A Holanda de Wijnaldum melhorou, empatou, chegou a sonhar... mas a França de Paul Pogba deixou claro que é melhor (Pim Ras) |
Entrando com três zagueiros, a Oranje já sabia o principal desafio que lhe esperava, maior até do que um Stade de France lotado para festejar o título da Copa do Mundo na primeira partida oficial da França em casa. O desafio era parar Kylian Mbappé, uma das estrelas maiores da constelação gaulesa. Para tanto, Daley Blind, zagueiro pela esquerda, teria Virgil van Dijk lhe ajudando na sobra da defesa, com Ryan Babel encarregado de começar a marcação no meio-campo. Quase nada disso adiantou: bastaram alguns segundos para Mbappé sair com a bola em rápido contra-ataque, driblar Frenkie de Jong (iniciando como titular, merecidamente) e chutar cruzado, forçando Jasper Cillessen a espalmar a bola para fora. Porém, já aos dois minutos, houve outra saída rápida, agora da Holanda. E coube a Quincy Promes (outro que começou jogando após entrar bem no amistoso contra o Peru) um chute rasteiro, que trouxe certo perigo à meta de Alphonse Aréola. Era um sinal de vida.
Um sinal que se revelou fraco. Porque a França tinha velocidade quase irresistível nos passes em profundidade, nas inversões de jogo. A seleção campeã mundial pressionava, mas a defesa holandesa estava se aguentando. Até o erro de Quincy Promes, aos 14 minutos: ao recuar a bola de cabeça para reiniciar a jogada, o atacante acabou pegando a própria defesa laranja despreparada. Sorte de Blaise Matuidi, que teve espaço para o cruzamento. Mais sorte ainda de Mbappé, que teve a meta vazia para fazer o previsível 1 a 0 francês.
Em vantagem no placar, a França dava mais espaço para a Holanda trocar passes. Só que não adiantava: para cada jogador holandês, os Bleus têm um marcador muito próximo. Só restava à Oranje recuar a bola, já que a marcação impedia qualquer tentativa de jogada. Nos raros espaços, só Babel tentava avançar com a bola. Mas seus passes eram invariavelmente interceptados, sem que Promes ou Memphis Depay pudessem fazer muita coisa. Frenkie de Jong mal conseguia dominar a bola, que dirá correr com ela. Na lateral direita, Kenny Tete estava lento demais, dificultando as subidas holandesas. Os franceses sequer corriam riscos, por mais que tivessem desacelerado o ritmo (só chegaram em cabeceios defendidos por Cillessen: Mbappé aos 25', Samuel Umtiti aos 35'). A impotência holandesa ficou clara na estatística: nenhum chute a gol, ao longo dos 45 minutos iniciais.
No começo do segundo tempo, a França ainda assustou um pouco. Mas algumas mudanças começaram a indicar melhoras holandesas. Uma decorrente da outra, por sinal. Memphis Depay deixou o meio da área para Ryan Babel ficar, indo para o meio-campo participar mais das jogadas. Com Babel indo ser o atacante, Blind passou a jogar mais como lateral, deixando a Holanda no 4-3-3 velho de guerra. Já serviu para algumas escaramuças ao goleiro Alphonse Aréola - como aos 55', quando Aréola pegou bola cruzada por Memphis. Aos 66', num de seus avanços, Matthijs de Ligt quase levou ao empate: seu lançamento foi dominado por Georginio Wijnaldum, que chutou cruzado, rente à trave. No minuto seguinte, veio o empate, reabilitando dois jogadores que vinham sendo contestados na partida: Tete tabelou com Promes, cruzou, e Babel fez 1 a 1.
O gol de Babel coroou as mudanças holandesas durante o segundo tempo (Reuters) |
Quase deu para a Holanda surpreender. Mas ela aprendeu do pior jeito...
Liga das Nações da UEFA - Liga A - Grupo 1
França 2x1 Holanda
Data: 9 de setembro de 2018
Data: 9 de setembro de 2018
Local: Stade de France (Saint-Denis)
Árbitro: Alberto Undiano Mallenco (Espanha)
Gols: Kylian Mbappé, aos 14'; Ryan Babel, aos 67', e Olivier Giroud, aos 75'
Holanda
Jasper Cillessen; Matthijs de Ligt, Virgil van Dijk e Daley Blind; Kenny Tete (Daryl Janmaat), Davy Pröpper, Frenkie de Jong e Ryan Babel (Luuk de Jong); Quincy Promes (Ruud Vormer) e Georginio Wijnaldum; Memphis Depay. Técnico: Ronald Koeman
França
Alphonse Aréola; Benjamin Pavard, Raphaël Varane, Samuel Umtiti e Lucas Hernández (Benjamin Mendy); N'Golo Kanté e Paul Pogba; Kylian Mbappé, Antoine Griezmann (Steven N'Zonzi) e Blaise Matuidi; Olivier Giroud (Ousmane Dembélé). Técnico: Didier Deschamps
Ryan Babel, que se destacou como atacante e jogou pela meia esquerda do Liverpool, agora é volante? Joga mais recuado que Wijnaldum? Acho que não sei mais de nada mesmo...
ResponderExcluirDavid Neres hoje contra o Groningen virou meia....quem entende isso???? E de boa a narração do jogo está um LIXO....a narradora não sabe o nome dos jogadores.....
ExcluirRespondendo a ambos: em Holanda x França, Babel pode não ter jogado como volante, mas começou mais na meia-esquerda. Assim a federação holandesa divulgou a escalação para a partida. Claro que ele não jogou tão recuado - além do mais, no 2º tempo, Babel trocou de posição com Memphis Depay, que ficou mais atrás enquanto o atacante foi para o meio da área (até por isso, o empate). Mas ele começou, em tese, mais recuado do que Wijnaldum. Eis a fonte: https://twitter.com/OnsOranje/status/1038841984646033415
ExcluirAlém do mais, em Ajax x Groningen, sim, David Neres foi experimentado no meio, com Ziyech na esquerda e Tadic, na direita. Opção do técnico...
GO ORANJE!!!
ResponderExcluirQuem sabe na próxima ....
ResponderExcluirPoxa....a ESPN está um lixo....a narração da Eredivisie está um lixo hoje em Ajax X Groningen. ..um lixo....o Luis Carlos Largo seria um narrador melhor pq tem anos de experiência em narrar futebol Holandês....não é machismo...é COMPETÊNCIA e isso a ESPN não tem mais.....não tem mais campeonatos de primeira....renovou com a Eredivisie no apagar das luzes...não tem mais narradores e de quebra te dá o campeonato CHINÊS.....LIXO.
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