O Cambuur viveu uma longa e gradual queda, rumo ao rebaixamento esperado havia várias rodadas. Pelo menos, a torcida compreendeu e os jogadores se esforçaram (Pro Shots) |
Colocação final: 17º lugar, com 19 pontos - rebaixado diretamente
No turno havia sido: 18º lugar, com 9 pontos
Time-base: Ruiter; Schmidt (Van Wermeskerken), Bergsma (Tol), Smand e Bangura; Van Kaam (Jacobs), Hoedemakers e Breij (Paulissen); Balk, Uldrikis (Johnsen) e Mahi
Técnico: Henk de Jong (até a 10ª rodada), Pascal Bosschaart/Martijn Barto (interinos, até a 14ª rodada) e Sjors Ultee (a partir da 15ª rodada)
Maiores vitórias: Fortuna Sittard 1x4 Cambuur (3ª rodada) e Cambuur 4x1 Go Ahead Eagles (24ª rodada)
Maior derrota: Cambuur 0x5 Ajax (20ª rodada)
Principal jogador: Mees Hoedemakers (meio-campista)
Artilheiros: Mees Hoedemakers (meio-campista) e Bjorn Johnsen (atacante), ambos com 3 gols
Quem deu mais passes para gol: Alex Bangura (lateral esquerdo), com 3 passes
Quem mais partidas jogou: Michael Breij (atacante), com 32 partidas
Copa nacional: eliminado pelo De Treffers (terceira divisão), na segunda fase
Competições continentais: nenhuma
Na derrota para o Utrecht (3 a 0, na 31ª rodada), que selou o rebaixamento do Cambuur para a segunda divisão, a torcida do time de Leeuwarden riu da própria desgraça. Começou a gritar um refrão dizendo que ainda é bom estar do lado do clube - mesmo sabendo que, na temporada que vem, o destino é pegar clubes como o Helmond Sport, longe dos holofotes. Essa forma gozadora de se consolar mostra, indiretamente, como o rebaixamento era algo esperado há um bom tempo. Afinal de contas, já no primeiro turno, o time auriazul não passou de 9 pontos em 17 rodadas. Durante toda a temporada, sofreu com o ataque, o pior do campeonato - apenas 26 gols. E a troca indesejada de técnicos afetou. Henk de Jong foi aconselhado por médicos a deixar o clube, pelo cisto na cabeça que já o atrapalhara em 2021/22. Figura marcante no Cambuur, De Jong fez falta. Até porque foi com ele que o Cambuur conseguiu um raro ponto alto na Eredivisie, ainda no começo: a vitória sobre o PSV, por 3 a 0, na 8ª rodada.
Ainda assim, o técnico Sjors Ultee fez o que podia. Pôde ter algumas contratações na pausa de inverno, com nomes que conheciam o Campeonato Holandês: o ponta-de-lança Navarone Foor (ex-Vitesse, ex-NEC), o ponta Silvester van der Water (ex-Heracles Almelo), o atacante Bjorn Johnsen (ex-ADO Den Haag, quase foi goleador da Eredivisie em 2016/17). Nomes como o meio-campo Mees Hoedemakers fizeram o que podiam. O time ia até melhor fora de casa do que dentro - o Cambuur foi o pior mandante da liga, tendo só três vitórias jogando em Leeuwarden. Mas os reveses e a baixa qualidade técnica foram demais, afundando o Cambuur por muito tempo na última posição. E uma péssima sequência logo na reta final - nove derrotas seguidas, da 25ª à 33ª rodada - encaminhou o rebaixamento, confirmado na 31ª rodada, como supracitado. Se serviu de consolo, a última rodada mostrou um time ativo a ponto de até se despedir da primeira divisão com goleada: 4 a 0 no RKC Waalwijk. Pelo menos, deixou claro para a torcida fiel e compreensiva: o Cambuur realmente fez o que pôde. Só que podia pouco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário