quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Parada obrigatória: Vitesse

Bialek: um dos únicos nomes a trazer pontos positivos, num período de dificuldades do Vitesse (Ben Gal/Orange Pictures/BSR Agency/Getty Images)

Posição: 13ª colocação, com 13 pontos (na frente pelo maior saldo de gols) 
Técnico: Thomas Letsch (até a 7ª rodada) e Phillip Cocu
Time-base: Reiziger (Scherpen); Flamingo (Ferro), Meulensteen e Cornelisse; Arcus, Kozlowski, Bero, Tronstad (Manhoef) e Wittek; Bialek e Vidovic
Maior vitória: Cambuur 0x3 Vitesse (10ª rodada)
Maiores derrotas: Vitesse 0x4 Heerenveen (3ª rodada) e Vitesse 0x4 Sparta Rotterdam (13ª rodada)  
Copa da Holanda: eliminado pelo Kozakken Boys (terceira divisão), na primeira fase
Competição europeia: nenhuma
Artilheiros: Matus Bero (meio-campista) e Million Manhoef (meio-campista), ambos com 3 gols 
Objetivo do início: vaga nos play-offs pela Conference League/meio de tabela
Avaliação: os vários problemas na preparação da temporada, dentro e fora de campo, cobraram seus preços. E o Vites só espera que a segunda metade seja um pouco mais tranquila

Vendo com calma, era previsível. Desde o final da temporada passada, o Vitesse vinha no processo de uma troca de donos - do ucraniano Valeriy Oyf para um grupo norte-americano -, e isso acarretaria uma contenção de gastos até esperada. O que levou ao segundo revés: muitas perdas de destaques no mercado de transferências. O zagueiro Danilho Doekhi, o "líbero" Riechedly Bazoer, o atacante Loïs Openda... todos eles deixaram o clube de Arnhem. Com tudo isso, era muito difícil esperar uma repetição da honrosa temporada passada, em que o Vites não só disputou com o AZ (e perdeu) a vaga na Conference League desta temporada, como teve papel digno na Conference passada, caindo com resistências para a campeã Roma nas oitavas de final. Esses dois fatores, somados, renderam um começo de temporada preocupante. Três derrotas nas três primeiras rodadas - duas delas, goleadas sofridas em casa: 5 a 2 para o Feyenoord (1ª rodada) e 4 a 0 para o Heerenveen (3ª rodada). 

A primeira vitória só viria na 5ª rodada: 1 a 0 no Groningen. Ainda assim, o Vitesse parecia sem rumo, bordejando perigosamente a 16ª posição que obriga a disputa de repescagem de acesso/descenso. Diante disso, a saída do técnico Thomas Letsch, em meio às datas FIFA de setembro, foi adequada - e até esperada, já que eram duradouros os boatos o ligando ao Bochum-ALE para o qual foi. Caminho aberto para Phillip Cocu, que começara no Vites como jogador, ter ali a chance para reativar uma carreira estagnada como treinador. Em meio às mudanças táticas - o Vitesse voltou a jogar com quatro na defesa, após muito tempo -, houve sofrimento: Cocu estreou com duas derrotas, o time é o terceiro pior mandante, e o Vitesse ainda amargou um vexame (cair para o amador Kozakken Boys na Copa da Holanda, nos pênaltis). Pelo menos, alguns nomes cresceram de produção: Matus Bero, Gabriel Vidovic, Bartosz Bialek. Rivais diretos contra o rebaixamento foram vencidos (Emmen, na 10ª rodada, e Cambuur, na 11ª). O empate contra o Ajax - 2 a 2, na 12ª rodada - trouxe algum ânimo. E o Vitesse controla seus problemas, por enquanto. Ainda assim, segue a necessidade de mais segurança.

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