O Ajax já está comemorando o título da Eredivisie feminina há duas temporadas. E quer comemorar o tri em 2018/19 (Lars Spook/ANP) |
Apesar dos pesares, se sabe: no Campeonato Holandês masculino, o Ajax ainda é o clube com mais títulos (33), é o grande símbolo do futebol do país para o exterior, é a agremiação futebolística mais conhecida da Holanda fora dela. Era assim apenas no futebol masculino. Só que os Amsterdammers demonstram querer que seja assim também no futebol feminino: bicampeões da Eredivisie feminina (em holandês, "Eredivisie Vrouwen"), já largam como favoritos para esta temporada 2018/19, que se inicia nesta sexta.
É mais uma temporada, para tentar auxiliar o desenvolvimento do futebol feminino na Holanda - desenvolvimento que corre perigo, caso as Leoas campeãs europeias não estejam na Copa de 2019 (terão de disputar a repescagem). Desenvolvimento do qual a trajetória meio acidentada da Eredivisie Vrouwen é um símbolo. Disputada desde 2007/08, foi jogada até 2011/12. A partir da temporada seguinte, houve a fusão com a liga belga, formando a BeNeLiga: na primeira metade, times holandeses e belgas jogavam em suas próprias ligas, e na segunda, os quatro melhores classificados de cada país disputavam o título. E o Twente erigiu uma grande tradição: tricampeão da BeNeLiga, entre 2012/13 e 2014/15.
A partir de então, sem resultados satisfatórios nas competições continentais, a federação holandesa preferiu retomar seu próprio campeonato feminino. Que ainda tem poucos times - aliás, sequer há um número par, que possibilite uma liga regular. Simultaneamente, tal número está em crescimento: sete na primeira temporada, oito em 2016/17, nove nesta, e a intenção da KNVB é formar uma liga com 12 clubes. Por enquanto, em cada uma das 16 rodadas regulares, oito equipes jogam, e uma fica de folga. Ao término da temporada regular (fevereiro de 2019), os cinco primeiros colocados vão para um pentagonal em pontos corridos, para definirem o campeão, que vai à fase classificatória da Liga dos Campeões feminina.
E nesta temporada, o Ajax segue ostentando alguma força para buscar o tricampeonato. Não faltam presenças frequentes da seleção holandesa feminina: a zagueira Kika van Es, a lateral esquerda Kelly Zeeman, a atacante Vanity Lewerissa. Há promessas, como a atacante Marjolijn van den Bighelaar. O time está bem entrosado. E o técnico Benno Nihom já tem trabalho bem desenvolvido - até porque foi o comandante do título no ano passado.
Mas o Twente está a postos para buscar o título: terá a grande aposta na atacante Renate Jansen, também frequente na seleção holandesa. E o PSV quer exibir mais força, gradativamente: tirou do Ajax a goleira espanhola Eli Sarasola, e tem a promissora Jesslyn Kuijpers. São os dois maiores candidatos a evitar que o Ajax comece uma dinastia no futebol feminino holandês.
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