Análise da temporada: AZ

O AZ de Pavlidis (de frente) e Karlsson perdeu o gás do começo da temporada, por vários fatores. Mas se restabeleceu relativamente para fazer ótimo papel, mais uma vez (NESimages/Geert van Erven/DeFodi Images/Getty Images)

Colocação final: 4º lugar, com 67 pontos

No turno havia sido: 2º lugar, com 36 pontos

Time-base: Ryan (Verhulst); Sugawara, Hatzidiakos, Beukema e Kerkez; Reijnders, Clasie e Mijnans (De Wit/Mihailovic); Odgaard, Pavlidis e Karlsson (Van Brederode/Lahdo)

Técnico: Pascal Jansen

Maior vitória: AZ 5x0 Excelsior (21ª rodada)

Maior derrota: AZ 1x3 Feyenoord (10ª rodada) e RKC Waalwijk 3x1 AZ (13ª rodada)

Principal jogador: Vangelis Pavlidis (atacante)

Artilheiro: Vangelis Pavlidis (atacante), com 12 gols

Quem deu mais passes para gol: Yukinari Sugawara (lateral direito) e Vangelis Pavlidis (atacante), ambos com 8 passes

Quem mais partidas jogou: Tijjani Reijnders (meio-campista), que jogou todas as 34 partidas

Copa nacional: eliminado pelo Utrecht, nas oitavas de final

Competições continentais: Conference League (eliminado nas semifinais, pelo West Ham-ING)

Como em tantas temporadas recentes, o AZ sonhou. Começou muito bem a temporada no Campeonato Holandês: em que pesassem fatores como a falta de um goleiro confiável (Hobie Verhulst nunca conseguiu sê-lo), foram cinco vitórias nas sete primeiras rodadas. Podia até ser desempenho inferior ao do Ajax, mas ao vencer o time de Amsterdã em casa - 2 a 1, na sétima rodada -, os Alkmaarders sinalizavam que estavam prontos para repetirem o bom desempenho dos últimos anos. Havia novamente uma base sólida, com nomes crescendo: as duas laterais (Yukinari Sugawara na direita, Milos Kerkez na esquerda), o meio-campo com o trio Tijjani Reijnders-Dani de Wit-Jordy Clasie, Vangelis Pavlidis se responsabilizando pelos gols e Jesper Karlsson trazendo a habilidade ao ataque, a base sempre frutífera entregando a revelação com Myron van Brederode... mesmo perdendo o jogo direto pela liderança contra o Feyenoord em casa (3 a 1, 10ª rodada), o AZ se valeu de uma vitória contra o PSV - 1 a 0, em Eindhoven - para terminar 2022 como segundo colocado. Só dois pontos atrás do Feyenoord. Com um grupo fácil na Conference League, superado com tranquilidade, as perspectivas do AZ eram muito promissoras.

Porém, pelo menos na Eredivisie, o sonho do título foi se acabando lentamente quando a temporada foi retomada. Primeiro, com algumas fragilidades defensivas, abertas por lesões (Sam Beukema, Bruno Martins Indi) e escancaradas por alguns resultados - como o incrível empate em 5 a 5 contra o Utrecht, na 19ª rodada. Tomar o 2 a 1 do Feyenoord, de virada, nos últimos minutos do jogo na 22ª rodada, afastou mais as chances. E uma sequência ruim entre a 26ª e a 28ª rodadas - um empate e duas derrotas - fez com que o AZ escorregasse para a quarta posição. Que não conseguiria ser superada, por lesões em outros jogadores importantes, como Jesper Karlsson e Jens Odgaard. Só que, por outras vias, o clube de Alkmaar se recompôs. Na Conference League, tomou a ótima superação contra a Lazio, nas oitavas de final, para se impulsionar num bom trajeto que só parou nas semifinais, eliminado pelo West Ham. Contratado em janeiro, Sven Mijnans justificou plenamente o interesse do clube, se entrosando com muita rapidez e minorando o impacto da ausência de Dani de Wit, machucado. Também vindo no começo do ano, o australiano Mathew "Maty" Ryan se estabeleceu no gol. E finalmente, a base indicou que o bom momento do AZ tem tudo para seguir, com o histórico título na Liga Jovem da UEFA. Momento que revelou Kees Smit, Lewis Schouten, Ernest Poku, Jayden Addai, Mexx Meerdink... nomes que indicam que os dias bons continuarão. O AZ continua perto da vitória. Quem sabe, um dia.