domingo, 7 de janeiro de 2024

Parada obrigatória: PSV

Aclamado pela torcida, 100% de aproveitamento após 16 rodadas, uma vaga nas oitavas de final da Liga dos Campeões como "lambuja": difícil achar algo para criticar no PSV (Peter Lous/BSR Agency/Eredivisie)

Posição: 1º lugar, com 48 pontos
Técnico: Peter Bosz
Time-base: Benítez; Teze, André Ramalho, Boscagli e Dest; Schouten e Veerman; Bakayoko, Til (Saibari/Tillman) e Vertessen (Lozano/Lang); Luuk de Jong
Maiores vitórias: RKC Waalwijk 0x4 PSV (4ª rodada), PSV 4x0 NEC (5ª rodada) e AZ 0x4 PSV (16ª rodada 
Maior derrota: não houve
Copa da Holanda: estreará em 17 de janeiro, contra o Twente, pela segunda fase (o jogo seria em dezembro, mas foi adiado pela chuva)
Competição europeia: Liga dos Campeões (enfrentará o Borussia Dortmund-ALE, nas oitavas de final)
Artilheiro: Luuk de Jong (atacante), com 12 gols
Objetivo do início: Título
Avaliação: O time de Eindhoven não podia imaginar uma campanha melhor. A uma vitória de igualar o recorde histórico do melhor primeiro turno que a Eredivisie já viu, o líder da liga parece inatingível

Para se ter uma ideia do que o PSV faz neste primeiro turno de Campeonato Holandês, é só olhar na ficha acima. Mais precisamente, no trecho "maior derrota", com a informação "não houve". Desde a temporada 1994/95 (com o Ajax campeão invicto), isso não acontecia com nenhum clube na Eredivisie. E desde 1987/88 (a temporada da Tríplice Coroa do PSV) não havia um time holandês com 100% de aproveitamento na primeira metade da liga nacional. Sim, o time de Eindhoven teve dinheiro no planejamento - graças às vendas de Cody Gakpo e Noni Madueke -, investiu pesado, sempre teve como grande intenção ser campeão nacional após seis anos. Quando notou que o Ajax não iria atrás de Peter Bosz, que até sinalizara simpatia com a ideia de voltar a Amsterdã, os Boeren foram atrás. Ainda assim, era otimismo demais pensar que o PSV conseguiria o que conseguiu até agora: 16 vitórias em 16 rodadas. Só é possível pensar que isso aconteceu porque o investimento em contratações foi certeiro. 

Jerdy Schouten quis voltar ao país natal - e junto ao colega Joey Veerman (talvez o melhor jogador da Eredivisie até agora). Na ponta esquerda, tanto Noa Lang quanto Hirving Lozano tiveram boa parcela de contribuição, e quando se machucaram, Yorbe Vertessen segurou as pontas. Na direita, a permanência de Johan Bakayoko é que foi a grande "contratação": o belga é outro candidato a melhor da liga até agora. Assim como o ídolo Luuk de Jong, garantia de gols e de experiência. No meio-campo, Malik Tillman chegou para ser grande opção a Guus Til e a Ismael Saibari. Até mesmo a grande falha do clube - a fragilidade do miolo de zaga - é consertada, quando Schouten de vez em quando é recuado para a defesa. E as vitórias se avolumaram. Algumas, mais fáceis, como os 6 a 0 no Heracles Almelo (11ª rodada); outras, mais árduas (como a virada sobre o Ajax no clássico da 10ª rodada, quando o 2 a 1 sofrido no 1º tempo virou um grande 5 a 2). E o ápice veio no grande desafio à invencibilidade, contra os integrantes do topo da tabela, todos enfrentados fora de casa. Twente, na 13ª rodada, em Enschede? PSV 3 a 0. O clássico contra o Feyenoord, na rodada seguinte? O PSV se controlou até fazer dois gols em três minutos e vencer (2 a 1). AZ, em Alkmaar, na 16ª rodada, a última de 2023? Em 15 minutos do 1º tempo, já estava 3 a 0 - terminaria 4 a 0. E o PSV, com as oitavas de final da Liga dos Campeões, "só" tem a tarefa de manter, no returno, a trajetória irresistível que tem até agora no Campeonato Holandês. Igualar o turno de 1987/88 está muito perto. O que é mais de meio caminho andado para o título.

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