Contestado pela torcida antes da Eredivisie, um dos goleadores do campeonato durante: a reação de Bryan Linssen personifica bem a temporada muito decente do Feyenoord (Pro Shots) |
Posição: 3ª colocação, com 39 pontos
Técnico: Arne Slot
Time-base: Bijlow; Pedersen (Geertruida), Trauner, Senesi e Malacia; Aursnes, Til e Kökcü; Toornstra (Dessers), Linssen e Sinisterra
Maior vitória: Feyenoord 5x0 Fortuna Sittard (15ª rodada)
Maior derrota: Utrecht 3x1 Feyenoord (3ª rodada)
Copa da Holanda: eliminado pelo Twente, na segunda fase
Competição europeia: Conference League (classificado para as oitavas de final)
Artilheiros: Bryan Linssen (atacante), com 10 gols
Objetivo do início: vaga nas competições europeias
Avaliação: O Feyenoord lidava com uma desconfiança gigantesca antes da temporada - ainda mais em razão da saída de Berghuis, seu principal destaque dos anos recentes. Pois o Stadionclub está vencendo a desconfiança até aqui, com uma temporada extremamente decente dentro de campo
Não bastasse o desânimo com que terminou a temporada passada (vale lembrar: teve de disputar o play-off por vaga na Conference League), o Feyenoord sofreu uma das piores humilhações que um time grande pode sofrer, antes da Eredivisie começar: perdeu o seu destaque absoluto das últimas temporadas, Steven Berghuis, justamente para o arquirrival Ajax. A dor da torcida estava gigante, e só uma campanha elogiável aplacaria tal pessimismo - e minoraria os efeitos da crise financeira que o clube vive, diga-se de passagem. A desconfiança existia, e era justificável. Pois bem: 18 rodadas depois, aconteça o que acontecer, o Stadionclub tem motivos para orgulhar sua fanática torcida. Pode não liderar o campeonato, mas está fazendo uma campanha muito decente na Eredivisie. Há vitórias marcantes (os 4 a 0 sobre o PSV, na 5ª rodada, em pleno Philips Stadion), vitórias emocionantes (os 5 a 3 sobre o NEC, na 7ª rodada, e o 1 a 0 no AZ, pela 12ª rodada, ambos ganhos nos acréscimos), vitórias categóricas (o inquestionável 5 a 0 no Fortuna Sittard, pela 15ª rodada)... motivos para respeito sobram. Até porque a campanha na Conference League também foi respeitável, superando sufocos na fase preliminar para chegar à fase de grupos e liderar sua chave.
Esta campanha decente é fundamentada parte nos reforços, parte em nomes conhecidos. No primeiro grupo, está Gernot Trauner: pode-se dizer que o zagueiro austríaco forma a melhor dupla de zaga do campeonato até aqui, com Marcos Senesi. Fredrik Aursnes é considerado uma "pechincha": por um preço baixo, chegou para ser um volante muito confiável. Além dele, Guus Til reabilita a carreira: vindo por baixo, o meio-campista se destacou a ponto de voltar inesperadamente à seleção masculina. E até o reserva Cyriel Dessers virou "talismã", pelos vários gols marcados no fim. Nos nomes habituais em De Kuip, além do citado Senesi, há um Tyrell Malacia cada vez mais firme na lateral esquerda, um Jens Toornstra com poder de liderança sobre o grupo, um Orkun Kökcü enfim em ascensão, Bryan Linssen que venceu as desconfianças na frente, um Luis Sinisterra que vive o grande momento de sua carreira... todos, treinados por um Arne Slot que faz outro bom trabalho. Se há motivos para criticar, ficam restritos ao grupo curto, que sempre se cansa logo após as rodadas da Conference (não por acaso, raramente ganhava nas rodadas da Eredivisie que vinham em seguida), e ao mau hábito de tropeçar nos jogos contra adversários diretos (perdeu para Utrecht e Vitesse, empatou contra o Twente... e perdeu o Klassieker contra o Ajax). Mas para a baixa expectativa que a torcida tinha antes da temporada, o que o Feyenoord faz não é nada mal.
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