quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Parada obrigatória: AZ

O retorno de Karlsson, os gols de Odgaard (meio), a experiência e os bons lançamentos de Clasie (à direita): o AZ tropeçou aqui e ali, mas descartá-lo da disputa séria é precipitado (Rico Brouwer/Soccrates/Getty Images)

Posição: 4ª colocação, com 29 pontos
Técnico: Pascal Jansen
Time-base: Verhulst; Hatzidiakos, Beukema, Dekker (Martins Indi) e Kerkez; Reijnders, De Wit e Clasie; Sugawara, Lahdo (Pavlidis) e Odgaard (Van Brederode/Karlsson)
Maior vitória: Groningen 1x4 AZ (8ª rodada)
Maior derrota: AZ 1x3 Feyenoord (10ª rodada)
Copa da Holanda: estreia em janeiro, na segunda fase, contra o Excelsior
Competição europeia: Conference League (classificado para as oitavas de final)
Artilheiro: Jens Odgaard (atacante), com 6 gols
Objetivo do início: vaga direta em competições europeias
Avaliação: Mesmo sem brilhar tanto - e perdendo importante jogo direto para o líder Feyenoord -, o time de Alkmaar mostra uma base muito bem entrosada. Com algumas recuperações, tem tudo para esquentar a disputa

O AZ começou bem a temporada, com dificuldades. Não, não é necessariamente uma contradição. Afinal de contas, o time de Alkmaar começou enfileirando quatro vitórias nas quatro primeiras rodadas do Campeonato Holandês, além de passar pelas fases preliminares da Conference League e alcançar a fase de grupos. Mesmo quando amargou tropeços, superou-os com facilidade - que o diga o Dundee United-ESC, enfrentado na terceira fase preliminar da Conference, que venceu por 1 a 0 na ida, mas tomou 7 a 0 dos Alkmaarders na volta. Então, por quê as dificuldades? Porque o AZ sofria para encontrar a melhor formação tática, entre dois e três zagueiros. Dentro do time, havia mais dúvidas. No gol, mesmo tomando a posição de Peter Vindahl, Hobie Verhulst passava longe de convencer a torcida; no ataque, com Jesper Karlsson lesionado, o dinamarquês Jens Odgaard até cumpria bem seu papel, mas o técnico Pascal Jansen se alternava entre Myron van Brederode e Yukinari Sugawara, como pontas ou alas... sem achar resoluções. Dois empates em casa, contra NEC (1 a 1, 3ª rodada) e Twente (1 a 1, 5ª rodada), aumentaram as desconfianças da torcida do time da "cidade do queijo".

Só que o AZ podia apostar em pontos confiáveis. Na defesa, Sam Beukema ganhava "casca" para, enfim, se colocar como um dos titulares na zaga - com Pantelis "Panta" Hatzidiakos indo para a lateral direita. Pelo lado esquerdo, Milos Kerkez (testado na repescagem que valera a vaga na Conference League, na temporada passada) se firmava definitivamente: o jovem húngaro mostrou ofensividade e velocidade, se tornando titular absoluto no clube e até na sua seleção. O meio-campo, ponto forte habitual da equipe de Alkmaar, enfim recuperou entrosamento - fazendo com que Dani de Wit e Jordy Clasie se destacassem. Veio, enfim, uma vitória digna de nota: o 2 a 1 sobre o Ajax (7ª rodada). E mesmo com duas derrotas que impediram o AZ de manter a liderança que teve - 3 a 1 para o concorrente direto Feyenoord, na 10ª rodada, e 2 a 1 para o Excelsior, na 11ª rodada -, os resultados voltaram a indicar crescimento. Assim como as atuações no grupo (fácil, diga-se) na Conference League, em que a equipe terminou classificada. Outra vitória importante (1 a 0 no PSV, fora, na 14ª rodada), o retorno de Karlsson e ser o melhor visitante da Eredivisie trazem o aviso: o AZ está vivo.

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