segunda-feira, 3 de junho de 2024

Análise da temporada: NEC

Koki Ogawa (à esquerda) e Kodai Sano: a dupla japonesa ajudou muito um hesitante NEC a deslanchar e fazer ótimo returno na temporada (Broer van den Boom/BSR Agency/Getty Images)


Colocação final: 6º lugar, com 53 pontos (14 vitórias, 11 empates e 9 derrotas) 
No turno havia sido: 8º lugar, com 21 pontos
Time-base: Cillessen; Van Rooij (Pereira), Nuytinck, Sandler e Verdonk; Proper (Baas) e Hoedemakers; Hansen, Rober (Chery) e Sano; Koki
Técnico: Rogier Meijer
Maior vitória: Volendam 2x5 NEC (24ª rodada)
Maior derrota: PSV 4x0 NEC (5ª rodada)
Principal jogador: Mees Hoedemakers (meio-campista) 
Artilheiro: Koki Ogawa (atacante), com 11 gols  
Quem deu mais passes para gol: Mees Hoedemakers (meio-campista), com 7 passes
Quem mais partidas jogou: Calvin Verdonk (lateral esquerdo), com 35 partidas - as 34 da temporada regular, mais uma na repescagem pela Conference League
Copa nacional: vice-campeão
Competições continentais: nenhuma

Novamente tendo excesso de empates (eram seis no 1º turno), vendo o principal destaque técnico da primeira metade da temporada saindo em janeiro - o atacante dinamarquês Magnus Mattsson aceitou a grande chance de voltar ao país natal para defender o FC Copenhague, que iria às oitavas de final da Conference League -, ainda sofrendo com o enorme susto da parada cardiorrespiratória de Bas Dost, reanimado às pressas: o NEC tinha enormes razões para temer o restante da temporada. Alas da torcida seguiam pedindo a demissão do técnico Rogier Meijer. Alguns jogadores experientes mostravam inconstância indesejável, como o goleiro Jasper Cillessen, que até chegara a perder a vaga por alguns jogos para o jovem Robin Roefs. E uma enorme pergunta ficava: como seria o returno para o NEC? Pois seria o melhor momento do clube de Nijmegen em muito tempo. Já na primeira rodada do returno, empatar em 2 a 2 com o Feyenoord foi um sinal de que dias melhores viriam. Vieram.

Nas dez primeiras rodadas da segunda parte do Campeonato Holandês, seis vitórias que fizeram o time se estabilizar de vez na zona da repescagem por vaga na Conference League. Sem Mattson nem Dost, os Nijmegenaren se reorganizaram muito bem. Começando pela dupla de volantes, com Mees Hoedemakers organizando o time de boa maneira, fazendo parceria produtiva com Dirk Proper, nascido e crescido futebolisticamente no NEC. Na frente, era até difícil escolher tantas opções rápidas pelas pontas: Sontje Hansen, Rober González, a dupla japonesa que acabou ganhando a preferência - Kodai Sano-Koki Ogawa. Em meados do returno, com passe livre, chegou o experiente Tjaronn Chery, que seria decisivo no auxílio ofensivo. Tudo isso, sem contar Lasse Schöne, mesmo caindo para o banco de reservas, se tornando o jogador estrangeiro com mais partidas pelo Campeonato Holandês, sempre estabilizando as coisas no meio-campo. E o NEC conseguiu ser o único time a vencer o campeão PSV em toda esta Eredivisie (3 a 1, 27ª rodada). Mais do que isso: alcançou a final da Copa da Holanda, pela primeira vez desde 2000. Mesmo perdendo a decisão para o Feyenoord, chegou à repescagem por vaga na Conference League. Aí, doeu um pouco mais a decepção: o time saiu na frente, mas viu o Go Ahead Eagles virar o placar, por erros defensivos. E a temporada terminará sem muita coisa. Ainda assim, o time deverá ser menos criticado do que era na primeira metade. As desconfianças foram vencidas, em grande parte.

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