Guus Til, de certa forma, simbolizou o Feyenoord: começou sob forte desconfiança no Holandês desta temporada, para terminar sorridente, sob aplausos, com um desempenho de se aplaudir (Pro Shots) |
Colocação final: 3º lugar, com 71 pontos
No turno havia sido: 3º colocado, com 36 pontos
Time-base: Bijlow (Marciano); Geertruida (Pedersen), Trauner, Senesi e Malacia; Aursnes, Kökcü e Til (Toornstra); Alireza Jahanbakhsh (Reiss Nelson), Linssen (Dessers) e Sinisterra
Técnico: Arne Slot
Maior vitória: Feyenoord 5x0 Fortuna Sittard (15ª rodada)
Maior derrota: Utrecht 3x1 Feyenoord (3ª rodada)
Principais jogadores: Guus Til (meio-campo) e Luis Sinisterra (atacante)
Artilheiro: Guus Til (meio-campo), com 15 gols
Quem deu mais passes para gol: Bryan Linssen (atacante), com 8 passes
Quem mais partidas jogou: Bryan Linssen (atacante), que jogou todas as 34 partidas
Copa nacional: Eliminado pelo Twente, na segunda fase
Competições continentais: Conference League (vice-campeão, derrotado pela Roma-ITA na final)
No começo do Campeonato Holandês na temporada, dos três grandes, a maior desconfiança era em relação ao Feyenoord. Só ganhando vaga na Conference League via repescagem; vendo Steven Berghuis, o destaque absoluto dos últimos anos, se transferindo justamente para o arquirrival Ajax; o Stadionclub estava machucado. Por isso, a próxima frase merece exclamação: que diferença para o final da temporada! Ao longo das 34 rodadas, o Feyenoord cicatrizou suas feridas. O técnico Arne Slot cumpriu plenamente a intenção para a qual foi contratado: formar um time mais intenso, mais ofensivo, mais dinâmico do que o visto nas temporadas anteriores. Para tanto, colaboraram as chegadas antes da temporada. Graças ao diretor de futebol Frank Arnesen, contratações de baixo custo se revelaram certeiras para o que o Feyenoord precisava. Por exemplo: Gernot Trauner mal chegou e precisou de poucos jogos para se entrosar com Marcos Senesi no miolo de zaga, enquanto o norueguês Fredrik Aursnes se revelou um meio-campo de papel defensivo valoroso. Sem contar Guus Til, personificando a reação do Feyenoord: chegando por baixo, após más passagens por Spartak Moscou e Freiburg, Til se tornou um ponta-de-lança absoluto no time.
Assim como fora no título de 2016/17, foi uma vitória contra o PSV, em Eindhoven, que deu a impressão de que algo muito bom se desenhava no Stadionclub - no caso, uma goleada inapelável por 4 a 0, na 5ª rodada. Vitórias arrancadas no fim contra NEC (de 3 a 2 para 5 a 3, na 7ª rodada), Sparta Rotterdam (1 a 0 aos 89', 11ª rodada) e AZ (1 a 0, 12ª rodada) fizeram a torcida se aproximar definitivamente do time. Mesmo sem ser titular na Eredivisie, Cyriel Dessers virava o "talismã" amado pela torcida, fazendo gol nesses triunfos dramáticos. Nomes remanescentes, como o goleiro Justin Bijlow, o zagueiro Marcos Senesi e os laterais Lutsharel Geertruida e Tyrell Malacia, cresciam de produção. Após superar uma séria lesão no joelho, Luis Sinisterra entrava na melhor fase de sua carreira. E o Feyenoord fez um campeonato ofensivo, atraente, de orgulhar sua torcida. É certo que alguns resultados inviabilizaram a chance de título: perder para o Vitesse fora (2 a 1, 8ª rodada) e em casa (1 a 0, 19ª rodada), cair para o AZ num jogo decisivo (2 a 1, 24ª rodada). Mas mesmo em derrotas traumáticas, como o 3 a 2 sofrido para o Ajax no Klassieker da 28ª rodada em Amsterdã (ganhando de 2 a 1 por boa parte do jogo), o esforço fazia a torcida respeitar os feitos. E a caminhada na Conference League, até um vice-campeonato de se aplaudir, só consolidou que o Feyenoord, mesmo sem títulos, recuperou uma coisa até mais importante nesta temporada: autoestima.
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