O tempo passou, o tempo voou... e em tempos melhores ou piores, Tadic continuou como condutor principal do Ajax, em mais um título holandês (Pro Shots) |
Colocação final: Campeão, com 83 pontos
No turno havia sido: 2º colocado, com 39 pontos
Time-base: Pasveer (Stekelenburg/Onana); Mazraoui, Timber, Martínez e Blind (Tagliafico); Gravenberch, Berghuis (Klaassen) e Álvarez; Antony, Haller e Tadic
Técnico: Erik ten Hag
Maior vitória: Ajax 9x0 Cambuur (5ª rodada)
Maior derrota: Ajax 1x2 AZ (16ª rodada) e Go Ahead Eagles 2x1 Ajax (24ª rodada)
Principal jogador: Dusan Tadic (atacante)
Artilheiro: Sébastien Haller (atacante), com 21 gols
Quem deu mais passes para gol: Dusan Tadic (atacante), com 13 passes
Quem mais partidas jogou: Daley Blind (defensor) e Dusan Tadic (atacante), que jogaram todas as 34 partidas
Copa nacional: vice-campeão
Competições continentais: Liga dos Campeões (eliminado nas oitavas de final, pelo Benfica-POR)
No começo do Campeonato Holandês, foi o que se esperava: um Ajax imponente. A derrota na Supercopa da Holanda que abriu a temporada (4 a 0 para o PSV, em plena Johan Cruyff Arena) já foi apagada na primeira rodada, com um 5 a 0 categórico no NEC. Era o início de uma sequência que só afirmaria os Ajacieden como grandes favoritos à conquista do terceiro título seguido na Eredivisie. Em que pesassem tropeços aqui e ali, como empates contra Twente (1 a 1, 2ª rodada) e Go Ahead Eagles (0 a 0, 12ª rodada), as goleadas que vinham eram respeitáveis: 5 a 0 no Vitesse (3ª rodada), 9 a 0 no Cambuur (5ª rodada), 5 a 0 no Fortuna Sittard (6ª rodada), 5 a 0 no clássico contra o PSV (10ª rodada). Nessa sucessão, Jurriën Timber se afirmava como revelação na zaga, Steven Berghuis e Davy Klaassen se alternavam à perfeição no meio-campo, Antony encantava cada vez mais a torcida no ataque, Sébastien Haller era a garantia de gols que todos esperavam que ele fosse, Dusan Tadic simbolizava outro bom momento da história dos Amsterdammers... enfim, em grande parte da primeira metade da temporada o Ajax se afirmava definitivamente. Isso, sem contar o que era feito na Liga dos Campeões...
Mas 2021 chegava ao fim. E o time da estação Bijlmer Arena começou a encarar problemas. A primeira derrota na liga (2 a 1 para o AZ, 16ª rodada, em plena Johan Cruyff Arena) deixou o PSV na liderança. O triunfo contra o PSV - 2 a 1, na 20ª rodada - teve um gol que será sempre suspeito. Times bem fechados na defesa passaram a oferecer cada vez mais dificuldades aos Ajacieden - que o diga o Willem II, derrotado por 1 a 0 a duras penas na 23ª rodada. Pouco depois, uma lesão de Timber tornou a defesa do Ajax vulnerável - que o diga o Go Ahead Eagles, com uma vitória até histórica (2 a 1, na 24ª rodada, um triunfo do GAE sobre o Ajax após 43 anos). Partidas que tinham vitórias encaminhadas viravam dramáticas (dois 3 a 2 seguidos, que eram 2 a 0 e viraram 2 a 2 até a vitória, contra o RKC Waalwijk, na 25ª rodada, e contra o Cambuur, na 26ª). As falhas defensivas e os problemas crônicos contra times defensivos impuseram uma eliminação inesperada na Liga dos Campeões. Aí, foi a eficiência. O Ajax passou a prezar mais o resultado do que propriamente o modo de se jogar. Assim, conseguiu triunfos a duras penas - e o 3 a 2 no Klassieker contra o Feyenoord, na 27ª rodada, simbolizou que o Ajax preferiria a vitória à beleza. Assim, mesmo com uma derrota na Copa da Holanda no caminho, o time de Amsterdã mantinha a proximidade do título da Eredivisie. E quando ele chegou, na penúltima rodada, foi com uma vitória como a torcida gostava: 5 a 0 no Heerenveen. Se era para terminar um ciclo - como este título holandês aparentemente terminou -, o Ajax tinha de fazer isso de forma digna. E fez.
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