terça-feira, 25 de maio de 2021

Análise da temporada: AZ

Quando o AZ começou mal na Eredivisie, Koopmeiners já foi um ponto de segurança. Quando o AZ melhorou, o meio-campista cresceu ainda mais, sendo o destaque de outra boa campanha (Ed van de Pol/ANP Sport/Getty Images)

Colocação final: 3º colocação, com 71 pontos 
No turno havia sido: 5º colocado, com 27 pontos
Time-base: Bizot; Sugawara (Svensson), Letschert, Martins Indi e Wijndal; Midtsjo, Stengs e Koopmeiners; Gudmundsson, Boadu e Karlsson
Técnico: Arne Slot (até a 10ª rodada) e Pascal Jansen
Maior vitória: AZ 5x0 Heracles Almelo (34ª rodada)
Maior derrota: AZ 0x3 Ajax (20ª rodada)
Principal jogador: Teun Koopmeiners (meio-campista) 
Artilheiro: Teun Koopmeiners (meio-campista), com 15 gols
Quem deu mais passes para gol: Jesper Karlsson (atacante), com nove passes para gol
Quem mais partidas jogou: Owen Wijndal (lateral esquerdo), que jogou todas as 34 partidas
Copa nacional: eliminado nas oitavas de final, pelo Ajax 
Competições continentais: Liga dos Campeões (eliminado na terceira fase preliminar, pelo Dynamo Kiev-UCR) e Liga Europa (eliminado na fase de grupos)

Para um time que só fora parado pela pandemia na temporada 2019/20 (estava empatado em pontos com o Ajax na liderança, quando a Eredivisie foi interrompida), o início do AZ foi irreconhecível. Com praticamente os mesmos jogadores, a equipe de Alkmaar mostrou fragilidades defensivas. Mais: mostrou uma incrível incapacidade de segurar resultados. Basta citar os seis empates nas seis primeiras rodadas: em três deles, o time vencia bem e tomou a igualdade nos minutos finais  - o que dizer do jogo contra o Sparta Rotterdam, na 4ª rodada, em que um 4 a 0 virou 4 a 4?! Com isso, sonhar em repetir o desempenho esplendoroso pré-pandemia já ficou bem mais difícil. Como se não bastasse, uma negociação discreta entre o técnico Arne Slot e o Feyenoord foi punida pela ambiciosa diretoria do AZ com a pena mais dura: a demissão. Temia-se que a temporada estivesse perdida, em meio a tanta inconstância. Não foi bem assim: logo o AZ reagiu. 

Se Calvin Stengs e Myron Boadu pecavam pela montanha-russa nos desempenhos (podiam ser decisivos numa partida e discretíssimos na seguinte), o sueco Jesper Karlsson se comprovava contratação acertada, muito bom na ponta-esquerda. Após começar preocupante, o goleiro Marco Bizot voltava a justificar o apelido de "Muro" dado pela torcida. E quem já estava bem cresceu ainda mais: casos de Owen Wijndal, vivendo a temporada de sua afirmação na lateral esquerda, e principalmente de Koopmeiners, líder com precisão invejável nas bolas paradas e chutes de longe - o PSV sofreu com ele nas duas derrotas que teve (3 a 1 na 16ª rodada, 2 a 0 na 27ª). O problema: sempre que as perspectivas cresciam, uma derrota cortava o barato em Alkmaar. Foi assim com o 1 a 0 do Utrecht, na 19ª rodada,  o inapelável 3 a 0 para o Ajax, na 20ª (ambos em pleno AFAS Stadion), e o 2 a 1 para o Vitesse, na 25ª rodada. Até no 0 a 0 com o Groningen, na penúltima rodada, que praticamente tirou as chances do vice-campeonato. Porém, diante das ameaças do começo, o AZ fez outra boa temporada: 3º colocado, segundo melhor time do returno, segundo melhor visitante, terceiro melhor mandante... serviu até para Pascal Jansen renovar seu contrato como técnico. Enfim, valeu, de novo. É ver como o time se sai em 2021/22, quando muita gente deverá sair - Stengs e Koopmeiners, para citar dois.

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