segunda-feira, 3 de junho de 2024

Análise de temporada: AZ

Vangelis Pavlidis sempre foi garantia de gols e segurança, num AZ que começou estagnado mas até melhorou na segunda metade da temporada (Patrick Goosen/BSR Agency/Getty Images)

Colocação final: 4º lugar, com 65 pontos (19 vitórias, 8 empates e 7 derrotas)
No turno havia sido: 4º lugar, com 33 pontos
Time-base: Ryan; Sugawara, Bazoer, Penetra e Möller Wolfe; Clasie e Tiago Dantas (Belic); Mijnans, De Wit e Van Bommel (Van Brederode); Pavlidis
Técnico: Pascal Jansen (até a 17ª rodada) e Maarten Martens (a partir da 18ª rodada)
Maior vitória: AZ 5x1 Go Ahead Eagles (1ª rodada)
Maior derrota: Heracles Almelo 5x0 AZ (28ª rodada)
Principal jogador: Vangelis Pavlidis (atacante)
Artilheiro: Vangelis Pavlidis (atacante), com 29 gols  
Quem deu mais passes para gol: Yukinari Sugawara (lateral direito), com 7 passes
Quem mais partidas jogou: David Möller Wolfe (lateral esquerdo) e Vangelis Pavlidis (atacante), que jogaram todas as 34 partidas
Copa nacional: eliminado pelo Feyenoord, nas quartas de final
Competições continentais: Conference League (eliminado na fase de grupos)

Já ao final do primeiro turno, o AZ passava a impressão incômoda de que... perdera terreno. Estagnara. Em campo, já não conseguia mostrar os mesmos resultados de outras temporadas. A eliminação na Conference League, num grupo anteriormente considerado fácil (até por se tratar de um semifinalista da competição, na temporada passada), aumentou a má impressão. Mas, curiosamente, foram vitórias na Copa da Holanda que fizeram com que se decidisse que o rumo precisava mudar em Alkmaar. Passar pelo HHC Hardenberg, da terceira divisão, só na prorrogação, na segunda fase, e eliminar o Quick Boys, nos pênaltis, nas oitavas de final, foram sinais preocupantes demais para a diretoria. Que decidiu demitir o técnico Pascal Jansen, antes que fosse tarde demais. Pelo menos, ficava mais fácil suportar a fase "ruim" com os gols de Vangelis Pavlidis, que nunca cessaram. E mais no "voto de confiança" do que num projeto a longo prazo, o ex-jogador Maarten Martens foi escolhido como sucessor. O belga Martens demorou um pouco para achar o fio da meada de seu trabalho - tanto que o começo na segunda metade da temporada foi preocupante, com quatro rodadas sem vencer na Eredivisie (três empates e uma derrota) e a eliminação que já se avizinhava na Copa da Holanda. 

Mas logo o treinador conseguiu organizar o time. No miolo de zaga, o português Alexandre Penetra e Riechedly Bazoer começaram a formar a dupla - e terminaram a temporada entrosados. No meio-campo, enfim apareceu um parceiro para o experiente Jordy Clasie como volante, com o sérvio Kristijan Belic, que conseguiu sequência de jogos no returno. Mais à frente, Sven Mijnans enfim pôde jogar como prefere, na meia-esquerda. Entre os jovens, Ernest Poku e, principalmente, Ruben van Bommel mostraram algum talento nas pontas. Com a definição maior no time, quem teve um desempenho sempre constante e confiável (o já citado Pavlidis, Yukinari Sugawara na lateral direita) conseguiu até melhorar. E o AZ também passou uma impressão melhor do que passara no primeiro turno. É certo que sofreu alguns "apagões" - principalmente nos 5 a 0 algo vexatórios para o Heracles Almelo, na 28ª rodada, com os 5 a 1 do PSV "jogando sal na ferida" na rodada seguinte. E a última rodada foi decepcionante, com um 3 a 0 no Utrecht virando 3 a 3, inviabilizando a chegada ao 3º lugar. Ainda assim, entre marchas e contramarchas, o AZ terminou a temporada passando uma impressão melhor. Perderá jogadores - Dani de Wit sairá, Pavlidis é uma saída esperando seu novo time -, mas pode evoluir mais em 2024/25.

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