais que tentasse, o técnico belga Peter Maes não conseguia melhorar a equipe. E nem os novos jogadores que entravam - Erik Schouten ficando fixo na defesa, Rob Nizet substituindo o islandês Rúnar Tór Sigurgeirsson na lateral esquerda, Emilio Kehrer jogando mais no ataque - exibiam desempenho satisfatório. Claro, sobrou para o técnico: Peter Maes foi demitido, após a 30ª rodada. E se serviu de consolo, sob o interino Kristof Aelbrecht, os Tilburgers conseguiram dois empates que, se não o tiraram da repescagem de acesso, pelo menos impediram que o RKC Waalwijk o tornasse um rebaixado direto. Ainda assim, como pior time do returno, ao contrário do que parecia no fim de 2024, o Willem II jogou sua permanência na Eredivisie, em quatro partidas na repescagem de acesso. Passou da segunda fase, superando o Dordrecht nos pênaltis. Mas a decisão contra o Telstar mostrou o pior lado: após fazer o mais difícil (arrancar empate fora de casa, 2 a 2), o time de Tilburg foi facilmente superado na volta, tomando 3 a 1 e sendo rebaixado em casa. Em meio à depressão, só surgiu a frase sincera do goleiro Didillon-Hödl: "Tivemos seis meses de merda". Difícil discordar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário