domingo, 19 de junho de 2022

Análise da temporada: PSV

Mesmo convivendo com problemas aqui e ali, o PSV competiu bem mais fortemente pelo título da Eredivisie, tendo Cody Gakpo se transformando num destaque real (Pro Shots)

Colocação final: 2º lugar, com 81 pontos
No turno havia sido: 1º colocado, com 39 pontos
Time-base: Drommel (Mvogo); Mauro Júnior, Teze, André Ramalho (Boscagli/Gutiérrez) e Max; Sangaré e Veerman; Götze, Bruma (Doan) e Gakpo; Zahavi (Carlos Vinícius)
Técnico: Roger Schmidt 
Maior vitória: Vitesse 0x5 PSV (22ª rodada) e PSV 5x0 Fortuna Sittard (27ª rodada)
Maior derrota: Ajax 5x0 PSV (10ª rodada)
Principal jogador: Cody Gakpo (atacante)
Artilheiro: Cody Gakpo (atacante), com 12 gols
Quem deu mais passes para gol: Cody Gakpo (atacante), com 13 passes
Quem mais partidas jogou: Jordan Teze (defensor), Mario Götze (meio-campo) e Ibrahim Sangaré (meio-campo), todos com 29 partidas
Copa nacional: Campeão
Competições continentais: Liga Europa (eliminado na fase de grupos) e Conference League (eliminado nas quartas de final, pelo Leicester-ING) 

Golear o badalado Ajax na decisão da Supercopa da Holanda - 4 a 0 em Amsterdã - já indicava: o PSV poderia não ser campeão, mas talvez pudesse equilibrar mais a disputa do título. Bem, até aconteceu. Mas não imediatamente. Se o ataque era merecedor de respeito - a experiência de Eran Zahavi, Mario Götze mostrando seu talento com uma sequência de jogos, Cody Gakpo na temporada de sua aparição definitiva, Noni Madueke sempre ajudando -, se André Ramalho se firmava rapidamente na zaga, havia inconstâncias, como no meio-campo, com Ibrahim Sangaré sem conseguir render o que podia. No gol, então, as dúvidas eram claras: Joël Drommel chegara do Twente para tentar apagar dúvidas sobre seu antecessor (e reserva) Yvon Mvogo - mas não só não resolvia, como era até personagem negativo em derrotas (como na falha que rendeu o 2 a 1 ao Willem II, na 7ª rodada). De quebra, a roda-viva de alternar Eredivisie e Liga Europa causava cansaço e lesões em muitos jogadores fundamentais do time de Eindhoven. E também era um dos fatores que levavam a derrotas impactantes, como os 4 a 0 sofridos para o Feyenoord em pleno Philips Stadion, na 5ª rodada. Além disso, em alguns momentos, quando a liderança estava mais próxima, um tropeço a afastava - como no 1 a 1 contra o Heerenveen, pela 14ª rodada.

Mas no final de 2021, uma sequência de três vitórias nas três últimas rodadas do ano (2 a 1 no NEC, 4 a 1 no RKC Waalwijk, 2 a 0 no Go Ahead Eagles) levou, enfim, os Boeren à liderança. Na pausa de inverno, uma contratação providencial fortaleceu o time: Joey Veerman chegava para qualificar a marcação, formando dupla firme com Sangaré, que cresceu de produção. Neste momento da temporada, Mauro Júnior também se firmou de vez, revelando-se um lateral direito inesperadamente capacitado. E os Eindhovenaren se turbinaram: mesmo perdendo para Ajax (2 a 1, 20ª rodada) e PSV (também 2 a 1, 21ª rodada), começaram a se aproximar da disputa do título. Enfim, após muito tatear, Roger Schmidt conseguia encaixar um time justamente na sua temporada de despedida. Por dois meses, o PSV ficou invicto. Se Madueke tinha dificuldades com lesões, se o cansaço da temporada influiu na queda pela Conference League, nomes como Erick Gutiérrez, Bruma e Ritsu Doan recuperavam importância em suas participações. Certo, o título holandês foi mesmo perdido para o Ajax. Mas na Copa da Holanda, também contra os Amsterdammers, o título ganho com um 2 a 1 de virada, primeira conquista desde 2017/18, comprovou: o clube de Eindhoven foi um concorrente bem mais forte nesta temporada. E teve em Cody Gakpo, quase unanimemente, o melhor jogador de 2021/22. Caberá a Ruud van Nistelrooy, promovido do time B para treinar a equipe principal, dar sequência a esta boa sensação.


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