Douvikas foi nome fundamental, com seus gols, para o Utrecht repetir o desempenho das temporadas anteriores. Só que essa repetição já está enjoando o próprio clube (Pro Shots) |
Colocação final: 7º lugar, com 54 pontos
No turno havia sido: 8º lugar, com 26 pontos
Time-base: Barkas; Klaiber, Van der Hoorn, Van der Maarel e Sagnan (Viergever); Toornstra, Van de Streek e Brouwers (Bozdogan); Booth (Maeda), Douvikas e Boussaid (Labyad/Ramselaar)
Técnico: Henk Fräser (até a 14ª rodada) e Michael Silberbauer
Maior vitória: Volendam 0x4 Utrecht (14ª rodada)
Maior derrota: PSV 6x1 Utrecht (10ª rodada)
Principal jogador: Anastasios Douvikas (atacante)
Artilheiro: Anastasios Douvikas (atacante), com 19 gols
Quem deu mais passes para gol: Can Bozdogan (meio-campista) e Othman Boussaid (atacante), ambos com 5 passes
Quem mais partidas jogou: Vassilis Barkas (goleiro), Othman Boussaid (atacante) e Anastasios Douvikas (atacante), todos com 36 partidas - as 34 da temporada regular, mais duas da repescagem pela vaga na Conference League
Copa nacional: eliminado pelo Spakenburg (terceira divisão), nas quartas de final
Competições continentais: nenhuma
O começo da temporada foi preocupante para os Utregs: afinal, para um time costumeiramente frequentador da zona dos play-offs por competições europeias, ter dois empates e duas derrotas nas quatro primeiras rodadas não era nada auspicioso. Pelo menos, o time conseguiu uma sequência invicta logo depois (três vitórias e um empate, entre a 5ª e a 8ª rodadas), que o devolveu à sua região habitual na tabela. Começava a ser notável, também, o desempenho de Anastasios "Tasos" Douvikas: o atacante grego mostrava tanta agilidade na área, e tanto aproveitamento nas chances, que deixou Bas Dost, contratação badalada antes da temporada, no banco de reservas. O que não quer dizer que o Utrecht estava contente: para um clube sempre pensando em ir além, em chegar um pouco mais acima na tabela (não no título, mas talvez num lugar em que AZ e Twente estejam), o clube apenas repetia o que já tem feito, temporada após temporada. Poderia ter até ficado pior, num incidente constrangedor na pausa para a Copa do Mundo: em um treino durante ela, o técnico Henk Fräser brigou com o atacante reserva Amin Younes, chegando às vias de agressão. Seu clima internamente ficou tão ruim que só restou a Fräser um envergonhado pedido de demissão.
Assim, o dinamarquês Michael Silberbauer - ex-jogador do próprio Utrecht - chegava com relativa pressão sobre si. Até que conseguiu controlá-la: um empate contra o Feyenoord (1 a 1, na 15ª rodada, a primeira de 2023) deu ao novo treinador um voto de confiança. Sob ele, cresceram de produção nomes como o ponta norte-americano Taylor Booth, no ataque. Também ajudaram a volta de Bart Ramselaar, recuperado de rompimento do ligamento cruzado anterior no joelho, e a consolidação de uma defesa experiente. É certo que alguns solavancos aconteceram. Em campo (a eliminação para o Spakenburg, semiamador, na Copa da Holanda, com goleada sofrida em casa) e fora dele (após a derrota para o Go Ahead Eagles - 2 a 1, na 26ª rodada -, o empresário Frans van Seumeren, morador de Utrecht e mecenas do clube, invadiu os vestiários para bronquear contra o grupo, em atitude incomum na Holanda). De todo modo, o Utrecht teve um dos artilheiros do campeonato em "Tasos" Douvikas. Conseguiu ir a mais um play-off por vaga em competições europeias. Levou o Sparta Rotterdam aos pênaltis, antes de sucumbir. Então, a temporada dos Utregs foi razoável. O problema está aí: foi razoável como a última, a penúltima, a antepenúltima... há certo comodismo.
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