segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

810 minuten: como foi a 24ª rodada da Eredivisie

O Groningen ainda está muito pressionado, mas o empate contra o VVV-Venlo já alivia um pouco (Jeroen Putmans/VI Images)
VVV-Venlo 1x1 Groningen (sexta-feira, 16 de fevereiro)

O Groningen vinha de uma semana turbulenta: não bastasse a falta de vitórias pelo Campeonato Holandês em 2018, ainda viu a polêmica do afastamento do atacante Lars Veldwijk, após este supostamente se negar a entrar em campo contra o ADO Den Haag, e o anúncio de Danny Buijs como técnico substituto de Ernest Faber na próxima temporada. E pelo jeito com que a partida começou em Venlo, o drama dos visitantes do norte holandês continuaria. Em um minuto, Lennart Thy já tivera grande chance, num cabeceio. Aos dois, Vito van Crooij se viu livre na área com a bola e chutou na saída do goleiro Sergio Padt para fazer 1 a 0. E para completar, aos 11', Thy quase marcou 2 a 0, impedido por boa defesa de Padt.

Aí, enfim, veio a salvação. Aos 15 minutos, Juninho Bacuna passou a bola, e Ritsu Doan chutou forte, no canto oposto ao do goleiro Lars Unnerstall, para empatar o jogo. Era o que os Groningers precisavam para equilibrar o jogo. Já no segundo tempo, aos 52', Tom van Weert quase levou o time visitante à virada, chutando na rede pelo lado de fora. O VVV só ousou algo aos 77', quando Nils Röseler cabeceou no travessão. E depois, aos 85', seis minutos após entrar em campo, Torino Hunte teve a bola do jogo para dar a vitória aos mandantes aurinegros, mas concluiu em cima de Padt. Ficou mesmo no placar o 1 a 1. Útil para o VVV, que mantém a segura campanha no meio de tabela; ainda mais útil para o Groningen, que ganhou um pequeno respiro em meio à crise.

A sorte fez com que Van Duinen (abraçado) fosse o autor involuntário do gol da virada do Excelsior (Pro Shots)
Vitesse 1x2 Excelsior (sábado, 17 de fevereiro)

Melhor começo, o Vitesse não poderia querer: já aos dois minutos, Fankaty Dabo cruzou da direita, Bryan Linssen ajeitou de cabeça, e Luc Castaignos fez 1 a 0 com uma belíssima puxeta, no gol mais bonito da rodada. Todavia, aos 20', um lance acidental ditou os rumos do jogo: um choque de cabeças entre Lorenzo Burnet e Guram Kashia forçou o zagueiro do Vitesse a deixar imediatamente o jogo - consciente, mas com um gigante inchaço na sobrancelha (Burnet saiu minutos depois). A defesa do Vites ficou mais aberta. E Hicham Faik aproveitou: num chute de longe, fez 1 a 1, aos 44'.

A volta do intervalo mostrou um cenário totalmente diferente e equilibrado. Aos 53', Linssen chutou à queima-roupa, para a defesa do goleiro Theo Zwarthoed. E no minuto seguinte, o Excelsior teve chance maior ainda para a virada: Stanley Elbers ficou cara a cara com o arqueiro Remko Pasveer, mas seu arremate foi fraco demais. Se não viraram deliberadamente, os Kralingers ganharam o segundo gol na sorte: aos 66', Lassana Faye tentou afastar a bola da área com um chute - acertou Mike van Duinen, e a esférica foi diretamente para as redes. Pior do que a derrota, para o Vitesse, foi a lesão de Linssen, que forçou sua substituição.

Alireza bate colocado para fazer 1 a 0: começava aí a vitória categórica do AZ (Maurice van Steen/VI Images)
NAC Breda 1x3 AZ (sábado, 17 de fevereiro)

Com alguns sustos neste returno, o AZ temeu sofrer outro tropeço, com o começo melhor do NAC Breda. Já nos primeiros segundos, Mitchell te Vrede cabeceou bem, perto do gol; e aos cinco minutos, Te Vrede chegou livre à área, mas finalizou mandando a bola em cima do goleiro Nigel Bertrams. Só a partir dos vinte minutos, numa tentativa de Alireza Jahanbakhsh, é que os visitantes de Alkmaar cresceram na partida. E conseguiram o 1 a 0, enfim, aos 32': Wout Weghorst ajeitou a bola na área, para Alireza completar fortemente. De quebra, aos 37', Guus Til mandou a bola na trave.

Se perdera a chance no primeiro tempo, Til já comemoraria o seu gol no segundo minuto da etapa complementar, num chute que desviou em Angeliño e enganou Bertrams. Mais cinco minutos, e aos 52', Mats Seuntjens fez 3 a 0 contra seu ex-clube, numa cobrança ensaiada de falta, em que o goleiro dos mandantes poderia ter ido melhor. Restou aos anfitriões de Breda apenas o gol de honra, aos 85', quando Umar Sadiq marcou pela segunda rodada seguida, aproveitando rebote de Bizot. E só uma invasão inofensiva de torcedor, já nos acréscimos, perturbou a tranquila vitória do AZ.

Reza comemora o empate do Heerenveen: após oito rodadas, o PSV voltou a deixar pontos pelo caminho (sc-heerenveen.nl)
PSV 2x2 Heerenveen (sábado, 17 de fevereiro)

Durante um longo período, o primeiro tempo em Eindhoven foi um jogo duro - de se jogar e, provavelmente, de se assistir. Numa partida extremamente fechada, o PSV raramente avançava, para se proteger dos contra-ataques (tanto que a maior posse de bola era do Heerenveen). E quando avançava, tinha uma linha de cinco defensores para superar. Só aos 17 minutos alguém experimentou algo em campo: foi Jorrit Hendrix, que partiu com a bola desde o meio, driblou dois jogadores pela esquerda, mas teve o cruzamento interceptado por Daniel Hoegh. Desde então, as bolas altas foram se avolumando, então. Aos 20', Santiago Arias tentou a ligação direta, mas seu lançamento apenas abreviou o caminho da bola até o goleiro Martin Hansen. No minuto seguinte, Lucas Woudenberg apareceu pela esquerda e cruzou para o Heerenveen, mas Zoet pegou sem problemas.

Aos poucos, o PSV achava espaço para trocar passes. Aos 34', Luuk de Jong dominou na esquerda e já tentou o passe em profundidade - mas antes da chegada de Hirving Lozano, Hoegh interceptou mandando para escanteio. Na cobrança, enfim os Boeren aproveitaram a chance para fazerem 1 a 0, com Arias marcando de um modo incomum: chegando sem marcação no meio da área, o colombiano cabeceou forte. A bola quicou no chão e foi no canto esquerdo de Hansen, para o gol dos mandantes. Ao Heerenveen, restava manter o controle e buscar atacar, mas um erro defensivo dos visitantes foi aproveitado aos 43': buscando espaço para a saída de bola, Kik Pierie perdeu o domínio na área. Ainda tentou dividir na meia-lua, mas Mauro Júnior saiu ganhando, já deixando a esférica com Luuk de Jong. E o camisa 9 teve o trabalho de deslocar Hansen no chute, para fazer 2 a 0. Todavia, a etapa inicial terminou com um duro golpe para os mandantes: a expulsão inesperada de Lozano, no minuto final. Ao ser agarrado, o camisa 11 acertou o rosto de Woudenberg com o cotovelo - meio voluntária, meio involuntariamente. O juiz Dennis Higler achou o golpe acintoso demais, e já deu o cartão vermelho diretamente ao mexicano - seria vaiado no resto do jogo, pelo rigor excessivo da expulsão.

O líder da Eredivisie fizera 2 a 0, mas a expulsão de Lozano mudou completamente os rumos do jogo (Pro Shots)
Apostando na superioridade numérica, o Heerenveen já voltou para o segundo tempo com Henk Veerman substituindo Pierie, ampliando o número de atacantes do time e apostando nas bolas aéreas - como aos 50', numa chance de Reza Ghoochannejhad defendida por Jeroen Zoet. De outro cruzamento, por sinal, o PSV voltou a aparecer na área, aos 54': Joshua Brenet cruzou da esquerda, e Luuk de Jong desviou de cabeça, quase caindo. Ainda assim, Hansen teve de se esticar no canto esquerdo para espalmar. No entanto, cada vez mais, os visitantes da Frísia pressionavam. E um escanteio lhes rendeu o primeiro gol, aos 56'. Até bonito: Woudenberg cobrou na esquerda, a bola saiu da área com um arco e foi parar nos pés de Stijn Schaars, que mandou de bate-pronto no canto direito de Zoet - e pelo passado em Eindhoven, nem comemorou o belo tento que marcara.

Em dificuldades, o PSV se assustou aos 59': a torcida pensou que Dennis Higler marcara um pênalti inexistente em Reza, mas fora só um impedimento. O Heerenveen dominava: aos 65', Schaars mandou a bola pelo alto, e Veerman entrou na área pela direita para finalizar com um voleio, que forçou difícil defesa de Zoet. Visando a proteção da defesa, Phillip Cocu colocou Derrick Luckassen aos 67', para ser mais um defensor, tirando Mauro Júnior. E os Boeren só avançaram aos 75', numa chegada de Hendrix à área. Com mais um atacante (Marco Rojas, no lugar de Woudenberg), o Heerenveen insistia. Com chutes, como o de Michel Vlap, aos 80', da entrada da área, que mandou a bola por cima do gol. Finalmente, a insistência foi premiada com o empate, aos 82', num lance confuso: Vlap deu a bola a Yuki Kobayashi, e o japonês chutou. A bola desviou em Luckassen e Reza, tirando Zoet de ação, mas Reza ainda precisou ajeitar na pequena área antes de fazer 2 a 2. Por um triz, aos 84', o líder não voltou à frente, quando Luuk de Jong cabeceou à queima-roupa e Hansen pegou com o pé (a bola ainda bateu na trave). Mas após várias rodadas, o PSV enfim amargou um tropeço. De novo, contra o Heerenveen, que o derrotara no turno (2 a 0). De novo, com expulsão de Lozano. E de novo, o rival da próxima rodada será o Feyenoord, num clássico.

Johnsen (à direita) empatou. E El Khayati, num pênalti no final, deu a vitória de virada ao ADO Den Haag (Gerrit van Keulen)
ADO Den Haag 2x1 Willem II (sábado, 17 de fevereiro)

O Willem II já tivera a perda de Freek Heerkens antes do jogo (Fernando Lewis o substituiu) - e no aquecimento, Ben Rienstra se lesionou e cedeu lugar a Eyong Enoh. Talvez por isso, o ADO Den Haag dominou o primeiro tempo. Já aos dois minutos, de falta, Nasser El Khayati quase marcou - assim como aos 19', num arremate de longa distância. Lex Immers perdeu chances ainda maiores, aos 20' (voleio que mandou a bola longe do gol) e aos 22' (livre na área, com tempo para escolher o canto, Immers chutou fraco). Se o time da casa não fez, tomou: aos 40', Fran Sol desviou na pequena área e colocou o Willem II na frente.

Na etapa complementar, a superioridade do Den Haag continuou. E quem teve as chances foi Bjorn Johnsen. Aos 56', o atacante norueguês de ascendência americana cabeceou a bola rente à trave. E aos 69', enfim, Johnsen fez 1 a 1, de cabeça, completando cruzamento de El Khayati. O segundo gol poderia ter vindo com Johnsen também, mas a bola passou rapidamente demais por ele. Todavia, El Khayati ganhou de presente uma chance, nos acréscimos: aos 90' + 2, Immers foi agarrado por Konstantinos Tsimikas, Joey Kooij marcou o pênalti, e o meio-campista acertou a cobrança para garantir mais uma boa vitória, na ótima campanha que o time de Haia faz.

Com dois gols, Van de Streek foi o destaque da goleada do Utrecht (Maurice van Steen/VI Images)
Roda JC 1x4 Utrecht (domingo, 18 de fevereiro)

O Utrecht começou com tamanha superioridade diante do penúltimo colocado da Eredivisie que nem precisava de um gol duvidoso para fazer 1 a 0 como fez, aos 13': Mateusz Klich lançou Sander van de Streek, que entrou na área e encobriu o goleiro Hidde Jurjus - mas a bola bateu no travessão e sobre a linha, sem que houvesse clareza sobre ela ter passado para dentro ou não. O gol só foi validado porque o bandeirinha correu para o meio. E embora o Roda JC tivesse chegado perto do gol - com chute de Dani Schahin tirado em cima da linha, aos 24' -, os Utregs é que estiveram mais perto de ampliar a vantagem. Como aos 44', quando Zakaria Labyad cobrou falta bem defendida por Jurjus.

Mas no segundo tempo, não houve jeito dos Koempels mandantes evitarem a festa visitante em Kerkrade. Aos 57', Mark van der Maarel fez 2 a 0 com estilo: aproveitou de voleio a bola, após rebote de Jurjus em chute de Labyad. Mais seis minutos, e veio o terceiro gol - segundo de Van de Streek na partida, completando cruzamento de Klich. Jorn Vancamp ainda restabeleceu o mínimo de honra para o Roda, diminuindo aos 83' com seu quarto gol nas cinco partidas mais recentes da equipe aurinegra. Ainda assim, Labyad ressaltou a superioridade dos Utregs, fazendo 4 a 1 no último minuto e mantendo a invencibilidade da equipe sob o técnico Jean-Paul de Jong (quatro empates e três vitórias). Nem as lesões de Rico Strieder e Willem Janssen atrapalharam.

Twente e Sparta empatam: dificuldades no jogo e na situação dentro do Campeonato (ANP/Pro Shots)
Twente 1x1 Sparta Rotterdam (domingo, 18 de fevereiro)

No jogo dos desesperados (antepenúltimo contra último colocado no campeonato), o Sparta deu mais preocupação à sua torcida, no primeiro tempo. Simplesmente deixou o goleiro Joël Drommel tranquilo, sem trabalhar uma vez sequer. Enquanto isso, o Twente se impunha no seu Grolsch Veste, criando chance atrás de chance: com Adam Maher (aos 8', chute em cima do goleiro Jannik Huth), com Haris Vuckic (aos 14', recebeu a bola de Tom Boere e finalizou para Huth pegar), com Fredrik Jensen. Os visitantes de Roterdã só reclamaram de suposto pênalti - mão na bola de Cristián Cuevas.

Para resolver a situação na etapa complementar, Dick Advocaat fez duas mudanças nos Spartanen: colocou Sherel Floranus na lateral esquerda, e o estreante Michiel Kramer no ataque. A alteração ofensiva deu certo: aos 62', na primeiríssima chance dos visitantes, Kramer deu a bola a Fred Friday, que completou e fez 1 a 0, surpreendentemente. Para evitar a derrota, o Twente obviamente aumentou a pressão: Maher chegou perto numa falta, aos 68', Vuckic chutou para fora aos 81'... e o próprio Vuckic fez 1 a 1, completando escanteio aos 85'. No último lance da partida, Maher teve a "bola do jogo" nos pés, mas a chutou na trave. E o ponto do empate até ajudou, mas não aliviou a dureza.

Van Persie justificou a escolha de Van Bronckhorst: um chute a gol, um gol, e a vitória num jogo árduo para o Feyenoord (ANP/Pro Shots)
Feyenoord 1x0 Heracles Almelo (domingo, 18 de fevereiro)

Com Robin van Persie enfim iniciando um jogo como titular (substituiu Jens Toornstra na armação), o Feyenoord até deu a impressão de que seria bem ofensivo. Aos 3', de fora da área, Tonny Vilhena arriscou o chute. E a bola perigosa foi rebatida por Bram Castro - na sobra, Berghuis chutou para fora. Mas o Heracles não deixou por menos: no minuto seguinte, após tabela, Tim Breukers entrou livre na grande área, pela direita, e chutou perto do gol de Brad Jones. E uma desatenção da arbitragem quase deixou os visitantes de Almelo na frente, aos 10'. Um chute de Peter van Ooijen, do meio-campo, parecia inofensivo. Acabou virando um passe a Brandley Kuwas, livre e impedido na área. Como o bandeira não marcou, a jogada seguiu, e Kuwas só não fez o gol pela providencial intervenção de Brad Jones.

E aos 20', Kuwas reapareceu: deixou a bola para que Peter van Ooijen finalizasse de fora - e Brad Jones agarrasse firmemente. O Stadionclub só reapareceu no ataque aos 24 minutos: após troca de passes, Vilhena arriscou para Castro rebater. Na sobra, Jean-Paul Boëtius tentou um voleio, que desviou em Robin Pröpper e saiu para escanteio. E na cobrança, Sven van Beek foi à área e cabeceou com certo perigo. Só então o jogo ganhou alguma agitação. Aos 30', Kevin Diks deu a bola a Van Persie, e este recuou de calcanhar para que Karim El Ahmadi chutasse forte, para fora. Cinco minutos depois, Van Ooijen levou a bola até perto da área, e lá passou a Vincent Vermeij. Da meia-lua, o atacante arriscou, mas a finalização saiu sem rumo (ou melhor, com um rumo errado: a cabeça de um torcedor - que nada sofreu). Outro arremate de fora da área, aos 40', foi a última finalização de um primeiro tempo mediano - desta vez, com Vilhena batendo para outro rebote de Castro.

Até que o Heracles deu alguns sustos ao Feyenoord, como neste chute de Vermeij (Harry Broeze/heracles.nl)
O Feyenoord até começou tentando dar mais velocidade ao segundo tempo. Só que a ocasião de gol dos Heraclieden é que foi a mais perigosa do jogo até ali: aos 55', Kristoffer Peterson veio com a bola pela esquerda, trouxe-a para o meio e mandou forte, no travessão. Após quicar fora, Vermeij e Kuwas ainda tentaram pegar o rebote antes de Jones afastar para escanteio. Num jogo tão equilibrado, só alguém decisivo poderia virar a partida para um rumo. E o Feyenoord tinha esse alguém. Ele apareceu aos 59', para fazer 1 a 0: Vilhena passou a Van Persie, e ele bateu de fora da área, rasteiro, no canto direito de Castro, enfim colocando os Rotterdammers na frente.

Aí, veio a calmaria. Mesmo com a entrada de Mohamed Osman, para acelerar o meio-campo, o Heracles já não perturbava mais o Feyenoord - que, por sua vez, não aparecia muito no ataque. Só aos 71' houve emoção de novo, quando Berghuis cruzou da direita, e Jorgensen escorou à queima-roupa na pequena área, para defesa corajosa de Castro. Depois, o time da casa tentou algo em De Kuip nos chutes de El Ahmadi (para fora, aos 79') e Jorgensen (mandando a bola nas mãos de Castro aos 81'). Nos acréscimos, Paul Gladon ainda assustou para os visitantes de Almelo. Mas ficou mesmo no placar o 1 a 0 assegurado graças a Van Persie, substituído por Toornstra aos 73'. Deixou o campo aplaudido como sempre. Nesse caso, nem era para menos: afinal, num jogo equilibrado, o filho pródigo Feyenoorder foi o fator que desequilibrou.

Huntelaar é saudado pelo seu gol: Ajax dominou as ações, e teve vitória categórica para reanimar a disputa do título (ANP/Pro Shots)
Zwolle 0x1 Ajax (domingo, 18 de fevereiro)

Demorou apenas alguns minutos para que o Ajax mostrasse algo inesperado: habitualmente ofensivo em sua própria casa, o Zwolle é que teria de correr atrás da bola. Aos oito minutos, a primeira chance dos visitantes de Amsterdã: com um lançamento da esquerda, Nicolás Tagliafico colocou Donny van de Beek na cara do gol, mas o toque do meio-campista saiu pelo lado, sem ninguém para finalizar. Na sequência, Lasse Schöne bateu para fora. Aos 10', coube a Justin Kluivert mais uma chance: o atacante ficou sozinho na área com o passe de Hakim Ziyech, e bateu colocado, mandando rente à trave esquerda. Aos poucos, o Zwolle foi crescendo, e tentando achar espaços para chegar ao ataque - como aos 28', quando Youness Mokhtar passou por Veltman, cruzou para a área, mas Mustafa Saymak pegou mal no desvio de calcanhar, e a bola passou direto.

Na sequência a essa jogada, porém, já veio a grande chance dos Ajacieden nos 45 minutos iniciais: Kluivert dominou a bola após falha de Bram van Polen, e bateu para ótima defesa de Boer. No minuto seguinte, mais: David Neres deu a bola a Schöne, que arrematou rente à trave. E em um cabeceio, aos 31', Klaas-Jan Huntelaar desviou a bola para fora. No final, aos 39', Kluivert mandou da direita para David Neres cabecear perto da meta. E finalmente, aos 43', Van de Beek desviou, também de cabeça, para Boer defender. Todavia, nada de gol no primeiro tempo, que terminou com cada equipe reclamando de um pênalti não marcado (o Zwolle citava uma cotovelada de Huntelaar em Van Polen, num escanteio; o Ajax lembrava agarrão de Mokhtar em Van de Beek, na tentativa de David Neres).

Kluivert lamenta chance perdida no começo do jogo: um dos melhores em campo, até merecia marcar - e o Ajax merecia vantagem maior no placar (Louis van de Vuurst/ajax.nl)
Veio o segundo tempo, e o domínio do Ajax continuou, com outra grande chance. Aos 49', após passe de Carel Eiting (substituto de Schöne), Donny van de Beek saiu livre na área, e tocou na saída de Boer, mandando a bola na trave. O rebote ainda ficou à disposição, mas David Neres dominou mal e tocou para fora. Enfim, aos 54', coube a Huntelaar marcar o gol que estava demorando a sair. No meio-campo, David Neres tabelou com Ziyech, chegou à área e tocou para o camisa 9. Na direita da grande área, ele tocou por baixo, na saída de Boer, e fez o 1 a 0 que os visitantes de Amsterdã já faziam por merecer havia muito.

Só as bolas paradas devolviam o Zwolle ao jogo - como a falta que Mokhtar cobrou aos 58', rebatida no susto por Onana. O goleiro camaronês também soltou a bola vinda do arremate de Younes Namli, aos 60'. Só para diminuir tais sustos, Kluivert quase marcou na sequência: de fora da área, mandou a bola no travessão. De resto, só no final do jogo houve movimentação ofensiva. Dos Ajacieden: aos 85, num ataque, Ziyech deixou David Neres na área, o camisa 7 chutou em cima de Boer, e Huntelaar perdeu ótima chance: quase na pequena área, o camisa 9 arrematou o rebote, mas Sandler esticou a perna na pequena área para afastar a bola. E dos Zwollenaren, aos 87': Terell Ondaan assustou com um chute cruzado, mandando a bola perto do gol de Onana. Mas o Ajax, por fim, segurou a vitória e aproveitou a chance: a desvantagem para o PSV foi reduzida a cinco pontos. Voltou a disputa pelo título - ainda de leve, mas voltou.

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