Ainda jovem, Xavi Simons teve importância de um craque experiente, para um PSV que até teve resultados, mas penou com a irregularidade e termina sob incógnita (Pro Shots/IconSport/Getty Images) |
Colocação final: 2º lugar, com 75 pontos
No turno havia sido: 3º lugar, com 35 pontos
Time-base: Benítez; Teze (Mwene), André Ramalho, Branthwaite e Van Aanholt; Gutiérrez e Sangaré; Bakayoko, Veerman (Til) e Xavi Simons; Luuk de Jong
Técnico: Ruud van Nistelrooy (até a 33ª rodada) e Fred Rutten (interino, na 34ª rodada)
Maior vitória: PSV 7x1 Volendam (3ª rodada)
Maior derrota: Cambuur 3x0 PSV (8ª rodada)
Principal jogador: Xavi Simons (meio-campista)
Artilheiro: Xavi Simons (meio-campista), com 19 gols
Quem deu mais passes para gol: Joey Veerman (meio-campista), com 10 passes para gol
Quem mais partidas jogou: Xavi Simons (meio-campista)
Copa nacional: Campeão
Competições continentais: Liga dos Campeões (eliminado nos play-offs por vaga na fase de grupos, pelo Rangers-ESC) e Liga Europa (eliminado pelo Sevilla-ESP, nas oitavas de final)
Como o PSV foi nesta temporada 2022/23? Eis uma pergunta cuja resposta é mais difícil do que possa parecer. E a campanha do time de Eindhoven no Campeonato Holandês é uma boa amostra dessa dificuldade. A princípio, se pode dizer que os Boeren foram mal, e ponto: afinal, trata-se do quinto ano sem o título da liga. No entanto, a equipe também teve pontos positivos claros: foi o melhor ataque (89 gols marcados), e o melhor mandante (44 pontos dentro do Philips Stadion, em 51 possíveis). E bem ou mal, houve títulos a serem ostentados. No começo da temporada, a Supercopa da Holanda; no final dela, o bicampeonato da Copa da Holanda. Fatos que davam alguma razão para confiar que o trabalho de Ruud van Nistelrooy, em sua primeira temporada como técnico do time principal, poderia render. E que ajudaram a superar um revés: ficar novamente fora da fase de grupos da Liga dos Campeões, ao perder a vaga em casa para o Rangers-ESC. Esse revés foi superado, em parte, pelo ótimo desempenho de alguns reforços em Eindhoven.
No meio-campo, Joey Veerman se consolidou como titular, sendo meio-campista criativo e ofensivo. Guus Til o ajudou bastante. No ataque, Johan Bakayoko teve desempenho satisfatório, bem como o português Fábio Silva, que chegou para o returno. Noni Madueke também ajudou bastante, quando estava livre de lesões, até ir para o Chelsea. Enquanto esteve no clube, Cody Gakpo justificou plenamente sua permanência, seguindo como um dos melhores da Eredivisie - até que foi à Copa do Mundo com a Holanda (Países Baixos), se destacou nela, e o Liverpool o levou antes mesmo que 2022 acabasse. Luuk de Jong, na reta final, voltou a ostentar a experiência e a fazer os gols que sempre fez. Mas foi Xavi Simons quem justificou plenamente a sua contratação: na ponta esquerda ou no meio, o jovem de 20 anos foi veloz, foi habilidoso, provou que tem talento e pode ser um grande jogador algum dia. Porém, nem Simons conseguia evitar as instabilidades do PSV. O mesmo time que venceu o campeão Feyenoord (4 a 3, 7ª rodada) perdeu para o AZ em casa quando poderia ser líder (1 a 0, 14ª rodada). O mesmo time que venceu duas vezes o Ajax (2 a 1 em Amsterdã, 13ª rodada, e 3 a 0 em Eindhoven, 30ª rodada) perdeu para os rebaixados Cambuur (3 a 0, 8ª rodada) e Groningen (4 a 2, fora, 11ª rodada). Quando se estabilizou positivamente (entre a 23ª e a última rodada, 10 vitórias e dois empates), já era tarde para alcançar o Feyenoord. E mesmo sendo vice-campeão, a saída repentina de Van Nistelrooy, se sentindo desprestigiado pelo grupo e pela diretoria, faz com que aquela pergunta do começo seja respondida com um tom mais negativo do que positivo. O PSV não foi tão mal. Mas poderia ter ido melhor. E precisará recomeçar um planejamento, agora que perdeu seu técnico.
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