Guia da Eredivisie 2022/23: Ajax

 

O Ajax queria Bergwijn. Enfim, ele veio. E simboliza que o atual campeão pode ter perdido jogadores importantes, mas outros vieram para manter sua força na Eredivisie (Pro Shots)

Amsterdamsche Football Club - Ajax

Cidade: Amsterdã  

Estádio: Johan Cruyff Arena (capacidade para 53.502 torcedores) 

Site oficial  

Apelidos: Godenzonen (em holandês, "os filhos dos deuses" - apelido dado desde o time campeão europeu em 1994/95, pela torcida, como se o Ajax fosse escolhido pelos deuses para ser o representante do bom futebol no mundo); Ajacieden (nome dado a torcedores e jogadores do clube); Amsterdammers

Títulos: 36 Campeonatos Holandeses (merecem citação dois títulos mundiais, quatro Copas/Ligas dos Campeões, 1 Copa da UEFA e 19 Copas da Holanda)  

Patrocínio: Ziggo (empresa de telecomunicações)

Técnico: Alfred Schreuder
Destaque: Dusan Tadic (atacante) 
Fique de olho: Kenneth Taylor (meio-campista)
Brasileiros no elenco: nenhum
Temporada passada: campeão

Copas europeias: Liga dos Campeões (fase de grupos)

Objetivo: Título 

Amistosos de pré-temporada:

28 de junho - SV Meppen-ALE 0x3 Ajax

2 de julho - Ajax 2x5 Paderborn-ALE

9 de julho - Ajax 3x0 Lokomotiva Zagreb-CRO

15 de julho - Ajax 1x1 KAS Eupen-BEL

19 de julho - Red Bull Salzburg-AUT 2x3 Ajax

23 de julho - Eintracht Frankfurt-ALE x Ajax (CANCELADO)

26 de julho - Ajax 3x1 Shakhtar Donetsk-UCR (time titular)

27 de julho - Ajax 3x0 Shakhtar Donetsk-UCR (time reserva)

31 de julho - Almere City 1x1 Ajax

Principais chegadas: Calvin Bassey (D, Rangers-ESC), Jorge Sánchez (D, América-MEX), [Kik Pierie (D, Twente)], [Lisandro Magallán (D, Anderlecht-BEL)], Owen Wijndal (D, AZ), Florian Grillitsch (M, Hoffenheim-ALE), Lucas Ocampos (A, Sevilla-ESP), Steven Bergwijn (A, Tottenham-ING), [Brian Brobbey (A, RB Leipzig-ALE)], Lorenzo Lucca (A, Pisa-ITA) e Francisco Conceição (A, Porto-POR)

Principais saídas: André Onana (G, Internazionale-ITA), Przemyslaw Tyton (G, Twente), Calvin Raatsie (G, Utrecht), Perr Schuurs (D, Torino-ITA), Liam van Gelderen (D, Groningen), Anass Salah-Eddine (D, Twente), Noussair Mazraoui (D, Bayern de Munique-ALE), Lisandro Martínez (D, Manchester United-ING), Ryan Gravenberch (M, Bayern de Munique-ALE), Sébastien Haller (A, Borussia Dortmund-ALE) e Antony (A, Manchester United-ING)

Grupo de jogadores

Legenda

Jogador (posição, clube)

Empréstimo

[retorno de empréstimo] 

[transferência em definitivo após empréstimo]

Enfim, o Ajax vive um fim de ciclo. Ele já era bastante previsível desde o começo do ano, com a eliminação relativamente decepcionante na Liga dos Campeões. E o título holandês - de certa forma, um tricampeonato, que só não é tetra porque em 2019/20 não houve campeão - foi um fecho mais do que honroso para a fase vitoriosa vivida com Erik ten Hag no comando. A saída do técnico, que terá no Manchester United a oportunidade para catapultar de vez sua carreira (ou descer alguns degraus nela), foi só a abertura da porta para outros também saírem. Demorou, mas Antony saiu, na transferência de maior valor que o futebol holandês jamais viu - saindo com alguma mágoa; Ten Hag fez questão de buscar Lisandro Martínez; de uma só vez, o Bayern de Munique trouxe Ryan Gravenberch e Noussair Mazraoui (este, de graça); deixando mágoas na torcida, André Onana enfim rumou para a Internazionale; já Nicolás Tagliafico sairá de Amsterdã pela porta da frente, com o respeito dos adeptos; e Sébastien Haller, goleador da Eredivisie passada, poderia ter ficado, mas a oferta do Borussia Dortmund foi lucrativa demais para ser recusada. Tantos destaques saíram, por muito dinheiro (para falar pouco dos 100 milhões de euros por Antony, a oferta de 57 milhões de euros do Manchester United por Martínez foi celebrada em Amsterdã)... e o Ajax terá de passar por uma reformulação, a ser comandada por um velho conhecido: Alfred Schreuder, auxiliar de Ten Hag no histórico 2018/19, vindo do Club Brugge belga para sucedê-lo. De mais a mais, se perdeu muitos destaques, o atual campeão neerlandês já mostra plenas condições de diminuir as vulnerabilidades que poderiam aparecer nessa reformulação. 

Onana deixou o clube? Tudo bem: recuperados de lesão, tanto Maarten Stekelenburg quanto Remko Pasveer são garantia de segurança no gol. Tagliafico também saiu? Tranquilo: após muitos desejos de parte a parte, enfim Owen Wijndal veio do AZ para a lateral esquerda Ajacied. Na zaga, se não há mais Martínez, Calvin Bassey veio do Rangers escocês, ostentando força física. No ataque, a lacuna aberta pela saída de Haller foi preenchida por quem mal saiu e já voltou: Brian Brobbey até foi devolvido do empréstimo ao RB Leipzig, mas já queria retornar a Amsterdã, e o fará em definitivo. Mas o grande símbolo do poder financeiro que hoje o Ajax tem dentro do futebol dos Países Baixos foi mesmo Steven Bergwijn: desejando mais tempo de jogo, o ponta vinha sendo cortejado desde o começo do ano, e enfim veio, na maior transferência da história do clube - 31 milhões de euros pagos ao Tottenham. Todos esses, mais as promessas que sempre surgem (Kenneth Taylor merece atenção) sem contar os que ficam no clube da estação Bijlmer Arena: Jurriën Timber, Daley Blind, Davy Klaassen, Steven Berghuis, Edson Álvarez, Dusan Tadic... o Ajax pode estar passando por uma reformulação. Pode estar um pouco mais vulnerável. Mas ainda é favorito no Campeonato Holandês.