segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

810 minuten: como foi a 25ª rodada da Eredivisie

O Groningen já esperava ansioso pela primeira vitória em 2018, para se aliviar um pouco. Faltou impedir Te Vrede, que empatou o jogo para o NAC Breda (Maurice van Steen/VI Images)
Groningen 1x1 NAC Breda (sexta-feira, 23 de fevereiro)

Em meio a uma temporada cada vez mais caótica fora de campo (e preocupante dentro dele), o Groningen tentou fazer um bom ambiente em seu estádio, a partir de uma promoção: cada afiliado no programa de sócio-torcedor poderia levar duas pessoas de graça ao Noordlease Stadion para a partida. Até deu certo, já que o estádio ficou mais cheio. Mas dentro de campo, os Groningers trouxeram pouco perigo: só uma chance, aos 10', quando Mimoun Mahi aproveitou falha do volante Lucas Schoofs e mandou a bola na trave. De resto, os visitantes de Breda é que estiveram mais perto do gol: aos 20' (Manu García cruzou, e Samir Memisevic quase fez contra) e aos 45' (Thomas Agyepong foi outro a mandar a bola no poste).

Já no começo do segundo tempo, Agyepong teve outra valiosa oportunidade para colocar o NAC na frente: ficou livre na área após passe, cara a cara com o goleiro Sergio Padt, mas finalizou pessimamente. E o 0 a 0 seguia deixando a torcida da casa temerosa no norte holandês. Até que, aos 66', aparentemente, veio o alívio: Django Warmerdam cruzou da esquerda, e Pablo Marí desviou acidentalmente para o próprio gol, ao tentar cortar, no 1 a 0. Parecia, enfim, que viria a primeira vitória do Groningen em 2018 - tanto que vieram mais duas bolas na trave, de Ajdin Hrustic e Ritsu Doan. Não entraram. Sorte do NAC: aos 86', Mitchell te Vrede aproveitou um rebote para fazer 1 a 1 e garantir valioso ponto ao time aurinegro. Enquanto o Groningen segue preocupado - e preocupante.

O AZ atacou, atacou, atacou... e sofreu um gol. Atacou, atacou, atacou, empatou... e Idrissi fez o gol de uma difícil virada (AZ.nl)
AZ 2x1 Sparta Rotterdam (sábado, 24 de fevereiro)

O Sparta tentaria a surpresa em Alkmaar com um time tendo seis alterações, cinco defensores (jogou no 5-3-2) e uma estreia: o meio-campista Abdou Harroui. Não adiantou. Já aos 7', houve a primeira grande chance do AZ. Da direita, Alireza Jahanbakhsh lançou a bola em profundidade, e Thomas Svensson chegou à linha de fundo com ela. O sueco cruzou, e Michel Breuer evitou o gol, tirando da pequena área com um carrinho. Depois, aos 9', Sherel Floranus também tirou a bola da área, vinda de Thomas Ouwejan. No escanteio da sequência, a cobrança foi rasteira - e Alireza completou de primeira, mandando na trave. O domínio do AZ era indiscutível em campo. Então, o que aconteceu? Isso mesmo: o Sparta fez 1 a 0, aos 19'. Da direita, Ryan Sanusi cobrou escanteio. E Julian Chabot subiu mais alto do que qualquer um na área, para cabecear no ângulo esquerdo do goleiro Marco Bizot - que só pulou para constar, já que a bola veio indefensável para o gol dos visitantes.

Os Alkmaarders tentaram iniciar a reação aos 22'. Em cobrança de falta dos Alkmaarders, a bola foi rebatida, e Alireza tentou um voleio. Boa ação do iraniano: a bola quicou no chão, e o goleiro Jannik Huth rebateu. Só que o caminho do Sparta estava aberto: os contra-ataques. Num deles, os visitantes de Roterdã quase fizeram 2 a 0 aos 24': Michiel Kramer pegou livre a bola passada por Sanusi, chegou à área e concluiu cruzado. Bizot evitou o gol com os pés. Outra chance de empate para o AZ, só aos 36': Idrissi deixou Guus Til em boa posição para chutar na área, mas o arremate foi desviado por Huth. Na continuação, o goleiro do Sparta impediu que Idrissi cabeceasse, e Thomas Ouwejan terminou chutando para fora. Os Spartanen assustaram, aos 44', num chute cruzado de Fred Friday que passou perto da trave. Até que uma troca de passes rápida, típica do AZ nesta temporada, levou ao empate buscado, na sequência imediata. Teun Koopmeiners deixou a bola a Ouwejan, o lateral esquerdo já completou a triangulação com Til. Deste, a bola foi para Idrissi, que entrou na grande área pela esquerda, e só passou para o lado, onde Wout Weghorst já estava a postos para fazer 1 a 1.

Se o Sparta sonhou por muito tempo com um ponto, o goleiro Huth foi o grande responsável: ótima atuação (Tom Bode/VI Images)
No segundo tempo, o AZ voltou a impor seu domínio e a prensar o Sparta em seu próprio campo de defesa, buscando a virada. A primeira oportunidade para isso veio aos 53': Svensson cruzou da direita e Guus Til já entrou completando de voleio, mandando acima do gol. A bola seguia chegando ao ataque, em tabelas e cruzamentos - num deles, aos 57', a torcida reclamou de pênalti, após desvio da bola na mão de Frederik Holst. Aos 59', quase a sorte ajudou: Ouwejan cruzou, e o zagueiro Bart Vriends assustou ao tirar, com um desvio torto - a bola saiu pela linha de fundo. Teun Koopmeiners criou a chance seguinte, aos 61', num arremate de fora. Então, Huth se confirmou como um dos nomes do jogo. Aos 72', evitou o segundo gol: Svensson recebeu a bola livre na área, caminhou pela direita e bateu para a defesa do arqueiro, feita com os pés.  Dois minutos depois, o camisa 1 do Sparta fez um autêntico milagre: em cobrança de escanteio, Alireza cabeceou na pequena área e ele rebateu, à queima-roupa. Weghorst estava pronto para finalizar, com o gol aberto, mas Huth teve agilidade suficiente para pular e evitar a virada, levantando o pé direito e fazendo grande intervenção. 

O AZ martelava, com posse de bola e chutes a gol em número bem maior. E aí apareceu outro jogador decisivo na partida. Aos 80', Idrissi chutou sinuosamente, mandando a esférica pouco acima do travessão. Finalmente, aos 86', também veio de Idrissi uma grande chance: da esquerda, o atacante driblou três, chegou ao meio da área, mas bateu para fora. Na sequência, o camisa 22 insistiu. E conseguiu: novamente pela esquerda, novamente o drible (belíssimo corte seco em dois zagueiros), novamente a entrada na área, novamente um chute cruzado. Só o fim foi diferente. Sorte de Idrissi: a bola foi rasteira no canto esquerdo de Huth, que dessa vez nenhum milagre pôde fazer para impedir a tardia e difícil vitória do AZ.

Num jogo com várias chances das duas equipes, o Heracles foi mais eficiente e impôs outra derrota ao Zwolle (ANP/Pro Shots)
Heracles Almelo 2x1 Zwolle (sábado, 24 de fevereiro)

Sobraram chances, num primeiro tempo agradavelmente ofensivo de um lado e do outro em Almelo. Só Brandley Kuwas teve pelo menos duas oportunidades para marcar: aos 22', em chute colocado que mandou a bola na junção da trave com o travessão, e aos 39', quando desviou escanteio e a bola desviou no goleiro Diederik Boer antes de bater novamente no poste. Ao Zwolle, a bola quase foi à rede aos 12' (Piotr Parzyszek, titular no sábado, chegou atrasado a um cruzamento) e aos 26' (arremate de Younes Namli, rente ao gol). Enfim, aos 42', uma chance virou gol no placar: Kuwas cruzou - seu décimo passe para gol na temporada  -, e Kristoffer Peterson escorou fazendo 1 a 0 para os Heraclieden.

Kuwas continuou falhando na finalização: acertou novamente a bola na trave, ainda nos acréscimos do primeiro tempo, e já começou a etapa complementar forçando Boer (que em certo momento tomou um banho de cerveja de um torcedor do Heracles - e se irritou) a fazer ótima defesa, no reflexo. Todavia, também nos minutos iniciais, veio o empate dos visitantes: aos 50', Namli lançou Parzyszek, e o polonês bateu forte para o 1 a 1 dos Zwollenaren. Animados, os visitantes passaram a ser superiores, mas se passou mais um pouco e os mandantes Almelöers já recuperaram a frente: aos 62', após cruzamento, Peterson recuou de cabeça, e Vincent Vermeij voltou a marcar, para dar a vitória ao Heracles - e impor a quinta derrota seguida no returno a um Zwolle em ligeira queda.

O Heerenveen foi bem mais ofensivo. Mas numa das únicas chances que teve, o Excelsior definiu sua vitória (Ronald Bonestroo/VI Images)
Heerenveen 0x1 Excelsior (sábado, 24 de fevereiro)

Surpresas na rodada anterior, as duas equipes tentavam seguir uma boa sequência. E o Heerenveen esteve mais perto disso. Só teve incompetência num quesito fundamental: finalização. Já aos nove minutos, Reza "Gucci" Ghoochannejhad teve a primeira chance de gol do time da casa, mandando na trave. Aos 21', Arber Zeneli arrematou, e a esférica passou rente à trave defendida por Theo Zwarthoed. Finalmente, aos 30', outra bola do Fean no poste: da entrada da área, Michel Vlap arriscou, e Zwarthoed ainda desviou com a ponta dos dedos antes da bola atingir o ferro. Mas na única vez que cedeu espaço aos visitantes de Roterdã, o time da Frísia amargou a desvantagem. Aos 35', Lucas Woudenberg falhou na lateral esquerda, e Ryan Koolwijk tomou a bola, já a deixando para Ali Messaoud. Este passou de primeira, e Mike van Duinen completou com um chute colocado para o 1 a 0. 

No segundo tempo, além de continuar com as chances (um cabeceio de Kik Pierie defendido por Zwarthoed aos 51', uma jogada individual de Martin Odegaard também impedida pelo goleiro aos 83'), o Heerenveen fortaleceu os ataques com as entradas de Henk Veerman e Nemanja Mihajlovic. Mas fracassou ao tentar impedir outra vitória fora de casa do Excelsior, das campanhas mais surpreendentemente agradáveis da Eredivisie - em 10º lugar, com 32 pontos, sonhando até com a repescagem por vaga na Liga Europa da próxima temporada, distante do sufoco de outras temporadas.

Habitualmente adversário difícil em sua casa, o VVV-Venlo assustou o Vitesse. Mas os visitantes reagiram a tempo (ANP/Pro Shots)
VVV-Venlo 2x2 Vitesse (sábado, 24 de fevereiro)

Aos 10 minutos de jogo, o VVV já fazia 1 a 0: Moreno Rutten lançou a bola, para Torino Hunte ajeitar e finalizar sem chances para o goleiro Remko Pasveer. E aos 24', os Venlonaren colocaram o 2 a 0 no placar: o chute de Lennart Thy foi forte, mas também possível de defender para Pasveer. Avizinhava-se outro grande resultado para o time aurinegro, mais um pequeno a surpreender na temporada.

Todavia, aos 29', um erro de Nils Röseler devolveu o Vitesse ao jogo: Thomas Bruns cruzou a bola, e o zagueiro desviou acidentalmente, cometendo gol contra. E o Vites evitou de vez o tropeço logo no começo do segundo tempo, aos 47', com a cobrança de falta em que Mason Mount empatou a partida. A partir de então, as duas equipes tiveram chances para o terceiro gol: os mandantes com Ralf Seuntjens e Thy, os visitantes com Luc Castaignos e Mount. Mas ficou mesmo o 2 a 2 no placar.

A cena que simboliza as frustrações do Ajax no 0 a 0 contra Den Haag: atacantes chutam, Zwinkels defende (Maurice van Steen/VI Images)
Ajax 0x0 ADO Den Haag (domingo, 25 de fevereiro)

Como de praxe nos jogos mais recentes do Ajax, partiu de Justin Kluivert a primeira chance Ajacied. Aos 11 minutos, da esquerda, o atacante passou por Tyronne Ebuehi, arrematando para a defesa do goleiro Robert Zwinkels. Kluivert reapareceu aos 13', iniciando uma triangulação. Tocou para David Neres, que tabelou com Siem de Jong (substituto do lesionado Klaas-Jan Huntelaar) e entrou na área. Mas antes do brasileiro finalizar, Zwinkels saiu do gol para defender. Todavia, com uma defesa bem fechada (sem a bola, chegavam a ser seis na defesa), desacelerando o jogo, o Den Haag só dava ao Ajacieden espaços para cruzamentos. Como aos 19', quando Joël Veltman mandou a bola para a área, mas ela foi direto para Zwinkels.

Os Amsterdammers só tinham espaço nas bolas altas. O seguinte veio aos 25': um lançamento para a área, que deixou a bola nos pés de Donny van de Beek. Deste, ela foi para David Neres, que ajeitou, mas concluiu fraco, fácil para a defesa do arqueiro dos visitantes de Haia. No minuto seguinte, mais um arremate de longa distância pego pelo guarda-metas - desta vez, Matthijs de Ligt chutou. Aos 33', outro lançamento, em profundidade, tentou deixar Kluivert livre, mas Ebuehi se antecipou. Poucos segundos depois, Carel Eiting mandou a bola da direita, e Kluivert tentou o voleio, mas acertou apenas Tom Beugelsdijk. De resto, único momento de maior emoção no primeiro tempo foi apenas um começo de quiproquó após Nicolás Tagliafico cometer falta, iniciando uma sequência de empurrões - que resultou em cartões amarelos para o próprio argentino, para Trevor David (que retrucou, encarando-o) e para André Onana (que saiu de seu gol para seguir a discussão).

Tom Beugelsdijk (de amarelo) simbolizou a concentração da defesa, que rendeu valioso ponto aos visitantes de Haia (Laurens Lindhout/adodenhaag.nl)
Com a barreira de seis homens seguindo na defesa, também continuaram no segundo tempo os arremates de fora da área pelo Ajax. Aos 49', veio o primeiro perigoso. Eiting deixou a bola com Ziyech, que bateu da entrada da área. O chute saiu sem força, mas o quique da bola a tornou perigosa, e ela passou perto da trave esquerda de Zwinkels. Aos 51', Ziyech criou outra chance: um cruzamento do marroquino deixou Frenkie de Jong em frente ao gol, mas o zagueiro (elemento-surpresa) cabeceou para fora. Nos chutes de fora (como de Kluivert, aos 57', e Ziyech, no minuto seguinte), começava a se sobressair o goleiro Zwinkels. Avanços do Den Haag? Raros: só aos 60' o time tentou algo, num chute de Nasser El Khayati que mandou a bola fora. Depois, num contra-ataque aos 62', Elson Hooi ajeitou a bola para Bjorn Johnsen finalizar e Onana defender. Todavia, aos 66' o Ajax esteve muito perto de fazer o 1 a 0: Van de Beek aproveitou jogada perdida na direita da área, cruzou, e Siem de Jong cabeceou na trave - depois, a bola ainda bateu no rosto do goleiro.  Aos 68', outra vez a oportunidade apareceu:  David Neres tabelou com Siem de Jong e ficou de frente para o gol, mas Zwinkels saiu bem da meta para fechar o ângulo e rebater a bola. 

A chance seguinte veio aos 70': um chute colocado de Ziyech, que mandou a bola rente à trave. Mais um minuto, e novamente Zwinkels salvou o Den Haag: em outra tabela (desta vez, com Tagliafico), David Neres tentou outra finalização, mas o arqueiro da camisa 22 evitou com o peito - e ainda teve agilidade para pegar o chute de Tagliafico na sobra. Zwinkels teve outra aparição para confirmar seu nome como o principal do jogo, aos 74', espalmando o arremate de Frenkie de Jong. Cada vez mais concentrados em sair com um ponto, os visitantes tentaram o último chute aos 80', com Johnsen. Os Ajacieden fortaleceram o ataque, com as entradas de Mateo Cassierra (para os 14 minutos finais), Amin Younes e do estreante Dani de Wit. Teve a "bola do jogo" aos 90' + 3, quando Tagliafico cruzou, De Wit desviou tirando Zwinkels, e David Neres completou. Mas Beugelsdijk tirou em cima da linha. E o 0 a 0 ficou no placar, frustrando as perspectivas do Ajax reanimar a disputa do título - e abrilhantando ainda mais a grande campanha que faz o ADO Den Haag, firme disputando lugar na repescagem por Liga Europa.

Ainda havia equilíbrio em Feyenoord x PSV, até Arias (no centro) abrir o placar. Daí por diante, o líder da Eredivisie levou o clássico como quis, até a vitória (Pro Shots)
Feyenoord 1x3 PSV (domingo, 25 de fevereiro)

Aos quatro minutos, o PSV já mostrou a velocidade que teria o começo do jogo em De Kuip. Luuk de Jong escorou a bola para Gastón Pereiro (recebendo mais uma chance entre os titulares, no lugar de Mauro Júnior). O uruguaio deixou a bola a Steven Bergwijn, e o ponta esquerda arrematou colocado, para fora, perto do gol de Brad Jones. Com a velocidade empregada pelos Boeren, o Feyenoord só tentou o ataque aos 12': Steven Berghuis trouxe a bola pela direita, para o cruzamento, mas Schwaab rebateu. Na sobra, Sofyan Amrabat arrematou, mas Marco van Ginkel (de volta aos titulares, após lesão) espantou. Aos 14', uma triangulação rendeu boa chance: Bart Nieuwkoop também fez jogada pelo lado direito, passou a Jorgensen para este desviar, e Berghuis entrou cruzando. Mas a bola bateu em Brenet e saiu pela linha de fundo. De resto, pouco a pouco o PSV se impunha e tentava mais - como aos 17', quando Van Ginkel completou uma falta de voleio, mas pegou mal na bola. E aos 18': Bergwijn cobrou escanteio, e Arias cabeceou para tentar o gol, como fizera contra o Heerenveen - desta vez, o colombiano mandou por cima do gol.

Porém, da vez seguinte em que tentou surpreender na área, o lateral direito teve muito sucesso, aos 23'. Em cobrança curta de escanteio, Pereiro deixou a bola a Bergwijn. Este cruzou, a defesa do Feyenoord fez pessimamente a linha de impedimento, e Arias ficou livre e em condições para desviar de cabeça, no contrapé de Brad Jones, fazendo 1 a 0. Em vantagem, os Eindhovenaren passaram a jogar como gostam: esperando uma chance para o contra-ataque, enquanto o Feyenoord tentava ataques inócuos. Numa delas, apareceu o espaço, aos 34', a partir do desarme de Bart Ramselaar. A bola sobrou com Pereiro, e o uruguaio já lançou do meio-campo para Bergwijn. Bart Nieuwkoop falhou ao tentar o domínio, o atacante o superou na corrida, chegou à área e tocou na saída de Brad Jones - Van der Heijden ainda alcançou a bola, mas ela já tinha passado da linha. Já era o 2 a 0 do PSV. E poderia ter sido 3 a 0 aos 41': Pereiro roubou a bola na direita, veio com ela até a grande área e cruzou. A bola desviou na defesa, e Bergwijn ainda bateu sozinho, mas Van der Heijden desviou com a perna para a linha de fundo, evitando o gol. Também houve boa chance no minuto seguinte: Bergwijn cruzou rasteiro da esquerda, a bola passou pela área e terminou com Arias batendo acima do gol.

Sob desconfiança da torcida há algum tempo, Pereiro recebeu a chance de se redimir no clássico. E aproveitou: um gol e ótima atuação (Ronald Bonestroo/VI Images)
No segundo tempo, a entrada de Jean-Paul Boëtius visava aumentar a velocidade no ataque Feyenoorder, apático até ali. Mas não adiantou muito, a princípio: aos 52', Bergwijn tentou um cruzamento - e este quase virou gol: a bola passou perto da trave esquerda. Mas no minuto seguinte, a desatenção foi da defesa do PSV. Sorte do Feyenoord: Schwaab tentou afastar e deixou a bola nos pés de Malacia, que passou a Boëtius. O ponta cruzou da linha de fundo, e na área, Tonny Vilhena cabeceou meio fraco, mas a bola passou ao lado de Zoet, que viu inerte o gol do Stadionclub. Só que a tensão dos Eindhovenaren acabou rapidamente. Já aos 58', outra bola parada começou a jogada do terceiro gol: após lateral cobrado, a bola parou com Bergwijn, na esquerda. O atacante da camisa 19 trouxe a bola até a área, e arrematou cruzado. Brad Jones rebateu para a frente, na pequena área, e lá estava Pereiro, que completou para o gol vazio, marcando facilmente o 3 a 1.

Definitivamente batido, o Stadionclub só traria perigo de novo no reinício, quando Jorgensen ainda tentou o gol, numa finalização colocada da entrada da área, mas Zoet agarrou firme. Mas o domínio estava restabelecido, e o PSV continuou tendo chances - como aos 61', num contra-ataque em que Pereiro trouxe a bola pela esquerda, passou a Van Ginkel, e este deu a Ramselaar, que bateu cruzado para Jones pegar. Vez por outra, o time da casa insistiu nos chutes de fora (com Boëtius, aos 69', e Vilhena, aos 73'). Teve até gol anulado por impedimento, nos acréscimos. Mas nada disso apagou a má impressão deixada aos torcedores, com a atuação lenta do Feyenoord.  E nem evitou que o PSV saísse do clássico com o otimismo renovado: líder, de novo sete pontos à frente, sentindo-se definitivamente na rota do título.

Com o gol de Rienstra (segundo da esquerda para a direita), o Willem II garantiu a vantagem com firmeza (ANP/Pro Shots)
Willem II 1x0 Roda JC (domingo, 25 de fevereiro)


Logo no sexto minuto de jogo, o Willem II mostrou que partiria firme rumo à vitória em Tilburg, para abrir importante vantagem sobre o adversário da partida, na disputa contra a repescagem/rebaixamento: Ben Rienstra cruzou a bola, e Fran Sol por pouco chegou depois da bola. Então, aos 14', coube a Rienstra resolver tudo sozinho: um chute colocado do meio-campista mandou a esférica no canto esquerdo, sem dar chances de defesa a Hidde Jurjus para o 1 a 0. Em vantagem, os Tricolores mandantes também reduziram o ritmo, mesmo tentando finalizações aqui e ali.

Na volta dos vestiários, o Roda JC se mostrou mais ativo. Aos 48', Livio Milts só não conseguiu o empate para os Koempels porque seu chute saiu sem direção, enquanto Dani Schahin chutou pouco acima do travessão, aos 53'. Ainda assim, com a defesa firme, o time da casa manteve a vantagem. E conseguiu o triunfo que desejava, para aumentar um pouco o alívio e ter a distância aumentada em relação à zona de repescagem/queda: são seis pontos em relação ao Twente, antepenúltimo colocado - e ao próprio Roda vencido, que ficou na penúltima posição. Cresce a confiança dos Tilburgers para pegar o Feyenoord na próxima quarta, pela semifinal da Copa da Holanda.

Após um começo melhor do Twente, o Utrecht reagiu. E a virada de Van de Streek consolidou outra vitória (Pro Shots)
Utrecht 3x1 Twente (domingo, 25 de fevereiro)

No começo da partida no estádio Galgenwaard, pareceu que o Twente teria, enfim, uma rodada para comemorar: já aos 10 minutos, Danny Holla deixou Haris Vuckic livre na área com um passe, e o meio-campista tocou na saída do goleiro David Jensen para o 1 a 0 dos Tukkers visitantes. Aí, novamente, a dura realidade se impôs ao penúltimo colocado, em três momentos. O primeiro, aos 20': Adam Maher cruzou a bola para Vuckic, e o esloveno perdeu chance incrível, completando para fora a três metros do gol vazio. O segundo momento foi pior, até a longo prazo: lateral direito, Hidde ter Avest deixou o campo com suspeita de fratura na fíbula, aos 28'.

Enfim, nos acréscimos, o Utrecht impôs o terceiro momento difícil aos visitantes de Enschede: Sean Klaiber pegou a sobra de um bate-rebate e empatou o jogo. E no segundo tempo, os Utregs cresceram gradualmente até a virada, aos 67': de calcanhar, Cyriel Dessers deixou a bola para Sander van de Streek finalizar e fazer 2 a 1. Dez minutos depois, também de taquito, Van de Streek passou para Yassin Ayoub definir o placar, num belo chute de pé direito. Se o Twente começou bem, o Utrecht terminou melhor ainda: não só mantém a invencibilidade sob o comando do técnico Jean-Paul de Jong (quarta vitória seguida, oito jogos sem perder), como tirou o Feyenoord da quarta colocação.

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