O Vitesse fez uma boa temporada na Eredivisie, com Openda despontando no ataque. Mas ele sairá. E o impacto de sua ausência não é o único problema com que o Vites lidará (Pro Shots) |
Colocação final: 6º lugar, com 51 pontos
No turno havia sido: 5º colocado, com 30 pontos
Time-base: Schubert (Houwen); Doekhi, Bazoer e Rasmussen; Dasa, Bero, Tronstad, Huisman e Wittek; Openda e Buitink (Frederiksen)
Técnico: Thomas Letsch
Maior vitória: Cambuur 1x6 Vitesse (15ª rodada)
Maior derrota: Ajax 5x0 Vitesse (3ª rodada) e Vitesse 0x5 PSV (22ª rodada)
Principal jogador: Loïs Openda (atacante)
Artilheiro: Loïs Openda (atacante), com 19 gols
Quem deu mais passes para gol: Eli Dasa (ala direito), com 5 passes
Quem mais partidas jogou: Loïs Openda (atacante), com 37 partidas - 33 pela temporada regular, mais quatro na repescagem pela Conference League
Copa nacional: eliminado pelo Ajax, nas quartas de final
Competições continentais: Conference League (eliminado nas oitavas de final, pela Roma-ITA)
O Vitesse até começou bem na Eredivisie, fazendo 1 a 0 no Zwolle fora de casa. Todavia, é possível dizer que o Vites impressionava mais na Conference League do que propriamente na liga doméstica. A começar pelos play-offs rumo à fase de grupos, na qual garantiu a vaga eliminando o Anderlecht-BEL, bem mais tradicional em termos europeus. No grupo propriamente dito, o time de Arnhem até venceu o Tottenham (1 a 0), e viu a negativa do clube inglês em jogar passando por um surto de COVID-19 render a ele a vaga na segunda fase. Era um avanço que, de certa forma, mostrava à Europa o que a Holanda (Países Baixos) já conhecia: um time taticamente sólido, com os destaques de Riechedly Bazoer e Danilho Doekhi no trio de zaga; dos alas Eli Dasa, na direita, e Maximilian Wittek, na esquerda; e principalmente, de Loïs Openda, no ataque, rápido e bom finalizador. Porém, o começo do ano - e da segunda metade da temporada - trouxe dúvidas dentro e fora de campo para o Vitesse.
Fora, a guerra Rússia-Ucrânia trouxe uma consequência: o magnata russo Valery Oyf vendeu suas ações do clube (ainda sem comprador). Dentro, uma sequência negativa de três derrotas entre a 20ª (Groningen 3 a 1 em pleno GelreDome) e a 22ª rodadas (PSV 5 a 0, também em Arnhem) minimizou as perspectivas de uma posição ainda melhor para o time na Eredivisie. A eliminação na Conference League foi agridoce: contra a Roma, excessivas chances perdidas na ida (Roma 1 a 0), empate sofrido nos minutos finais da volta (1 a 1). E o fim de campeonato foi relativamente decepcionante: nas últimas sete rodadas, quatro derrotas, tirando as chances de vaga direta em competições europeias, por mais que Openda se esforçasse, com atuações destacadas (como o 2 a 1 no Go Ahead Eagles, pela 31ª rodada). Os play-offs pela vaga na Conference League ofereciam uma segunda chance, que começou a ser aproveitada com o triunfo sobre o Utrecht, nas "semifinais". Vencer o AZ na ida da decisão (2 a 1 - mais um gol de Openda) aumentou as perspectivas de salvação da temporada. Mas a goleada sofrida na volta - AZ 6 a 1 - deu a impressão de que o Vitesse começou suas férias antes do que a torcida queria. E agora, ficam as dúvidas: sem Valery Oyf custeando, Openda voltando ao Club Brugge após empréstimo, Doekhi já indo para o Union Berlin-ALE, Bazoer saindo com o fim de contrato... o Vitesse escorregará? Qual será a dimensão desse escorregão, se vier? A próxima temporada responderá.
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