segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

810 minuten: como foi a 21ª rodada da Eredivisie

Mount completa sua ótima atuação com o segundo gol: vitória garantida para o Vitesse (ANP/Pro Shots)
Vitesse 2x0 Groningen (sexta-feira, 2 de fevereiro)

Logo nos primeiros minutos, o Vitesse mostrou que aproveitaria facilmente a vulnerabilidade defensiva apresentada pelo Groningen. Aos 6', Lassana Faye teve toda a liberdade para cruzar da esquerda, e Matt Miazga cabeceou para fazer 1 a 0. Piorando as coisas para os visitantes, aos 17', o meio-campista Ludovit Reis sofreu lesão aparentemente grave no joelho, em dividida com Mason Mount. Por sinal, o meio-campista do Vites se destacou no jogo, aparecendo na armação das jogadas - e enfim coroando a ótima atuação com o segundo gol, aos 33', dominando cruzamento de Mitchell van Bergen e completando para ampliar.

Ainda na etapa inicial, Tom van Weert teve ótima chance para diminuir, aos 37' - enquanto o gol de Guram Kashia, nos acréscimos, foi anulado duvidosamente pelo juiz Reinold Wiedemeijer (julgou que a bola não passara a linha). No segundo tempo, a dominância do time da casa seguiu em Arnhem, com outras oportunidades, para Bryan Linssen e, de novo, para Mount. Ao Groningen, restou ver outra chance incrivelmente perdida - aos 75', sozinho na área, Lars Veldwijk bateu para fora. E o jogo ficou num 2 a 0, que levou o Vitesse a apenas dois pontos do Zwolle, quinto colocado.

Hoegh sai para comemorar o único gol: sequência positiva impulsiona Heerenveen (Ronald Bonestroo/VI Images)
Heerenveen 1x0 Twente (sábado, 3 de fevereiro)

O Twente até conseguiu certo alívio durante a semana, com a classificação às semifinais da Copa da Holanda. De volta às aflições por que passa no Campeonato Holandês, o time de Enschede visitou o Heerenveen - e foi o primeiro a chegar perto do gol no estádio Abe Lenstra: aos 13', Tom Boere dominou a bola na área, após cruzamento de Adam Maher, mas finalizou longe do gol. O Heerenveen, por sua vez, só chegou mais perto aos 17', quando Arber Zeneli recebeu lançamento de Stijn Schaars e ficou livre. Mas o kosovar finalizou diretamente nas mãos do goleiro Joël Drommel - que também salvaria os visitantes aos 26' e aos 33', em outros arremates de Zeneli para o Fean.

Se o primeiro tempo foi escasso em chances, o segundo já teve mais emoções. Elas começaram com o Twente, aos 48': Oussama Assaidi mandou a bola para a área, mas Fredrik Jensen desviou fracamente com sua cabeça. Já os mandantes da Frísia tiveram mais sorte: aos 61', quase Cristián Cuevas cometeu gol contra (o lateral tentou recuar, mas seu cabeceio mandou a bola forte demais às mãos de Drommel). Enfim, aos 66', Zeneli apareceu de novo: cruzou para Daniel Hoegh fazer o gol da terceira vitória seguida do Heerenveen (não conseguia tal sequência desde o ano retrasado). Enquanto o Fean está só a ... pontos da zona dos play-offs da Liga Europa, a repescagem de acesso/descenso cada vez mais aterroriza o Twente.

Luuk de Jong apareceu como havia muito não fazia: três gols na goleada do PSV (Jeroen Putmans/VI Images)
PSV 4x0 Zwolle (sábado, 3 de fevereiro)

Nem parecia o PSV: desde o começo no Philips Stadion, os Boeren pressionaram um Zwolle inesperadamente tímido. Já aos 3', Santiago Arias apareceu pela direita, mas dois colegas (Hirving Lozano e Bart Ramselaar) apareceram para tentar finalizar. Resultado: chocaram-se, e a bola foi tirada da área. Aos 12', Marco van Ginkel dominou a bola perto da área, e diante da defesa fechada, preferiu chutar direto. Quase deu certo: Mickey van der Hart (goleiro substituto do suspenso Diederik Boer) precisou espalmar para evitar o gol. O PSV tinha a bola, mas não conseguia o espaço para entrar na fechada defesa do Zwolle - que só ousava atacar quando a bola chegava a Younes Namli, pela direita (e para piorar, Rick Dekker ainda saiu cedo, aos 29', com dores no tornozelo - Terell Ondaan o substituiu). Ainda assim, os Zwollenaren tiveram uma chance aos 32'. Stef Nijland chutou de fora. Nada tão perigoso assim, mas a bola desviou no gramado, e Zoet preferiu espalmar para o lado, evitando o risco maior, antes de defender firme.

De resto, os Eindhovenaren seguiam superiores. Aos 34', Bergwijn lançou em profundidade, e Lozano entrou na área, finalizando na rede pelo lado externo. Aos 40'. Bergwijn dominou a bola após passe de Van Ginkel e cruzou rasteiro, mas Van der Hart pegou antes da chegada de Luuk de Jong - Lozano ainda pressionou, mas o goleiro já defendera. Só que as perspectivas dos visitantes foram definitivamente prejudicadas no minuto seguinte, por causa do próprio Van der Hart. Um lançamento deixou Lozano livre com a bola, o goleiro saiu da área, derrubou o mexicano e foi previsivelmente expulso. Com outro cartão vermelho a um arqueiro do Zwolle, só restou a entrada daquele que foi de terceira opção a titular em duas rodadas: Mike Hauptmeijer, que substituiu Ondaan (apenas 14 minutos em campo). Nem se passaram muitos minutos para o PSV frustrar qualquer expectativa de heroísmo por parte de Hauptmeijer. No último lance do primeiro tempo, Lozano cobrou escanteio da esquerda, o guarda-metas dos Zwollenaren saiu mal do gol, e Luuk de Jong entrou livre na segunda trave para fazer 1 a 0.

Foi a segunda rodada em que o Zwolle amargou esta cena: seu goleiro sendo expulso. Aconteceu com Boer, e com Van der Hart (Pro Shots)
Recomeçou o jogo, e continuou o domínio do time da casa. Aos 49', Jorrit Hendrix aproveitou sobra de escanteio, chegou à linha de fundo pela esquerda e cruzou, mas Nicolás Freire salvou os "Dedos Azuis" visitantes, tirando a bola do meio da área. Luuk de Jong quase fez duas vezes, em dois lances seguidos, aos 52'. Num cruzamento de Joshua Brenet, desviou levemente, e a bola foi ao travessão; e na sequência, finalizou em cima do goleiro. Quase marcou por sorte no minuto seguinte: um chute de Hendrix tocou nele, mas Hauptmeijer ainda pegou no reflexo. Depois, aos 57', uma conclusão do camisa 9 ainda foi defendida pelo goleiro do Zwolle.

Até que, aos 65', o gol que quase caía de maduro enfim aconteceu. Com uma triangulação, a defesa do Zwolle ficou aberta: Van Ginkel lançou, Lozano entrou livre na área pela direita, e Luuk de Jong completou para as redes o toque do mexicano, de cabeça, em seu segundo gol no jogo. Hauptmeijer ainda apareceu novamente, defendendo chute de Van Ginkel aos 67'. No minuto seguinte, Lozano finalizou na trave, em arremate cruzado. Mas coube novamente a Luuk de Jong fazer o terceiro gol, aos 72', completando na pequena área o cruzamento de Brenet - desde setembro de 2015 o camisa 9 não deixava três no filó adversário. E Brenet completou ao goleada aos 78', tocando cruzado da esquerda na saída de Hauptmeijer para confirmar a 21ª vitória seguida do PSV em casa pelo Campeonato Holandês (marca também obtida entre 1986 e 1987). Outro fim de semana tranquilo para o líder.


De novo, Niemeijer deixou a bola na rede contra o ADO Den Haag, e seu gol evitou a derrota do Heracles (Gerrit van Keulen/VI Images)
Heracles Almelo 1x1 ADO Den Haag (sábado, 3 de fevereiro)

O Heracles até ficou mais com a bola durante o primeiro tempo - e teve uma boa chance aos 15 minutos, quando Reuven Niemeijer bateu de fora da área e a bola saiu ao lado do gol. Porém, se a conversa era sobre oportunidades de gol, o Den Haag trouxe mais perigo: já aos quatro minutos, Lex Immers mandara a bola na trave, após escanteio. E aos 21 minutos, um erro involuntário deu a vantagem aos visitantes auriverdes em Almelo: com um escorregão, Jamiro deixou a bola nos pés de Bjorn Johnsen, que fez 1 a 0 em bonita finalização.

O gol impactou os mandantes de Almelo, que só voltaram à carga aos 33', num toque de Vincent Vermeij, defendido pelo goleiro Robert Zwinkels. Johnsen contragolpeou aos 44', em ótima defesa de Bram Castro. E no segundo tempo, veio o empate: já aos 55', Vermeij tocou a Niemeijer, que finalizou com força para marcar seu quarto gol em jogos contra o ADO Den Haag, dos onze que já fez pelo Campeonato Holandês. A igualdade levou o ritmo do jogo a acelerar: Tom Beugelsdijk quase recolocou o Den Haag na frente, enquanto Vermeij teve dois cabeceios para virar o jogo. Porém, ficou mesmo o 1 a 1 no final.

O Utrecht já conseguira marcar gol numa falta. Mas a foto mostra a resposta do Excelsior: outra falta e outro gol no 2 a 2 (ANP/Pro Shots)
Excelsior 2x2 Utrecht (domingo, 4 de fevereiro)

O Excelsior tinha sérios problemas para a partida: eram tantos lesionados no grupo dos Kralingers que o técnico Mitchell van der Gaag só tinha três jogadores de linha no banco de reservas, além dos goleiros. Assim, para evitar muitos riscos, o time da casa preferiu apostar nos contra-ataques durante o primeiro tempo. Teve êxito: num dos raros avanços, aos 22', Ali Messaoud lançou e Stanley Elbers fez 1 a 0. Só aí o ritmo do jogo se acelerou. Tanto que o empate do Utrecht só demorou dois minutos: aos 24', após cobrar escanteio, Zakaria Labyad ficou de novo com a bola, novamente cruzou, e Mark van der Maarel, posicionado na segunda trave, cabeceou para o 1 a 1.

Ainda antes do intervalo, cada time teve uma oportunidade para passar à frente do placar - o Excelsior com Elbers, aos 34' (defesa de David Jensen), o Utrecht com Yassin Ayoub, aos 38' (ótima intervenção do arqueiro Theo Zwarthoed). Na segunda etapa, novamente as chances foram poucas. Só as bolas paradas trouxeram movimentação. A primeira delas fez os visitantes virarem o placar: Labyad fez 2 a 1 aos 72', em excelente cobrança de falta. Só que a segunda não só veio rapidamente (74'), mas também teve o mesmo destino: a rede, com Hicham Faik batendo forte, no ângulo esquerdo, para decretar o empate num jogo de estreia curiosa na arbitragem: o juiz foi Joey Kooij, 26 anos, genro de Frank de Boer.

O Roda JC teve de suportar a pressão e a superioridade do AZ. Mas foi eficiente, e por isso garantiu um inesperado empate (Gerrit van Keulen/VI Images)
AZ 2x2 Roda JC (domingo, 4 de fevereiro)

Parecia mais um dia tranquilo para o AZ, terceiro colocado do Campeonato Holandês. Em Alkmaar, o time da casa começou melhor contra o penúltimo colocado, e quase fez 1 a 0 aos sete minutos, quando Mats Seuntjens perdeu o gol em ótima posição. Sem problemas: aos 13', Thomas Ouwejan cruzou da esquerda, e o estreante Patrick Banggaard deu azar: desviou e fez gol contra. Com o gol, os Alkmaarders criavam ainda mais chances... mas inesperadamente, o Roda JC empatou: aos 22', Dani Schahin desviou de cabeça uma bola longa, e Jorn Vancamp bateu forte para deixar tudo igual. A superioridade que o AZ demonstrou nos primeiros 45 minutos voltou a ser premiada aos 36', com um bonito gol: outro chute forte, de mais longe, por Fredrik Midtsjo, recolocou os Alkmaarders na frente.

Durante o segundo tempo, o time da casa se deu ao luxo de diminuir o ritmo - e uma jogada de Alireza Jahanbakhsh causou certa polêmica em alguns torcedores do Roda JC. De todo modo, o AZ perdeu a chance de definir o jogo. E teve o duro castigo. O Roda foi melhorando, teve chance com Donis Avdijaj (chute que passou perto, aos 69'), e enfim buscou o empate surpreendente: aos 71', Pantelis Hatzidiakos falhou na marcação, e Tsiy William Ndenge fez para os Koempels, decretando o 2 a 2.


Friday aproveitou erro da defesa. Driblou o goleiro. Tocou. E era o alívio da vitória do Sparta (Pro Shots)
Sparta Rotterdam 1x0 Willem II (domingo, 4 de fevereiro)

O Sparta começou o jogo tentando algumas coisas - como aos 11', num arremate de Soufyan Ahannach que mandou a bola perto do gol. Todavia, ao contrário das outras partidas, a sorte estava do lado dos Kasteelheren: aos 23', Giliano Wijnaldum tentou recuar a bola ao goleiro Mattijs Branderhorst, mas a bola foi curta demais. Era hora de Fred Friday: o atacante interceptou o recuo, driblou Branderhorst e fez 1 a 0 para os Spartanen. Que poderia ter virado 2 a 0 aos 44', quando Loris Brogno mandou a bola na trave.

No segundo tempo, as chances de ter mais tranquilidade na vantagem se sucederam para o Sparta. Aos 60', Friday recebeu a bola na área, livre para a jogada, mas errou o chute. Mais dois minutos, e o zagueiro Sander Fischer cabeceou a bola na trave. No final da partida, aos 87', Dabney dos Santos teve a outra "bola do jogo": recebeu passe em profundidade e ficou livre na área, frente a frente com Branderhorst, mas arrematou em cima do goleiro do Willem II. Pelo menos, após mais alguns minutos, o Sparta pôde sorrir: após oito derrotas, conseguiu sua primeira vitória sob o comando de Dick Advocaat.

O VVV-Venlo jogou sem medo do Feyenoord. Foi premiado no final: Leemans converteu o pênalti da vitória (Pro Shots)
VVV-Venlo 1x0 Feyenoord (domingo, 4 de fevereiro)

Antes do jogo, no bucólico ambiente do estádio De Koel, o que se via era a antecipação da festa pelo aniversário do VVV-Venlo. Quando ele começou, no (sempre contestado) gramado sintético, coube a Steven Berghuis (como esperado) ter a primeira chance de gol do Feyenoord, aos 4': o ponta tabelou com Nicolai Jorgensen, entrou na área com a bola, mas o arremate cruzado saiu. Domínio dos visitantes? Nada disso: o VVV não só se fechava bem na defesa, como trazia perigo. Exemplo veio aos 14': em tabela com Ralf Seuntjens, Lennart Thy veio até a área e finalizou de voleio, para a defesa de Brad Jones. Sem muito espaço, só restava ao Stadionclub tentar as jogadas individuais. Jorgensen e Sam Larsson tentaram outra tabela aos 20', mas o goleiro Lars Unnerstall se antecipou e defendeu antes da chegada do atacante sueco.

Contudo, os mandantes seguiam provando que seriam duríssimos adversários para o atual campeão holandês. Aos 26', de bate-pronto, sem deixar a bola cair, Clint Leemans arriscou - e forçou Brad Jones a defender. A contraofensiva dos visitantes veio com Berghuis: sozinho, puxou a bola da direita para o meio, finalizando para fora. Os anfitriões (jogando com um uniforme azul desenhado seguindo sugestões da torcida - mais uma referência ao aniversário) apareceram de novo aos 32': Thy finalizou de novo nas proximidades da área - e o final também foi o mesmo: Brad Jones defendendo. E quase os Venlonaren saíram na frente graças a um lance de sorte, aos 37': Van Crooij cruzou da direita, El Ahmadi tentou afastar, mas pegou mal na bola. E seu voleio desastrado quase encobriu Brad Jones - a bola saiu por cima. Mas o capitão Feyenoorder quase corrigiu as coisas em outro chute, aos 40': El Ahmadi bateu e a bola veio sinuosa, forçando Unnerstall a rebater. Se o primeiro tempo terminou sem gols, as estatísticas mostravam: o VVV-Venlo tinha coragem - tentara mais chutes a gol (4 contra 1).

Castelen e Van Persie conversando antes do jogo: os dois entraram, mas o da esquerda foi decisivo (Hollandse Hoogte)
Com o início da etapa final, o Feyenoord buscou ter mais velocidade na troca de passes, para abrir os espaços. Conseguiu ser mais ofensivo, e aos 57', a esperteza de Jens Toornstra quase rendeu o primeiro gol: Tonny Vilhena iniciou a jogada, St. Juste perdeu o domínio da bola na área, mas o meio-campista da camisa 28 foi rápido e finalizou de carrinho. Unnerstall salvou o VVV-Venlo, agarrando a bola quase no contrapé. Uma conclusão de Jorgensen também quase traiu o arqueiro alemão dos anfitriões, aos 65' (a bola desviou em Jerold Promes e saiu rente à trave). Na sequência, El Ahmadi bateu colocado e quase mandou a bola no ângulo. Depois, aos 67', Vilhena cobrou falta, mas Unnerstall pegou. Outra boa oportunidade para o Stadionclub veio aos 70', quando Berghuis tocou, St. Juste cruzou, Jorgensen desviou para El Ahmadi, mas o marroquino desperdiçou.

Só que, da vez seguinte, enfim o VVV reapareceu no ataque. E foi para quase sair na frente: aos 72', Leemans cruzou da esquerda, e Van Crooij chegou livre à área do lado oposto. Mas o voleio do atacante mandou a bola muito acima do gol, em boa chance perdida. No minuto seguinte, Berghuis contrabalançou - bom chute de fora, espalmado por Unnerstall. Aí, aos 74', Van Crooij reapareceu na área, forçando Brad Jones a desviar por cima da meta. O equilíbrio crescia. E nos últimos dez minutos, os dois veteranos entraram em campo: Robin van Persie pelo Feyenoord, Romeo Castelen pelo VVV. Coube a Castelen surpreender e ser fundamental: foi ele quem aproveitou a bola após troca de passes e seguiu com ela até ser derrubado por Renato Tapia, na área, aos 88'. Jochem Kamphuis marcou pênalti, e Leemans aproveitou: bola na esquerda, Jones na direita, 1 a 0 para o VVV. Um bom presente para os 115 anos que o clube completará na quarta.

De novo, o Ajax levou um susto. Mas conseguiu se recompor para virar o jogo sobre o NAC Breda (ANP/Pro Shots)
Ajax 3x1 NAC Breda (domingo, 4 de fevereiro)

Tendo entre os jogadores disponíveis o reserva Amin Younes (de volta, após o fracasso da imediata transferência para o Napoli - ficou para junho), o Ajax começou dando a impressão de que seria o rolo compressor de sempre em casa. Já aos dois minutos, pela esquerda, Justin Kluivert cruzou, mas Klaas-Jan Huntelaar errou ao completar na pequena área, e o goleiro Mark Birighitti ficou com a bola. Só que o NAC Breda também tratou de assustar: aos 4', num rápido ataque, Manu García passou a bola a Giovanni Korte, que entrou livre na área. Porém, frente a frente com André Onana, o atacante concluiu em cima do goleiro camaronês, lamentando a chance perdida. Mas se perdeu a primeira chance de assustar, a segunda foi bem aproveitada pelos visitantes, logo aos seis minutos. Da esquerda, Angeliño cruzou, Lucas Schoofs (novidade entre os titulares) escorou, e Thierry Ambrose mandou um canhonaço rumo ao alto das redes de Onana. 1 a 0, aterrorizando a Amsterdam Arena: nova decepção a caminho?

Chance mesmo, no duro, o Ajax só teve aos 23': Lasse Schöne arriscou de voleio, a bola ricocheteou em Meijers e sobrou para Huntelaar. A finalização do atacante foi em cima de Birighitti, e o goleiro precisou agarrar com firmeza em cima da linha. No minuto seguinte, o início do alívio. David Neres veio para o meio e tocou a Kluivert. O atacante passou por Arno Verschueren, cruzou, e Donny van de Beek estava sozinho na área para cabecear no contrapé de Birighitti, deixando o 1 a 1 no placar. Aí, sim, os Godenzonen partiram para a pressão - aos 35', Justin Kluivert chegou à área, arrematou cruzado, e Birighitti rebateu - David Neres errou na sobra, tocando fraco demais. Até que aos 39', o Ajax contou com a lei da vantagem para virar o placar. Tagliafico foi derrubado por Karel Mets no meio, mas o juiz Ed Janssen mandou a jogada seguir. No início, os Ajacieden reclamaram. Mas a sequência rendeu comemoração: Meijer errou um recuo, e David Neres pôde dominar na direita, trazer para o meio e finalizar firme da entrada da área, no canto esquerdo de Birighitti, para o 2 a 1 - seu nono gol na temporada.

Completando o placar, Ziyech se deu ao luxo de provocar a ala da torcida que tem criticado o nível técnico do Ajax (Hollandse Hoogte)
Mais tranquilo no segundo tempo, o Ajax seguiu controlando a posse de bola - e chegou pela primeira vez aos 55', quando David Neres passou a Huntelaar e este tentou encobrir Birighitti - mas mandou a bola pela linha de fundo. No minuto seguinte, o NAC Breda lembrou que ainda estava no jogo, com um chute rasteiro de Ambrose, bem encaixado por Onana na defesa. Aos 57', ainda veio uma tentativa de Mounir El Allouchi, que passou perto do ângulo esquerdo. Por fim, Angeliño mandou a esférica por cima do gol, em diagonal, aos 59'.

Ziyech voltou a colocar o Ajax no ataque, batendo para fora aos 61'. Kluivert quase marcou aos 66', de voleio (a bola bateu em Pablo Marí na pequena área) - e de novo aos 70', após arrematar da meia-lua (Birighitti defendeu bem). Vieram mais chutes de longe: aos 80', numa finalização de Matthijs de Ligt rebatida por Birighitti, e aos 82', quando o goleiro australiano pegou o chute de Huntelaar. Ao NAC Breda, houve a tentativa de Paolo Fernandes, aos 89', para fora. Até que, no lance final do jogo, aos 90' + 3, Ziyech teve uma cobrança de falta onde gosta (perto da área). E cobrou precisamente, no canto direito, fazendo 3 a 1, comemorando com o sinal de "fala muito" para espezinhar os torcedores que criticavam o time e mantendo o Ajax sete pontos atrás do PSV. É o que resta ao time de Amsterdã: fazer sua parte e esperar (muitos) tropeços.

Nenhum comentário:

Postar um comentário