terça-feira, 25 de maio de 2021

Análise da temporada: Ajax

O Ajax teve pequenos problemas no turno, mas quando 2021 começou, mostrou qualidades para fazer o que todos achavam que ele iria fazer: mais um título holandês na conta (Maurice van Steen/ANP/Getty Images)

Colocação final: Campeão, com 88 pontos 
No turno havia sido: 1º colocado, com 34 pontos
Time-base: Stekelenburg (Onana); Rensch (Mazraoui), Timber (Schuurs), Martínez (Blind) e Tagliafico; Álvarez, Klaassen e Gravenberch; Antony (David Neres), Haller e Tadic
Técnico: Erik ten Hag
Maior vitória: VVV-Venlo 0x13 Ajax (6ª rodada)
Maior derrota: Ajax 1x2 Twente (11ª rodada)
Principais jogadores: Davy Klaassen (meio-campista) e Dusan Tadic (atacante)
Artilheiro: Dusan Tadic (meio-campista/atacante), com 28 gols
Quem deu mais passes para gol: Dusan Tadic (atacante), com 14 passes para gol
Quem mais partidas jogou: Dusan Tadic (meio-campista/atacante), que jogou todas as 34 partidas
Copa nacional: campeão
Competição continental: Liga dos Campeões (eliminado na fase de grupos) e Liga Europa (eliminado nas quartas de final, pela Roma-ITA)

Quando o Campeonato Holandês abriu espaço para decolagens, já se sabia desde o começo: o avião mais potente, e em condições de fazer um voo mais seguro até o título, era o do Ajax. Porém, o time de Amsterdã apresentou algumas turbulências na fase inicial do "voo" - em que pesem os 13 a 0 no VVV-Venlo, a maior goleada da história da Eredivisie, já na sexta rodada. Certo, alguns "componentes" da aeronave mostravam funcionamento exemplar e confiável - Dusan Tadic, Davy Klaassen, o recém-chegado Antony, um Ryan Gravenberch que agarrava sua chance como titular para não largar. Mas outros recebiam alguma desconfiança, como Edson Álvarez e Perr Schuurs. E outros ainda tinham problemas de lesão, como David Neres e Mohammed Kudus. Assim, de vez em quando a aeronave rateava. Como nas duas derrotas durante o primeiro turno da Eredivisie. Como no último jogo pela liga em 2020 - um empate com o Willem II, pela 14ª rodada. 

Houve ainda uma última incerteza, logo na primeira partida de 2021 - o clássico contra o PSV, na 15ª rodada, em que os rivais de Eindhoven saíram com 2 a 0 na frente. Mas o Ajax reagiu, buscando o 2 a 2. E a partir dali, o avião entrou em velocidade de cruzeiro. Os Ajacieden ganharam constância e venceram os principais adversários na disputa do título: AZ, Vitesse, Feyenoord, todos derrubados um a um. Nomes que fraquejavam, como os supracitados David Neres e Álvarez, cresceram de produção em campo. O reforço Sébastien Haller teve sua utilidade, em jogos como o 1 a 0 no RKC Waalwijk, na 29ª rodada. Klaassen e Gravenberch seguiram formando uma dupla bem entrosada no meio-campo. Novatos como Devyne Rensch e Jurriën Timber agradaram bastante. Até os problemas eram resolvidos com facilidade: no gol, se André Onana foi suspenso, Maarten Stekelenburg assumiu a lacuna com toda a tranquilidade. Invicto pela Eredivisie em 2021, a conquista do 35º título holandês virou questão de tempo. E o avião do Ajax aterrissou com pompa e circunstância, sem maiores problemas, no destino final e esperado: a taça. 

Houve percalços, sim. Mas o Ajax teve uma boa viagem. 

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