segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Parada obrigatória: Ajax

Kenneth Taylor fez por merecer aplausos. Assim como o Ajax, de certa forma: mesmo sem se impor tanto, é clara a reação do time, bem mais confiável do que na temporada passada (Andre Weening/BSR Agency/Getty Images)

Posição: 2º lugar, com 39 pontos
Técnico: Francesco Farioli
Time-base: Pasveer; Gaaei (Rensch), Sutalo, Baas e Hato; Henderson, Klaassen e Fitz-Jim (Van den Boomen); Traoré, Brobbey (Weghorst) e Akpom (Godts)
Maior vitória: Ajax 5x0 Fortuna Sittard (3ª rodada)
Maior derrota: NAC Breda 2x1 Ajax (2ª rodada) e AZ 2x1 Ajax (15ª rodada)
Copa da Holanda: enfrentará o AZ, nas oitavas de final
Competição europeia: Liga Europa (11º colocado na fase de liga)
Artilheiros: Davy Klaassen (meio-campista) e Wout Weghorst (atacante), ambos com 6 gols
Objetivo do início: vaga em competições europeias/título
Avaliação: Embora as limitações de opções no grupo se façam sentir nos tropeços esporádicos, a melhora dos Ajacieden é visível na temporada. Ainda há chances de alcançar a liderança e voltar a ser campeão

No começo da temporada, o Ajax ainda era olhado pela imprensa - e um pouco, pela torcida, até por sua própria - como uma incógnita. Algo até natural, diante da traumática temporada 2023/24, cheia de problemas dentro e fora de campo, seguramente o pior momento da história recente do clube de Amsterdã. Disputar as fases preliminares da Liga Europa também causava desconfiança. E os dois primeiros resultados da equipe no Campeonato Holandês - vitória por 1 a 0 contra o Heerenveen, e derrota por 2 a 1 para o NAC Breda - trouxe um temor de que esta temporada seria igual àquela que passou. Nem tanto, nem tanto... chegar à fase de liga da Liga Europa e resultados como a goleada sobre o Fortuna Sittard (5 a 0, 3ª rodada) indicaram bons augúrios. Aos poucos, se viu que o italiano Francesco Farioli formava um time mais firme na defesa, sem deixar de ter no ataque a fluidez de que a torcida Ajacied tanto gosta. 

Isso se devia a algumas decisões de Farioli - polêmicas no começo, mas compreendidas depois, como colocar o veteraníssimo Remko Pasveer (41 anos completados em novembro passado) no gol. Deve-se também à melhora de alguns jogadores já presentes, como Jordan Henderson, Kenneth Taylor e Mika Godts - o inglês tem protegido bem a zaga; Taylor, normalmente adiantado para a ponta esquerda, talvez seja o melhor jogador do Ajax nesta temporada; o jovem Godts cresceu de produção (em jovens, o meia Kian Fitz-Jim também merece lá seu destaque). E à utilidade de alguns nomes que chegaram, como Davy Klaassen - novamente com gols importantes, novamente ajudando no meio-campo, novamente mostrando como se sente "em casa" no Ajax - e Wout Weghorst - mesmo na reserva, sempre marcando gols vindo dela. Vencer dois clássicos seguidos (2 a 0 no Feyenoord, em jogo atrasado da 4ª rodada, e 3 a 2 no PSV, na 11ª rodada) trouxe a confiança da torcida. E em que pese o grupo curto de jogadores (Farioli reclama do tanto que precisa "rodar" os titulares) e tropeços aqui e ali - como os empates em 2 a 2 com Twente (14ª rodada) e Utrecht (5ª rodada, jogo atrasado), mais a derrota para o AZ (2 a 1, 15ª rodada) -, o Ajax segue rondando o PSV, mais de perto do que na temporada passada. Embora a humildade ainda seja mantida, a sensação é de que o Ajax está sacudindo a poeira. Se não é acima de qualquer suspeita, tampouco faz feio. E pelo menos na Eredivisie, pode sonhar com a volta de tempos melhores.

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