O Feyenoord tentou embalar com Jaap Stam, mas o time tropeçou e o ex-zagueiro fracassou. Chegou Dick Advocaat, o time ficou organizado... e vem subindo (Pro Shots) |
Posição: 5ª colocado, com 31 pontos
Técnico: Jaap Stam (até a 11ª rodada) e Dick Advocaat
Time-base: Vermeer; Geertruida (Karsdorp), Eric Botteghin, Senesi (Edgar Ié) e Haps (Malacia); Toornstra, Kökcü e Fer; Larsson (Jorgensen), Berghuis e Sinisterra
Maior vitória: Feyenoord 5x1 Twente (8ª rodada)
Maior derrota: Ajax 4x0 Feyenoord (11ª rodada)
Maior derrota: Ajax 4x0 Feyenoord (11ª rodada)
Copa da Holanda: classificado para as oitavas de final, nas quais enfrentará o Fortuna Sittard, em 21 de janeiro
Competição europeia: Liga Europa (eliminado na fase de grupos)
Artilheiro: Steven Berghuis (atacante), com 11 gols
Objetivo do início: Vaga nas competições europeias
Avaliação: Sob Jaap Stam, o Feyenoord começou estranho e terminou desastroso. Chegou Dick Advocaat, o time se aprumou... e mostra capacidade e qualidade para ir buscar seu objetivo, com um pouco de atraso
Fazendo os treinos da pausa de inverno em... Marbella, balneário na Espanha, de 6 a 11 de janeiro
E amistosos? Ganhou do Hoffenheim-ALE por 3 a 2, e perdeu para o Borussia Dortmund-ALE, por 4 a 2
Desde que foi anunciada, a contratação de Jaap Stam para treinar o Feyenoord, sucedendo a marcante passagem de Giovanni van Bronckhorst, pareceu estranha, mas... aceitável. Por menos que Stam tivesse feito na carreira - viera mais pelo impulso que dera no Zwolle, salvando o clube do rebaixamento em 2018/19 -, dava para esperar que sua habitual vontade no banco tornasse mais fácil o caminho do Stadionclub, sem duas de suas referências: o mencionado "Gio", e Robin van Persie, de carreira encerrada. Até que o começo foi promissor, chegando à fase de grupos da Liga Europa sem problemas. Mas no Campeonato Holandês, as coisas preocuparam um pouco: quatro empates nas quatro primeiras rodadas. Tudo bem, começo de trabalho... mas logo deveriam vir as melhoras. Bem, alguns resultados até foram satisfatórios, como o triunfo sobre o Willem II, na quinta rodada, e a goleada sobre o Twente, na oitava. Para nem citar a comovente vitória sobre o Porto, na fase de grupos da Liga Europa.
Todavia, logo se viu que o Feyenoord tinha problemas em campo. Steven Berghuis andava sobrecarregado demais no ataque, sem que os companheiros melhorassem. Na defesa, indecisão no miolo de zaga: Eric Botteghin falhava, e não se sabia quem seria seu companheiro de zaga (Sven van Beek? Jan-Arie van der Heijden? Edgar Ié? Marcos Senesi?) - e fosse qual fosse, estava falhando. As laterais até tinham bons nomes, mas a propensão deles a lesões assustava. Começaram a vir os maus resultados: um 3 a 3 com o Emmen (7ª rodada) que quase foi derrota, com o empate vindo no último lance do jogo, um vexatório 3 a 0 sofrido para o AZ em pleno De Kuip (4ª rodada), levar o 4 a 2 que era a primeira vitória do Fortuna Sittard nesta temporada da Eredivisie (9ª rodada), as derrotas para Rangers-ESC e Young Boys-SUI na Liga Europa... e finalmente, o tiro de misericórdia no trabalho de Stam: um humilhante 4 a 0 sofrido para o arquirrival Ajax, que marcou todos os gols ainda no primeiro tempo, e poderia ter feito mais, tal era a fragilidade defensiva do Feyenoord. Ficou impossível segurar Stam, que foi demitido - e, tempos depois, reconheceu que por muito pouco não recusara o cargo antes.
Só restou à diretoria - e à torcida, diga-se de passagem - baixarem a cabeça e chamarem justamente o nome indesejado antes da temporada, pelo excesso de cautela: Dick Advocaat. E o "Pequeno General" fez o que já está acostumado a fazer há alguns anos: apagar incêndios com sucesso, organizando o time. Na defesa, Botteghin enfim ganhou algum entrosamento, já que teve o parceiro fixado em Senesi. Nas laterais, já que Rick Karsdorp e Ridgeciano Haps seguem lesionados, os jovens Lutsharel Geertruida e Tyrell Malacia cresceram de produção. O meio-campo enfim se estabilizou, com o trio Jens Toornstra-Orkun Kökcü-Leroy Fer. E no ataque, se Nicolai Jorgensen segue devendo, Sam Larsson e Luis Sinisterra cresceram, liberando Berghuis para brilhar mais. Resultado: desde a 12ª rodada, o Feyenoord está invicto no Campeonato Holandês - seis vitórias, dois empates. Conseguiu triunfos alentadores, como a emocionante virada sobre o RKC Waalwijk (3 a 2, na 13ª rodada) e o animado 2 a 1 no Utrecht (18ª rodada). E se faltava uma prova da reação, o 3 a 1 no clássico contra o PSV (17ª rodada) deixou claro: se foi impossível evitar a queda na Liga Europa, sim, o Feyenoord está vivo no Campeonato Holandês. Muito vivo. Talvez não para buscar o título. Mas certamente para cumprir o objetivo de ter vaga nas competições europeias. Merece respeito.
Desde que foi anunciada, a contratação de Jaap Stam para treinar o Feyenoord, sucedendo a marcante passagem de Giovanni van Bronckhorst, pareceu estranha, mas... aceitável. Por menos que Stam tivesse feito na carreira - viera mais pelo impulso que dera no Zwolle, salvando o clube do rebaixamento em 2018/19 -, dava para esperar que sua habitual vontade no banco tornasse mais fácil o caminho do Stadionclub, sem duas de suas referências: o mencionado "Gio", e Robin van Persie, de carreira encerrada. Até que o começo foi promissor, chegando à fase de grupos da Liga Europa sem problemas. Mas no Campeonato Holandês, as coisas preocuparam um pouco: quatro empates nas quatro primeiras rodadas. Tudo bem, começo de trabalho... mas logo deveriam vir as melhoras. Bem, alguns resultados até foram satisfatórios, como o triunfo sobre o Willem II, na quinta rodada, e a goleada sobre o Twente, na oitava. Para nem citar a comovente vitória sobre o Porto, na fase de grupos da Liga Europa.
Todavia, logo se viu que o Feyenoord tinha problemas em campo. Steven Berghuis andava sobrecarregado demais no ataque, sem que os companheiros melhorassem. Na defesa, indecisão no miolo de zaga: Eric Botteghin falhava, e não se sabia quem seria seu companheiro de zaga (Sven van Beek? Jan-Arie van der Heijden? Edgar Ié? Marcos Senesi?) - e fosse qual fosse, estava falhando. As laterais até tinham bons nomes, mas a propensão deles a lesões assustava. Começaram a vir os maus resultados: um 3 a 3 com o Emmen (7ª rodada) que quase foi derrota, com o empate vindo no último lance do jogo, um vexatório 3 a 0 sofrido para o AZ em pleno De Kuip (4ª rodada), levar o 4 a 2 que era a primeira vitória do Fortuna Sittard nesta temporada da Eredivisie (9ª rodada), as derrotas para Rangers-ESC e Young Boys-SUI na Liga Europa... e finalmente, o tiro de misericórdia no trabalho de Stam: um humilhante 4 a 0 sofrido para o arquirrival Ajax, que marcou todos os gols ainda no primeiro tempo, e poderia ter feito mais, tal era a fragilidade defensiva do Feyenoord. Ficou impossível segurar Stam, que foi demitido - e, tempos depois, reconheceu que por muito pouco não recusara o cargo antes.
Só restou à diretoria - e à torcida, diga-se de passagem - baixarem a cabeça e chamarem justamente o nome indesejado antes da temporada, pelo excesso de cautela: Dick Advocaat. E o "Pequeno General" fez o que já está acostumado a fazer há alguns anos: apagar incêndios com sucesso, organizando o time. Na defesa, Botteghin enfim ganhou algum entrosamento, já que teve o parceiro fixado em Senesi. Nas laterais, já que Rick Karsdorp e Ridgeciano Haps seguem lesionados, os jovens Lutsharel Geertruida e Tyrell Malacia cresceram de produção. O meio-campo enfim se estabilizou, com o trio Jens Toornstra-Orkun Kökcü-Leroy Fer. E no ataque, se Nicolai Jorgensen segue devendo, Sam Larsson e Luis Sinisterra cresceram, liberando Berghuis para brilhar mais. Resultado: desde a 12ª rodada, o Feyenoord está invicto no Campeonato Holandês - seis vitórias, dois empates. Conseguiu triunfos alentadores, como a emocionante virada sobre o RKC Waalwijk (3 a 2, na 13ª rodada) e o animado 2 a 1 no Utrecht (18ª rodada). E se faltava uma prova da reação, o 3 a 1 no clássico contra o PSV (17ª rodada) deixou claro: se foi impossível evitar a queda na Liga Europa, sim, o Feyenoord está vivo no Campeonato Holandês. Muito vivo. Talvez não para buscar o título. Mas certamente para cumprir o objetivo de ter vaga nas competições europeias. Merece respeito.
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