O Vitesse teve medo na primeira metade da temporada. Com mudanças na hora certa, e destaques como Manhoef (em primeiro plano na foto), o medo passou (Pro Shots) |
Colocação final: 10º lugar, com 40 pontos (na frente pelo melhor saldo de gols)
No turno havia sido: 14º lugar, com 15 pontos
Time-base: Scherpen; Arcus, Flamingo, Isimat-Mirin (Oroz) e Wittek; Van Ginkel (Tronstad) e Meulensteen; Manhoef, Bero e Kozlowski; Bialek (Vidovic)
Técnico: Thomas Letsch (até a 7ª rodada) e Phillip Cocu (a partir da 8ª rodada)
Maior vitória: Vitesse 6x0 Groningen (33ª rodada)
Maior derrota: Vitesse 2x5 Feyenoord (1ª rodada)
Principal jogador: Million Manhoef (atacante)
Artilheiro: Million Manhoef (atacante), com 6 gols
Quem deu mais passes para gol: Maximilian Wittek (lateral esquerdo), com 3 passes
Quem mais partidas jogou: Ryan Flamingo (lateral direito) e Million Manhoef (atacante), ambos com 31 partidas
Copa nacional: eliminado pelo Spakenburg (terceira divisão), na primeira fase
Competições continentais: nenhuma
Uma temporada difícil já estava no horizonte do Vitesse, a bem da verdade. Em meio à troca de donos (do ucraniano Valeriy Oyf para o norte-americano Coley Parry), a diminuição de investimentos que decorreu disso, as saídas dos destaques da temporada passada - Riechedly Bazoer e Loïs Openda, por exemplo. Ainda assim, o desempenho do primeiro turno assustou a torcida em Arnhem. Três derrotas nas três primeiras rodadas, e a primeira vitória veio só na quinta rodada (1 a 0 no Groningen). Os poucos reforços não engrenavam. E o técnico alemão Thomas Letsch decidiu concretizar o que já se falava: preferiu retornar ao país natal, para comandar o Bochum - e até fazer um bom papel, ajudando o time a se salvar do rebaixamento na Bundesliga. Voltando ao Vitesse, assunto principal, que precisava de um técnico, a saída foi dar uma chance a Phillip Cocu, surgido no clube como jogador, que vinha parado como treinador.
O começo manteve as intranquilidades da torcida. Já sob Cocu, a queda para o semiamador Spakenburg, já na primeira fase da Copa da Holanda, foi vexatória. Mas pouco a pouco vieram indícios de que logo o Vites viveria tempos mais tranquilos - como no 2 a 2 tirado do Ajax em Amsterdã, na 12ª rodada. Na pausa de inverno, inspirado por Cocu, o clube aurinegro foi buscar velhos conhecidos do técnico nos tempos de bicampeonato holandês no PSV (2014/15 e 2015/16): Nicolas Isimat-Mirin para a zaga, Marco van Ginkel e Davy Pröpper (reativando a carreira cujo fim anunciara no ano passado) para o meio-campo. Se Pröpper logo rompeu o ligamento cruzado anterior de seu joelho e pôde ajudar pouco, Isimat-Mirin e Van Ginkel logo se firmaram no time. Certas mudanças táticas de Cocu, como adiantar o zagueiro Melle Meulensteen para ser volante, deram certo. Million Manhoef catapultou seu nível técnico, começando a mostrar habilidade no ataque. E o Vitesse, se não mudou da água para o vinho, conseguiu a permanência na primeira divisão de maneira bem mais tranquila do que se avizinhava. Culminando com uma vitória para entrar em férias de bem com a torcida: 1 a 0 no campeão Feyenoord. Resultado que deu uma certeza: de fato, poderia ter sido bem pior.
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