segunda-feira, 3 de junho de 2024

Análise da temporada: PSV

O PSV foi campeão holandês, como há um campeão a cada temporada. Só que o domínio do clube de Eindhoven neste 2023/24 será comemorado pela torcida por muito tempo (ProShots/Getty Images)

Colocação final: Campeão, com 91 pontos em 34 rodadas (29 vitórias, 4 empates e 1 derrota)
No turno havia sido: 1º lugar, com 51 pontos
Time-base: Benítez; Teze, André Ramalho, Boscagli e Dest; Schouten e Veerman; Bakayoko, Til e Tillman (Lozano/Noa Lang); De Jong
Técnico: Peter Bosz
Maior vitória: Heerenveen 0x8 PSV (31ª rodada)
Maior derrota: NEC 3x1 PSV (27ª rodada)
Principais jogadores: Joey Veerman (meio-campo) e Luuk de Jong (atacante)  
Artilheiro: Luuk de Jong (29 gols)  
Quem deu mais passes para gol: Joey Veerman (16 passes)
Quem mais partidas jogou: Luuk de Jong (atacante), que jogou todas as 34 partidas
Copa nacional: eliminado pelo Feyenoord, nas oitavas de final
Competições continentais: Liga dos Campeões (eliminado nas oitavas de final, pelo Borussia Dortmund-ALE)

Por que o PSV desta temporada 2023/24 será recordado com tanta saudade pela torcida? Será porque a temporada já começou boa, com o título da Supercopa da Holanda? Ou, quem sabe, porque a vaga na fase de grupos da Liga dos Campeões já veio com o indicativo (goleada sobre o Rangers-ESC, por 5 a 1) de que um ótimo time se formava em Eindhoven, mesmo com o pouco tempo de trabalho que Peter Bosz tinha como técnico? Ou ainda porque, já no começo da campanha vitoriosa na Eredivisie, goleadas como os 4 a 0 no RKC Waalwijk (4ª rodada) ou outros 4 a 0, desta vez no NEC (5ª rodada), indicavam que os jogadores tinham se encaixado rapidamente? E como ignorar que golear o rival Ajax (5 a 2, 8ª rodada), e deixá-lo momentaneamente na última posição do Campeonato Holandês, é um grande motivo? E também não é uma razão considerável vencer com tranquilidade os três jogos mais desafiadores do primeiro turno, entre a 13ª e a 16ª rodada (3 a 0 no Twente, fora de casa; 2 a 1 no Feyenoord, na 14ª; 4 a 0 no AZ, na 16ª, a última do ano passado)? Aliás, há alguma razão maior do que o PSV ter igualado o seu desempenho de 1987/88, fazendo o melhor primeiro turno que o Campeonato Holandês já viu (17 jogos em 17 vitórias)?

E os jogadores? Será que a torcida se lembrará, daqui a alguns anos, de como as laterais eram poderosas válvulas de escape para o ataque, com Jordan Teze (direita, menos ofensivo) e Sergiño Dest (esquerda, bem mais ofensivo - até a lesão grave no joelho, já após o título)? E da dupla Jerdy Schouten-Joey Veerman, das grandes duplas de volante que a Eredivisie viu nas últimas temporadas - Schouten dando segurança à zaga a ponto de até jogar recuado de vez em quando, e Veerman ditando o ritmo do jogo, sendo simplesmente o melhor do campeonato? E os tantos destaques no ataque - Johan Bakayoko, Guus Til, Malik Tillman, Hirving Lozano, Noa Lang (quando as lesões deixaram)? E Ricardo Pepi, que mesmo na reserva fez 7 gols? E Luuk de Jong, este goleador que parece ter nascido para vestir a camisa 9 do PSV? Ah, mas o PSV foi eliminado na Liga dos Campeões com menos resistência do que poderia oferecer ao Borussia Dortmund? Perdeu a chance do título invicto ao ser derrotado pelo NEC (3 a 1, 27ª rodada, a única derrota)? Começou a encarar dificuldades contra os times mais fortes no returno - empatou com o Ajax (1 a 1, 20ª rodada), com o Feyenoord (2 a 2, 24ª rodada), arrancou a vitória contra o Twente a duríssimas penas (1 a 0, 26ª rodada)? E daí? Como pedir para a torcida diminuir a empolgação, ao ver que o time voltava a golear justo na reta final da Eredivisie (6 a 0 no Vitesse na 30ª rodada, 8 a 0 no Heerenveen, na 31ª - simplesmente a maior vitória fora de casa da história do PSV na liga!)? E como esquecer o êxtase com o título, na 32ª rodada (3 a 2 no Sparta Rotterdam)? Ah, quer saber? O PSV campeão holandês, após seis anos, será recordado por tudo isso. E principalmente - e como sempre -, pela salva de prata que já está na sala de troféus. Salva ainda mais brilhante, por todos os fatores acima.

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