segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Parada obrigatória: Heerenveen

Sob o comando de Robin van Persie, o Heerenveen até conseguiu vitórias importantes. Mas precisa de mais estabilidade em campo para ganhar confiança (Pieter van der Woude/BSR Agency/Getty Images)


Posição: 11º lugar, com 21 pontos
Técnico: Robin van Persie
Time-base: Van der Hart (Noppert); Hall (Braude), Hopland, Kersten e Köhlert; Van Ee e Brouwers; Olsson (Jahanbakhsh), Smans e Sebaoui; Nicolaescu (Rallis)
Maior vitória: Heerenveen 4x0 NAC Breda (4ª rodada)
Maior derrota: AZ 9x1 Heerenveen (5ª rodada)
Copa da Holanda: enfrentará o Quick Boys (terceira divisão), nas oitavas de final
Competição europeia: nenhuma
Artilheiro: Ion Nicolaescu (atacante), com 5 gols
Objetivo do início: meio de tabela/vaga nos play-offs pela Conference League
Avaliação: A fragilidade defensiva e a inconstância são tamanhos a ponto de ainda causar desconfiança sobre o Fean. Mas a reação no final do turno deixa a promessa de que dias melhores venham

Campeonato Holandês, 16ª rodada, a penúltima do primeiro turno. O Heerenveen recebe o líder PSV... e joga bem, terminando por impor a segunda derrota ao líder da Eredivisie nesta temporada (1 a 0). O resultado foi tão importante que trouxe à torcida do time da Frísia a promissora sensação de que "agora ia". Ainda mais porque o adversário da 17ª rodada seria o Almere City, último colocado da Eredivisie. Resultado: Almere City 3 a 0, saindo da lanterna. Eis a inconstância que torna o Fean um alvo de desconfiança de todos na temporada, até agora. E essa desconfiança tem algumas razões de ser. A primeira: o excessivo apego de Robin van Persie a um estilo de jogo ofensivo. Nem haveria nada tão ruim nisso, não fosse o desapego diretamente proporcional aos resultados (importantes num futebol competitivo). A prova mais gritante disso foi os 9 a 1 sofridos para o AZ, na 5ª rodada: era simplesmente a pior derrota sofrida pelo Heerenveen em sua história no Campeonato Holandês, mas ainda assim Van Persie se dizia "orgulhoso" dos jogadores terem persistido num jeito de jogar, e que quedas assim "faziam parte". 

Paciência tinha limite. Ainda mais porque os resultados práticos diziam que o Heerenveen só tinha três vitórias após dez rodadas, sofria com a persistência dos maus desempenhos de goleiros (nem Andries Noppert nem Mickey van der Hart conseguiam ter uma longa sequência confiável, e o rodízio segue até agora). Por sinal, a décima rodada marcou o ponto mais baixo do Fean: a 16ª colocação, que leva à repescagem de acesso/descenso. Melhorar era preciso, e urgente. E até que a equipe melhorou: teve três vitórias - inclua-se aí o inesperado triunfo sobre o PSV -, viu o crescimento de alguns jogadores (como Levi Smans, no meio-campo), conseguiu respirar um pouco indo até uma região segura da tabela. Mesmo assim, a desconfiança continua, pela distorção dos resultados. Para dar um exemplo, o Heerenveen é o quarto melhor mandante e o terceiro pior visitante do campeonato. Só mesmo ficando no meio da tabela, só mesmo se estabilizando, é que a torcida dará algum respaldo ao primeiro trabalho de Robin van Persie "para valer" como treinador. Resultados não são tudo, mas são 100%...

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