segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Parada obrigatória: Utrecht

Paxten Aaronson foi um dos reforços que ajudaram o Utrecht a ter um time coeso, que enfim supera seus limites na tabela, entrando na disputa do título (Ben Gal/BSR Agency/Getty Images)

Posição: 3º lugar, com 36 pontos
Técnico: Ron Jans
Time-base: Barkas; Horemans, Van der Hoorn, Viergever e El Karouani; Fraulo (Booth/Bozdogan), Toornstra (Aaronson) e Jensen; Rodríguez (Romeny), Ohio (Min) e Cathline
Maior vitória: Sparta Rotterdam 1x4 Utrecht (11ª rodada)
Maiores derrotas: Utrecht 2x5 PSV (14ª rodada) e Utrecht 2x5 Fortuna Sittard (17ª rodada) 
Copa da Holanda: enfrentará o RKC Waalwijk, nas oitavas de final
Competição europeia: nenhuma
Artilheiros: Paxten Aaronson (meio-campista), Noah Ohio (atacante) e Yoann Cathline (atacante), todos com 4 gols  
Objetivo do início: vaga nos play-offs pela Liga das Conferências/vaga direta na Liga Europa
Avaliação: Mesmo sem tantas contratações, o técnico Ron Jans refinou uma escalação que já estava entrosada. E o time equilibrado realiza até aqui o que os Utregs tanto queriam: disputar a ponta a sério

O Utrecht já era conhecido por ter um time capacitado, há algumas temporadas. Tanto que, quase sempre, disputa a repescagem por vaga na Conference League. Só que raramente passava disso, o que descontenta tanto a torcida quanto o empresário Frans van Seumeren, mecenas do clube há muitos anos. Pelo menos, na temporada 2023/24 poderia ser pior, após o mau começo. Mas o técnico Ron Jans chegou, estabilizou tudo... pelo menos até a decisão da repescagem, em que a vaga foi perdida em casa, traumaticamente (no fim da prorrogação), para o Go Ahead Eagles. Então, mesmo em boas condições, os Utregs precisavam dar uma satisfação. Pois bem, a estão dando. A começar pelas ótimas contratações feitas para esta temporada. Na defesa, os laterais Siebe Horemans (direita) e Souffian El Karouani (esquerda). No meio-campo, o promissor norte-americano Paxten Aaronson, dos únicos destaques do Vitesse, rebaixado e com sua própria existência ameaçada pela crise financeira que vive. No ataque, Noah Ohio (um dos destaques da seleção sub-21 da Holanda, que chega com tudo para a Euro) e Yoann Cathline (bom ponta, vindo do Almere City).

Com a boa mescla dos reforços - jovens, em sua maioria - com nomes experientes como Mike van der Hoorn, Nick Viergever e Jens Toornstra, o Utrecht começou bem. E uma sequência de seis vitórias seguidas (entre 3ª e 9ª rodadas, sem contar o jogo adiado da 5ª rodada) configurou simplesmente o melhor começo da história do clube fundado em 1970 - da fusão de outros dois, DOS e Velox - no Campeonato Holandês, levando-o à segunda posição. Se o time nem se destacava tanto no De Galgenwaard, sua casa (apenas o oitavo melhor mandante), equilibrava as coisas como o segundo melhor visitante, invicto (seis vitórias e dois empates fora de casa), algo comprovado até por resultados como vencer o AZ em Alkmaar (2 a 1, 7ª rodada) e empatar com o Ajax em Amsterdã (2 a 2, o jogo atrasado da 5ª rodada). Porém, a reta final do primeiro turno indicou oscilação defensiva preocupante. Na 14ª rodada, derrota para o líder PSV, em casa, por goleada (5 a 2); na 16ª rodada, o time chegou a ficar por 3 a 1 atrás do Go Ahead Eagles, e só empatou nos acréscimos; e na 17ª, a derrota mais surpreendente - 5 a 2 para o Fortuna Sittard, em pleno De Galgenwaard. Consertar tal oscilação é o principal objetivo no returno, para um Utrecht que, enfim, realiza seu sonho: desafiar o Trio de Ferro do futebol holandês.

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