segunda-feira, 3 de junho de 2024

Análise da temporada: Heerenveen

Osame Sahraoui foi um dos raros jogadores a ajudar ofensivamente, numa temporada apagada do Heerenveen (Patrick Goosen/BSR Agency/Getty Images)

Colocação final: 11º lugar, com 37 pontos (10 vitórias, 7 empates e 17 derrotas
No turno havia sido: 9º lugar, com 19 pontos (na frente pelo maior número de gols pró)
Time-base: Van der Hart (Noppert); Braude, Van Beek, Bochniewicz e Köhlert; Olsson e Haye; Nunnely (Walemark), Brouwers (Tahiri) e Sahraoui; Van Amersfoort
Técnico: Kees van Wonderen
Maior vitória: Volendam 0x4 Heerenveen (23ª rodada)
Maior derrota: Heerenveen 0x8 PSV (31ª rodada)
Principal jogador: Osame Sahraoui (atacante) 
Artilheiro: Pelle van Amersfoort (atacante), com 10 gols  
Quem deu mais passes para gol: Thom Haye (meio-campista) e Osame Sahraoui (atacante), ambos com 4 passes
Quem mais partidas jogou: Simon Olsson (meio-campista), que jogou todas as 34 partidas
Copa nacional: eliminado pelo Vitesse, na segunda fase
Competições continentais: nenhuma

Pode um time terminar a temporada em condição tranquila na tabela e, ainda assim, causar aborrecimento e até irritação na torcida? Sim, no caso do Heerenveen. Se o primeiro turno do Campeonato Holandês ainda foi oscilante, entre o perigo das primeiras rodadas (quando o time da Frísia chegou a passar a 9ª rodada na 16ª posição, a da repescagem de acesso/descenso) e o ar promissor do transcorrer do primeiro turno (chegou a ter três vitórias seguidas, indo para a oitava posição, que lhe deixaria na repescagem pelo lugar na Conference League), o segundo turno foi tediosamente estável. "Tediosamente" porque o Fean fracassou ao tentar evitar a má sequência com que terminara 2023 (duas derrotas, mais a eliminação na Copa da Holanda): já começou 2024 com três empates e uma derrota, só voltando a ganhar do Ajax (3 a 2, 21ª rodada). Na mesma época, por sinal, um bode expiatório foi encontrado em campo: falhando constantemente, o goleiro Andries Noppert - titular da Holanda (Países Baixos) na Copa do Mundo masculina passada - perdeu sua vaga para Mickey van der Hart.

Aqui e ali, de fato, houve jogadores com boas atuações na temporada, como Luuk Brouwers, no meio-campo, e Osame Sahraoui, no ataque - este, principalmente, sendo driblador e ofensivo, colaborando para ajudar Pelle van Amersfoort a marcar seus gols. Ainda assim, o Heerenveen empolgou pouco o seu torcedor, ao longo da temporada. Reforços que atraíam alguma expectativa, como o atacante Patrik Walemark, emprestado pelo Feyenoord, não saíram a contento. A defesa começou a falhar constantemente, culminando no vexame da 31ª rodada: não por perder para o campeão PSV, mas por ser goleado por ele em pleno estádio Abe Lenstra (8 a 0). O final ainda teve mais um ponto baixo (derrota para o rebaixado Vitesse, por 3 a 1, na penúltima rodada, também em casa). E a torcida do Heerenveen, mesmo sem sofrer com ameaças de rebaixamento e coisas assim, terminou a temporada contando as rodadas para a saída do técnico Kees van Wonderen, já anunciada em meio ao returno. Outras virão, até pela necessidade de dinheiro - a de Sahraoui, por exemplo. Mas pelo menos, só a chegada de Robin van Persie, para seu primeiro trabalho para valer como treinador, já anima um pouco mais as perspectivas para o que vem por aí.

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