segunda-feira, 3 de junho de 2024

Análise da temporada: Excelsior

O Excelsior (que teve no goleiro Van Gassel, à direita, um destaque) caiu após um bom começo. E mesmo após todos os notáveis esforços, acabou sendo rebaixado. Com requintes de crueldade (Hans van der Valk/BSR Agency/Getty Images)

Colocação final: 16º lugar, com 29 pontos (atrás pelo pior saldo de gols - 6 vitórias, 11 empates e 17 derrotas) - rebaixado na repescagem de acesso/permanência/descenso
No turno havia sido: 12º lugar, com 12 pontos (na frente pelo maior saldo de gols)
Time-base: Van Gassel; Horemans, Nieuwpoort (Benita), El Yaakoubi e Widell (Zagré); Baas e Sandra (Goudmijn); Sanches Fernandes, Driouech (Duivestijn) e Lamprou; Parrott
Técnico: Marinus Dijkhuizen
Maiores vitórias: Excelsior 4x0 Volendam (30ª rodada) e Excelsior 4x0 Heracles Almelo (33ª rodada) 
Maiores derrotas: AZ 4x0 Excelsior (25ª rodada) e Feyenoord 4x0 Excelsior (34ª rodada) 
Principal jogador: Couhaib Driouech (meio-campista/atacante) 
Artilheiro: Troy Parrott (atacante), com 10 gols  
Quem deu mais passes para gol: Couhaib Driouech (atacante), com 6 passes
Quem mais partidas jogou: Stijn van Gassel (goleiro), com 38 partidas - as 34 da temporada regular, mais as quatro da repescagem de acesso/permanência/descenso
Copa nacional: eliminado pelo Groningen (segunda divisão), nas oitavas de final
Competições continentais: nenhuma

O Excelsior começou a temporada dando a impressão de que seria surpresa tão grande quanto o Go Ahead Eagles foi. Chegou até a frequentar a quinta posição, entre a sétima e a oitava rodada. Só que os caminhos se separaram, a partir daí. Enquanto o time de Deventer partiu para confirmar a surpresa e garantir vaga na Conference League via repescagem, o Excelsior foi para baixo. Não venceria mais no primeiro turno - quatro empates e quatro derrotas. Ainda assim, a queda parecia controlável. Quando nada, porque o time do bairro de Kralingen, em Roterdã, tinha no goleiro Stijn van Gassel um dos melhores do campeonato, com reflexos apurados e grande agilidade. Na frente, havia vários nomes responsáveis por boas jogadas - principalmente Couhaib Driouech, meia habilidoso a ponto de ser considerado como futura contratação do PSV e futura convocação da seleção da Holanda - e responsáveis por gols - como o irlandês Troy Parrott, emprestado pelo Tottenham. Só que nem assim o Excelsior tomou jeito. Uma sequência ruim no início do returno - seis derrotas, entre a 20ª e a 25ª rodadas - jogou de vez o time na luta para escapar do rebaixamento.

Restava ao Excelsior fazer o possível para escapar disso. E o time fez. Se continuou perdendo até jogos em que vendia caro a derrota (como o 2 a 0 sofrido em casa para o futuro campeão PSV, na 28ª rodada), pelo menos ficou invicto contra adversários nas últimas posições, empatando com o RKC Waalwijk (1 a 1, na 26ª rodada) e goleando o Volendam (4 a 0, na 30ª rodada). Como, aliás, Volendam e Vitesse já estavam sendo rebaixados, pelo menos havia a chance de tentar a salvação via repescagem. Com o bom ataque, o clube ainda se animou buscando a salvação direta: empatou com o Ajax (2 a 2, 31ª rodada) e goleou o Heracles Almelo (4 a 0, em casa, na 33ª e penúltima rodada - na volta de Driouech, recuperado de problema muscular). Ainda assim, como antepenúltimo colocado, o Excelsior foi mesmo disputar a permanência no "purgatório" da repescagem. E continuou fazendo o possível. Fez muito bem na "semifinal" contra o ADO Den Haag, vencendo os dois jogos (2 a 1 fora na ida, 7 a 1 em casa na volta). Só que na final, para jogar a permanência contra o NAC Breda - que buscava o acesso após cinco anos -, o desastre de dois jogadores expulsos abriu caminho para uma goleada do time de Breda na ida (6 a 2). Parecia o fim. Na volta, em casa, o Excelsior se esforçou e fez sua parte, abrindo incríveis 4 a 0. Só que um gol sofrido, de Caspar Staring, tornou a goleada dolorosa: mesmo com 4 a 1, o Excelsior enfim caiu. Fez o possível. Mas não ameniza a dor de um rebaixamento que talvez pudesse ser evitado.

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