quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Guia da Eredivisie 2022/23: Feyenoord

Danilo já estreou por um Feyenoord que tem condições de seguir a boa fase, mas que está num compasso de espera lento demais por contratações para repor as perdas (Pro Shots)

Feyenoord Rotterdam

Cidade: Roterdã   
Estádio: De Kuip (capacidade para 51.137 torcedores)
Apelidos: Stadionclub (em holandês, "o clube do estádio" - referência a De Kuip, considerado o mais tradicional estádio do país); Feyenoorders; Rotterdammers
Títulos: 15 Campeonatos Holandeses (merecem citação um título mundial, uma Copa dos Campeões, duas Copas da UEFA e 12 Copas da Holanda)
Patrocínio: Euro Parcs (rede de hotéis)
Técnico: Arne Slot 
Destaque: Orkun Kökcü (meio-campista)
Fique de olho: Javairô Dilrosun (atacante)
Brasileiros no elenco: Danilo (atacante)
Temporada passada: 3ª colocado
Copas europeias: Liga Europa (fase de grupos) 
Objetivo: Vaga nas competições europeias/título
Amistosos de pré-temporada:
2 de julho - Feyenoord 0x7 FC Copenhague-DIN
9 de julho - Red Bull Salzburg-ALE 1x2 Feyenoord 
16 de julho - Feyenoord 0x4 Union Saint Gillois-BEL
24 de julho - Feyenoord 0x2 Lyon-FRA
27 de julho - Feyenoord 6x1 NAC Breda
31 de julho - Feyenoord 1x2 Osasuna-ESP
Principais chegadas: Timon Wellenreuther (G, Anderlecht-BEL), Marcos López (D, San José Earthquakes-EUA), Jacob Rasmussen (D, Fiorentina-ITA), Dávid Hancko (D, Sparta Praga-TCH), Mats Wieffer (M, Excelsior), Quinten Timber (M, Utrecht), Fredrik Bjorkan (M, Hertha Berlin-ALE), Mohamed Taabouni (M, AZ), [Mark Diemers (M, Hannover 96-ALE)], Sebastian Szymanski (M, Dinamo Moscou-RUS), [Naoufal Bannis (A, NAC Breda)], Javairô Dilrosun (A, Hertha Berlin-ALE), Oussama Idrissi (A, Sevilla-ESP), Igor Paixão (A, Coritiba-BRA), Santiago Giménez (A, Cruz Azul-MEX), Ezequiel Bullaude (A, Godoy Cruz-ARG) e Danilo (A, Ajax)
Principais saídas: Marcos Senesi (D, Bournemouth-ING), Ramon Hendriks (D, Utrecht), Tyrell Malacia (D, Manchester United-ING), Mark Diemers (M, Emmen), Fredrik Aursnes (M, Benfica-POR), [Cole Bassett (M, Colorado Rapids-EUA)], [Guus Til (M, Spartak Moscou-RUS)], Marouan Azarkan (M, Excelsior), [Cyriel Dessers (A, Racing Genk-BEL)], Naoufal Bannis (A, FC Eindhoven), Róbert Bozeník (A, Boavista-POR), [Reiss Nelson (A, Arsenal-ING)], Bryan Linssen (A (Urawa Red Diamonds-JAP) e Luis Sinisterra (A, Leeds United-ING)
Legenda
Jogador (posição, clube)
Empréstimo
[retorno de empréstimo]

Se a temporada passada começava sob o peso de perder o então destaque Steven Berghuis para o arquirrival Ajax, o Feyenoord chega para disputar o Campeonato Holandês (e a Liga Europa, vale lembrar) bem mais animado desta vez. Afinal de contas, ainda ecoa o fim de temporada agradável do Stadionclub, com um terceiro lugar elogiável na Eredivisie e, principalmente, a campanha de finalista na Conference League. Tal desempenho deixou o técnico Arne Slot com pleno crédito perante a torcida - e a renovação de contrato garantida, até 2025, mostra isso com clareza. O problema começa nas várias vendas dos destaques de 2021/22. Tyrell Malacia? Poderia ter ido para o Lyon, mas ganhou a chance para impulsionar sua carreira promissora de vez, no Manchester United. Guus Til? Voltou ao Spartak Moscou, manifestou que ficaria feliz se voltasse a De Kuip em definitivo... mas seu retorno à Holanda foi para o PSV, que o "chantageou" com a perspectiva de jogar a Liga dos Campeões, se chegar aos grupos. Bryan Linssen já era uma saída prevista antes mesmo da temporada passada acabar. Até "vaquinha virtual" houve para tentar bancar a contratação de Cyriel Dessers em definitivo, mas o atacante nigeriano-belga acabou deixando o clube de Roterdã após o fim do empréstimo. Luis Sinisterra trouxe lucro: bateu o recorde anterior de maior venda da história do clube, com os 25 milhões de euros que custou ao Leeds United inglês. E Marcos Senesi até ficou um pouco, mas também partiu. Dinheiro para contratações, portanto, o Feyenoord tem. Porém, um problema interno retardou as movimentações do clube no mercado: vitimado por uma infecção no joelho, o diretor de futebol Frank Arnesen está momentaneamente licenciado. 

De todo modo, as contratações notáveis começaram a aparecer no time de Roterdã. Com o útil lateral esquerdo Jacob Rasmussen, bem pelo Vitesse nos últimos anos. Com o meio-campo Sebastian Szymanski, titular na seleção da Polônia. Com Quinten Timber, volante que despontou bem no Utrecht - e que preferiu De Kuip, mesmo com o interesse do Ajax, onde joga o irmão Jurriën Timber. Com Javairô Dilrosun, que terá boa chance para reaparecer nos Países Baixos, vindo como um dos únicos destaques da péssima campanha do Bordeaux, rebaixado na França. Com Oussama Idrissi, que teve ótima fase comandado por Arne Slot no AZ, chegando para a lacuna que deixou a saída de Sinisterra. E com Danilo, que veio de graça, após o fim de contrato com o arquirrival Ajax, para ser uma possível referência na área). É verdade que os resultados de pré-temporada causaram desconforto, e a negociação de Fredrik Aursnes com o Benfica representou a perda de um jogador taticamente valioso. Mas ao contrário de outros anos, o desânimo passa longe do Feyenoord. Alguns destaques seguem em Roterdã: Gernot Trauner, Orkun Kökcü, Jens Toornstra... e as contratações que ainda vêm podem facilitar a remontagem rápida de uma equipe que tenha chances de voltar a ser campeã holandesa, após seis anos. Acreditar, o Feyenoord acredita.

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