terça-feira, 13 de dezembro de 2022

A Holanda na Copa de 2022: a análise sobre quem jogou

A Holanda poderia ter jogado melhor nesta Copa do Mundo. Mas com o grupo que teve, fez uma campanha digna, cumprindo as expectativas razoáveis para ela (KNVB Media/Divulgação)

Um dia, se a participação da Holanda (Países Baixos) nesta Copa do Mundo de 2022 merecer uma análise mais atenta, talvez ela tenha duas possíveis conclusões. A primeira é negativa: foi um Mundial em que a Laranja não brilhou, teve atuações apenas medianas - quando não ruins -, foi muito criticada em seu próprio país pelo estilo assumidamente pragmático que teve em campo, enfim, praticamente passou em branco no Catar. A segunda pode não ser exatamente positiva, mas má não é: bem ou mal, o time neerlandês terminou em quinto lugar - ou seja, o mais competente logo abaixo dos quatro semifinalistas -, causou dificuldades até inesperadas à Argentina nas quartas de final (ainda mais pelo modo como a partida transcorreu em boa parte dos seus noventa minutos), teve pelo menos um momento que será relativamente lembrado em sua campanha.

Talvez, o modo mais adequado de se lembrar a 11ª participação da Laranja numa Copa seja entrelaçando essas duas visões. Sim, esta participação será esquecível. Todavia, também não se esperava muita coisa da Holanda desta vez: ainda que ela tivesse uma sequência invicta e consistente em Liga das Nações e em amistosos, isso se baseava mais na qualidade coletiva do grupo do que em destaques individuais - até porque boa parte desses destaques estava na defesa, e não no ataque. Além do mais, já se sabia que Louis van Gaal pretendia adotar um estilo altamente pragmático, para tentar levar a Holanda o mais rápido possível. 

Se as expectativas eram baixas, então, não havia como exigir muito. Além do mais, praticamente todos os prognósticos, sérios ou brincalhões, ditavam que o ponto final da campanha alaranjada na Copa do Mundo seria onde foi: contra a Argentina, nas quartas de final. Houve jogadores que tiveram boas atuações - mais do que na participação neerlandesa na Euro, também esquecível. Há jovens que podem colaborar nos próximos anos, convocados para esta Copa ou não. Há a perspectiva de que o próximo "ciclo" terá a continuidade que tanto faltou à Laranja desde 2018: afinal de contas, Ronald Koeman já realizou o sonho que tinha de treinar o Barcelona (o trabalho foi contestado, mas ele treinou), agora diz que seu sonho é comandar a Holanda num grande torneio, e seu contrato vai até 2026 - ou seja, tudo leva a crer que Koeman trabalhará quatro anos.

Enfim, a Holanda pode até sair despercebida desta Copa. Jogou pouco para ser lembrada. Mas o clima da seleção passa longe de ser uma terra arrasada. E a análise dos 26 jogadores que começa agora indica exatamente a interação entre dois pontos de vista: ela foi eliminada, foi muito discreta na Copa, mas esteve longe de passar vergonha.

Noppert era considerado por muitos um convocado da Holanda que já deveria estar feliz só por estar na Copa. Ele foi além: com boas defesas, mostrou que merece convocações futuras (Dean Mouhtaropoulos/Getty Images)

GOLEIROS

1-Remko Pasveer: não jogou

13-Justin Bijlow: não jogou

23-Andries Noppert (5 jogos, 4 gols sofridos): Antes da Copa começar, todas as especulações sobre quem seria o goleiro titular da Holanda (Países Baixos) recaíam sobre Remko Pasveer, pela experiência e pelos bons desempenhos na Liga das Nações, ou Justin Bijlow, por já ter sido testado durante a passagem de Van Gaal e pelo crescimento que viveu no Feyenoord durante a reta final pré-Copa. Vindo do Heerenveen, clube médio, vivendo uma história de conto de fadas (só virou titular de uma equipe, o Go Ahead Eagles, no começo deste 2022), Noppert parecia ser daqueles reservas que já poderia se dar por feliz só por ser um dos 26 convocados para o Mundial. Porém, Van Gaal já sinalizava aqui e ali em entrevistas: nos treinos e nos clubes, o camisa 23 era quem vivia melhor fase. O técnico recebeu o sinal verde de Frans Hoek, o treinador de goleiros de sua confiança. E dois dias antes da estreia contra Senegal, veio o anúncio surpreendente: Noppert estrearia na Laranja e na Copa. Como se daria? Pois se deu surpreendentemente bem: calmo, atento, fez duas defesas importantes contra os Leões de Teranga antes mesmo da Holanda marcar o 2 a 0. Mais do que isso: mostrou segurança quando necessário. Que o digam boas defesas contra o Equador (aqui teve até sorte, ao ver uma bola indefensável ir à trave - e sua única falha, uma reposição de bola ruim, ficar sem consequências) e contra os Estados Unidos (o que poderia ter sido o jogo das oitavas de final sem sua defesa logo aos 3'...). Talvez pudesse ter pego alguma cobrança contra a Argentina. Mas isso não diminui em nada a surpresa positiva que o goleiro foi para a Holanda na Copa. Noppert sai ganhando: ainda no Heerenveen, terá interessados em contratá-lo. E a continuar assim, merecerá continuar convocado, afastando a impressão já falada por ele de que esta Copa tenha sido um sonho de algumas noites de inverno no Catar. 

LATERAIS

22-Denzel Dumfries (5 jogos, 1 gol): o lateral direito começou a Copa em dificuldades. Contra Senegal, nem conseguiu ser a opção ofensiva tão costumeira à Laranja (seus avanços eram bloqueados habitualmente pela marcação), e nem foi tão protegido assim por Matthijs de Ligt. No jogo seguinte, contra o Equador, pior ainda: Dumfries passou sérias dificuldades tendo de marcar Pervis Estupiñán, muito mais veloz do que ele naquele empate em 1 a 1. Aos poucos, contudo, ele se assentou. Se continuou com alguns problemas na marcação, não sofreu tanto contra o Catar. E nas oitavas de final, contra os Estados Unidos, enfim foi o que todos esperavam: com pleno espaço para avançar na lateral direita, Dumfries foi o grande destaque daquela vitória por 3 a 1. Seus cruzamentos resultaram nos dois gols do primeiro tempo, ele mesmo fez o terceiro gol que resolveu o jogo para a Laranja, enfim, ele evocou as ótimas atuações que mostrara na Euro. Entretanto, suas atuações foram elogiadas quase simultaneamente à ressalva de que a seleção norte-americana havia sido ingênua demais na marcação. Bastou encarar uma Argentina que foi a campo nas quartas de final com cuidados, que as dificuldades do camisa 22 voltaram: afinal, não só Marcos Acuña o segurou sem muitos problemas, como atacou bastante - basta lembrar a jogada do pênalti, que rendeu o 2 a 0 argentino. Enfim, Dumfries mostrou que tem talento. Mas também mostrou as deficiências que separam o bom lateral que ele é de ser um dos melhores laterais direitos do futebol mundial.

26-Jeremie Frimpong: não jogou

17-Daley Blind (5 jogos, 1 gol): Vindo de má fase no Ajax (perdeu a posição no time titular para Owen Wijndal), Blind chegou à Copa sob fortes desconfianças. E elas seguiram durante a fase de grupos. Talvez até em excesso. Sim, o mais experiente jogador da atual seleção teve sérios problemas de marcação contra o Equador - como, de resto, toda a seleção os teve. Sim, aqui e ali seu principal defeito (a lentidão) causava problemas na defesa. Porém, contra Senegal, Blind foi mais seguro: os senegaleses raramente atacavam pela direita. Contra o Catar, partiu dele a jogada do primeiro gol da Holanda. E contra os Estados Unidos, o lateral esquerdo enfim teve uma atuação que evocou seus melhores momentos. Deu um susto, é verdade: ao demorar para sair da defesa, no começo do jogo, permitiu a condição legal de jogo a Christian Pulisic, que só não abriu o placar porque Andries Noppert fez grande defesa. Porém, logo se recompôs, teve mais espaço para avançar... e foi premiado. Primeiro, ao fazer o segundo gol (celebrado com os colegas de time... e com o pai Danny Blind, auxiliar de Van Gaal). Segundo, ao cruzar com precisão para Dumfries fazer o 3 a 1. Tal atuação melhorou um pouco a visão sobre o lateral. Que só contra a Argentina, nas quartas de final, tenha cometido um erro sério: ao demorar para fechar o espaço junto a Nathan Aké, permitiu que Lionel Messi tivesse a liberdade e passasse para Nahuel Molina fazer o 1 a 0 da Albiceleste. No segundo tempo, como já não conseguiria dar a velocidade de que a Holanda precisava, Blind saiu aos 65', dando lugar a Luuk de Jong. Era sua aparição final, numa Copa em que ele deixou impressões alternadas. Agora, precisará resolver os problemas na carreira - com espaço diminuído no Ajax, pode deixar o clube. E talvez, cada vez mais, ceda lugar a Tyrell Malacia. 

16-Tyrell Malacia: não jogou

Nathan Aké era o zagueiro menos falado da Holanda antes da Copa. Talvez tenha sido o melhor defensor neerlandês no Catar, mostrando segurança (Richard Sellers/Getty Images)

ZAGUEIROS

4-Virgil van Dijk (5 jogos): Mais do que ser o principal zagueiro, Van Dijk chegava ao primeiro torneio grande de seleções em sua carreira com a responsabilidade de liderar a Holanda (Países Baixos) na Copa. Ao longo dos cinco jogos - junto a Noppert e Dumfries, o capitão foi um dos únicos a jogar todos os minutos da Laranja na Copa -, a liderança acabou ficando mais notável do que a capacidade de Virgil na defesa. Já na estreia contra Senegal, ele deu alguns sustos: teve certa lentidão, e uma desatenção com Frenkie de Jong quase abriu o caminho do gol para o adversário. Contra o Equador, então, veio a grande crítica: houve quem achasse que Van Dijk pudesse ter bloqueado o chute que, rebatido por Noppert, rendeu o gol de empate a Enner Valencia. O que foi talvez a mais elogiada característica do zagueiro em sua grande fase, há três anos - a capacidade de cercar o adversário, sem fazer faltas - virava uma característica criticada: por mais que seu papel fosse organizar a defesa, por mais que ele cercasse o adversário, uma hora Van Dijk precisava tentar cortar a jogada, ainda que para isso fosse necessário se arriscar a cometer a falta ou mesmo a ser driblado. Isso rendeu muitas críticas, das quais as de Marco van Basten foram as mais amargas, tendo sido respondidas por ele. Dali por diante, pelo menos, Van Dijk se estabilizou. Passou o resto da Copa atuando com discrição, sem grandes problemas na zaga. De fato, liderou a Holanda em campo. E mesmo tendo perdido sua cobrança contra a Argentina, nas quartas de final, pelo menos ele comprovou sua ascendência, cumprindo o que prometera (se houvesse disputa de chutes da marca do pênalti, fazia questão de abrir a série). Talvez a Copa tenha sido muito útil para mostrar o que Van Dijk realmente é: um bom zagueiro. Não para entrar na lista dos melhores de todos os tempos, mas... um bom zagueiro. Já é alguma coisa. Sua importância na Laranja segue a mesma.

2-Jurriën Timber (4 jogos): O zagueiro vinha cotado como o favorito para formar a zaga com Van Dijk e Aké, jogando pela direita. Diante disso, o fato de ter passado a estreia inteira contra Senegal no banco de reservas poderia ter abatido as perspectivas do zagueiro na Copa. Nada disso: já contra o Equador, com a má atuação de De Ligt, Timber voltou à titularidade - até por estar mais acostumado a proteger a lateral direita com os avanços de Dumfries (já jogou na lateral, vez por outra, no Ajax). Mais um problema: a pressão constante de nomes como Pervis Estupiñán e Gonzalo Plata causou constantes dificuldades a Timber, que perdeu a bola na jogada do gol equatoriano. Timber superou. Evoluiu. Mostrou a força que se esperava dele nos jogos seguintes: foi firme na marcação, foi seguro diante dos adversários, ajudando até na saída de bola. Nunca mais perdeu a posição. E em que pese a eliminação, o zagueiro diminuiu ainda mais as desconfianças sobre si. Se voltar e continuar bem no Ajax, tem tudo para obter a transferência que já se avizinhava para ele - e para se firmar na defesa da Laranja.

5-Nathan Aké (5 jogos): Uns falavam de como Virgil van Dijk poderia ser dos melhores zagueiros da Copa do Mundo. Outros prestavam atenção em como Jurriën Timber era promissor. Poucos falavam em Aké. Mais do que isso: quando falavam, citavam que o zagueiro era superestimado, e sequer merecia jogar no Manchester City que defende. Pois bem: desde que a bola rolou na estreia contra Senegal, Aké mereceu justiça. Se a direita da defesa da Holanda (Países Baixos) sofreu, na esquerda ele atuou sempre com correção: protegendo os avanços de Daley Blind, sem ousadias desnecessárias, sempre atento aos ataques adversários. Isso se notou até mais fortemente na pior atuação holandesa na Copa, o 1 a 1 contra o Equador: a única falha de Aké foi justamente no gol equatoriano, ao não acompanhar Enner Valencia na pequena área. De resto, foi o único nome a mostrar mais segurança, numa seleção que bordejou perigosamente a derrota naquele 25 de novembro. E continuou assim, tanto nos 2 a 0 sobre o Catar quanto nos 3 a 1 sobre os Estados Unidos, já nas oitavas de final: se Van Gaal quebrou a cabeça para escalar o melhor no lado direito da defesa (só quando Timber se estabilizou é que o setor deixou de ser um problema), Aké virou inquestionável. Só saiu nos acréscimos contra os EUA, quando a vitória já estava praticamente assegurada. Nas quartas de final, errou no lance do gol argentino, verdade: sua hesitação entre marcar Lionel Messi ou recuar para a área também abriu espaço para Nahuel Molina entrar e fazer 1 a 0. De todo modo, Aké ajudou com sua versatilidade: quando foi necessário tornar a Holanda mais ofensiva - ainda que no improviso -, ele foi para a lateral esquerda, e suportou os 120 minutos. Mesmo com a eliminação, o defensor foi um dos que saíram por cima. Agora, sua titularidade não atrai nenhum ponto de interrogação.

3-Matthijs de Ligt (2 jogos): Ainda que Timber fosse previsto como o titular preferencial na defesa, De Ligt poderia ter na Copa uma chance de reabilitação definitiva na carreira. Tanto que na estreia, contra Senegal, diante do forte ataque (em qualidade e em força física) dos Leões de Teranga, ele foi o escolhido de Van Gaal como titular, para cobrir a lateral direita e permitir mais avanços de Denzel Dumfries. Deu errado. A atuação de De Ligt foi das mais criticadas da Holanda naquele 2 a 0, perdendo bolas para os senegaleses e tendo atuação insegura na direita - depois, ele mesmo assumiu que nunca jogara naquela posição, daquele jeito. Timber começou como titular contra o Equador, também teve seus problemas, mas evoluiu e terminou bem na Copa. De Ligt? Chegou a reconhecer que "já jogara mais do que esperava", ao site The Athletic. Só voltou a campo nos acréscimos da vitória contra os Estados Unidos. Enfim, numa palavra, decepcionou, mostrou falta de ambição. Se tinha a chance de recuperar a sua titularidade na Laranja, De Ligt deixa a Copa ainda mais fixo no banco de reservas. Ou joga no Bayern de Munique - e com continuidade -, ou não recupera a sua posição tão cedo. Para quem surgiu como surgiu no Ajax, só aumenta o temor de que seja uma decepção, um "foguete molhado".

6-Stefan de Vrij: não jogou

Frenkie de Jong oscilou, mas no geral, comprovou por quê é o melhor meio-campista da Holanda atualmente (Richard Sellers/Getty Images)

MEIO-CAMPISTAS 

21-Frenkie de Jong (5 jogos, 1 gol): A Holanda não tinha nesta Copa um armador, um criador de jogadas no meio-campo, como teve tantas outras vezes. Pois bem: pelo menos no começo da Copa, Frenkie de Jong impressionou positivamente nesse sentido. É certo que já era o principal meio-campista da Laranja, mas do modo como jogou na estreia contra Senegal, De Jong deu a entender que poderia ser dos melhores da posição na Copa. Marcou até mais do que é comum para seu estilo (que o diga o lance, digamos, pitoresco em que segurou Cheikhou Kouyaté); segurou a bola como possível; e finalmente, lançou a bola com precisão para que Cody Gakpo fizesse 1 a 0. A boa impressão diminuiu um pouco contra o Equador: esforço não lhe faltou, mas seu poder de marcação e sua intensidade foram pequenas, diante do domínio do adversário no setor. A partir dali, ficou claro: para render melhor, Frenkie precisaria ter mais liberdade, para poder avançar e até ajudar o ataque, sem perder sua característica de trazer qualidade à saída de bola. Foi o que se viu contra o Catar: De Jong foi um dos destaques no 2 a 0, não só pelo gol que marcou, mas também pela aparição maior no meio-campo. Nas oitavas e nas quartas de final, ele apareceu menos, é verdade: pela proteção maior das zagas adversárias, De Jong voltou a proteger mais a defesa holandesa, deixando a tarefa de ajudar o ataque com Davy Klaassen ou Cody Gakpo. E, de certa forma, deixa a Copa com sua imagem inalterada: não brilhou, mas segue dando a impressão de ser um destaque confiável para a Laranja nos próximos anos. Um daqueles nomes em torno dos quais se forma uma equipe.

14-Davy Klaassen (4 jogos, 1 gol): Diante de Steven Berghuis e Cody Gakpo, Klaassen chegou à Copa em papel secundário. Conseguiu reverter isso logo na estreia, contra Senegal: ao substituir justamente Berghuis, o meio-campista trouxe mais velocidade na criação de jogadas ofensivas. Não as criou, exatamente, mas ajudou a Holanda a sair mais para o ataque - e foi premiado com o segundo gol daqueles 2 a 0, ao chegar à área para aproveitar o rebote do chute de Memphis Depay. Bastou para Klaassen ganhar a vaga de titular contra o Equador. E ele acabou criando um "entrosamento" com Cody Gakpo: não ocorria sempre, mas tabelar com o atacante rendia chances à Laranja. Assim surgiu o gol holandês contra o Equador, e o gol que abriu o placar contra o Catar: Gakpo recebeu a bola, tabelou com Klaassen, e chutou da entrada da área. Em suma: o camisa 14 podia não ser tão hábil nessa função de "meio-campista que chega à área" como Georginio Wijnaldum é, mas ajudou. Só saiu do time para possibilitar o aproveitamento dos contra-ataques, após o intervalo, contra os Estados Unidos. E como Gakpo também poderia jogar como "meio-campista que pisava na área", Klaassen ficou no banco contra a Argentina. Tudo bem: sua contribuição na Copa foi digna de menção, mesmo sem ser excelente.

15-Marten de Roon (5 jogos): De Roon começou discretamente na Copa: entrou apenas nos acréscimos contra Senegal, substituindo Cody Gakpo, para aumentar o poder de marcação no meio-campo. Contra o Equador, sua importância já aumentou: substituindo Koopmeiners aos 79', ele foi outro nome que melhorou a contenção à intensidade que La Tri demonstrou em campo, impedindo que o placar ficasse pior do que o (já criticado) 1 a 1. E aí, sim, De Roon ganhou sua chance: por sua dedicação maior na proteção à defesa, ele se tornou o nome ideal para permitir que Frenkie de Jong avançasse mais ao ataque. Assim, ele foi titular no 2 a 0 contra o Catar. E virou o nome preferencial para tornar a Holanda mais combativa no meio-campo, até por ser o mais marcador dos convocados. Passou a ser até previsível: a Laranja começava com De Roon entre os titulares, e se fosse necessário ser mais ofensivo ou mesmo aproveitar os contra-ataques, ele era substituído por outro meio-campista. Foi assim contra Estados Unidos e Argentina: nas duas partidas, Teun Koopmeiners o substituiu para auxiliar os contragolpes (nas oitavas de final) ou para trazer mais perigo nas bolas paradas (nas quartas de final). De todo modo, mesmo sem aparecer, De Roon teve sua utilidade na campanha. Como quase sempre teve. E sobrou tempo até para as clássicas piadas em seu perfil no Twitter...

20-Teun Koopmeiners (5 jogos): Antes da Copa, Koopmeiners bradava: queria virar titular durante o torneio, e se conseguisse, não sairia mais. Deu a impressão de que conseguiria isso, nos primeiros jogos. Assim como Klaassen, entrou bem contra Senegal, ajudando a Holanda a sair dos apuros por que passava para conseguir a vitória. Também foi premiado com a titularidade desde o começo, contra o Equador. Mas decepcionou: mesmo tendo sua capacidade defensiva, Koopmeiners não foi páreo para a dupla Jhegson Méndez-Moisés Caicedo, perdendo boa parte das disputas pela bola. Resultado: voltou ao banco de reservas. Fim de linha para ele na Copa? Nem pensar. Contra o Catar, o meio-campista entrou no final (só aos 83'). Mas contra os Estados Unidos, com a Holanda já tendo 2 a 0 na frente no intervalo, Koopmeiners entrou no lugar de Klaassen, para ajudar nos contra-ataques, aproveitando os espaços que viriam. Nem apareceu tanto assim. Mas já protegeu um pouco a defesa, como era a intenção. E contra a Argentina... Koopmeiners vinha fracassando ao tentar fortalecer a criação no meio-campo, substituindo De Roon. Mas na reta final, começou a crescer. Nas faltas - seu ponto forte -, começou a ajudar a seleção. E coube a ele ter a calma, aos 90' + 11, para iniciar a jogada ensaiada que levou ao gol de empate de Weghorst. De quebra, até mesmo converteu sua cobrança na decisão por pênaltis. Enfim, Koopmeiners teve altos e baixos na Copa. Mas terminou em alta. Quem sabe, daqui a algum tempo, não venha a titularidade que ele tanto espera na seleção...

24-Kenneth Taylor (1 jogo)O meio-campista teve seus únicos minutos na Copa do Mundo numa das situações mais tranquilas para que isso pudesse acontecer - contra o Catar, na fase de grupos, substituindo Frenkie de Jong para os quatro minutos finais (mais acréscimos). Portanto, o meio-campista sequer pode ser julgado pelo que jogou. O que se pode dizer é que, se continuar tendo ritmo de jogo no Ajax em que está, Taylor tem condições de se manter no radar das convocações que Ronald Koeman fará. É um talento, que pode até ter a experiência final de base na Euro sub-21 do ano que vem. Mas a boa impressão poderia ter sido fortalecida por mais minutos na Copa.

25-Xavi Simons (1 jogo)Se jogou pouco como Taylor, quase nada, Xavi Simons deixou um gosto de "quero mais". Era quase unânime: nos treinos - principalmente nos coletivos após cada jogo, envolvendo os reservas -, poucos jogadores mostravam tanta técnica e tanta habilidade quanto o meio-campista. A imprensa chegou a garantir que ele seria titular contra o Catar, ainda na fase de grupos. Louis van Gaal desmentiu duramente, Xavi ficou na reserva... mas ficou subentendido que ele ainda teria sua chance na Copa. Pois teve, em momento até mais sério: nas oitavas de final, contra os Estados Unidos, no que foi a estreia do jovem pela Laranja. Pelo menos, quando ele substituiu Memphis Depay, a equipe holandesa acabara de fazer o gol que "matava" o jogo. E nos sete minutos (mais acréscimos) em que esteve em campo, Xavi Simons até criou alguma coisa no ataque, em parceria com Cody Gakpo e Steven Bergwijn. Quem sabe, pudesse ter entrado na prorrogação, contra a Argentina, para possibilitar à Holanda manter mais a posse de bola. Não aconteceu. Ainda assim, a impressão sobre o jovem segue inalterada em relação ao pré-Copa: trata-se de um jogador promissor e talentoso. Se continuar assim, Simons continuará nas convocações. Com muito mais tempo de jogo.

Revelação? Que nada: como melhor jogador da Holanda na Copa, Gakpo indicou que já é realidade (Manan Vatsyayana/AFP/Getty Images)

ATACANTES

10-Memphis Depay (5 jogos, 1 gol): Por ele, teria sido diferente: aqui e ali, Memphis Depay enfatizava que já se sentia bem, e que gostaria de ser titular. Mas a lesão muscular que sofreu em setembro (contra a Polônia, pela Liga das Nações), e da qual passou o resto do ano se recuperando, o colocou como peça-chave de um planejamento da comissão técnica. Na fase de grupos da Copa, Memphis se recuperaria e entraria paulatinamente, para voltar a ser titular de vez a partir das oitavas de final. Nos minutos em campo, caberia a ele tentar mostrar sua importância habitual no ataque. E aí o camisa 10 foi irregular. Na estreia contra Senegal, foram 28 minutos (mais acréscimos): se não marcou gol, pelo menos ajudou a Laranja a manter mais a posse de bola no campo de ataque, um dos fatores que levaram ao 2 a 0 na reta final de jogo. Contra o Equador, com a Holanda precisando mais dele, Memphis veio a campo no intervalo para o segundo tempo - e foi mal: totalmente envolvido na marcação equatoriana, sem muito ritmo de jogo, apareceu pouquíssimo. O Catar trazia pouca exigência técnica, e enfim o atacante pôde começar uma partida, na qual sua atuação foi alternada: apareceu, participou das jogadas de ataque, foi decisivo no lance do segundo gol, mas não chegou a ser o destaque ofensivo neerlandês. A partir das oitavas de final, com todo jogo podendo ser decisivo, Memphis Depay passaria a ser escalado como normalmente é. E os resultados foram alternados. Contra os Estados Unidos, ótimo resultado: um Memphis mostrando sua recuperação - veloz, atento, autor do primeiro gol, protagonista de um sem-número de chances. Já nas quartas de final contra a Argentina, o camisa 10 decepcionou: sequer criou possibilidades de gol, foi preso na marcação alviceleste, saiu substituído já aos 66', para Wout Weghorst concretizar a estratégia holandesa em busca do empate. Enfim, a lesão prejudicou o principal nome de ataque da Holanda, é verdade. Mas Memphis Depay também não se ajudou muito.

7-Steven Bergwijn (4 jogos): Sobrou paciência com ele. Bergwijn começou titular na estreia contra Senegal, e só foi substituído aos 79'. Contra o Equador, ele também iniciou jogando como titular, mas já saiu no intervalo. No entanto, nessas duas partidas, Bergwijn mostrou os mesmos problemas: lentidão, falta de chances criadas, falta de intensidade para atacar a defesa adversária. Diante das atuações que Cody Gakpo vinha tendo e de um Memphis Depay que entraria aos poucos, sobrou para ele, que se tornou reserva no decorrer da Copa. Ficou no banco contra o Catar, e justiça seja feita, viveu seu único bom momento na competição durante as oitavas de final contra os Estados Unidos: substituindo Klaassen no intervalo, ele cumpriu a intenção - ajudou Cody Gakpo e Memphis Depay com triangulações que mantiveram a bola no campo de ataque e criaram várias chances para a Holanda resolver a partida bem antes do que resolveu. Servia para aumentar as expectativas contra a Argentina, quando ele voltaria a fazer a dupla com Memphis, que lhe prefere como parceiro de ataque. Contudo, novamente fracassou: Bergwijn só apareceu num chute sem rumo para fora, no primeiro tempo, ao ser substituído por Steven Berghuis no intervalo, e ao levar cartão amarelo aos 90', já no banco de reservas, por se envolver na briga após o argentino Leandro Paredes chutar a bola contra os suplentes da Laranja. A participação decepcionante rendeu uma lição, quem sabe: em Copas, ou se é intenso em campo desde o primeiro minuto, ou ir para a reserva é inevitável. Bergwijn desperdiçou suas chances.

11-Steven Berghuis (4 jogos): Se seu "quase-xará" Steven Bergwijn foi mal na Copa, Berghuis pelo menos teve alguns bons momentos. É certo que também começou mal: escalado para criar as jogadas de ataque no meio-campo contra Senegal, o camisa 11 fracassou nisso na estreia. Somente com as entradas de Davy Klaassen e Teun Koopmeiners é que o meio-campo da Holanda passou a ajudar mais o ataque. Pelo menos, nos jogos seguintes da fase de grupos, Berghuis ajudou mais. Contra o Equador, ele veio do banco no lugar de Klaassen, aos 79' - se não mudou muito a pálida situação do ataque da Holanda, pelo menos ajudou no que podia, no meio-campo. Já contra o Catar, sua entrada foi mais efetiva: de fato, o camisa 11 ajudou o ataque, marcou um gol só invalidado por falta na origem do lance, e quase marcou outro num chute colocado que mandou a bola à trave. Passadas as oitavas de final, cuja vitória viu do banco, Berghuis voltou a entrar no segundo tempo contra a Argentina. E foi dos nomes mais úteis a ajudar a reação holandesa: partiu dele o cruzamento para o primeiro gol de Wout Weghorst, ele mesmo teve sua chance (chute forte na rede pelo lado de fora), ele foi um dos raros nomes a ter técnica com a bola nos pés para tentar alguma jogada durante a prorrogação. Está certo que seu lance final foi ruim: uma das cobranças perdidas da Holanda na série de chutes da marca do pênalti saiu dos pés dele. Ainda assim, Berghuis saiu deixando impressão um pouco melhor em campo, consertando a má impressão que deixara na primeira partida.

8-Cody Gakpo (5 jogos, 3 gols): Desde antes da Copa do Mundo começar, estava claro que Cody Gakpo era o maior candidato a revelação da Holanda - tanto para ela mesma, quanto para a Copa em si. O que não se sabia é que ele aproveitaria isso de maneira tão afirmativa, mudando sua imagem dentro da seleção em meio ao torneio - para muito melhor. Na estreia contra Senegal, mesmo antes de marcar o gol com que abriu o placar, era dos raros atacantes a tentar superar a sólida marcação adversária com jogadas individuais, se valendo de sua técnica. A boa impressão que deixou só melhorou contra o Equador: nos cinco minutos iniciais, ele abriu o placar de novo, mostrando a precisão na finalização que os torcedores do PSV conhecem tão bem - e sendo um dos raros nomes a sair ilesos da má atuação da Laranja naquele 1 a 1. E quando ele repetiu a dose contra o Catar - tabela com Davy Klaassen, chute colocado da entrada da área, gol para abrir o placar -, já não era mais segredo: de candidato a revelação, Gakpo se tornava o principal destaque da Holanda na Copa. Memphis Depay podia até dizer que preferia Steven Bergwijn como seu parceiro de ataque, mas não era nem caso do "campo falar", era caso de "gritar", mesmo: Gakpo era titular absoluto da Holanda, um dos atacantes preferenciais da dupla. De quebra, até mostrando o nascimento de algum entrosamento com Depay e Klaassen. Se fosse necessário mudar algo, Gakpo mudaria de posição: contra a Argentina, voltou a ser ponta-de-lança, enquanto Memphis e Bergwijn fizeram a dupla de ataque. Talvez não por acaso, foi sua pior atuação na campanha holandesa. Mas nem isso amenizou o destaque positivo que Gakpo foi para a Holanda nesta Copa do Mundo. De volta ao PSV, o clube de Eindhoven já sabe e já apregoa: venda-o em janeiro ou ao final da temporada, quer ter a maior venda de sua história com o dinheiro que obter graças à sua promessa. Promessa? Nada disso: pelo que mostrou na Copa, Gakpo já é realidade.

19-Wout Weghorst (4 jogos, 2 gols): Pensando retrospectivamente, talvez ter levado três atacantes de área tenha possibilitado uma espécie de disputa "involuntária" na seleção da Holanda. Quem ajudasse mais - e nem precisava fazer gol -, seria mais útil e mais utilizado por Van Gaal no decorrer da campanha da Laranja. Aos poucos, Weghorst foi ganhando essa "disputa". No difícil jogo contra o Equador, quando a derrota rondava perigosamente os neerlandeses, sua entrada aos 80', no lugar de Gakpo, trouxe uma força física que minorou o ímpeto de La Tri nas disputas pela bola. Conseguindo segurar mais a pelota do que Vincent Janssen fazia, o atacante da camisa 19 repetiu a dose contra Catar (entrou aos 86') e Estados Unidos (veio a campo já nos acréscimos): ajudava a Holanda a manter a posse de bola, evitando a pressão adversária, mesmo sem brilhar nem criar chances de gol. Mas ele "ganhou" mesmo a disputa de "utilidade" dos atacantes com o que fez ao entrar contra a Argentina, aos 78'. Nem tanto pelo gol de honra, de cabeça: era seu terceiro gol pela Laranja, num grande torneio, mas não mudava muita coisa. Mas sim pela jogada ensaiada pensada por ele, dos tempos de Wolfsburg, e finalizada também por ele para transformar o jogo das quartas de final num dos mais eletrizantes da Copa. No fim, não adiantou para a classificação - ainda que ele tenha batido, e convertido, uma das cobranças holandesas. Mas valeu para transformar Weghorst no "atacante de referência" que deve ser o preferencial, no caso das próximas convocações.

9-Luuk de Jong (1 jogo): Na convocação da Holanda, a preferência por três atacantes "de referência" chamou a atenção. Cabia imaginar que Luuk de Jong talvez tivesse importância; pela experiência, pela capacidade no jogo aéreo, até pelo poder de decisão que tem. Quando a Copa começou, contudo, Luuk caiu de ordem na preferência de substituição. Para segurar a bola perto da área e se esforçar mais, Vincent Janssen foi escolhido por Van Gaal; para a finalização (de preferência, de cabeça), Wout Weghorst acabou sendo mais usado. E Luuk de Jong só jogou a partir dos 64' contra a Argentina, nas quartas de final. Sem despontar tanto quanto Weghorst, que acabou roubando a cena no jogo da eliminação. Após ter participado de vários dos anos de baixa da Laranja, ficou até chato ver o veterano atacante ser relegado a um papel coadjuvante. Faz parte da vida - e da Copa.

18-Vincent Janssen (2 jogos): Desde o anúncio dos 26 jogadores da Holanda na Copa, Vincent Janssen continuou sendo visto como o "patinho feio": aquele atacante que não conseguia nem ser um finalizador notável, nem conseguia ser um pivô que efetivamente segurasse a bola no campo de ataque. Diante dessa visão negativa, até surpreendeu que Janssen fosse um dos nomes titulares na estreia, contra Senegal. Sem conseguir reverter as expectativas: de fato, o camisa 18 sequer conseguiu finalizar contra o gol dos Leões de Teranga, e nem conseguiu ajudar tanto nas jogadas de ataque, como Cody Gakpo fez desde então. Se serviu de consolo, quando entrou no segundo tempo contra os Estados Unidos - aos 66', no lugar de Memphis Depay -, Janssen participou um pouco mais das jogadas. Até mesmo colaborou para o que seria um gol de Steven Berghuis, anulado por falta de Gakpo na origem da jogada. No entanto, o atacante realmente ficou longe de fazer seus contestadores engolirem as opiniões contrárias à sua convocação

12-Noa Lang (1 jogo): Houve, aqui e ali, quem pedisse Noa Lang jogando mais na Copa do Mundo, para tornar a Holanda mais ofensiva, até por ser um dos raros jogadores convocados que tinha na ponta (a esquerda, no caso) sua posição principal. Nada ocorreu. Ou quase nada: Lang ainda veio a campo para os últimos sete minutos do segundo tempo da prorrogação contra a Argentina. Ainda assim, mal teve a bola nos pés para conseguir fazer qualquer jogada, num momento em que a Albiceleste já voltara a dominar a partida. E Noa Lang foi mais um jovem que teve pouco tempo para mostrar o que pode na Copa. E que dependerá da fase que vive no clube em que joga (no caso, o Club Brugge) para se manter nas convocações sob Ronald Koeman.

Louis van Gaal (técnico): No último trabalho de sua carreira - ou talvez não, já que não se negou a ouvir alguma proposta, desde que lhe fosse vantajosa profissionalmente -, Van Gaal confirmou para os olhos do mundo o que já se sabia nos Países Baixos: era um profissional muito mais ameno, e até amistoso, do que se viu nos tempos mais conhecidos de sua carreira. Em suma: fora de campo, com declarações engraçadas e atitudes bem humoradas, ele se mostrou um dos melhores personagens da Copa. Dentro de campo, as impressões foram alternadas. Já se sabia que o técnico apostaria firmemente no pragmatismo, como já fizera na Copa de 2014, para tentar levar a Holanda o mais longe possível. Mas o pragmatismo foi demasiado: sob seu comando, a Laranja da Copa de 2022 foi considerada eficiente até demais, morosa, até mesmo chata. Nada que perturbasse Van Gaal: as críticas do empate contra o Equador, por exemplo, foram levadas por ele com tranquilidade, na linha do "faz parte", como se ele tivesse certeza do caminho que seguia. Algumas vezes, de fato, ele teve a comprovação disso: contra os Estados Unidos, nas oitavas de final, de fato, a Holanda mostrou segurança para ninguém botar defeito. Ainda assim, contra a Argentina, a seleção que ele comandou deixou a desejar. Novamente, teve altas dificuldades diante de um adversário que também jogou com três zagueiros - e a marcou com facilidade. Além do mais, algumas alfinetadas dele diante dos argentinos tornaram a seleção sul-americana mais focada nas quartas de final - foco que, talvez, tenha ajudado mais na classificação dela. Finalmente, para um trabalho tão preocupado com treinos e simulações de decisão por pênaltis, a Holanda deixou demais a desejar na hora da verdade. Bem ou mal, porém, a Holanda cumpriu as expectativas: não exatamente candidata a título, não exatamente jogando bem, mas dona de uma boa campanha. Com Van Gaal, invicto em Copas, invicto em sua terceira passagem pela seleção, como um dos principais responsáveis por isso. Se a Holanda jogou mal sob ele, talvez isso tenha ocorrido porque não houvesse como ela ser melhor, com os jogadores que tem.

Um comentário:

  1. Mais um ponto positivo: Dos 32 participantes, Holanda foi a única que terminou a Copa invicta.

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