A dupla Ziyech-Promes deu certo, e o Ajax segue firme buscando o bicampeonato holandês. Mas ele (e uma boa campanha na Liga Europa) não virão sem esforço (Getty Images) |
Posição: 1º colocado, com 44 pontos
Técnico: Erik ten Hag
Time-base: Onana; Dest (Mazraoui), Veltman, Blind e Tagliafico; Álvarez (Marin) e Martínez; Ziyech, Van de Beek e Promes; Tadic
Maior vitória: Ajax 6x1 ADO Den Haag (18ª rodada)
Maior derrota: Ajax 0x2 Willem II (16ª rodada)
Maior derrota: Ajax 0x2 Willem II (16ª rodada)
Copa da Holanda: classificado para as oitavas de final, nas quais enfrentará o Spakenburg (terceira divisão), em 22 de janeiro
Competição europeia: Liga dos Campeões (eliminado na fase de grupos) e Liga Europa (classificado para a segunda fase, na qual enfrentará o Getafe-ESP)
Artilheiro: Quincy Promes (atacante), com 10 gols
Objetivo do início: Título
Avaliação: O Ajax cumpre seu objetivo, até aqui: segue como o grande favorito ao título na Eredivisie. Entretanto, vários percalços tornam o caminho mais turbulento do que se esperava para os Ajacieden
Fez os treinos da pausa de inverno em... Doha, no Catar, de 4 a 12 de janeiro
E amistosos? Venceu o Eupen-BEL, por 2 a 0, e o Club Brugge-BEL, por 3 a 1
De certa forma, dá para dizer que o primeiro jogo do Ajax neste Campeonato Holandês 2019/20 resume bem o que foi a primeira metade da temporada do atual campeão da Eredivisie: sua força dentro de campo o torna favorito destacado à conquista do bicampeonato, mas os sustos estão à espreita, e podem prejudicar os Godenzonen. Foi assim naquele 2 a 2 com o Vitesse, quando os Ajacieden sofreram com a equipe de Arnhem. Foi assim em tantas outras partidas, que renderam consequências indesejadas. Claro, pelo menos na liga holandesa, isso ocorreu menos vezes: o normal era o Ajax impor seu amplo favoritismo, em casa e fora. Mesmo em partidas nas quais não ia tão bem. Se há dúvidas, basta ver o 4 a 1 no Sparta Rotterdam, na quinta rodada. Ou o 4 a 1 no Heerenveen, na rodada seguinte. Mesmo sem jogar bem, a superioridade era tamanha que a goleada acabava acontecendo, diante dos clubes menores.
Entretanto, o rendimento do Ajax mostrava previsivelmente maior inconsistência do que na incrível temporada passada. Havia acertos: por exemplo, Lisandro Martínez - o argentino chegou para a zaga, mas mostrou tanta qualidade nos passes que já foi para o meio-campo, sem prejuízo da utilidade. Quincy Promes demorou algumas rodadas, mas logo destronou David Neres (inconstante, mesmo antes da lesão que o tirou dos campos no fim de 2019) para criar grande parceria de ataque com Hakim Ziyech - daí, os dez gols de Promes na Eredivisie, tornando-o goleador do Ajax. Por falar no marroquino, ele seguiu mostrando como já é grande demais para o futebol da Holanda: preciso nos passes para gol (foram 12), preciso nos chutes, habilidoso ao extremo... se houve um destaque dos Amsterdammers, foi Ziyech, acima de Donny van de Beek - ele teve ótimos momentos - e Dusan Tadic - menos inspirado do que na temporada anterior, mas ainda muito útil (foi quem mais passes para gol deu neste campeonato - 13). E André Onana é cada vez mais confiável no gol.
Só que havia erros e gente decepcionando, como Razvan Marin e Noussair Mazraoui. Desde a terceira fase preliminar, a campanha na Liga dos Campeões foi feita de altos (os triunfos contra Lille, na Johan Cruyff Arena, e Valencia, em pleno Mestalla) e baixos (a queda para o Chelsea em Amsterdã, e as crônicas fragilidades defensivas que transformaram um 4 a 1 em 4 a 4 no Stamford Bridge - sim, isso inclui as expulsões). Pior: temporada passa, temporada chega, e o "estilo de jogo" às vezes segue uma camisa-de-força para o Ajax, como se viu na decepcionante eliminação na Champions - um time ineficiente no ataque foi parado por um Valencia eficiente na frente e insuperável atrás. Pior ainda: com algumas lesões no fim do ano (Promes, David Neres), mais o desafortunado problema cardíaco que transformou a carreira de Daley Blind em incógnita, o Ajax começou a engripar na Eredivisie. E as derrotas para Willem II e AZ permitiram a chegada do clube de Alkmaar na disputa do título. Pelo menos, na última rodada de 2019, veio um massacre tipicamente Ajacied - 6 a 1 no ADO Den Haag -, enquanto o AZ era derrotado pelo Sparta Rotterdam. E o Ajax segue favorito ao título holandês. Segue podendo fazer bom papel na Liga Europa. Mas encontra mais dificuldades do que imaginava.
De certa forma, dá para dizer que o primeiro jogo do Ajax neste Campeonato Holandês 2019/20 resume bem o que foi a primeira metade da temporada do atual campeão da Eredivisie: sua força dentro de campo o torna favorito destacado à conquista do bicampeonato, mas os sustos estão à espreita, e podem prejudicar os Godenzonen. Foi assim naquele 2 a 2 com o Vitesse, quando os Ajacieden sofreram com a equipe de Arnhem. Foi assim em tantas outras partidas, que renderam consequências indesejadas. Claro, pelo menos na liga holandesa, isso ocorreu menos vezes: o normal era o Ajax impor seu amplo favoritismo, em casa e fora. Mesmo em partidas nas quais não ia tão bem. Se há dúvidas, basta ver o 4 a 1 no Sparta Rotterdam, na quinta rodada. Ou o 4 a 1 no Heerenveen, na rodada seguinte. Mesmo sem jogar bem, a superioridade era tamanha que a goleada acabava acontecendo, diante dos clubes menores.
Entretanto, o rendimento do Ajax mostrava previsivelmente maior inconsistência do que na incrível temporada passada. Havia acertos: por exemplo, Lisandro Martínez - o argentino chegou para a zaga, mas mostrou tanta qualidade nos passes que já foi para o meio-campo, sem prejuízo da utilidade. Quincy Promes demorou algumas rodadas, mas logo destronou David Neres (inconstante, mesmo antes da lesão que o tirou dos campos no fim de 2019) para criar grande parceria de ataque com Hakim Ziyech - daí, os dez gols de Promes na Eredivisie, tornando-o goleador do Ajax. Por falar no marroquino, ele seguiu mostrando como já é grande demais para o futebol da Holanda: preciso nos passes para gol (foram 12), preciso nos chutes, habilidoso ao extremo... se houve um destaque dos Amsterdammers, foi Ziyech, acima de Donny van de Beek - ele teve ótimos momentos - e Dusan Tadic - menos inspirado do que na temporada anterior, mas ainda muito útil (foi quem mais passes para gol deu neste campeonato - 13). E André Onana é cada vez mais confiável no gol.
Só que havia erros e gente decepcionando, como Razvan Marin e Noussair Mazraoui. Desde a terceira fase preliminar, a campanha na Liga dos Campeões foi feita de altos (os triunfos contra Lille, na Johan Cruyff Arena, e Valencia, em pleno Mestalla) e baixos (a queda para o Chelsea em Amsterdã, e as crônicas fragilidades defensivas que transformaram um 4 a 1 em 4 a 4 no Stamford Bridge - sim, isso inclui as expulsões). Pior: temporada passa, temporada chega, e o "estilo de jogo" às vezes segue uma camisa-de-força para o Ajax, como se viu na decepcionante eliminação na Champions - um time ineficiente no ataque foi parado por um Valencia eficiente na frente e insuperável atrás. Pior ainda: com algumas lesões no fim do ano (Promes, David Neres), mais o desafortunado problema cardíaco que transformou a carreira de Daley Blind em incógnita, o Ajax começou a engripar na Eredivisie. E as derrotas para Willem II e AZ permitiram a chegada do clube de Alkmaar na disputa do título. Pelo menos, na última rodada de 2019, veio um massacre tipicamente Ajacied - 6 a 1 no ADO Den Haag -, enquanto o AZ era derrotado pelo Sparta Rotterdam. E o Ajax segue favorito ao título holandês. Segue podendo fazer bom papel na Liga Europa. Mas encontra mais dificuldades do que imaginava.
Bom dia, Felipe. Escrevo em nome do portal de resultados FlashScore.com.br, anteriormente conhecido como Resultados.com.
ResponderExcluirGostaríamos muito de realizar com o Espreme a Laranja uma troca de links favorável para ambos. O que acha de conversar a respeito?
Muito obrigado.