segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

810 minuten: como foi a 23ª rodada da Eredivisie

Kerk (de frente) abriu o placar rápida e merecidamente: Utrecht dominou Zwolle e se aproximou de vez (Pro Shots)
Utrecht 2x1 Zwolle (sábado, 10 de fevereiro)

Se o jogo era entre dois frequentadores seguros da zona dos play-offs pela Liga Europa, o Utrecht tratou de impor cedo a sua superioridade em casa. Aos 13', a primeira chance, num cruzamento de Zakaria Labyad que Gyrano Kerk errou por pouco, finalizando rente à trave. Pouco depois, Sean Klaiber desperdiçou ótima chance. Mas aos 17', não houve erro: Sander van de Streek driblou Philippe Sandler e deixou Kerk livre para, desta vez, colocar a esférica no filó: 1 a 0 para os Utregs. E se era insuficiente, Labyad tranquilizou ainda mais as coisas no estádio Galgenwaard, aos 23': aproveitou rebote do goleiro Diederik Boer, após chute de Mark van der Maarel, e fez 2 a 0.

Só aos 30' é que o Zwolle teve algum espaço para respirar e ir ao ataque, numa finalização de Ryan Thomas que mandou a bola perto do gol. No segundo tempo, os Zwollenaren até ficaram mais com a bola - só que o Utrecht é que seguiu tendo as chances de ampliar a vantagem. Apenas errava no instante final, como num passe errado de Giovanni Troupée para Kerk, ou aos 78', quando Ramon Leeuwin cabeceou livre nas mãos de Boer. Assim, o Zwolle ainda pôde se animar com o gol de honra, nos acréscimos: aos 90' + 3, Queensy Menig foi agarrado na área por Leeuwin, e Mustafa Saymak converteu o pênalti. Mas era tarde para impedir a vitória que levou o Utrecht a ficar apenas um ponto atrás do Zwolle.

Ogbeche lamentou, após perder uma chance incrível para o Willem II. O Heracles aproveitou a dele e ganhou (Henry Dijkman/VI Images)
Heracles Almelo 1x0 Willem II (sábado, 10 de fevereiro)

Em seu estádio, debaixo de chuva, o Heracles até começou melhor: aos 9', coube a Kristoffer Peterson o primeiro chute, que foi rebatido pela defesa do Willem II. Só que os Tricolores visitantes tiveram a bola da etapa inicial nos pés - e a desperdiçaram incrivelmente: aos 36', a dupla de defensores do time de Almelo (Robin Pröpper e Dries Wuytens) se confundiu, Fran Sol ficou com a bola, e cruzou. Com o gol vazio, era só Bartholomew Ogbeche completar... mas o veterano nigeriano finalizou para fora.

Azar dos Tilburgers: no minuto final da primeira etapa, uma jogada tantas vezes vista nesta temporada rendeu o 1 a 0 aos Heraclieden - Brandley Kuwas vindo livre pela direita com a bola dominada, cruzamento para a área, e Vincent Vermeij completando para as redes. Então, os visitantes correram atrás do empate na etapa final. Quase o conseguiram aos 61' (Jordy Croux finalizou para boa defesa de Bram Castro) e aos 87' (Mohamed El Hankouri cruzou e Ogbeche concluiu rente ao gol), mas o Heracles pôde enfim celebrar a vitória que lhe deu um respiro no meio da tabela, em 11º.


Se o PSV estava em dificuldades, coube a Bergwijn ser o destaque: dois belos gols em mais uma vitória (Pro Shots)
Sparta Rotterdam 1x2 PSV (sábado, 10 de fevereiro)

Era o jogo envolvendo o último e o primeiro colocado do campeonato. Só que o último é que começou atacando, enquanto o PSV se viu precocemente em problemas. Já aos cinco minutos, numa cobrança de escanteio, Jorrit Hendrix precisou tirar de cabeça. E na cobrança subsequente, o Sparta fez 1 a 0. Após cobrança da direita, a bola passou pela área, mas Paco van Moorsel conseguiu dominar na esquerda e cruzar para Kenneth Dougall cabecear no canto direito de Jeroen Zoet. Os Kasteelheren ameaçavam surpreender o líder em Het Kasteel - como já haviam feito na temporada passada, com o Feyenoord. Só restou aos Boeren buscarem o empate - como sempre, diante de um adversário compactado na defesa. Começaram aos 8', quando Steven Bergwijn cruzou, e Luuk de Jong completou de cabeça, por cima.

Aos 14', um arremate de Bergwijn foi afastado na pequena área por Julian Chabot. E aos 16', Lozano fez o goleiro Jannik Huth trabalhar pela primeira vez, agarrando chute cruzado. Até que de tanto a água mole dos visitantes de Eindhoven bater na pedra (nem tão) dura da defesa do Sparta, uma hora a furaram. Aconteceu aos 41', numa jogada pela qual Mauro Júnior mereceu méritos: novamente titular pela lesão no joelho de Marco van Ginkel, o brasileiro não cansou até desarmar os defensores do Sparta. Após consegui-lo, Mauro deu a bola a Bergwijn, que finalizou com classe: driblou dois e, da meia-lua, bateu colocado, no ângulo esquerdo de Huth. O goleiro ainda tocou na bola (e Dick Advocaat ainda reclamou de suposta falta de Mauro Júnior no desarme), mas o 1 a 1 já estava feito.

Lozano desalentado, enquanto o Sparta comemorava o gol de Dougall: até que o lanterna merecia sorte melhor (Pro Shots)
No começo do segundo tempo, a força ofensiva do PSV sofreu um baque: ainda com fortes dores na coxa, após choque com Sander Fischer aos 33', Lozano dera lugar a Albert Gudmundsson no intervalo (após o jogo, Phillip Cocu informou que a lesão é leve). De quebra, aos 50' o Sparta voltou a assustar: Van Moorsel cruzou da direita, e Zoet se antecipou na saída do gol para agarrar sem problemas. Aos 55', veio a resposta, num chute de Santiago Arias que desviou num defensor e saiu, rendendo um escanteio. No minuto seguinte, Bergwijn se consolidou como o protagonista da vitória: virou o jogo para o PSV, com um gol tão bonito quanto o primeiro que marcara. Após Luuk de Jong ajeitar na entrada da área, o ponta-direita mandou um voleio, de pé direito, sem chance alguma para Huth evitar o 2 a 1. Novamente tranquilo na frente, o primeiro colocado quase marcou de novo aos 59', com Mauro Júnior, que chutou rasteiro para Huth espalmar. Só após a metade do segundo tempo é que os Spartanen recomeçaram a buscar o empate. Aí Zoet começou a mostrar por que tem sido o melhor goleiro desta Eredivisie: primeiro, rebateu um escanteio de Frederik Holst, aos 67'. Depois, aos 72', quando Soufyan Ahannach ajeitou no peito a bola antes de um voleio que forçou o camisa 1 do PSV a espalmar bem para a linha de fundo.

A zaga também ajudou em alguns momentos, como aos 70', quando Daniel Schwaab desarmou Fred Friday na hora certa, antes do atacante nigeriano finalizar na área. Alterações como a entrada de Pablo Rosario no lugar de Mauro Júnior fortaleceram ainda mais a defesa, enquanto o Sparta buscava o empate - os Boeren só se arriscaram de novo ao 81', quando Bart Ramselaar finalizou em diagonal para fora, após Brenet cruzar. A última chance do time da casa veio aos 86': com apenas alguns minutos em campo, Ragnar Ache cabeceou a bola rente à trave direita de Zoet. Mas para lembrar quem sairia com os três pontos, Bergwijn mandou a bola no travessão, nos acréscimos. E embora o Sparta tenha se esforçado bastante, novamente amargou uma derrota ("Apenas uma vitória em cinco jogos é triste", reconheceu Dick Advocaat). E o PSV segue tranquilo e infalível na primeira posição. Até quando, é a pergunta.

Após o 0 a 0 contra o AZ, jogadores do VVV aplaudem a torcida. Que também aplaude a ótima campanha (ANP/Pro Shots)
AZ 0x0 VVV-Venlo (sábado, 10 de fevereiro)

Muito (e merecidamente) elogiado por seu desempenho ao longo da temporada, o AZ tentou assustar os visitantes de Venlo aos quatro minutos, quando Wout Weghorst cabeceou a bola para fora. Todavia, quem começou a assustar mais a torcida foram os Venlonaren - tanto com Romeo Castelen quanto aos 28 minutos, quando Lennart Thy concluiu jogada para a defesa do goleiro Marco Bizot. Fora de campo, a razão para sustos foi um mal-estar que acometeu um torcedor - reanimado nas cadeiras do estádio AFAS, seu estado de saúde ainda é desconhecido.

Mais atento no segundo tempo, o AZ atacou logo aos 50', num arremate de Weghorst afastado pelo goleiro Lars Unnerstall com a ponta dos dedos. Com o VVV cada vez mais concentrado na defesa, os Alkmaarders buscaram o gol - e quase chegaram a ele aos 72', numa nova defesa de Unnerstall em chute de Mats Seuntjens, e aos 80', quando Alireza Jahanbakhsh cruzou para a má complementação de Joris van Overeem. E o placar ficou mesmo sem gols, coroando outra atuação concentrada do VVV-Venlo. Na nona colocação, novamente surpreendendo contra um time no topo, o time de Venlo também faz cada vez mais jus a elogios. Para um campeão da segunda divisão, a campanha é boa.

Ngombo faz 1 a 0 para o Roda JC. E demorou para vir o empate do Heerenveen (ANP/Pro Shots)
Heerenveen 1x1 Roda JC (sábado, 10 de fevereiro)

No primeiro tempo, o Heerenveen teve pouco a oferecer de agradável aos seus torcedores. Apenas uma jogada mereceu destaque: logo aos 9', Martin Odegaard deu um belíssimo elástico em Jannes Vansteenkiste, finalizando para a defesa do goleiro Hidde Jurjus. Porém, saiu de um erro de Odegaard a jogada do gol do Roda no estádio Abe Lenstra, aos 35': Jorn Vancamp dominou a bola na esquerda, cruzou com o lado externo do pé direito, e Maecky Ngombo dominou para fazer o 1 a 0 dos Koempels.

Na etapa complementar, o Fean ainda tentou algo, com Arber Zeneli e Morten Thorsby. Todavia, a falta de pressão fez com que o técnico Jürgen Streppel colocasse Michel Vlap para aumentar a criação de jogadas - e Henk Veerman, para ser a referência na área. Veerman nem finalizou tanto, mas coube a ele participar da jogada do empate, aos 74': Zeneli tabelou com o atacante, recebeu de volta e finalizou para dar números finais ao placar. Que rendeu um ponto ao Roda, antepenúltimo colocado, e pode fazer o time alviazul da Frísia perder distância para Vitesse e ADO Den Haag.

Ao fazer 1 a 0 com quatro minutos, o Ajax achou que teria facilidades contra o Twente. Engano: só um pênalti salvou a vitória (ANP/Pro Shots)
Ajax 2x1 Twente (domingo, 11 de fevereiro)

Nem deu tempo do Ajax temer um susto, como nas duas outras rodadas. Já aos quatro minutos, um contra-ataque venceu facilmente a linha habitual de cinco defensores do Twente: Justin Kluivert passou a bola a David Neres, o brasileiro trouxe a bola pela esquerda, cruzou, Donny van de Beek escorou para o meio da pequena área e lá Kluivert completou a jogada que iniciara para o 1 a 0. E poderia ter sido 2 a 0 a partir dos seis minutos: Matthijs de Ligt (de volta após suspensão) chutou, a bola desviou no zagueiro Peet Bijen e sobrou para Van de Beek, livre na área. Mas o meio-campista escorregou e chutou por cima. E aos 8', Hakim Ziyech cruzou rasteiro da esquerda, e Van de Beek escorou à queima-roupa para a defesa de Joël Drommel.

Só aos nove minutos o Twente deu sinal de vida, numa finalização de Haris Vuckic que trouxe dificuldades a André Onana: o goleiro camaronês precisou rebater, após soltar a bola. Aos 23', a jogada foi de Adnane Tighadouini: após driblar vários e perder a bola, ela sobrou para Hidde ter Avest finalizar, sobre o gol. Apenas controlando a partida, o Ajax só chegou perto de marcar o segundo aos 31', numa parceria entre Kluivert e Klaas-Jan Huntelaar: o segundo tabelou com o segundo, que entrou livre na área pela esquerda, mas completou em cima de Drommel. Finalmente, o Twente buscou o empate aos 34': uma cobrança de Adam Maher mandou a bola por toda a área, sem que ninguém conseguisse finalizar. E a chance derradeira do Ajax na etapa inicial coube a Huntelaar: aos 42', o atacante completou um cruzamento de Kluivert, mas Thomas Lam bloqueou a bola.

Tighadouini deu certo trabalho à defesa do Ajax (ANP/Pro Shots)
Mas se não sofrera sustos na etapa inicial, o Ajax passaria os apertos no segundo tempo. Já aos 48', um acidente quase presenteou o Twente com o empate. Vuckic passou da direita, e Frenkie de Jong escorregou ao dominar a bola. Caminho livre para Tighadouini, que pegou a esférica, chegou à meia-lua... e finalizou com um chute firme. Onana salvou o Ajax, com defesa também firme, no meio do gol. Correndo certos riscos de sofrer o empate, os Ajacieden trataram de prensar novamente os visitantes de Enschede contra a própria defesa - resultando num arremate de Nicolás Tagliafico que passou rente à trave esquerda, aos 54'. Mas Tom Boere respondeu logo na sequência, forçando Onana a fazer outra defesa, novamente. O Ajax até reagiu em chutes de Van de Beek, aos 58', e Ziyech, aos 64'. Mas no minuto seguinte, Tom Boere desperdiçou boa chance na área: cabeceou para fora, quando a bola veio dos pés de Richard Jensen.

E de tanto buscarem, de tanto os anfitriões vacilarem, os visitantes de Enschede conseguiram o empate que mereciam, aos 66'. Com a parceria dos atacantes: Boere dominou de cabeça a bola alta, superou Joël Veltman na disputa de corpo e tocou para o meio. Sozinho vinha Tighadouini, e coube a ele entrar na área e bater forte para o 1 a 1. Motivados, os Tukkers buscaram a virada, em lances como a finalização de Maher aos 69', à esquerda de Onana. Mas se o Ajax estava em dificuldades, coube ao talento mais contestado da equipe nos últimos jogos provar sua importância. Criticado por alas da torcida, Hakim Ziyech puxou a bola desde o meio. Huntelaar fez o pivô e devolveu a bola ao camisa 10, que foi derrubado por Lam exatamente na linha de entrada da área. Pênalti apitado, Lasse Schöne cobrou com a eficiência habitual nas bolas paradas para fazer 2 a 1, aos 71'. O Twente ainda assustaria aos 85', numa falta cobrada por Maher que quase passou no contrapé de Onana. Mas o camaronês foi ágil, agarrou, e ficou o alívio: de novo, o Ajax escapou de um tropeço.

Presidiários? Não: apenas torcedores do NAC Breda no clima de Carnaval, no 0 a 0 contra o Excelsior (ANP/Pro Shots)
Excelsior 0x0 NAC Breda (domingo, 11 de fevereiro)

O jogo em Roterdã começou até animado. De um lado, empolgado pela goleada sobre o Heracles Almelo, o NAC Breda quase chegou aos seis minutos, quando chute de Angeliño mandou a bola perto do gol após desvio na defesa. E de outro: aos 8', Hicham Faik mandou a bola no travessão pelo Excelsior. Porém, depois desses lances, o ritmo do jogo diminuiu, e só aos 40' houve novas emoções - por parte dos visitantes: Thierry Ambrose cruzou, e Mounir El Allouchi cabeceou rente à trave. De outro cabeceio, já no segundo tempo, é que veio o lance mais polêmico do jogo.

Aos 48', Stanley Elbers cruzou, e Mike van Duinen cabeceou para o gol. Fez e já saía para comemorar, quando o juiz Danny Makkelie anulou o gol: segundo o bandeira Hessel Steegstra, a bola passara da linha de fundo quando Elbers fez o cruzamento (decisão suspeita: a bola estava no alto). Após o alarme falso, as chances vieram aos 68' - cabeceio de Rai Vloet, para fora-  e aos 90' - ótima defesa de Nigel Bertrams, salvando o NAC Breda em cabeceio de Van Duinen. De todo modo, o ponto foi útil para ambos, mesmo num jogo sem muitas emoções.


Basaçikoglu leva o cartão vermelho. A partir de então, o Feyenoord sabia: seria difícil evitar a derrota para o Vitesse (Ronald Bonestroo/VI Images)
Vitesse 3x1 Feyenoord (domingo, 11 de fevereiro)

O começo do jogo no estádio Gelredome teve poucos lances de emoção. Estreando diante da torcida do Vitesse, o reforço Roy Beerens ainda trouxe perigo aos 6': veio com a bola pela direita, até o chute cruzado que passou perto do gol. Mas com dois times bem fechados, havia apenas algumas faltas - como a de Thomas Bruns em Ridgeciano Haps, acertando o rosto do lateral num pé alto e forçando sua substituição por Tyrell Malacia. Chance real de gol só se viu aos 20 minutos, quando Nicolai Jorgensen dominou a bola, passando-a a Steven Berghuis. Porém, antes que o ponta direita chegasse para a finalização, o goleiro Remko Pasveer pegou. Mais um minuto, e um rápido contra-ataque deu a vantagem ao Feyenoord. Da direita, Berghuis recebeu a bola de Jens Toornstra e passou a Basaçikoglu. Na área, o turco ajeitou e deu a Tonny Vilhena, livre na esquerda. O meio-campista só precisou tocar com precisão na saída de Pasveer para comemorar o 1 a 0.

Melhor estabelecido em campo, o time visitante ainda buscou o segundo gol com Bilal Basaçikoglu (substituto do lesionado Sam Larsson), num chute de fora defendido por Pasveer aos 27'. A rigor, Brad Jones só trabalhou aos 29 minutos: após escanteio curto, Linssen cruzou, a bola subiu ao desviar em Sven van Beek e foi parar na cabeça de Matt Miazga. O zagueiro norte-americano cabeceou e a bola encobriu o goleiro Feyenoorder, mas bateu no travessão e saiu. Até que aos 44', inesperadamente, veio o empate do time da casa. Após escanteio, a bola voltou à ponta direita. Dali Mason Mount cruzou, e Guram Kashia superou a defesa, passando por trás e cabeceando à queima-roupa. Jones ainda tentou rebater, mas foi impossível evitar o 1 a 1. O Vitesse se animou - e quase virou nos acréscimos, quando Linssen dominou bola longa de Miazga na área, dando de voleio para Jones defender em dois tempos.

O Vitesse empatou inesperadamente o jogo com Kashia, mas a força ofensiva no segundo tempo tornou o triunfo merecido (Pro Shots)
No segundo tempo, em várias jogadas aéreas, o Vitesse buscava mais o gol da virada. A mais perigosa delas, aos 62': Bruns cobrou escanteio, e Miazga cabeceou para boa defesa de Jones. Coube ao guarda-metas australiano evitar o gol também na jogada seguinte, terminada num chute de Bruns. A situação dos visitantes de Roterdã ficou ainda mais árdua aos 65': numa "tesoura" violenta em Castaignos, Basaçikoglu já levou diretamente o cartão vermelho. Foi necessário apenas um minuto para que o Vitesse comemorasse o gol da virada. Beerens fez bonita jogada individual, trouxe a bola da direita até a entrada da área e chutou colocado. Errou, mas acertou - porque errou o chute, mas Linssen veio por trás, escapou da linha de impedimento e conseguiu desviar a bola para fazer 2 a 1. Houve algumas reclamações, mas a repetição deixava claro que Van der Heijden dava condições.

Para evitar a derrota, o Feyenoord voltou a atacar, mesmo com um homem a menos. Aos 68', Nicolai Jorgensen mandou a esférica à direita da meta de Pasveer. Malacia ainda impediu bem o terceiro gol do Vitesse aos 74', tirando a bola de Beerens na hora exata em que este chutaria - e depois, no escanteio, afastando em cima da linha o arremate de Linssen. Depois, apostou-se na típica substituição: aos 79', Robin van Persie veio a campo, no lugar de Toornstra. Mas veio outro revés ao Stadionclub: sozinho tentando conter Beerens, Malacia teve de usar a falta como recurso final, e foi outro a levar diretamente o cartão vermelho de Dennis Higler, aos 81'. Mesmo totalmente desorganizado, o Feyenoord quase chegou ao empate aos 85', com Van Beek batendo em cima de Pasveer na pequena área. Todavia, no minuto seguinte, Beerens cruzou da esquerda, e com a marcação frouxa pelas expulsões, Linssen estava livre para cabecear na pequena área e definir o placar em 3 a 1. Comemorou o Vitesse, firme na zona dos play-offs pela Liga Europa; o Zwolle, ainda empatado em pontos com o Feyenoord; e o AZ, que segue na terceira posição. Quem sabe Ronald Koeman, presente ao jogo, comemorou também alguma possibilidade de convocação...

Yoell van Nieff tentou segurar Immers. E o Groningen terá de segurar sua crise crescente (Gerrit van Keulen/VI Images)
Groningen 0x0 ADO Den Haag (domingo, 11 de fevereiro)

Num estádio Noordlease com lotação apenas parcial, os torcedores do Groningen já tiveram fortes sustos aos três minutos: num passe, Thijmen Goppel deixou Bjorn Johnsen livre para a finalização - o atacante bateu, mas Deyovaisio Zeefuik evitou o 1 a 0 do Den Haag em cima da linha. Só no final da etapa é que o Groningen ameaçou marcar, com Tom van Weert perdendo chance aos 40' (chutou sozinho, em cima do goleiro Robert Zwinkels). Porém, os visitantes de Haia assustaram de novo aos 43': de cabeça, Danny Bakker acertou a trave.

No segundo tempo, a movimentação foi menor. Chances dignas do nome, só duas: aos 53', Van Weert tocou na saída de Zwinkels, mas Aaron Meijers tirou em cima da linha. E aos 77', Zwinkels agarrou a bola cabeceada por Kasper Larsen. Apenas com tentativas esparsas (uma cobrança de falta de Nasser El Khayati aos 66', duas defesas de Sergio Padt aos 81'), o Den Haag se contentou com o empate que o manteve perto da zona dos play-offs da Liga Europa. Já o Groningen tem motivos para preocupação: em 13º lugar, aguentou as vaias da torcida, ainda não ganhou no returno e viu a eclosão de uma polêmica (o técnico Ernest Faber alegou que Lars Veldwijk se negou a entrar no segundo tempo, e Veldwijk negou veementemente tal fato, pelo perfil no Twitter).

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