A Holanda começou mal, melhorou, buscou o empate contra a Alemanha... mas se esqueceu da concentração final. Foi punida (ANP) |
Aliás, poderia ter sido até pior para a Oranje. Pelo modo como a partida foi iniciada em Amsterdã, a Mannschaft prometia conseguir a vitória com muito mais facilidade. Pela direita, Nico Schulz começava bem o jogo, enquanto Denzel Dumfries falhava na marcação. No meio da zaga, tanto Matthijs de Ligt quanto Virgil van Dijk sofriam com a movimentação de Leroy Sané e Serge Gnabry, os dois responsáveis pelo ataque, mesmo sem serem "homens de área". Escalado exatamente para ajudar na defesa, Quincy Promes mostrava rapidez para avançar e auxiliar Daley Blind na esquerda. Mas era insuficiente para conter o melhor começo alemão. O 1 a 0 de Sané, aproveitando azar de De Ligt (escorregão no lance, deixando o atacante livre), premiou isso.
Aos poucos, a Holanda teve mais a bola, e achou mais espaços, criou mais jogadas. O problema foi finalizá-las. Nem tanto por parte de Memphis Depay, que jogava bem, esforçando-se e chamando a responsabilidade de criar (já que Frenkie de Jong e Georginio Wijnaldum estavam bem marcados). Mas por causa de Ryan Babel. Muito contestado, o atacante do Fulham é titular da seleção por demonstrar esforço na alternância entre as pontas e o meio da área, ajudando na movimentação do ataque. Porém, Babel deu razão aos críticos neste domingo, perdendo duas valiosas chances, aos 25 e 27 minutos - também pelos méritos de Manuel Neuer, que defendeu a bola nas duas vezes (a segunda, digna do goleiro que é). E se a Holanda perdeu chances, a Alemanha aproveitou - graças a Gnabry, na jogada individual que lhe rendeu um belíssimo gol aos 35 minutos. A Laranja estava atrás, e muito precisaria ser corrigido para evitar que o 2 a 0 ficasse pior.
Koeman começou a corrigir já no intervalo, ao tirar Babel e colocar Bergwijn na ponta esquerda. Aos três minutos, o gol de De Ligt que diminuiu a vantagem alemã deu um grande incentivo. E a equipe da casa melhorou na Johan Cruyff Arena: mantinha a posse de bola, mas era bem mais veloz, chegava mais à área, pressionava mais a Alemanha. Insistiu, insistiu, até Memphis Depay empatar. Se falhara nos 45 minutos iniciais, a Holanda lembrou na etapa complementar por quê dava tanto otimismo à sua torcida. Memphis seguia como protagonista; Frenkie de Jong (e Wijnaldum, e Marten de Roon) apareciam mais; Blind era opção constante pela esquerda; a dupla De Ligt-Van Dijk sempre aparecia nas bolas aéreas.
Claro, mais avanços significavam mais espaços atrás. A Alemanha começou a aproveitá-los, até porque Schulz e Sané seguiam bem. As posições falhas tiveram as substituições para melhorá-las, com as entradas de Ilkay Gündogan e Marco Reus. Mas num jogo equilibrado, parecia que o 2 a 2 seria a tradução disso no placar, no que seria a primeira vez que a Holanda evitaria uma derrota em casa após tomar dois gols desde 1949. Aí, Reus mostrou como é fundamental para a seleção germânica, com lesões e tudo o mais: numa triangulação com Gündogan, cruzou para Schulz fazer 3 a 2 no último minuto do tempo regulamentar, quase sem que a Holanda tivesse tempo de reagir e evitar a primeira derrota para a Mannschaft em casa desde 1996. Por tudo isso, a derrota doeu.
Mas a chateação foi bem assimilada pelo capitão Van Dijk, que lembrou: "Sabíamos que ainda temos um longo caminho pela frente, e isso ficou claro de novo hoje". Por mais que tenha evoluído e deixado a depressão para trás, a seleção da Holanda tem mais ainda a evoluir. Muitos tinham se esquecido, na euforia da melhora. A Alemanha os lembrou, do jeito mais "alemão" possível. Nesse sentido, a Laranja teve a chamada "derrota 'boa'". Pelos ensinamentos que pode deixar no resto das Eliminatórias da Euro.
Aos poucos, a Holanda teve mais a bola, e achou mais espaços, criou mais jogadas. O problema foi finalizá-las. Nem tanto por parte de Memphis Depay, que jogava bem, esforçando-se e chamando a responsabilidade de criar (já que Frenkie de Jong e Georginio Wijnaldum estavam bem marcados). Mas por causa de Ryan Babel. Muito contestado, o atacante do Fulham é titular da seleção por demonstrar esforço na alternância entre as pontas e o meio da área, ajudando na movimentação do ataque. Porém, Babel deu razão aos críticos neste domingo, perdendo duas valiosas chances, aos 25 e 27 minutos - também pelos méritos de Manuel Neuer, que defendeu a bola nas duas vezes (a segunda, digna do goleiro que é). E se a Holanda perdeu chances, a Alemanha aproveitou - graças a Gnabry, na jogada individual que lhe rendeu um belíssimo gol aos 35 minutos. A Laranja estava atrás, e muito precisaria ser corrigido para evitar que o 2 a 0 ficasse pior.
A alegria de Depay e Wijnaldum com o empate provou a reação holandesa (Pim Ras Fotografie) |
Claro, mais avanços significavam mais espaços atrás. A Alemanha começou a aproveitá-los, até porque Schulz e Sané seguiam bem. As posições falhas tiveram as substituições para melhorá-las, com as entradas de Ilkay Gündogan e Marco Reus. Mas num jogo equilibrado, parecia que o 2 a 2 seria a tradução disso no placar, no que seria a primeira vez que a Holanda evitaria uma derrota em casa após tomar dois gols desde 1949. Aí, Reus mostrou como é fundamental para a seleção germânica, com lesões e tudo o mais: numa triangulação com Gündogan, cruzou para Schulz fazer 3 a 2 no último minuto do tempo regulamentar, quase sem que a Holanda tivesse tempo de reagir e evitar a primeira derrota para a Mannschaft em casa desde 1996. Por tudo isso, a derrota doeu.
Mas a chateação foi bem assimilada pelo capitão Van Dijk, que lembrou: "Sabíamos que ainda temos um longo caminho pela frente, e isso ficou claro de novo hoje". Por mais que tenha evoluído e deixado a depressão para trás, a seleção da Holanda tem mais ainda a evoluir. Muitos tinham se esquecido, na euforia da melhora. A Alemanha os lembrou, do jeito mais "alemão" possível. Nesse sentido, a Laranja teve a chamada "derrota 'boa'". Pelos ensinamentos que pode deixar no resto das Eliminatórias da Euro.
Eliminatórias da Euro 2020
Holanda 2x3 Alemanha
Local: Johan Cruyff Arena (Amsterdã)
Data: 24 de março de 2019
Árbitro: Jesús Gil Manzano (Espanha)
Gols: Leroy Sané, aos 15', e Serge Gnabry, aos 34'; Matthijs de Ligt, aos 48', Memphis Depay, aos 63', e Nico Schulz, aos 90'
Jasper Cillessen; Denzel Dumfries, Matthijs de Ligt, Virgil van Dijk e Daley Blind; Georginio Wijnaldum, Marten de Roon (Luuk de Jong) e Frenkie de Jong; Quincy Promes, Memphis Depay e Ryan Babel (Steven Bergwijn). Técnico: Ronald Koeman
Alemanha
Manuel Neuer; Niklas Süle, Matthias Ginter e Antonio Rüdiger; Thilo Kehrer, Toni Kroos, Joshua Kimmich e Nico Schulz; Leon Goretzka (Ilkay Gündogan); Serge Gnabry (Marco Reus) e Leroy Sané. Técnico: Joachim Löw
Essa semana li umas matérias sobre Ronald Koeman e Frank De Boer. Agora os laranjas vem com "esse" De Ligt. Pô, que venha mais uma grande dinastia de zagueiros holandeses. Bem-vindo!!!
ResponderExcluirMuito bom jogo, infelizmente sofreu o 3 gol, mais vejo muito futuro nessa Holanda. Ágora pra min o que mais falta nesse time é um centroavante.
ResponderExcluir