domingo, 7 de janeiro de 2024

Parada obrigatória: Vitesse

Room e Manhoef fazem o que podem em campo. Mas está difícil para o Vitesse contentar sua torcida e sair da última posição (Bart Stoutjesdijk/ANP/Getty Images)

Posição: 18º lugar, com 11 pontos (atrás pelo menor número de gols pró)
Técnicos: Phillip Cocu (até a 12ª rodada) e Edward Sturing (interino, depois efetivado, desde a 13ª rodada) 
Time-base: Room; Arcus, Oroz (Hendriks), Isimat-Mirin e Cornelisse; Meulensteen e Van Ginkel; Manhoef, Tielemans (De Regt) e Kozlowski; Hamulic (Boutrah) 
Maior vitória: NEC 1x3 Vitesse (7ª rodada)
Maior derrota: Ajax 5x0 Vitesse (13ª rodada) e Almere City 5x0 Vitesse (16ª rodada)
Copa da Holanda: enfrentará o AFC (terceira divisão), nas oitavas de final
Competição europeia: nenhuma
Artilheiro: Marco van Ginkel (meio-campista) e Million Manhoef (atacante), ambos com 4 gols
Objetivo do início: meio de tabela
Avaliação: O círculo vicioso em que o Vites está desde o ano passado enfim se faz sentir em campo. Do pior jeito possível: um time estagnado, que parece incapaz de sair da última posição, por mais que tente

A péssima primeira metade da temporada que o Vitesse faz, incomum para um time do "subtopo" do Campeonato Holandês, começa na burocracia que impede o clube de Arnhem de ter a confirmação de seu novo dono. Explica-se: em 2022, com o começo da guerra entre Rússia e Ucrânia, o ucraniano Valeriy Oyf vendeu o clube. Logo, o norte-americano Coley Parry se interessou em adquirir o Vites. E o fez, em julho do ano retrasado. Só que, desde então, a federação holandesa ainda não autorizou que Parry assuma o clube abertamente, exigindo o planejamento do clube, que já é olhado com desconfiança em relação às suas finanças. E começou o círculo vicioso. Sem novo dono, não poderia se planejar financeiramente. Sem dinheiro, não poderia contratar muito. Ou seja: o Vitesse viu muitos nomes saindo, sem poder responder com contratações.

O resultado foi o que se viu neste primeiro turno: após uma vitória somente na primeira rodada, diante de um clube que se tornou concorrente direto contra o rebaixamento (2 a 1 no Volendam), derrotas e mais derrotas. Pouquíssimos nomes se destacaram: o goleiro Eloy Room - três pênaltis pegos em duas rodadas seguidas, na 14ª e na 15ª rodadas -, o meio-campo Marco van Ginkel (sempre experiente) e o atacante Million Manhoef. Mas era pouco para conter a crise. Escancarada a partir dos 5 a 1 sofridos para o Go Ahead Eagles (11ª rodada), depois da qual o técnico Phillip Cocu se demitiu, após protestos da torcida. Surgiu, então, Edward Sturing, velho ídolo, para sua sexta (!) passagem como técnico interino. Ela iria até dezembro. Agora, irá até o fim da temporada. Já teve mais pressão na última rodada de 2023, com a goleada sofrida (5 a 0 para o Almere City - após o jogo, Manhoef e Van Ginkel foram acalmar a torcida). O avanço às oitavas de final da Copa da Holanda é só um pequeno ânimo, para um time que precisa melhorar ofensivamente (é o pior ataque do campeonato, com 12 gols). Mas que, a rigor, precisa melhorar muita coisa para evitar o rebaixamento, após 43 anos.

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